31 de janeiro de 2011

Capa do Mês: Rolling Stone janeiro 2011

Essa capa é antológica, por vários motivos, mas principalmente porque foi a última fotografia de John Lennon feita profissionalmente (no caso por Annie Leibovitz) como pré-produção para a sua última grande entrevista (para a Rolling Stone mesmo). Clicada no Dakota às vésperas da morte do compositor, a imagem do casal é magnífica, estranha, fascinante, incômoda, simbólica. E virou uma das fotos mais famosas do mundo, depois que estampou a clássica Rolling Stone de janeiro de 1981. A RS Brasil, acertadamente, traz a mesma capa para nós, 30 anos depois da morte de John, sem legenda, chamada, nada - tal qual a original. E de quebra, traz também a entrevistona derradeira, que permanecia inédita até ser encontrada na íntegra no ano passado.

29 de janeiro de 2011

"Thomaz Farkas: Uma Antologia Pessoal"

A exposição "Thomaz Farkas: Uma Antologia Pessoal", cuja abertura aconteceu na quinta-feira (27/01),  junto ao lançamento do livro com textos de seu filho João Farkas e cerca de 140 fotografias, reúne perto de 100 imagens do fotógrafo pertencentes ao acervo do Instituto Moreira Salles, incluindo inéditas.
Nas imagens da exposição, feitas a partir da década de 40 e escolhidas pelo próprio Farkas, de 86 anos, com assistência dos filhos João e Kiko, surgem cenário comuns do cotidiano e da cidade, mas sob a perspectiva jornalística e artística do mestre. Luz, sombras e ângulos inusitados molduram as cenas e as transformam em arte, mas sempre somadas à infalível precisão do momento içada por sua porção repórter. Também estarão presentes na mostra algumas fotos coloridas mais recentes (1975), feitas durante expedição científica ao Amazonas e inserções em Salvador, e só apresentadas pela primeira vez ao público em 2005.
Excelente chance para se apreciar o trabalho monumental de um grande expoente da fotografia moderna brasileira e um dos maiores fotógrafos do mundo.

"Thomaz Farkas: uma antologia pessoal"
Instituto Moreira Salles - São Paulo
Rua Piauí, 844, 1° andar, Higienópolis
Exposição: de 28 de janeiro a 03 de abril de 2011
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 13h às 19h
Sábados e domingos, das 13h às 18h
Entrada franca

28 de janeiro de 2011

Baú do Malu 31 - Cartões de bares anos 80/90

Fuçando numa caixa há muito esquecida no fundo do armário, deparei-me com estes cartões de bares e locais que frequentávamos entre os anos 80 e 90. Tirando o Duboiê, que depois de várias fases e donos, ainda resiste no mesmo local no centro de São Caetano, todos os outros já deixaram de funcionar:

De cima pra baixo:
Convite-cartão do Duboiê Bar (1987)/ Video-Chop Bar em Moema/ Jazz and Blues, famosa casa de jazz em Santo André em uma de suas últimas fases/ Whiskyninha Bar, antológico bar em Santo André do incrível Foguinho (1985)/  Saint Germain, uma das melhores casas de música instrumental de Sampa (1990)/ Sanja Jazz Bar, segunda fase do Saint Germain (1991)/ Cartão-cardápio do Pedágio, criativo bar descoberto por Rogério Engelmann e asseclas que batizava seus drinks com nomes ligados ao trânsito ( meados dos 80)/ Taverna Bar em Moema  com MPB ao vivo (anos 90)

25 de janeiro de 2011

Tom Jobim, 84, ganha um Google Doodle

Tom Jobim nasceu no mesmo dia da cidade de São Paulo. Hoje, data em que comemoraria 84 anos, o maestro soberano se juntou a grandes homens da ciência ( Einstein, Galileu Galilei, Da Vinci...) e efemérides globais ( Natal, Copa do Mundo, Olimpíadas...) para virar mais um homenageado contemplado com um "Google Doodle", vestimenta artística-comemorativa da logomarca do Google para datas especiais.  O 'Google Doodle Tom Jobim" vem com chapéu panamá, óculos e piano, objetos cotidianos do universo jobiniano, em fundo praiano ( outra paisagem não caberia) e já é o assunto mais comentado do Twitter neste 25 de janeiro.
http://www.google.com.br/

Painéis gigantes no aniversário de São Paulo

São Paulo ganhará um presente especial em seu aniversário comemorado hoje: dois painéis gigantes (40m de altura por 600m de área) nas laterais do prédio do Senac da Avenida Tiradentes no centro. Criadas pelo experiente artista plástico Eduardo Kobra para o projeto "Muro das Memórias", as pinturas que comporão os painéis trarão um cenário da Rua Direita em 1905 de um lado do prédio e uma cena do Viaduto do Chá na década de 50 do outro. Kobra e e mais 10 artistas de sua equipe iniciaram os trabalhos no dia 10, pendurados em balancins, das 8h às 19h todos os dias, objetivando o término das obras exatamente hoje, na comemoração do nascimento da cidade. Um presentão para o judiado centrão, com certeza.

24 de janeiro de 2011

Racional 3: a grande surpresa da coleção Tim Maia

Tim Maia (1970), um dos grandes discos da coleção
Há poucos dias do início da coleção Tim Maia (28, sexta-feira), a grande surpresa mencionada pelo José Ruy na semana passada, finalmente é revelada: quem comprar todos os 14 discos semanais nas bancas ganhará inteiramente grátis no final da coleção o CD "Racional 3". Este disco nunca foi lançado comercialmente e traz as últimas composições da fase "religiosa" de Tim que culminou em dois LPs fantásticos e polêmicos (Racional 1 e 2, incluídos na coleção) criados quando ele aderiu à seita Universo em Desencanto no meio da década de 70 e compôs músicas totalmente voltadas para o culto. O último da série nunca foi lançado até então porque Tim se desencantou logo com a religião e acabou brecando o volume 3. Agora, basta se cadastrar no portal http://www.colecaotim.com.br/  e registrar o código que aparece nas páginas iniciais de cada um dos 14 livretos-CDs para receber gratuitamente esta preciosidade.
O primeiro volume da coleção, "Tim Maia 1970", um dos melhores discos da MPB, surge na sexta-feira no valor de R$ 7,90 . Os demais CDs chegam às bancas por R$ 14,90. Quem preferir, poderá adquirir, ainda, a caixa exclusiva para guardar todos os itens, vendida à parte. Além dos discos vendidos separadamente, um box exclusivo será colocado à venda para colecionadores por R$ 216,50.
Os discos da coleção:
"Tim Maia 1970"
"Tim Maia 1971"
"Tim Maia 1973"
"Racional 1"
"Racional 2"
"Tim Maia Disco Club"
"Tim Maia 1978"
"Nuvens"
"Dance Bem"
"Tim Maia Interpreta Clássicos da Bossa Nova"
"Tim Maia Ao Vivo"
"Só Você"
"What a Wonderful World"
"Tim Maia in Concert"
"Racional 3"

Balas e doces no museu

O Museu Paulista da USP (o famoso Museu do Ipiranga) iniciou desde 20/01 uma exposição bem interessante (e até onde eu sei inédita) com 206 embalagens e rótulos de balas e guloseimas que fazem parte da coleção do prof. Egydio Colombo Filho, com 5266 unidades ao todo ( que incluía de perfumaria e bebidas à produtos de higiene e caixa de fósforos), doada à instituição em 2003.
A mostra, intitulada "Papel de Bala", traz uma seleção de embalagens de balas, bombons, pirulitos, chocolates e até sorvetes, a maioria da segunda metade do século XX. Entre elas, pode-se conferir o clássico chiclete Ping Pong, a bala Dimbinho, o chocolate Urso Marrom e a famosa caixinha dos Cigarrinhos de Chocolate Pan (desde 1959), que bombou até meados dos anos 80 mas com o advento do "politicamente correto" acabou sumindo das prateleiras, até voltar repaginada em 1996 com o nome Rolinhos de Chocolate e no lugar dos meninos "fumando", acenos inocentes pra galera.
Além dos rótulos, a mostra também destaca peças criadas pela ONG TerraCycle: uma bolsa trançada feita com embalagens de chocolate pelo Instituto Papel de Menino, da Fundação CASA; uma bola e um caderno feitos com embalagens de refresco em pó e um estojo de papel de chocolate, os três últimos produzidos por uma cooperativa de costureiras.

Museu Paulista da USP
Período: 20 Janeiro a 20 de março de 2011
Parque da Independência, s/n
De 3a. a domingo, das 9 às 17 horas
Ingressos: R$6,00 - estudantes R$3,00
http://www.mp.usp.br/
Infs.: 2065-8001

Seguem algumas embalagens que estão na mostra:

22 de janeiro de 2011

Baú do Malu 30 - Revista Eu Sei Tudo (edições de julho a dezembro de 1920)

Eu sou revistólatra desde sempre. Adoro magazines antigas, principalmente as dos anos 60 pra trás. Tenho vários exemplares de revistas do começo do século passado e entre essas preciosidades, algumas encadernações como essa que destrincharei a seguir. A Revista Eu Sei Tudo começou lá por 1916 e este encadernado de meu acervo remonta ao segundo semestre do 4º ano da publicação de propriedade da Companhia Editora Americana (do Rio de Janeiro). Como toda boa revista do período, com alma almanaqueira, a Eu Sei Tudo se propunha a pautar de tudo um pouco, desde história, ciências, literatura, artes e curiosidades até retratos, quadros e portraits diversos. Abaixo, inseri algumas capas do volume, cada uma delas com os respectivos conteúdos que achei mais pertinentes e interessantes. Deliciem-se:

Eu Sei Tudo - Julho de 1920

A atriz Mildred Harris, esposa de Charles Chaplin
Matéria sobre "futuras viagens à Lua"

Eu Sei Tudo - Agosto de 1920

Anúncio de revendedor de automóveis no Rio


Eu Sei Tudo - Novembro de 1920

"Uma pérola no leito das conchas" - Fantazia de Maurice Milliére
Eu Sei Tudo - Dezembro de 1920

Abaixo: "Imaginação Romântica - Quadro de J.P.Nall

Dicas de figurinos para o Carnaval

21 de janeiro de 2011

Os 7

Pra começar 2011 com mais graça, eis uma novidade imperdível no mundo da charge: sete conceituados artistas, diariamente, abastecerão a página http://os7.zip.net/ com muito humor e presença de espírito. Cada qual no seu dia D, conforme quadro abaixo. Gracias a los 7!

20 de janeiro de 2011

Baú do Malu 29 - livro "Vox Populi Vox...Wagen" (1970)

Este simpático livrinho de humor acima eu consegui há alguns anos em um dos sebos do centro de São Paulo. E para homenagear o Dia do Fusca, comemorado hoje, nada mais apropriado que uma obra onde o velho "carro do povo" é focado por diversos artistas e humoristas do traço ( além dos textos do saudoso Stanislaw Ponte Preta e do "apresentador" da obra, Chico Anísio). Esse "Vox Populi Vox...Wagen" é de 1970 - ano em que as ruas eram salpicadas de Fuscas - com a edição de Mario Fittipaldi para a Edameris (Editora das Américas) e como o próprio prefácio conta, baseado em obras estrangeiras de sucesso, como a "Jokeswagen Book". Uma das boas sacadas deste volume foi inserir entre grandes feras da charge (Claudius, Ziraldo, Zélio e Hilde), artistas dos quadrinhos como Flavio Colin, Vilmar e Maurício de Sousa ( iniciando seu império na Editora Abril) e novatos competentes, caso de Rafael e Alceu ( na época detonando como desenhista publicitário e capista, nesta obra fez seu debut nas charges). E tinha também Juarez e seu traço triscando o humor negro ( Machado?!?!? is possible?). Um livrinho danado, redondo, abrindo largos sorrisos tal qual o bojudo e garboso Fusca.
Abaixo, charges do livro, por Maurício de Sousa, Alceu e Flavio Colin:
Alceu
Maurício de Sousa




Flavio Colin (2)


19 de janeiro de 2011

Tim Maia colecionável!

Depois da espetacular coleção do Chico Buarque, em CDs-livretos semanais de capa dura vendidos em bancas, eis que José Ruy Gandra (e sua Gandra Editorial), mais uma vez em parceria com a Editora Abril , solta nos jornaleiros mais uma série, e esta é inacreditável, com um dos mais polêmicos e brilhantes artistas nacionais: Tim Maia! Há poucas semanas eu comentava com amigos que pela minha intuição a continuação natural em banca seria com a obra de Caetano Veloso. Caí do cavalo. A nova coleção, segundo Zé Ruy no Facebook, começa no dia 28 deste mês ( para as praças de SP e região Sul) e pelo que dá pra sacar da foto de divulgação acima, vai ser nos mesmos moldes da série do Chico Buarque. Quem conhece pouco a música de Sebastião Maia ou só aquelas baladas finais de sua carreira, taí um prato bem recheado para saborear seu fantástico cardápio soul; para os que já o conhecem bem ( meu caso) vale muito também, pois a maioria de seus grandes discos dos anos 70 e inicio dos 80 estão fora de catálogo - as gravadoras lançam coletâneas caça-níqueis do homem e se esquecem da discografia original - e qualquer ser musical de bom gosto deve ter em sua discoteca os quatro primeiros discos de carreira de Tim, que estão entre os melhores da década e por que não, de toda a história da MPB. No caso, em edição de luxo, com ficha técnica, acabamento de prima, informações biográficas, etc, etc. Aguardemos, mas parece que finalmente o irredutível Tim Maia vai ser tratado como estrela de primeira grandeza.

17 de janeiro de 2011

Dois blogs que, mesmo em posição totalmente suspeita, eu recomendo de olhos fechados

Ando transbordando de orgulho ultimamente. Meus filhotes resolveram cair na blogosfera e eu fiquei completamente embasbacado, extasiado, besta. Gabriel (11 anos) e Letícia (9 anos) vieram com esta há duas semanas e eu só fiquei de esguelha, urubuservando, pra ver onde iria dar essa guinada inusitada da duplinha. E não é que o negócio engrenou? cada qual com seu jeito - o Gabriel mais contemplativo, pesquisador, minucioso, sem pressa, a Letícia mais audaciosa, visual, artista e telegráfica - no final os dois projetos ficaram com personalidade própria. O http://blogdocanos.zip.net/ do Gabriel mistura rock, games, gibis e animais e surpreende pelo seu gosto musical e pesquisa apurada, enquanto o http://blogdaleleca.zip.net/ da Letícia, com seus emoticons, gifs, bandas teens e cores sortidas, anima e emana arte. Confiram e me contem depois. Essa dupla promete...

Mariana Aydar por 5 pratas no Carrefa? não tem preço!

Hoje eu passei no Carrefour e antes de pegar a fila do presunto, resolvi dar uma olhadela nas prateleiras de discos. Um ritual que antigamente eu fazia com os olhos brilhando e a baba caindo pelo canto da boca, hoje me pega ressabiado, embora a curiosidade esteja intacta. A fé idem. Eu sempre torço pra encontrar entre axés, pagodes e gospels, alguma pérola escondida e incompreendida a preço módico, e hoje eu fui recompensado. Achei ali, escondidinho, por um preço irrisório (R$4,99) o elogiado segundo disco de Mariana Aydar ("Peixes, Pássaros Pessoas" de 2009). Essa bolachinha é inspiradíssima e pega Mariana em um momento iluminado, interpretando sambas encorpados do namorado Duani e espalhando suavidade em toda a obra. Escutei hoje e pude sentir ecos de Clara Nunes. Oxalá! Em pleno 2011, isso não tem preço.

16 de janeiro de 2011

A banda que uniu o punk, o jazz e a dodecafonia e botou de ponta cabeça o pop rock oitentista, segue na ativa com a mesma disposição

O ano de 1986 é considerado um dos mais férteis na história do rock nacional, com pelo menos meia dúzia de lançamentos seminais: o segundo do Legião Urbana (Dois), o segundo do Ira!(Vivendo e Não Aprendendo) o terceiro do Titãs (Cabeça Dinossauro), o primeiro do Capital Inicial, o terceiro do Lobão (O Rock Errou), o terceiro do Paralamas ( Selvagem?) e o primeiro do Plebe Rude ( o inigualável EP O Concreto Já Rachou), para citar os mais relevantes. Com tantos discos reverberando o auge criativo de muitas bandas do período, o ano seguinte surgiu mais acanhado. O Legião lançou no mercado o seu "1978-1987-Que País é Este?", um ótimo LP, mas recheado de antigas composições da época punk do Aborto Elétrico e da fase folk "eu e meu violão" de Renato Russo. O Paralamas lançou o ao vivo "D"; Lobão, uma boa parte do ano preso, se manteve no auge com "Vida Bandida"; Titãs também se deu bem com o "Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas" e o Ira passou sem lançamento. Um ano de qualidade, mas inferior ao ano anterior, com algumas bandas mantendo o mesmo patamar e outras tentando se restabelecer após pico extremo na carreira. Foi nesta marola que surgiu um disco EP ( com apenas seis faixas) que em pouco tempo chacoalhou o mercado e deu um nó na crítica especializada. O disco: "Corredor Polonês"; a banda: Patife Band, liderada por Paulo Barnabé, baterista que tocou com meio mundo do Lira Paulistana ( QG do movimento vanguardista do início da década, idealizado entre outros, por seu irmão Arrigo Barnabé e o inesquecível Itamar Assumpção). A Patife existia desde 1983 e já lançara em 1985 um mini-LP pelo selo Lira Paulistana com o hit jovenguardista "Tijolinho". Mas foi com "Corredor Polonês", que Paulo Barnabé atingiu o ápice de sua mistura explosiva, lançando no caldeirão pitadas de punk, rock, jazz, movimentos atonais, esquizofrenia vocal, ritmos regionais e dodecafonia afinada com os experimentos de seu mano Arrigo. O resultado foi arrasador: passados 24 anos, poucos críticos conseguiram assimilá-lo, poucos privilegiados tiveram acesso e o próprio Patife nunca mais se aproximou da catarse infiltrada em seus sulcos. Alguns elogiaram com ressalvas, outros adoraram sem tentar explicá-lo e a grande maioria ignorou de propósito. Cabeça Dinossauro punk? hard-jazz vanguardista? que seja. O que não pode ser tirado de questão é que tanto a Patife, como outros grupos que ousaram misturar pioneiramente gêneros ao pop e ao rock, como Fellini, Cabine C, Mulheres Negras, Akira S, Black Future, etc., foram os grandes responsáveis pela salutar postura experimental e corajosa adquirida pela novíssima geração underground do pop e da MPB tupiniquim neste milênio. A Patife Band segue ativamente em 2011, ao vivo e a cores, sob a batuta (baqueta) de sempre do grande Paulo Barnabé. Depois de uma interrupção na carreira, voltou em 2003 com disco ao vivo e foi incluída em importante compilação estrangeira de 2005, "The Sexual Life of the Savages: Underground Post-Punk of São Paulo, Brasil (Soul Jazz Records). Detonando, como sempre, e com o mesmo ímpeto de outrora. Acompanhem alguns bons momentos deste incrível grupo:
* Este post vai especialmente para Rogério Engelmann, que comprou este alucinante disco em 1987 e proporcionou a alguns privilegiados de sua turma essa grata revelação que somada a outras surpresas do período (Tom Waits, Fellini, Everything But The Girl, Sade, Style Council) elevou o tal ano a um nível consideravelmente alto.

14 de janeiro de 2011

Rio: Cruz Vermelha divulga endereços em vários estados para receber doações

A Cruz Vermelha divulgou endereços em diversos estados para receber doações destinadas às vítimas da tragédia da região serrana do Rio de Janeiro. A entidade pede que sejam doados itens como água potável, alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal, como sabonetes, pastas de dente e fraldas descartáveis. Seguem os locais:

Alagoas
Endereço: Av. Com. Gustavo de Paiva, 2.889 – Mangabeiras
CEP:57.038-000 – Maceió – AL
Tel.: (82) 3325-2430 – Fax: (82) 33325.1607

Amazonas
Endereço: Parque Residencial Adrianópolis, QB – Casa 16
CEP:69.020-210 – Manaus – AM.
Tel. Res.: (92) 3236.5704

Bahia
Endereço: Av. Luis Eduardo Magalhães, 3091
Bairro: Cabula
CEP:41.150.595, Salvador – Bahia
Tel.: (71) 33410414 – (71) 3555.4112

Ceará
Endereço: Rua José Lourenço, 3.280 – Aldeota
CEP: 60.115-282 – Fortaleza – CE.
Tel.: (85) 3472.3535 / (85) 3472-3531

Distrito Federal
SCLRN 715, Bloco C, Loja 25
Brasília – DF
Tel.: (61) 3361.6904

Maranhão
Endereço: Av. Getúlio Vargas, 2342 – Monte Castelo
CEP: 65.025-001 – São Luiz – MA
Tel.: (98) 3222-4331

Mato Grosso
Endereço: Av. Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA) s/n° ao
lado do Comando Geral da Polícia Militar
CEP: 78.058–970 Cuiabá – MT
Tel.: (65) 3641.2629

Mato Grosso do Sul
Endereço: Av. David Correia Leite, 273 Universitaria 2
CEP: 79.071-310 Campo Grande – MS.
Tel: (67) 3388.0056

Minas Gerais
Endereço: Alameda Ezequiel Dias, 427- Centro
CEP: 30.130-110 – Belo Horizonte – Minas Gerais
Tel.: (31) 3224.2987 / (31) 3226.4233

Pará
Endereço: Av. Gentil Bitencourt nº 1.840 Bairro São Braz
CEP: 66.040-000 Belém – PA.
Tel. Filial (91) 3226.2556 / Fax 3226.5934 / 3226.2554

Paraná
Endereço: Rua Vicente Machado, 1.310-Centro
CEP: 80.420-011 – Curitiba – PR.
Tel:(41) 3016.6622 / (41) 3017.5260
Fax: (41) 3017.5261

Pernambuco
Endereço: Rua Itaquicé, 140 IPSEP
51.350-160 Recife - PE.
Tel.: (81) 3224.5906

Rio Grande do Norte
Filial do Estado do Rio Grande do Norte
Rua Gastão Mariz, 191 Nova Descoberta
CEP: 59.075-280 Natal – RN
Tel:(84) 3234.1292

Rio de Janeiro
Endereço: Praça Cruz Vermelha, 10/12 Térreo Centro
CEP: 20.230-130 Rio de Janeiro – RJ.
Tel.: (21)2508.9090

Rio Grande do Sul
Endereço: Av. Independência, 993 – Centro
CEP: 90.035-076 – Porto Alegre – RS.
Tel.: Filial (51) 3391.5955 – 3391.5953

Santa Catarina
Endereço: Rua Santos Saraiva, 821 – Estreito
CEP: 88.070-100 – Florianópolis – SC.
Tel.Filial (48) 3244.6681
Tel.: (48) 3244.4718

São Paulo
Endereço: Av. Moreira Guimarães, 699 – Indianópolis
CEP: 04.074-031 – São Paulo – SP.
Tel.: (11) 5056-8666

A organização também cadastra doadores pelo site: http://cruzvermelha.org.br/

6 de janeiro de 2011

Bill Wyman com os Stones em lançamento-homenagem a 'Stu'

Rolling Stones em 1963 - Ian "Stu" Stewart" é o 4º da esquerda para a direita
Antes de contar sobre a participação de Bill Wyman em gravação nova dos Stones, é preciso dimensionar Ian "Stu" Stewart na história. Stu simplesmente é o cara que fundou os Stones ao lado de Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones em 1962. Tecladista, percussionista e purista dos ritmos primitivos negros, Stewart foi pedra fundamental para que os Stones se firmasse em seus primórdios como o melhor grupo inglês de Rhythm and Blues da Inglaterra. Nenhuma banda britânica, nem os Beatles, tocava música negra como os Rolling Stones e essa verve se deve muito à Brian Jones, alguns anos antes de evaporar-se nas drogas, e sobretudo Ian Stewart, que fazia de tudo para que o grupo não se contaminasse com o pop/rock mais acessível. Mas então apareceu no caminho da banda um trator capitalista chamado Andrew Loog Oldham e logo seu marketing agressivo angariou completamente as atenções, e os Stones viraram não só os "inimigos nº 1 dos papais ingleses" mas também os concorrentes mais fortes dos Beatles no "hit parade". O som purista aos poucos foi apaziguado ( mas nunca extirpado) e o próprio "Stu", com seu queixo proeminente e jeito de "mais velho", um esteriótipo fora dos padrões do show business da época, acabou sendo despachado dos créditos oficiais da banda para os bastidores. Ian Stewart não perdeu a compostura e continuou como um Stone até sua morte em 1985, na retaguarda, mas em participações memoráveis.
Agora em 2011, resolveram gravar um disco tributo a Stu (Boogie for Stu) e claro, chamaram entre velhos companheiros de estrada, os pleistocênicos Stones. A surpresa ficou para a participação de Bill Wyman ao lado deles, 18 anos depois de deixar a banda, em uma velha música de Dylan, "Watching The River Flow".A notícia é do site SpinnerMusic ( capturada pela antenado Rick Berlitz) e o disco deve sair no início de março.
As pedras ainda rolam, por isso não criam limo. Viva Stu!