31 de maio de 2019
Exposição "Santo André É Você"
Foi só depois que meu velho amigo de Metodista, Gilberto Garavello, um dos fotógrafos da mostra, me avisou, é que eu soube que estava no meio de várias personas na exposição "Santo André é Você", no saguão da Prefeitura de Santo André. Personalidades legendárias da cidade, como vocês podem ver nas fotos abaixo ( e que é só uma pequena parcela escolhida a dedo por mim), muitos trazendo pequena biografia , e uma dezena compondo painéis maiores. Uma bela homenagem da cidade e da secretaria da Cultura a artistas, literatos e empreendedores culturais e contraculturais. A foto minha foi clicada na Fanzinada do ano passado e (ainda bem) não continha nome nem legenda! Pelo menos fiquei bem quietinho ali, rodeado de tantas feras! rsrs
30 de maio de 2019
Foto do Mês (2) - Edy Star ao vivo em 1973
Dou biz na foto do mês por um motivo inadiável! Essa foto fantástica do grande Edy Star que eu adquiri em um leilão público não pode de maneira nenhuma ficar na fila de espera para junho. Olhem bem para essa cena incrível: ela capta o "showman" Edy em uma de suas apresentações performáticas em boates do Rio de Janeiro no início dos anos 70.
No verso da imagem PB, lê-se: Boate Number One - Edy Star. UH Revista". O crédito da foto é do fotógrafo Mozart Trindade - Última Hora, e a data, 14/12/1973. Com toda certeza, Edy Star era um dos artistas mais revolucionários em atitude e isso no auge da ditadura torturadora de Garrastazu Médici. O mestre chegou a ver a foto publicada em um grupo fechado na rede e curtiu bastante se ver há 45 anos ( e alguns meses) atrás!
27 de maio de 2019
Matéria no Colecionadores de HQs ( Festival Guia dos Quadrinhos 10 Anos)
(na foto, eu e o excelentíssimo Claudio de Souza Fragnan)
Na correria desenfreada em que me encontro, acabei não deixando aqui o link para minha mais recente matéria no site Colecionadores de HQs, onde tenho uma coluna chamada Alma de Almanaque. O assunto foi minha experiência como expositor no Festival Guia dos Quadrinhos, que completou na última edição uma década de existência. Tentei colocar tudo o que vi nos dois dias ( sabendo, claro, que sempre tem coisa que escapa da memória) e acho que ficou bem sortido. No mesmo dia em que enviei a coluna pro Frigo editar, soube do anúncio do Edson Diogo avisando que esta edição 2019 foi a derradeira do festival. Uma notícia bem triste para mim, particularmente, pois foi lá que fiz muitas amizades e adquiri muitos itens bacanas ao longo de várias edições. Desejo sorte ao Edson e espero que ele continue a frente de outros projetos relevantes nos quadrinhos! http://colecionadoresdehqs.com.br/festival-guia-dos-quadrinhos-completa-10-anos/
23 de maio de 2019
Feira do Vinil & Comics no Tuscaloosa
Em mais uma iniciativa do elétrico Ricardo "Rick and Roll" Martins, neste final de semana rola mais uma feira do Vinil & Comics em São Caetano do Sul, com LPs, CDs, DVDs, pôsters e comics, além de sorteio de brindes . Desta vez em comemoração aos 3 anos do Tuscaloosa Burger, um espaço gastronômico retrô que tem tudo a ver com o evento. Além da feira, a programação também conta com a presença do guitarrista Leo Marck, que irá apresentar o pocket show "Do Blues ao Rock". A entrada é gratuita!! (data e horário no folder acima)
21 de maio de 2019
Baú do Seu João 29: Cooperito, do Mastrotti ( Revista Escrita 110 - Cooperhodia julho/agosto 1991)
Quando conheci o Mario Mastrotti há uns 10 anos atrás, já sabia que ele era o criador do personagem Cubinho, publicado primeiramente no Diário do Grande ABC em meados dos anos 70 e depois em vários outros veículos (até hoje). Com o passar do tempo conheci e acompanhei muitas outras criações dele para o mundo da arte ( leia HQ, ilustração, charge, caricatura, edição de fanzines e livros, exposições, encontros de cartunistas, etc), velhas e novas,inclusive algumas em parceria comigo, o que muito me honra.Hoje fui na casa do meu saudoso pai para cuidar dos cachorros dele, e sempre que passo lá, trago algo de seu acervo infindável. Desta vez a surpresa ficou justamente para uma página inteiramente criada pelo Mastrotti para a revista Escrita, da Cooperativa do Rhodia (Cooperhodia, hoje apenas Coop). A edição é de número 110, de julho e agosto de 1991, e traz uma página de atividades com o personagem Cooperito, que participa também de uma tira em quadrinhos. A primeira vista não lembrava desse Cooperito, mas olhando bem para esse chapéu amarelo alto dele, tenho uma vaga lembrança de já tê-lo visto na época. De qualquer modo, aí está a página, fotografada ( sorry, ainda estou sem scanNer!) para apreciação geral. Mais uma do "Multi"Mastrotti!
18 de maio de 2019
Foto do Mês: visita a Zaé Jr. (14/05/2019)
A semana reservou um encontro inesquecível para mim e os envolvidos na visita à casa do Zaé Jr., no dia 14/05. Só para registrar, Zaé é ilustrador, escritor, redator, trovador, publicitário, cantor, compositor, e continua do alto de seus 91 anos, com muita energia para escrever e desenhar. Além de ter entrado desde jovem para a Gazeta Juvenil em sua última fase ( final dos anos 40), foi o responsável direto pela concepção do personagem Capitão Estrela, encomendado pela própria fabricante de brinquedos de mesmo nome,que fez muito sucesso em série para a TV (virando depois gibi na Editora Outubro pelas mãos de Jayme Cortez e equipe). Zaé também foi chefe no departamento de Rádio e TV da McCann Ericsson nos anos 60, levando inclusive para lá profissionais dos quadrinhos como Luiz Saidenberg, o próprio Jayme Cortez e Lyrio Aragão. Na visita, eu, o jornalista e editor Francisco Ucha e Daniel Messias já ficamos maravilhados logo de cara, quando o anfitrião mostrou de primeira dois quadros maravilhosos assinados pelo Messias de Melo, pai do Daniel e chefe de Zaé na Gazeta. E no decorrer da tarde, um papo maravilhoso e cheio de descobertas completou com chave de ouro o prazeroso bate-papo, que renderá lenha para um futuro projeto. Da minha parte, foi uma honra conhecer ao vivo o eclético Zaé, depois de um longo tempo conversando via fone, e também o animador, diretor e publicitário Daniel Messias, criador de vários personagens para a publicidade e diretor de curtas premiados como "Los Tres Amigos" (2009) e clássicos imediatos como "Natal da Turma da Mônica" (1976). Realmente um encontro de muita qualidade! (na foto abaixo, Francisco Ucha, Zaé Jr, eu e Daniel Messias - crédito da foto: Francisco Ucha)
16 de maio de 2019
Grandes Histórias Marvel no Brasil, por Alexandre Morgado
O caríssimo Alexandre Morgado está com uma coluna imperdível no site Marvel 616 (marvel616.com): Grandes Histórias Marvel no Brasil (logo acima). Na inaugural, o autor trouxe à luz a confusa história do Capitão Marvel no país, desde o veterano Capitão Marvel original ( Shazam) e a longa batalha jurídica com a DC, que acabou deixando o personagem na geladeira por longos anos, até a aparição do Capitão Marvel da Marvel e a subsequente confusão na imprensa ao se tentar contar esse imbróglio sem se perder na pesquisa histórica ( e quase sempre não conseguindo). Já a segunda matéria, saindo do forno, traz detalhadamente toda a história do vilão Thanos, e como o editor Jotapê da Abril conseguiu reuni-la em uma saga completa e inédita no mundo publicando-a em dois volumes na sequência histórica exata em que foi feita. Acompanhem essa super coluna, pois muitas histórias de bastidores, curiosidades e fatos inéditos serão contados pelo Morgado, um dos maiores colecionadores Marvel do Brasil.
https://www.marvel616.com/2019/05/grandes-historias-marvel-no-brasil-saga.html?m=1&fbclid=IwAR2-AdGX_0mbLB6ZZwuGUa_tnrxZ2hMea52R0BmFJUKfbdyfcMmoYsoWQaA
8 de maio de 2019
Segunda entrevista para o programa Universo Rick na TV GABC (03.05.2019)
Pra quem não viu ao vivo no dia 03/05, segue o link da entrevista que concedi ao Ricardo "Rick and Roll" Martins em seu programa Universo Rick na TV GABC. A primeira vez que fui ao programa, no ano passado, levei alguns itens de meu acervo e discorri sobre minha coleção. Desta vez o foco foi nos projetos ligados aos quadrinhos e à literatura infantil e nos eventos recentes. Adorei mais uma vez participar e desta vez, ainda teve de lambuja um desenho animado clássico e um vídeo novo do grande Stray Cats, que acabou de voltar à cena. Por conta do formato, o link abaixo não tem a entrevista completa - faltou justamente a parte em que eu conto em detalhes como fiquei frente a frente com o mestre dos quadrinhos Will Eisner, criador do Spirit. Mas vale como registro de uma noite muito agradável e cultural ao lado do inexorável Rick! Aproveito para mandar um abraço ao produtor Leandro Marck, grande apreciador de quadrinhos e cinema e que eu tive o prazer de conhecer finalmente. E como o final acabou de fora, fica a frase final que eu gritei ao lado do Rick: "E Tira o Pé da Parede!"
https://www.facebook.com/seucanalregional/videos/280205802924711/
7 de maio de 2019
Antunes Filho (1929-2019)
Antunes Filho, falecido no mo dia 02, aos 89 anos, era a personificação do teatro feito no Brasil. O diretor alcançou essa categoria depois de décadas de súor e labuta mais suór e labuta. Sua fama de exigente era porque fazia brotar no palco a alma e o coração dos atores - aqueles que não transcendiam e não regurgitavam a alma em honra ao teatro não permaneciam em seu elenco. Depois de estudar na juventude com exímios diretores estrangeiros no país - Ziembinski e Adolfo Celi entre eles - tornou-se especialista na obra de Nelson Rodrigues até se consagrar definitivamente com "Macunaína" em 1978. Outro grande destaque em sua carreira foi a encenação de Romeu e Julieta com trilha musical dos Beatles.A vida inteira foi "diretor de ator", daqueles que podiam ficar semanas insistindo em uma mesma cena individual. Foi também um pesquisador e formador de profissionais voraz. Seu Centro de Pesquisa Teatral (CPT), dentro do SESC Consolação, virou referência, e foi ali que encenou seu último espetáculo, “Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse” do francês Jean-Luc Lagarce, que dirigiu até sua internação, onde descobriu um câncer em estágio avançado. O teatro brasileiro sem Antunes Filho perde em intensidade e paixão.
2 de maio de 2019
Beth Carvalho (1946-2019)
Beth Carvalho sempre foi trilha na minha vida. Desde pequeno cantava e assobiava seu repertório e na juventude, sempre que dava, enfiava uma "canção cantada pela Beth" ( assim como composições de Gilberto Gil e Benito di Paula) nas rodas de violão, que depois se estenderam para os karaokês em festinhas. Beth Carvalho é daquelas que extrapolam a própria atividade artística e viram algo muito maior e perene. Se como intérprete ( e instrumentista) estourou nos festivais e foi responsável por descobertas e levantes no samba nunca d'antes - trouxe o Nelson Cavaquinho para os holofotes, foi a que mais gravou sambas da velha guarda da Portela, gravou Cartola desde sempre (e muitos outros da sua querida Mangueira), procurou novidades e deu sustentação e base com seus discos para a entrada em cena do pessoal do Cacique de Ramos e também para provar de uma vez por todas que São Paulo faz samba bom também, a chamada "madrinha do samba" também foi das que empunharam a bandeira das mulheres, das minorias, da política igualitária. Por tudo isso, cortou o coração vê-la no último ano de atividade precisando fazer shows em cima de uma cama, por conta de um problema grave de coluna. Bem ela que nunca baixou a guarda pra nada. Beth então partiu desse mundo, certamente para poder cantar de novo altiva, forte, absoluta, de preferência num quintal além, repleto de bambas do samba. Pois foi esse retrato exato que ela deixa para a posteridade e para nós, órfãos de seu samba de paixão e emoção latente. Por isso, cantemos e escutemos daqui para adiante e sempre, os hinos que ela fez eternos em sua interpretação única: Andança; Coisinha do Pai; Folhas Secas; Saco de Feijão; O Meu Guri, Vou Festejar; Chorando pela Natureza, O Mundo é um Moinho, As Rosas Não Falam, Gotas de veneno, A Chuva Cai etc, etc. https://www.youtube.com/watch?v=wSjelkRuK8U