Já botamos muitos discos pra tocar na vida, mas quantos deles inverteram o sentido e nos tocaram? Poucos, tenho certeza. Os discos que nos tocam profundamente são aqueles que permanecem pra sempre naquela estante imaginária da vida: faça chuva, faça sol, haja crise, comemoração,tsunami, coração partido, festa, promoção ou decepção, lá estão eles, sempre à mão, com a capa gasta ou desbotada ( no caso dos LPs), solta ou trincada ( no caso dos digitais), a nos tocar profundamente, enquanto entramos em transe, alpha, êxtase ou transmutação.
O disco pode ser aquele que está sempre na lista dos melhores de todos os tempos da crítica especializada, ou quem sabe, um que se esconde solene numa bem sucedida discografia, mas que por vários motivos não foi tão esmiuçado ou compreendido. Não importa. Esses discos trazem geralmente a qualidade inegável, o jeitão bem acabado, o repertório em comunhão completa. Às vezes não - algo indefinido, que não é a qualidade, nos engalfinha e nos prende pra sempre - as nuances talvez, os arranjos, as letras entrelaçadas à música. O certo é que esses discos nos acompanham pela vida afora, e nos tocam profundamente - a mente, os ouvidos, a alma, o coração.
A partir de hoje, essa nova série, "Discos que nos Tocam", trará à tona, grandes discos da história, obscuros ou famosos, que por um motivo ou outro, se destacam pelo diferencial afetivo, emotivo, e por conta dessa cumplicidade, se tornam "de estimação". Vale lembrar também, que os eventuais convidados desta série não são zémanés pinçados à revelia, mas tarimbados colecionadores, especialistas ou amantes da música de qualidade. Isso posto, vamos ao exposto.
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