O post sobre o Recruta Zero rendeu um comentário pertinente e esclarecedor de Hélio Fittipaldi, filho do editor Savério Fittipaldi, que publicava no início dos anos 70, famosos livrinhos com o melhor da HQ mundial, e achei importante abrir este novo post para as devidas retificações.
A primeira correção é com relação ao nome da antiga Saber: o correto é Saber S/A-Expansão Industrial e Comercial da Cultura, e não Editora Saber como eu havia citado. No início dos anos 90, como esclareceu Hélio, a Editora Saber Ltda., sob sua batuta, e aí sim com editora no nome, publicou novas revistas do personagem, podendo enfim utilizar o nome Recruta Zero.
A outra alteração é com relação ao título 'Zé, o Soldado Raso'. Na verdade, a intenção do editor Savério Fittipaldi não foi de maneira nenhuma batizar o personagem à revelia. Por causa do contrato da King Features com a Rio Gráfica e Editora (atual Editora Globo) na época, que possibilitou à editora de Roberto Marinho o registro do nome Recruta Zero, a Saber S/A não pôde usar o mesmo nome. Daí portanto, surgiu o título Zé, o Soldado Raso.
Agradeço muito ao Hélio Fittipaldi pela sua providencial intervenção e peço desculpas pelo uso equivocado da expressão "forçou a amizade" - no fim, quem acabou forçando fui eu, mesmo sem intenção. Aquele post foi uma homenagem ao personagem Beetle Bailey e suas várias fases no Brasil, o que inclui sem dúvida, a clássica coleção da Saber S.A. (agora aprendi). De quebra, o comentário em questão revelou uma importante informação histórica de mercado: o gibi editado pela RGE, desenhado aqui no Brasil (até onde eu sei, um dos artistas era Primaggio Mantovi) não chegava a 12 mil exemplares, enquanto Zé O Soldado Raso, com histórias originais, vendia de 48 a 50 mil exemplares.
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