Millôr Fernandes, assim como o recém falecido Chico Anysio, era gênio. Ambos tinham os dois pés (e a cabeça) no humor, e ambos eram ecléticos, irrequietos e workaholics. Perder esses dois em poucos dias é um rombo sem tamanho no humor brasileiro.Homem de imprensa, escritor, desenhista/chargista/caricaturista, dramaturgo, jornalista, tradutor e principalmente humorista, Millôr fazia bem tudo o que se metia a fazer. Fundou o antológico Pif-Paf, de poucos números, assassinado no início da ditadura, o mesmo Pif-Paf que influenciaria o não menos antológico Pasquim e traria Millôr novamente na proa e na mira dos militares. Ornamentou com desenhos inimitáveis e textos irrepreensíveis as grandes revistas semanais e jornais diversos ao longo de sua carreira de quase oito décadas (!) - como na longínqua Cruzeiro dos anos 40/50, onde já fazia história com sua coluna dupla Pif-Paf. Tradutor conceituado, frasista dos melhores, chegou até a enveredar pelos quadrinhos, em um momento bem surreal de sua obra ( veja abaixo). Embora polivalente até a tampa, não gostava de rótulos, definições e se achava "sem estilo".Antenado até o fim, até poucos dias atrás deixava sua marca na internet e nas redes sociais. Além do site oficial, separei alguns tópicos interessantes, que se não chegam a alcançar a magnitude do mestre, pelo menos deixam à mostra uma pontinha de sua genialidade. Valeu Millôr!
# Site oficial: http://www2.uol.com.br/millor/
#Entrevista(Luís Antonio Giron-Época 2004): http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT741449-1666-1,00.html
#Frases: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/livros/noticias/15-frases-marcantes-do-escritor-millor-fernandes
# Arte: http://estadao.br.msn.com/fotos/galeria-de-fotos.aspx?cp-documentid=33062338
# parceria com Carlos Estêvão na HQ: http://www.readoz.com/publication/read?i=1043787&pg=30#page30
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