Leon Hirszman era considerado entre os próprios cineastas do grupo do Cinema Novo como um dos mais completos do movimento. Leon tinha ângulos inusitados, sensibilidade, punch, intimidade com luz e sombras, e não tinha medo de arriscar. Quando fazia documentários em curta metragem, como esse do grande Nelson Cavaquinho, aí que não tinha pra ninguém: a visão social e seus meandros, sob a lente p&b de Hirszman trazia contornos crus e ao mesmo tempo comoventes, da simplicidade da comunidade ao redor e o detalhe da gota de suór pingando da testa sofrida de Nelson ( aqui com 59 anos) ao fremente zoom nas cordas do violão torto do mestre, capturando com maestria os desvãos boêmios e a profundidade de um homem genial e comum.
22 de março de 2016
Vale a pena ver sempre: documentário de Leon Hirszman sobre Nelson Cavaquinho (1969)
Leon Hirszman era considerado entre os próprios cineastas do grupo do Cinema Novo como um dos mais completos do movimento. Leon tinha ângulos inusitados, sensibilidade, punch, intimidade com luz e sombras, e não tinha medo de arriscar. Quando fazia documentários em curta metragem, como esse do grande Nelson Cavaquinho, aí que não tinha pra ninguém: a visão social e seus meandros, sob a lente p&b de Hirszman trazia contornos crus e ao mesmo tempo comoventes, da simplicidade da comunidade ao redor e o detalhe da gota de suór pingando da testa sofrida de Nelson ( aqui com 59 anos) ao fremente zoom nas cordas do violão torto do mestre, capturando com maestria os desvãos boêmios e a profundidade de um homem genial e comum.
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