Vô Antonio, à esquerda |
Desde o mês passado meu primo Ednilson resolveu ir atrás da história da família Massolini, da qual me incluo, e de lá pra cá vem fazendo um ótimo trabalho detetivesco! A saga da família é muito complicada de ser desvendada por conta de vários empecilhos, mas principalmente porque nossos bisavós tiveram uma doença gravíssima ali pelos anos 20 (bem provavelmente a gripe espanhola) vindo a falecer e deixando os filhos ( minha tia Rosa, meu tio Zéfiro e meu avô Antonio, pai do meu pai), órfãos ainda na juventude. Essa tragédia fez com que cada um deles fosse para uma família - meu avô, o mais velho, acabou indo para o interior labutar na roça. Mesmo com essas surpresas e armadilhas no caminho, a pesquisa do meu primo andou e andou bem. Um dos empecilhos - e este acaba atrapalhando muito quando se busca documentos em cartórios - é o fato de cada filho ter um registro do sobrenome ( a parte do tio Zéfiro, Massolino; a parte do meu vô, Massolini e Mazolini - e por aí vai). Entre as descobertas, nomes diferentes em certidões de nascimento ( tia Rosa por exemplo, era Rosina), datas trocadas e fotos inéditas ( muitas estavam com a parte da família que ficou em São Bernardo). Meu avô Antonio tem pouquíssimas fotos em vida. Goleiro da General Motors nos anos 30 (seu apelido era Testão) foi contratado para trabalhar na empresa à época por ser bom de bola, e lá ficou até se aposentar. Infelizmente conheci muito pouco meu vô, pois ele faleceu no início dos anos 70, quando eu contava com 3, 4 anos de vida. O que lembro vagamente é de um senhor com barba a fazer - ele já estava muito adoentado - sentado o tempo todo em um sofá avermelhado, do qual eu mantinha distância por puro amedrontamento. Receio bobo de criança, pois quem conheceu o Seu Antonio sabia que ele era uma pessoa de boa índole e amável. Há uns anos atrás eu e meu pai fomos checar nos arquivos da General Motors se havia alguma foto dos tempos pioneiros do futebol na empresa, em busca de uma imagem em que aparecesse meu vô no time, pois nossa família não tem nenhuma referência dessa sua fase na juventude. Saímos decepcionados de lá, pois todas as imagens anteriores aos anos 60 não eram mais guardadas no acervo. Um absurdo! Com esse resgate bem vindo da parte do meu primo, algumas fotos suas vem aparecendo aos poucos. Eu já tinha achado uma foto de má qualidade nos guardados do meu pai, com meu vô entre uma formação posterior do time da General Motors (provavelmente início dos anos 60 - foto abaixo) Não é uma imagem de boa qualidade e também não é de seus tempos áureos embaixo das traves, mas de certa forma, resgata sua proximidade com o futebol amador e suas raízes. As outras duas fotos, acima, vieram das buscas do Ednilson: o retrato - que mostra bem as semelhanças com meu pai - deve ser dos anos 50. Já a belíssima foto dele em uma bicicleta, ao lado de um amigo, tem boas chances de ser dos anos 40. Ficam aqui os registros do meu heroico vô Antonio Massolini, a quem pouco conheci, mas que sempre me acompanhou no coração, como se de certa forma me protegesse no correr da vida. Um anjo da guarda de luvas.
Minha história tb, sou neta do vô Zefiro Massolino. Muito obrigada por compartilhar nossa história. 😉
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