24 de julho de 2017
Waldir Peres ( 1951-2017)
Morreu Waldir Peres, de um ataque fulminante do coração, neste fim de semana no interior de São Paulo. Foi um dos mais autênticos goleiros que vi jogar e sua atuação no final daquele Brasileiro de 1977 foi uma das cenas inesquecíveis que vi em meu auge como fã do futebol-arte, do alto de meus 10 anos. O goleiro vestia a camisa do São Paulo - time em que brilhou por mais de uma década - e nas cobranças dos pênaltis daquela final contra o Atlético-MG, espezinhou tanto os adversários, rindo na cara, jogando praga, cuspindo na bola e fazendo todo tipo de catimba possível, que não precisou defender uma cobrança sequer para ver seu time sagrar-se campeão. Waldir Peres era assim - sarrista, contador de histórias - mas também um ídolo legítimo para o São Paulo FC, onde foi campeoníssimo, e o goleiro titular daquela seleção brasileira de 1982, considerada uma das melhores de todos os tempos mesmo sem ganhar a Copa ( Waldir foi reserva nas Copas de 1974 e 1978). Passou pelo meu time Corínthians também, nos anos 80, além de outros times, até encerrar a carreira na Ponte Preta, o time que o acolheu em início de carreira e que fez o São Paulo se interessar logo pelo seu passe. Nos anos 90, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente no Dedoc-Abril quando ele foi ao setor a procura de fotos suas para um livro e eu o atendi. O mesmo sorriso e simpatia que eu via nas fotos da revista Placar no correr dos anos 70/80 estavam ali, ao vivo. Waldir Peres vai fazer falta.
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