Geraldo Azevedo é um dos artistas da minha lista de preferidos que eu ainda não tinha visto ao vivo. No sábado, fui com os filhos e a patroa assisti-lo no Sesc Pinheiros, por preço módico de associado. E como eu gostei de ter ido! Se eu já desconfiava que Geraldinho era poeta dos bons, violonista dos melhores e vocalista que mantém a mesma qualidade por anos, ao vivo pude comprovar essas impressões. Fez um show de primeira, com algumas surpresas, cercado de uma banda competente e cheia de swing ( Banda Acústica). O baterista tinha um pé ( e as mãos) no jazz; o flautista/trompetista, diretor do show, super novo, mas com a firmeza necessária para acompanhar Azevedo na intrincada "Bicho de Sete Cabeças" ( já ouvi em muitos vídeos e discos, mas essa versão ao vivo, com direito a duelo entre os músicos, ficou matadora); o baixista cool até o osso; o guitarrista, canhoto, quase levitava em alguns solos; e o tecladista, discreto, mas que preencheu todos os vazios com muita sensibilidade. Três momentos que eu quase caí da cadeira: "Dia Branco" em versão bossa-nova; "Chorando e Cantando" logo no início, mantendo a força arrebatadora de uma das canções mais sensíveis feitas pelo pernambucano ( e das maiorais na lista minha e da minha esposa) e Sabor Colorido, perfeita na execução. Um show excelente, com pouco falatório e muita emoção. Geraldo Azevedo, mesmo cansado da apresentação anterior no Rock in Rio ( com Zé Ramalho e Elba Ramalho) fez um show digno de sua extensa carreira.
Aproveito o post para compartilhar um disco ao vivo do Geraldinho ( já dos anos 90) que eu adoro escutar , com uma gravação bem limpa, e que eu conheci em CD no lançamento:
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