Quero deixar registrado aqui algumas lembranças e mensagens bem criativas que recebi neste dezembro 2017 ( até agora), entre elas, o tradicional cartão de Boas Festas montado com muito afinco pelo amigo Vitorio Cestaroli, outro cartão bem bonito mandado pela Fundação Pró-Memória de São Caetano e uma mensagem muito humana e profunda enviada pelo grande José Renato Santiago, e que também já é de praxe. Também mostro a linda capa artesanal do livro "Perfumes e Palavras" de Ingrid Caldas, que acabei ganhando em sorteio promovido pelo EAC ÃnandaV, grupo cultural capitaneado pela querida Marisa Dea. Uma obra delicada, com edição e capa e encadernação artesanalmente produzidas pela Scenarium, que servem de moldura para as delicadas e ao mesmo incisivas poesias de Ingrid Caldas.
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Olá Marcos,
Espero que esteja muto bem.
“Em terra de cego, quem tem um olho, não é visto” era com tiradas como esta que o saudoso vizinho da minha avó, Waldemar Caracas costumava nos receber nas visitas anuais que fazíamos a ele.
Morando em São Paulo, costumávamos passar o Natal e a passagem para o Ano Novo em Fortaleza, terra dos meus pais e de, praticamente, todos os meus entes.
Já quase Centenário, ainda que não fossemos parentes, visitar Seo Caracas era uma festa. Nossos encontros costumavam acontecer durante a primeira quinzena de dezembro. A animada conversa sempre nos trazia momentos únicos de alegria.
A sua idade avançada, no entanto, sempre nos passava a impressão de que aquela poderia ser a última visita. Sabido, ele não deixava por menos e costumava nos antecipar a esta expectativa: “Olhe, ano que vem espero vocês aqui, pois seguirei firme e forte. Não vou morrer não, nem vocês.”
Certa vez ele foi além e nos brindou com mais uma pérola: “Sabe, mesmo para mim, que mal costumo sair de casa por conta da minha idade, o fim de um ano é algo que me revigora. Saber que passei por tantas coisas e ainda assim continuo a ser brindado com mais um ano novinho para ser vivido é a prova cabal que Deus ‘me gosta’ e tem coisa melhor que ser gostado?”
Pois não é que é por aí mesmo.
Ao longo desse ano que se encerra, tantas coisas vivemos.
Vencemos, empatamos e perdemos. E continuamos vivos para seguirmos este campeonato que muitos chamamos de vida.
Algumas derrotas foram bem dolorosas a ponto de nos fazer acreditar que o momento seria de desolação. Engano.
A verdade é que fomos presenteados por novas oportunidades, com o bônus de estarmos mais calejados e fortes para enfrentarmos desafios ainda maiores.
Já as vitórias vieram como frutos de nossos esforços, por todo suor e, algumas vezes, lágrimas, derramados em busca de alcançá-las.
Os louros nos fizeram ainda mais confiantes, com a certeza que coisa alguma pode nos reter, a não ser nós mesmos.
A certeza é que nada aconteceu por mero acaso. Fomos merecedores de tudo aquilo que passamos, ainda que nem sempre tenhamos a consciência e/ou até mesmo sabedoria para reconhecer isso.
Para mim, particularmente, se me permite, posso afirmar que 2017 me trouxe surpresas, convicções e sentimentos únicos que me transformaram definitivamente. Aprendizagem...
Quero agradecer a você, Marcos, e a todos aqueles que cientes, ou não, fizeram parte da minha história durante este período. Que possamos estar juntos das mais diversas formas neste próximo ano.
Em 2018 seguiremos com tantas luzes à nossa frente, quantas oportunidades, possibilidades, verdades, vitórias, saltos, chamegos...ufa, muito para um ano, muito pouco para uma vida.
Desejar isso a outrem é acreditar que realmente somos capazes de sermos muitos maiores que os nossos mais audaciosos sonhos.
Um Feliz Natal e um Ano de 2018 único em sua vida e de todos aqueles que ao ouvirem o seu nome, sentem seus corações mais aquecidos.
Grande abraço
Fique com Deus.
José
Renato Santiago
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