31 de julho de 2018
O surpreendente Paul
(divulgação)
Não bastasse ser dado como morto nos anos 60 - em uma das mais elaboradas teorias conspiratórias feitas até hoje -; não bastasse ter levado toda a culpa( ao lado da Yoko) pela separação dos Beatles; não bastasse ter demorado para engrenar seus discos solos ( em comparação com os primeiros de George e John), embora hoje tenham sido reavaliados positivamente; não bastasse ter uma impressionante carreira de 56 anos recheada de sucessos em todas as décadas; Paul McCartney sempre vai surpreender de alguma maneira os fãs e a mídia. Não é de hoje que ele se deleita em aparecer em shows surpresas realizados em locais inusitados. Em 2013 anunciou horas antes no Times Square que iria tocar em cima de um caminhão no mesmo dia. Em 2016, participando do mega festival Desert Trip ao lado de dezenas de astros dos anos 60/70 ( e onde dividiu o palco com Neil Young), resolveu aparecer de supetão em um minúsculo bar chamado Pappy & Harriet e fez um caloroso show para 300 pessoas. Mas para este ano de 2018, em que lançará o disco Egypt Station, com lançamento programado para 07/09, o elétrico Macca, do alto dos seus 76 anos, realmente extrapolou: emocionou plateia e fãs em junho quando participou do programa "The Late Late Show with James Corden" no quadro "Carpool Karaoke" em que levou o apresentador para conhecer sua casa de infância, cantou trechos de clássicos no seu carro e fechou com chave de ouro com apresentação surpresa em um pub local onde os pedidos de música eram feitos em um jukebox. Agora no dia 26/07, uma quinta-feira, eis que Paul surge no lendário Cavern's Club em Liverpool, onde tudo realmente começou para os Beatles, e faz um show antológico e emocionante. Para estes concertos, geralmente o veterano músico avisa seus fãs pelo twitter algumas horas antes, o que foi o caso. Teve lágrimas, músicas inusitadas e até reclamações de Paul quanto ao número excessivo de celulares filmando. O novo Cavern foi construído no mesmo endereço do antigo estabelecimento, mantendo seus tijolos originais e alguns outros detalhes exclusivos. Já Paul, este é o mesmo de sempre. Podem enterrá-lo em fakes news, podem crucificá-lo por ser traidor dos Beatles, podem taxá-lo de workaholic e "homem de negócios", podem fazer o que for: ele continuará por aí, lançando discos, singles, produzindo e participando de discos de amigos, e claro... fazendo shows gigantescos em estádios e aparições surpresas em pubs e bares microscópicos. Esse é Paul McCartney...e sempre será. ---------------------------------------
Segue o set list do show surpresa no Cavern Club:
1. Band Jam
2. Twenty Flight Rock (Eddie Cochran cover)
3. Magical Mystery Tour
4. Jet
5. All My Loving
6. Letting Go
7. Come On to Me
8. Let Me Roll It
9. I've Got a Feeling
10. My Valentine
11. Nineteen Hundred and Eighty-Five
12. Lady Madonna
13. In Spite of All the Danger (The Quarrymen)
14. Things We Said Today
15. Confidante
16. Love Me Do
17. Who Cares
18. Birthday
19. I Wanna Be Your Man
20. Fuh You
21. Get Back
22. Ob-La-Di, Ob-La-Da
23. Band on the Run
24. Hi, Hi, Hi
25. I Saw Her Standing There
26. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise)
27. Helter Skelter
30 de julho de 2018
Vinil & Comics na Coluna do Rick ( ABC Repórter 28-07-2018)
Enquanto o encontro anual de carros antigos em São Caetano bombava no sábado, 28, aniversário da cidade, e o nosso "stand" de comics e discos seguia firme no segundo dia do evento, o jornal ABC Repórter era distribuído á população com a coluna do Rick ( abaixo) divulgando o encontro e nossa parceria no evento. Num próximo post conto detalhes incríveis que rolaram nestes três dias de muito cansaço mas também muitas surpresas!
26 de julho de 2018
Vinil e comics no Encontro Anual de Carros Antigos de São Caetano
Neste fim de semana vou estar no Encontro de Carros Antigos no Parque Chico Mendes em São Caetano do Sul como expositor no mercado de pulgas. Vou levar muitos comics, gibis raros, livros, revistas, pôsteres, miniaturas, memorabilia e itens de colecionismo. Ao meu lado, o lendário Ricardo Martins Rick - "Rick and Roll", com seu vasto acervo de LPs e surpresas incríveis no local! Imperdível! Vai rolar até uma rifa de uma vitrola! Não percam! Mais detalhes no folder abaixo...
24 de julho de 2018
O Acervo Sorve: Revista Ler & Cia ( julho e agosto de 2018)
Uma grata surpresa esta revista que ganhei da minha querida sogra. Curitibana, "Ler & Cia"é produzida pela rede "Livrarias Curitiba" e "Livrarias Catarinense" e já está em sua 81ª edição. Além da capa vistosa com Os Incríveis, sua pauta principal, a revista traz boas matérias, como na série "Clássicos da Literatura" em que se analisa as obras do escritor e filósofo polonês Zygmunt Bauman, "Modernidade Líquida" e "Amor Líquido", lançadas em 1999 e 2003 respectivamente, que relatam questões contemporâneas do cotidiano; a edição também vem com três entrevistas bem interessantes: com o escritor curitibano Cristóvão Tezza; o historiador Leandro Karnal e o escritor Fabricio Carpinejar; de quebra, dicas de obras culturais ligadas à Guerra Fria. O veículo promoveu ainda o VIII Concurso de Contos e a edição publica um dos seis contos vencedores, "A Ceia", da recifense Sabrinna Alento Mourão. Eu sempre curti muito revistas "de livrarias" e é muito bom saber que algumas ainda resistem. Depois da "morte" da Revista da Saraiva, que religiosamente eu adquiria todo mês, e da falta de tempo para visitar a Livraria Cultura, que ainda mantém a pleno vapor sua ótima magazine, faz tempo que não caía em minhas mãos uma revista tão bacana e tão "substanciosa" desse nicho.
20 de julho de 2018
Capa do Mês: O Tico-Tico nº 1916 - Julho de 1945
Encontrei essa capa sensacional em uma busca aleatória que eu estava fazendo na rede. Uma cena musical cheia de movimentos e cores, com uma percussão bem brasileira. Só não consegui desvendar a assinatura. Quem decifrar o autor desse belo quadro, por favor, avise nos comentários.
19 de julho de 2018
Raízes 57
Mais um final de julho surge no horizonte e a Revista Raízes bate ponto como acontece há quase trinta anos. A revista histórica semestral de São Caetano homenageia desta vez os 50 anos da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), antigo IMES, e justamente por isso, será lançada desta vez no campus da homenageada. Meu amigo Renato Donizete comparecerá na revista com seu artigo sobre futebol ( o que vem fazendo faz tempo) e eu estarei presente com um artigo sobre o extinto e saudoso Mercado Municipal de São Caetano. É Oo que eu sei - o resto das pautas fica como surpresa para mim. Mais detalhes do lançamento, no folder acima.
18 de julho de 2018
O letreiro do Amigo da Onça
A história é essa: eu passava sempre por ali uns anos atrás e sempre que via aquele letreiro lindo, "babava". Numa noite de inverno parei com minha esposa no tal bar e chegamos a pedir uns petiscos e umas cervejas. Numa outra vez vi um álbum em ótimo estado do Amigo da Onça em um sebo de Santo André e como não podia pagar por ele no momento, achei o telefone do bar na internet, avisei o proprietário que este álbum estava à venda e ele se prontificou a ir atrás. Realmente foi atrás e comprou, pois na segunda vez que fui lá, o álbum fazia parte da decoração. Uma certa tarde vi que o bar estava fechado para reformas. O tempo andou mais um pouco e num outro momento percebo uma placa de "vende-se". E o letreiro ali, impávido. Criei coragem noutra passagem por lá, desci do ônibus e deixei um bilhetinho por baixo da porta, avisando que eu me interessava pelo letreiro e qualquer coisa era só me ligar. Passaram-se meses e eu já achava que os pedreiros tinham misturado o meu papelzinho no cimento! Até que ontem recebo uma mensagem do arquiteto perguntando se eu podia retirar o letreiro lá hoje. Fui com um amigo de Kombi e aí está finalmente, esta maravilha de letreiro comigo. Não sei ainda onde colocá-lo mas já faz parte do acervo do futuro centro cultural que um dia inaugurarei!
17 de julho de 2018
A misteriosa "Revista Infantil"
Por muitos anos, quando se falava em cronologia das histórias em quadrinhos no Brasil, citava-se acertadamente que a primeira revista periódica com foco nesta linguagem no país foi a pioneira O Tico-Tico, mas também se dava um salto temporal diretamente para a Gazetinha ( A Gazeta Infantil) e para o Suplemento Infantil ( depois Juvenil), respectivamente de 1929 e 1934, o que acabava engolindo outras publicações, sem a projeção dessas citadas, mas que merecem um estudo mais aprofundado. Consegui alguns exemplares recentemente da Revista Infantil, publicada desde o início dos anos 20 ( estima-se que em 1921) ( ATUALIZAÇÃO: a leitora do blog Maria Aparecida jogou luz nessa informação, cravando que a revista começou mesmo em 1921, ainda só com textos - comentário lá embaixo) e vale a pena reproduzir aqui as capas das edições (publicadas em 1930. 1931 e 1933), mesmo que a qualidade das fotos não esteja a contento. A Revista Infantil, assim como O Tico-Tico, publicava contos, atividades e charadas, e entre os vários personagens que passaram por suas páginas ( dos que eu vi, muitos obscuros e alguns decalcados de outras fontes) destacam-se O Gato Félix ( publicado como Miau Miau e depois Gato Preto), e Pafúncio e Marocas ( Pafúncio nomeado aqui como Dr. Rompestraga - informação do amigo André Lopez). Foi aparentemente a primeira aparição do Gato Félix no Brasil pois no O Tico-Tico ele surgiu depois. Com mais tempo, esmiuçarei os detalhes de cada exemplar... por enquanto, compartilho 9 capas:
10 de julho de 2018
Steve Ditko (1927-2018) em breve, terá biografia inédita pela Editora Noir
Steve Ditko, considerado por muitos fãs dos quadrinhos um gênio, faleceu aos 90 anos no dia 27/06 último. Entre suas façanhas na nona arte, as mais importantes foram as cocriações ao lado de Stan Lee de dois ícones do Universo Marvel: Homem-Aranha e Dr.Estranho (ambos lançados em 1962).Por pouco mais de três anos ele assumiu os desenhos do herói aracnídeo, humanizando ao máximo e dando vida a todo o seu universo e consequentemente povoando-o com coadjuvantes e vilões inesquecíveis como Dr.Octopus, Abutre, Duende Verde e Lagarto. Como em tudo na sua vida, há um grande mistério até hoje sobre qual o seu real quinhão nessas criações, pois Ditko, além de reservado ao extremo, deu raros depoimentos sobre sua carreira/vida ( a última entrevista data de 1968) o que só aprofunda as dúvidas a seu respeito. Em suas poucas declarações, sempre reclamou que seu trabalho na Marvel nunca teve o valor merecido.
Com o anúncio da morte do artista, a Editora Noir resolveu anunciar o lançamento de sua biografia inédita, "O Incrível Steve Ditko" que até então seguia em segredo, e já no segundo semestre lançará a obra, escrita por Roberto Guedes ( anúncio acima). Já estou contando os dias...
6 de julho de 2018
Musicália Urbana
O canal no Youtube "Musicália Urbana" ( que na apresentação aparece como "webserie") me chamou a atenção logo de cara quando conheci a algum tempo: geralmente em cenários despojados e simples, artistas de várias vertentes musicais, muitos da periferia ou fora dos grandes centros ( uma constatação, não regra do canal), uns começando, outros se reinventando, quase todos insistindo nessa mágica chamada música, mostram "ao vivo" seus trabalhos para uma câmera de prontidão. Dos vídeos, grande parte mostra um (a) vocalista acompanhado de um ou mais instrumentistas, e comentários sobre a trajetória acompanham a apresentação. É estimulante, revigorante e emocionante ver que o nosso Brasilzão continua sendo um celeiro farto de bons e corajosos artistas da música, que independente da modinha da vez, do gênero escolhido como a bola da vez, das diretrizes das gravadoras e da mídia, dos jabás radiofônicos, etc etc, estão por aí mostrando a cara e a arte, com independência e identidade. O canal, com mais de 140 vídeos já tem mais de dois anos e espero que continue com essa sua proposta essencial de mostrar a música "escondida" brasileira por muito tempo ainda!
Aqui, todos os vídeos: https://www.youtube.com/channel/UC9QB6-A71_rqQeb-HoAsyiA/videos
3 de julho de 2018
No 2º encontro da Turma do Baldão, o rock dá as caras em São Caetano
São Caetano do Sul já foi chamada de Gothan City nos anos 80 e não era pra menos: o seu underground viu nascer a primeira banda de psychobilly do Brasil (Kães Vadius) , recebeu bandas de várias partes e era reduto de grandes skatistas, grafiteiros e fanzineiros, além de ver nascer a loja de LPs especializada em rock, a Rick and Roll, que existe até hoje,e que agitou a cena com festivais de topete e apresentações de bandas ( João Penca e Seus Miquinhos Amestrados foi uma delas). De uns tempos pra cá, essa chama parece ter voltado a acender os céus de Sanca e vários movimentos aparentemente banais estão devolvendo a aura underground à cidade. Lanchonetes retrôs, encontros de colecionadores e carros antigos, bandas se formando nas escolas de músicas e nas garagens. E os veteranos, que nunca abandonaram a cena, vão retomando os espaços aos poucos. No dia 30/06, fui convidado para o 2º Encontro da Turma do Baldão ( valeu, Tânia!) e aproveitei a ocasião para levar os fanzines do guitarrista Betinho Moraes que editei e lancei no começo do ano. Mas antes de contar como foi lá, só um parênteses com relação ao "Baldão": o bar foi um dos locais chaves da cidade, celeiro de bandas, assim como foram o Clube Sberoc ( esse nos anos 70) e o Chaplin Bar. Nada mais a ver, portanto, do que levar a história do Betinho para quem o conheceu na época, muito provavelmente no próprio Baldão. O encontro foi no tradicional bar do Márcio e quando cheguei no fim da tarde o churras e os birinaites já estavam rolando há pelo menos três horas. Logo de cara, topei com o Zé Luis, amigo de infância que eu não via há anos! Entre os presentes, muitos que eu não via desde os anos 90, além é claro, da anfitriã Tânia - com a inseparável amiga Regina - e também o onipresente Yeis, a Chris Escudeiro, a Nancy e o incrível Niva dos Santos, "enciclopédico" quando o assunto é música. Depois de relembrar muitas histórias e distribuir o fanzine, ainda tive o privilégio de ver os integrantes da banda Bagagem ( João Louco, bateria; Pulgão, baixo; Sergio Oliveira, guitarra; o lendário Sabá nos vocais; fotos acima) detonar no rock and roll. Pena que tive que trabalhar e saí antes de ver o Pan estraçalhar com sua guitarra numa grande session com a mesma banda (acabei vendo depois em vídeo no FB). Outras virão com certeza. O rock está mais vivo do que nunca em Sanca City. Viva!