Em meio a esse caos desgovernado que estamos vivendo, fico sabendo do passamento do José Carlos Ruy, aos 70 anos, de infarto. O Ruy foi meu chefe na Abril Imagens, setor do Dedoc/Abril, quando a editora já começava a entrar num parafuso sem rosca e sem volta, no começo deste século. Depois reencontrei-o em Pinheiros umas duas vezes ainda na primeira década dos 2000 e em 2014, graças a ele, vi meus poemas recém lançados do livro Aura de Heróis serem publicados na seção cultural do portal Vermelho. Ele foi um grande estudioso dos movimentos populares, do marxismo e da esquerda (vale a pena procurar seus livros) e labutou em veículos como A Classe Operária (como editor), revista Princípios e portal Vermelho. O velho Partidão era sua casa principal e como militante e dirigente, pesquisou, escreveu, panfletou, saiu às ruas. E como bem lembrou nosso amigo em comum Bias, toda a sua batalha diária sempre foi acompanhada de bom humor e humanidade. Vai lá, Ruy, que outras lutas o esperam em algum canto oprimido deste vasto universo.
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