No último final de semana rolou o 1º Gibi SP Festival, capitaneado pelo grande Wilson Simonetto e sua valorosa equipe. E pela segunda vez nesse tipo de evento, participei como expositor/vendedor (já tinha participado com Francisco Ucha e Alexandre Morgado do último Festival Guia dos Quadrinhos, antes da pandemia). Foi um alegria imensa! Além de fazer aniversário no domingo, pude rever grandes amigos do colecionismo e conhecer ao vivo finalmente alguns colecionadores de quadrinhos que eu só conhecia via internet. Como eu comentei com alguns confrades no evento, eu não poderia estar em outro lugar mais aprazível e reconfortante no meu aniversário! O Gibi SP certamente vai se firmar no calendário de eventos de HQs, pois unanimemente foi aprovado por quem expôs e compareceu à Vila Mariana nos dois dias. Com todo o respeito aos megaeventos como o CCXP, que tem seus méritos e sua importância no mercado mais do que comprovada, mas o Gibi SP também é imprescindível, pois traz de volta um formato muito bem vindo e que tinha deixado órfãos desde que o Festival Guia dos Quadrinhos (ex-Mercado de Pulgas) encerrou sua história depois de uma década: o formato-raiz, onde o foco é gibi, gibi e gibi! Foi lá no saudoso Guia que conheci muita gente boa dos quadrinhos, a partir de 2010, e muitos deles eu reencontrei neste fim de semana emocionante em São Paulo. Inclusive, por ser um local onde aconteceram várias edições do FGQ, eu tive a plena sensação de que tinha voltado no tempo! Entre os expositores e palestrantes, estavam muitos amigos: Marcelo Alencar, Gonçalo Júnior, José Braga, Flávio Luiz, Adriano Rainho, Manoel de Souza, Edson Diogo, Celsão Comic Hunter, Sam Hart, Roberto Guedes, o pessoal do Rio (Copa Comics) - André Luiz Aurnheimer, Luciano Lino e Marcelo Magalhães -, Marcelo Naranjo, Mauricio Muniz, Jota Silvestre, Daniel Esteves, Leandro Luigi. E entre os visitantes, mais surpresas boas: o Alexandre Morgado, o Peter Mihajlovic, o Dedy Edson e o Claudio Juris, bons amigos que conheci em eventos muito, muito longínquos (tendo inclusive colaborado com o essencial projeto do Morgado: "Marvel Comics - A Trajetória da Casa das Ideias no Brasil), apareceram na mesa; Toni Rodrigues, grande amigo e idealizador da fantástica revista MeMo, que já está em sua 10ª edição (outro projeto que me deixa muito lisonjeado em colaborar), também apareceu - e acabou levando duas edições de Akim da Editora Noblet; ainda teve a visita do Bruno, filho do Flavio Micali, grande amigo meu dos tempos de Jornalismo na Metodista; do irrequieto ilustrador, quadrinista e fanzineiro Marcos Venceslau; de dois dos três cabeças da incrível "Pipoca & Nanquim" - Alexandre Callari e Bruno Zago; do especialista em Mort Walker, Vanderlei Garcia e a presença marcante do colecionador mineiro Pedro de Oliveira, um farejador implacável de gibis com brindes - eu acabei conseguindo pra ele um exemplar do Mickey com uma moeda de brinde. Aliás, a sua história do medalhão foi uma das muitas histórias de colecionismo que bombaram pra valer no evento: todos ficaram curiosos em saber qual era a origem daquele medalhão rústico com a efígie do Tio Patinhas, mostrado em imagem no seu celular, que ele havia adquirido uns tempos atrás. Depois de idas e vindas, finalmente o Marcelo Alencar, um dos maiores conhecedores de Disney no Brasil, matou a charada: o medalhão rústico, na verdade, serviu de molde para uma posterior "Pataca" patrocinada e distribuída aos clientes pela Poupança do Itaú. Bingo! Senti falta de alguns amigos que sempre estão nesses eventos: Renato Frigo - que era pra ser meu primeiro "sócio" de mesa, mas também teve problemas particulares -, Francisco Ucha, Laudo Ferreira e o Wil Sideralman, pra citar alguns. Fui agraciado no evento com dois companheiros de mesa incríveis. Inicialmente, quem ficaria na minha mesa era o Franco de Rosa (depois do Frigo), mas por conta de um imprevisto, ele acabou passando o bastão para o Giovanni Voltolini, que eu conhecia só de nome. E foi no evento que eu descobri o porque do Giovanni ser considerado uma lenda entre os colecionadores. Vou contar só uma dele: em 1977, Giovanni estava na Itália, e comprou um exemplar de Ken Parker, que havia acabado de sair em revista própria na Velha Bota. Se apaixonou pelo gibi e na volta, procurou o Ota na Editora Vecchi e soltou: "Ota, porque você não publica Ken Parker no Brasil?". Ota aceitou a sugestão, publicou a revista Ken Parker (a partir de 1978), que durou 53 números e o resto é História. Giovanni, que era da velha turma do Franco na Livraria Gibi nos anos 70, tem muitas histórias no colecionismo e hoje revende material de quadrinhos importado. Com ele apareceu para ajudar na mesa outra figura rara: Wilson Costa de Souza, considerado por muitos um dos maiores entendedores de super-heróis em nossas plagas. Com essa dupla dinâmica - que trouxeram para venda um novo número do fanzine Alegoria (depois de muitos anos!) com histórias inéditas de Jack Kirby e Cavaleiro Fantasma - mais a boa vizinhança (JBraga na direita e o Copa Comics na esquerda) o nosso pedaço ficou bem agitado e animado. A agitação, inclusive, me impossibilitou de conversar com alguns colegas que vi passar nas imediações da mesa, como o Luis Fernando Garcia, o Antonio Carlos Rodrigues e o Gérson Fasano. Na próxima dá certo. Para coroar a participação no evento e o meu aniversário "Cinco ponto Cinco", ainda ganhei presentes (obrigado, Gonçalo, Manoel e Magalhães), encontrei gibis fantásticos para a minha coleção (Ferdinando; Capitão Atlas; Charlie Chan) e ganhei o grande prêmio do Quiz Nerd, atração tradicional apresentada por Mauricio Muniz: uma edição Omnibus luxuosa do Fantasma pela Editora Mythos. Com 55 anos recém completados nas costas, eu parecia uma criança! Vida longa ao Gibi SP Festival!!
A mesa A-35
Iniciando os trabalhos. Na direita, Manoel de Souza, da Editora Heroica e mais atrás, Celsão Comic Hunter
Quarteto Fantástico: eu, JBraga, Giovanni Voltolini e Wilson de Souza
Bruno, filho do meu amigo Flavio Micali
A animada turma do Copa Comics: André Aurnheimer, Luciano Lino e Marcelo Magalhães
Com Vanderlei Garcia e Adriano Rainho
Grande Prêmio Quiz Nerd: a cereja do bolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário