Exemplo de "atemporariedade" nos quadrinhos: Aventuras de Zé Caipora, do ítalo-brasileiro Ângelo Agostini, por volta de 1880 (abaixo). A sua obra, além do visual excepcional , colocou o Brasil entre os pioneiros mundiais da arte sequencial : em 1867, com "As Cobranças" no "O Cabrião"(SP), Agostini já fazia HQ.
Hoje comemora-se mais um Dia do Quadrinho. Entre trancos, barrancos, crises, perseguições e perdas durante toda a sua história, o quadrinho brasileiro pode comemorar esse dia 30/01/2010 com mais esperança e fôlego. Muitas incompreensões e desestímulos continuarão pairando sob a cabeça de artistas, roteiristas, letristas, capistas, diagramadores, editores, leitores e pesquisadores, mas pela movimentação constante dos últimos tempos, pelos quadrinistas que divulgam e enriquecem cada vez mais a internet com seus trabalhos independentes, pelas editoras que apostam na nona arte, pelo espaço alcançado pelos quadrinhos na mídia e sua incrível invasão às estantes e seções das livrarias, só podemos brindar e comemorar. Um grande brinde a esta arte maravilhosa, pejorativamente apontada como "coisa de criança" durante anos.
E para provar que as HQs estão vivenciando um momento especialíssimo em sua longa história, nada melhor do que ver com os próprios olhos: pelo terceiro ano, o Blog dos Quadrinhos, do incansável Prof. Paulo Ramos, realiza a Maratona dos Quadrinhos, com trabalhos do Brasil todo. Basta uma rápida olhada para perceber a explosão de talentos, o ecletismo dos temas e a riqueza de estilos. E uma constatação fulminante: todos ali tem o seu espaço próprio de divulgação na internet, o que já evidencia uma conquista digital escancarada.
Um viva aos quadrinhos!
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