31 de maio de 2012

4º In-Edit

Em mais uma edição, o já consolidado Festival Internacional de Documentário Musical trará a partir de amanhã (hoje, só para convidados), 70 títulos de 11 países, entre eles o inédito "Lira Palistana e a Vanguarda Paulista", de Riba de Castro, "Jorge Mautner - O Filho do Holocausto", de Pedro Bial e Heitor D'Alincourt, "Siba - Nos Balés da Tormenta", de Caio Jobim e Pablo Francischelli, "Mama Africa", de Mika Kaurismäki, sobre a cantora Miriam Makeba (1932-2008), "Living in the Material World", de Martin Scorsese, sobre George Harrison, o vencedor do In-Edit Barcelona 2011 "Last Days Here", que conta a batalha de dois fãs, junto à Phil Anselmo (do Pantera) para salvar o vocalista da banda Pentagran do vício do crack, "Ray Davies - Imaginary Man" e "Kinkdom Come", ambos de Julien Temple, que resolveu fazer dois filmes separados que se completam sobre os Kinks, diante da briga ad eternum entre os irmãos fundadores da banda, Ray e Dave Davies. E tem muito, muito mais: Ozzy, Iggy Pop, David Bowie, Libertines, Queen, cena do Oriente Médio, cena africana, Serge Gaisbourg, Geraldo Vandré, música brega, Nação Zumbi. A mostra acontecerá em 6 salas entre os dias 01 e 10 de junho e este ano homenageia três personalidades: Fernando Faro, histórico produtor ainda na ativa ( criador de Ensaio - TV Cultura), Don Letts, cineasta britânico pioneiro da cena punk, que vem mostrar alguns de seus docs ( entre eles, o premiado "Westway to the World", sobre The Clash) além de ministrar Aula-Magna e discotecar no encerramento do festival e o fotógrafo Thomaz Farkas, falecido no ano passado e muito importante para o cinema brasileiro com sua série Caravana Farkas sobre músicas regionais e instrumentos musicais.
A programação completa, aqui ( por sala):
MIS 
CineSESC
Cinemateca Brasileira
Cine Olido
Cine Livraria Cultura
 
Matilha Cultural


30 de maio de 2012

Tributo à Legião Urbana

A MTV vinha divulgando com destaque o mês inteiro esse tributo e o primeiro estranhamento surgiu quando se anunciou o vocalista que faria parte do projeto junto ao baterista Marcelo Bonfá e o guitarrista Dado Villa-Lobos: Wagner Moura, o conhecido ator baiano, protagonista de Tropa de Elite. Conforme os ensaios apareceram na programação, percebeu-se que além da característica "cara de pau" que todo ator tem que ter, Wagner conhecia muito bem o repertório da banda e até que cantava direitinho, se deixássemos as comparações com Renato Russo de lado ( difícil não comparar, ein?). Quando soube uma semana antes que o lendário Andy Gill, guitarrista da banda pós-punk Gang of Four iria fazer uma participação especial nas duas noites do tributo, fiquei mais propenso ainda a acompanhar o show "ao vivo" pela MTV, ontem. Não me arrependi. Além de extenso repertório (foram 2 horas de show e 25 músicas da Legião!), há muito tempo longe dos palcos, Dado e Bonfá estavam esfuziantes como crianças, os convidados Fernando Catatau e Bi Ribeiro deram um show a parte em seus respectivos instrumentos e o emocionado Wagner Moura, que antes deste "pra valer", só tinha cantando Legião para uma platéia de mentirinha (a música "Será" no filme Homem do Futuro, que acabou chamando a atenção dos produtores da MTV), brigou no começo com o ponto de retorno na orelha, se emocionou, encharcou-se de adrenalina, cantou sem cola nenhuma, se emocionou de novo, fez um "quase mosh" na platéia, se emocionou mais uma vez, e do meio pro final "foi pra galera" de vez. Resumo da sua atuação: emoção 100%. Os apuros técnicos, uma constante nos projetos da MTV ( será que não dá pra emissora comprar microfones sem fio???? o vocalista teve a sua área reduzida por conta disso) não foram poucos -o  microfone mudo em "Fábrica' foi um dos grandes. A platéia de 7 mil pessoas, que pagou muito bem pra assistir o especial, não tava nem aí para percalços e eletrizou ainda mais o show.
Andy Gill
Quando Andy Gill adentrou o palco e iniciou uma versão venenosa de "Damaged Goods", com Bi e Catatau no suporte e Dado, fã de carteirinha do Gang of Four, no vocal, a platéia, mesmo não conhecendo a música, foi ao delírio. A satisfação latente emanada desse encontro histórico transmitia a aura necessária ao público. É essa sensação que faz do rock uma das coisas menos explicáveis do mundo. Explicar pra quê? Gill retribuiu o carinho e continuou no palco acompanhando "Ainda é Cedo".
Comparações? inevitáveis, mas nesse caso, perda de tempo.Essa formação foi só uma celebração, e a idéia de chamar um profissional fora do meio musical ( embora Wagner tenha uma banda amadora) foi perfeita - imaginem se fosse um cantor mesmo? aí sim as comparações jorrariam mais ainda em cima.
Estou ficando velho mas sem ranzinzices. Consegui assistir um show na íntegra com o ótimo repertório da Legião Urbana, Dado e Bonfá estavam afiados, a banda correspondeu, Andy Gill apareceu e gostou de tocar e Wagner Moura deixou rolar a emoção e conduziu bem a platéia, cantando sem arroubos e sem querer imitar ninguém. Renato Russo foi gênio - o cara fazia letras geniais, tinha uma das melhores vozes do rock e ainda mandava muito bem em suas performances. Para estar no lugar desse gênio é preciso ter muita coragem - e repito, cara de pau. Os fãs da Legião Urbana no fim, deram o tom, energizaram o ambiente e foram os grandes responsáveis para que tudo tenha dado certo.

39º Salão de Humor de Piracicaba

Recebi pelo correio mais um folheto de inscrição e regulamento do tradicional Salão de Humor de Piracicaba, desta vez o da 39ª edição. Pelo folheto têm-se uma noção, ainda que reduzida, da arte do cartaz oficial do evento e o autor escolhido para este ano é o grande Jaguar, que tanto prestou serviços para o nosso humor gráfico e que completa 80 anos em 2012 muito bem vividos (e bebidos). Pelo que já foi noticiado, o salão deste ano prestará uma homenagem paralela ao Pasquim e por osmose a esse mestre do cartum brasileiro. Acima, o folder, frente e verso, com a arte inconfundível de Jaguar.

29 de maio de 2012

Jota Erre (1965-2012)

O prédio redondo na esquina da Gilda com Pereira Barreto em Santo André:  lar da 97FM entre 1983 e 1992
Na sexta, 25, faleceu Jota Erre, um ícone do rock do ABC e posteriormente de São Paulo, que estava há muito tempo afastado da mídia ( pelo menos da nossa mídia paulista). Quem me trouxe a notícia foi o Rick Berlitz, meu grande companheiro de músicas e pautas, direto de Itatiba.
Antes da 89FM (a rádio rock, não essa atual), antes da Kiss, antes da Brasil 2000, existiu uma rádio que começou bem tímida (experimental pra ser mais exato), aqui pertinho de casa, com sede na Avenida Dom Pedro II (e posteriormente no prédio redondo da Rua Gilda com Av. Pereira Barreto, onde permaneceu de 1983 a 1992), e que logo angariou vários ouvintes, não só do ABC, mas de várias partes da capital e da Grande São Paulo: a 97FM. Sem qualquer vínculo com gravadoras e nem com hit parades, a emissora começou a tocar desde clássicos do rock até bandas obscuras, que nunca tinham passado pelas ondas radiofônicas brasileiras, principalmente progressivas européias e americanas do hard rock setentista. O Rock Brasil também dava as caras na programação, caso de Golpe de Estado, Made in Brazil, Violeta de Outono, Mercenárias, 365, Grinders, Angra, Korzus, Sepultura, entre tantas outras. A voz principal desta inusitada e inédita programação era justamente a do Jota Erre, que amava o que fazia, se emocionava, e compunha a seleção do dia com alma e ouvido de fã.
A notícia que o Rick me mandou, originária da Folha de 28/05, veio por e-mail. Em poucas linhas fiquei sabendo que Edson Sant'anna Jr (seu nome verdadeiro) estava com alguns poucos anos a mais que eu, vivia longe, bem longe do ABC (Rondonópolis-MT), e ainda na vida de comunicador. Talvez não soubesse ou não tenha se dado conta que uma geração inteira do ABC, ávida por novidades, considerava sua pioneira presença no dial dos pré-globalizados anos 80, uma bússola abençoada direcionando seus tímpanos para a liberdade sonora.
A matéria, assinada por Ricardo Feltrin, abaixo, na íntegra:

Edson Sant'Anna Jr. (1965-2012) - O locutor símbolo da 1ª rádio rock
RICARDO FELTRIN
EDITOR DO F5

Edson Sant'Anna Jr. ainda estava no primeiro da faculdade de jornalismo na Metodista, em São Bernardo, mas já fazia bicos como locutor e garoto-propaganda, graças a uma bela e potente voz grave.
Fazia imitações de tantos locutores que, em uma de suas "exibições", acabou descoberto e levado para a 97FM, então sediada em Santo André e que se auto-intitulava "a primeira rádio rock" do país.
Edson, ou Jota Erre, como ficou conhecido, acabou se tornando a principal voz da 97FM ainda na primeira metade dos anos 80. Acabou virando uma espécie de marca registrada do rock'n'roll e um ícone da região do ABC.
A rádio lhe permitia fazer a própria programação e tocar o que bem entendesse. Jota gabava-se de ser o único locutor do país que tinha tocado no ar uma versão de "Moby Dick" (Led Zeppelin) com direito ao solo completo de bateria de John Bonham.
Apaixonado por música, estudou, se tornou baixista e acabou integrando várias bandas nos anos 80 e 90, como a Planeta Central e Madame Terra.
Após deixar a 97FM, seguiu para outras rádios, como a Brasil 2000, Mix, Transamérica e 89FM. No início dos anos 2000, trocou a paixão do rádio pela da TV.
Praticamente sozinho, estudou leis de radiodifusão e montou em Santo André a Eco TV, emissora comunitária de sinal fechado, que inspirou a criação de outras semelhantes país afora.
Jota Erre morreu na noite de sexta, em Rondonópolis (MT), onde tinha programa numa TV local, poucas horas antes de completar 47 anos. Foi vítima de um infarto fulminante. Deixa mãe, irmãs e dois filhos.

28 de maio de 2012

O acervo sorve 7 - Retrato Vivo da Grande Aventura - Jean Manzon

Obra monumental com imagens históricas do acervo do fotógrafo francês Jean Manzon, que percorreu o nosso país de ponta a ponta entre os anos 40 e 50, inundando as páginas da mais poderosa das revistas na época, a Cruzeiro, de Assis Chateubriand, e modificando o fotojornalismo brasileiro para sempre. Manzon continuaria com seu olhar intercalado de formalidade e poesia até os anos 70, mas a produção destes primeiros anos é que melhor traduz sua técnica (como nesses dois exemplos abaixo). Esta colossal obra de 250 páginas, medindo 29,5 cm por 29,5 cm, foi lançada entre 2006 e 2007 pela Aprazível Edições e Cepar Consultoria, com edição e direção de Leonel Kaz, coordenação de Nigge Loddi, projeto gráfico de Augusto Lins Soares e pesquisa de Companhia da Memória ( de Vladimir Sacchetta) e Paulo da Costa e Silva. Devidamente absorvida pelo acervo e alocada com muito prazer na prateleira de arte/fotografia.
Cândido Portinari por Jean Manzon
Heitor Villa-Lobos por Jean Manzon

24 de maio de 2012

A nova rádio online do Canal Brasil

E no mesmo dia em que o Estadão escancarou seu acervo, a Rede Globo, por meio do seu veículo mais "cultural", o Canal Brasil, lançou sua rádio online de mesmo nome. Com ênfase em atrações de sucesso da grade televisiva, a Rádio Canal Brasil trará entre outros programas, 'Zoombido', apresentado por Paulinho Moska e o incensado 'O Som do Vinil', produzido e apresentado por Charles Gavin, além de trilhas dos documentários e filmes coproduzidos pelo canal, que tem total direcionamento para o cinema e a música.
a rádio aqui: http://radiocanalbrasil.globoradio.globo.com/home/HOME.htm
Mais detalhes, aqui: http://canalbrasil.globo.com/programas/cinejornal/materias/canal-brasil-lanca-radio-online.html

Todo o acervo do histórico Estadão disponibilizado na internet

São 137 anos de história e 2,7 milhões de páginas que acompanharam duas viradas de século, duas guerras mundiais, seis reformas constitucionais, nove trocas de moeda e 19 copas do mundo de futebol. Desde ontem, o Estadão, que começou sua trajetória como "A Província de São Paulo" em 1875, disponibilizou digitalmente todo o seu gigantesco acervo. Uma iniciativa rara em um país de tão pouca memória e uma ferramenta preciosíssima tanto para pesquisadores e memorialistas como também para curiosos e interessados na história brasileira e mundial.
http://acervo.estadao.com.br/
http://blogs.estadao.com.br/arquivo/
Leia as matérias do caderno especial Estadão Acervo 

Roberto Guedes lança primeira biografia brasileira do super-editor Stan Lee

A bio sai pela Editora Kalaco e tem capa de Sebastião Seabra
Roberto Guedes, grande batalhador e incentivador no front dos quadrinhos, especialista em super-heróis, inclusive com três livros sobre o gênero ( "A Saga dos Super-Heróis Brasileiros" e 'Quando Surgem os Super-Heróis", ambos pela Editora Opera Graphica e "A Era de Bronze dos Super-Heróis" da HQManiacs) e criador de vários personagens, entre eles, o famoso Meteoro, lança nesse sábado (26), na Livraria Comix, a primeira obra biográfica brasileira sobre Stan Lee, o criador do Universo Marvel e pai de super-heróis icônicos como Homem-Aranha, Thor, Homem de Ferro, Hulk, Quarteto Fantástico, X-Men, entre muitos outros. Já se sabe do cuidado e da minúcia jornalística do autor e o release da Editora Kalaco só comprova o fôlego e o conteúdo substancioso da biografia. Recebi o convite via Face mas tenho aniversário do meu filho no mesmo dia, o que não me impedirá de comprar o livro na próxima semana.
Parabéns, Guedes, por mais essa "super criação"!
Os detalhes sobre o lançamento e a obra podem ser conferidos na página do próprio autor:
http://guedes-manifesto.blogspot.com.br/2012/05/lancamento-da-biografia-stan-lee-o.html



O "gato de rodinhas"

Este desenho acima foi feito pela minha filha Letícia de 11 anos, na aula de educação artística, 5º ano. Orgulho total pro coruja aqui, e mais ainda por ela utilizar naturalmente a linguagem dos quadrinhos. Vai longe essa menina...

23 de maio de 2012

Mostra no Instituto Vladimir Herzog



Recebi convite do Instituto Vladimir Herzog e compartilho o cartaz, com todas as informações do evento. Pelo cronograma, a mostra promete. Assim que os detalhes da programação forem divulgados eu posto aqui.

Mais um doodle interativo do Google: homenagem à Robert Moog

O Google vem se superando em suas homenagens. Como hoje, em comemoração aos 78 anos de nascimento do pioneiro na fabricação dos sintetizadores modernos, Robert Moog, falecido em 2005. Os sintetizadores Moog ficaram famosos na década de 60 por fazerem parte das experimentações sonoras de bandas como Beatles, Doors e pioneiras bandas psicodélicas de garagem. Na década seguinte, músicos como Keith Emerson ( do Emerson, Lake e Palmer) levaram esse tipo de teclado a patamares épicos. A grande sacada do físico/engenheiro e músico Moog foi desenvolver o instrumento, que já havia sido inventado em 1955 por técnicos, tornando-o mais acessível, popular e direcionado aos músicos. O doodle interativo permite que o internauta reproduza as funções do instrumento eletrônico, e ainda filtre e grave a sua sequência musical criada na hora. (dica: não toque como um piano; mantenha a tecla do mouse sempre apertada e o som sairá totalmente "progressivo") Acesse aqui, a página inicial do Google.
Vídeo de divulgação do doodle: http://www.youtube.com/watch?v=a2XMGXkaM_Q

22 de maio de 2012

Zé Rodrix e sua "Casa no Campo"

Três anos do falecimento de Zé Rodrix e vem bem a calhar como homenagem, seu depoimento resgatado no programa "Dois Diretores em Cena" (Tuta e Nilton Travesso) da Rádio Jovem Pan, em que conta a história e analisa sua canção ícone "Casa no Campo". Mas o mais emocionante mesmo, está no final do áudio (6:18)...
http://jovempan.uol.com.br/entretenimento/dois-diretores-em-cena/2012/05/ze-rodrix-fala-sobre-a-composicao-da-musica-casa-no-campo.html

21 de maio de 2012

O imprescindível Jornal da ABI (edições na íntegra)

Jornal da ABI, edição de março/2012
Adoro saborear revistas e jornais, mas nos últimos tempos, os nossos veículos estão cada vez mais rancorosos  e tendenciosos, deixando de lado a pluralidade editorial em prol de briguinhas rasteiras. Da grande imprensa, ainda gosto muito do Caderno 2 do Estadão, principalmente em dias especiais de música; mas perdi o gosto de acompanhar as revistas semanais, sem exceção. Se antes, na banca, eu procurava jornais diários ou as ditas semanais, hoje meu gasto do mês vai para os gibis (Turma da Mônica e Disney - só especiais - Marvel/DC - só edições de antologia, Bolinha, Luluzinha, J.Kendall, Zero), revista de História ( Revista da BN), Literatura ( Metáfora), Mundo dos Super Heróis, e algumas mensais em revezamento ( Rolling Stone, Billboard, Bravo, Trip, Caros Amigos, Piauí). Mas o que eu mais estou curtindo mesmo, está fora do universo das bancas: o Jornal da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que eu recebo. Além do óbvio interesse pelo universo jornalístico, me amarrei nesse grande jornal mensal de 48 páginas por vários motivos: seu formato (a la Pasquim), sua diagramação repleta de fotos e artes e suas pautas aprofundadas, na raiz. Basta pegar uma edição para se ter uma noção desta acuidade editorial. A de janeiro de 2012, por exemplo; além da definitiva entrevista de capa com o mestre Alberto Dines, 80 anos e atívissimo, neste número ainda tem grandes perfis - Apolônio de Carvalho, Brizola, Daniel Piza, João Bittar ( estes dois, mortos prematuramente entre 2011 e 2012), Jerry Robinson ( o generoso cartunista criador do Curinga, também falecido no final de 2011) e matérias surpreendentes com Nelson Pereira dos Santos ( sobre o filme de Tom  Jobim), a polêmica nova lei americana para a internet, o acervo Prestes, uma homenagem ao grande cartunista Aldail ( 81 anos e ativo!) e um grande mergulho na história do repórter Tintim ( autoria do Cesar Silva, incentivador constante dos quadrinhos e da sci-fi). E por aí vai. A de março, que juntou na capa dois monstros sagrados (capa acima) segue esse mesmo cuidado nas pautas e a peteca se mantém no alto todos os meses. Sob a edição de Mauricio Azêdo e Francisco Ucha ( responsável também pela memorável exposição Quadrinhos'51, que já está em sua última semana) o Jornal da ABI me trouxe de volta o gosto pelas grandes reportagens, aquelas bem pesquisadas e apuradas, sem ranço nem encheção de linguiça. Para quem não conhece o veículo, a internet é um bom caminho: o site da ABI disponibiliza em PDF mais de 50 edições do jornal na íntegra; e o editor Fernando Ucha também disponibilizou várias edições no ISSUU (destaque para  a especialíssima edição sobre os caricaturistas). Vale a pena conferir:
http://www.abi.org.br/jornaldaABI.asp
http://buscapdf.com.br/procurar/?t=jornal+da+abi ou
http://issuu.com/ucha/docs/jonaldaabi334

16 de maio de 2012

+ Clássicos Full Live

Postagem nº500!
Continuo a caçada aos grandes shows na íntegra disponibilizados na rede, pois o último post deu pano pra manga. Abaixo, mais uma seleção de shows memoráveis capturados do YT.
* Rolling Stones - show no Marquee Club em 1971 - mais uma performance arrasadora da banda em seu melhor período. http://www.youtube.com/watch?v=3Gf-CXBCfhY&feature=related
* Black Sabbath - filme raríssimo do Black Sabbath  no Olympia/Paris em 1970. A infância do Heavy Metal em seu estado bruto. http://www.youtube.com/watch?v=c78lez8P0gc
* Deep Purple na Dinamarca - 1972 - na mesma turnê do famoso "Made in Japan", a melhor formação do Purple estraçalha. http://www.youtube.com/watch?v=tlV5zplWmWY&feature=related
* David Bowie no Beat Club ( Alemanha/1978) - O Camaleão em uma de suas últimas transformações na década que o consagrou. Adrian Belew na guitarra é um show a parte. http://www.youtube.com/watch?v=_a9bt8XGNz8&feature=related
*Frank Zappa em 1973 - Crazy Zappa no início dos 70 com sua música do século XXIII. Entre tantas feras, George Duke agita, canta e se destaca. http://www.youtube.com/watch?v=rorBj5i21A8&feature=related
* Gentle Giant live - essa rara banda, também tocava um som a frente da sua época e por isso mesmo teve carreira fulminante e incompreendida. http://www.youtube.com/watch?v=UM-yGcpaY_4&feature=related
* Genesis em 1973 (Shepperton Studios) - a mais teatral das bandas progressivas em sua formação clássica ( Peter Gabriel à frente) - http://www.youtube.com/watch?v=WTFVayTljUA&feature=related
* Queen live in Houston (1977) - a grande banda inglesa depois de "A Night at Opera" e bem antes do primeiro show no Brasil. http://www.youtube.com/watch?v=InS_qY6oh8g

9 de maio de 2012

Filmagens clássicas do rock na íntegra

Sensacional! shows completos, documentários de shows, apresentações em clubes, gravações para a BBC londrina, tudo na íntegra, no sempre surpreendente Youtube. Aproveitem pra ouvir/ver/curtir now porque a tendência é esses filmes mais longos saírem do ar. Nesta minha seleção, filmes mais famosos ( "Gimme Shelter" dos Rolling Stones, famoso por documentar o fim da "era paz e amor") mesclados com verdadeiras raridades ( show intimista dos Faces, Traffic live...). Imperdíveis.
* The Faces Live 1972 (BBC)- maravilhoso show do Faces clássico, antes de Rod enveredar pro pop mais fácil, com pérolas de repertório alheio, como Maybe I'm Amazed de Paul McCartney e até Robert Johnson. De arrepiar. http://www.youtube.com/watch?v=1xHBjeiqzkQ&feature=related
* Emerson,Lake & Palmer (Bélgica 1971) - doc de um dos shows do início do trio, já com toda a inovação nos mínimos detalhes. http://www.youtube.com/watch?v=X6PPoXTdQos&feature=related
* The Beatles - Love ( 2006) - maravilhosa compilação de cenas com a trilha completa "Love", gerada por Sir George Martin e seu filho Giles para espetáculo do Cirque de Soleil. As músicas se "amarram" naturalmente com a mixagem sinuosa e sutil da dupla. http://www.youtube.com/watch?v=0Ag3XbD2p6E&feature=related
* Rolling Stones - Gimme Shelter (1969/1970) - o documentário que sacramentou o fim de uma era. Rocks de primeira da banda, em seu melhor momento, se misturam com o clima barra pesado da turnê que teve Hell's Angels e assassinato em frente ao palco. O filme captura todo o clímax e o anticlímax.
http://www.youtube.com/watch?v=lTsWs4FY6Gk&feature=related
*Cream - Farewell Concert ( Royal Albert Hall - 1968) - doc do show da superbanda no prestigioso RAH. O peso e o clima da apresentação de uma das mais poderosas  e inovadoras bandas dos anos 60. Não é qualquer banda que tem Eric Clapton, Ginger Baker e Jack Bruce em sua formação. Três lendas em seus devidos instrumentos. http://www.youtube.com/watch?v=2tAE2K3YT_A&feature=related
*Blind Faith in Hyde Park (1969) - doc com um dos poucos shows dessa superbanda que durou pouco mais de um ano e tentou ser mais super que o Cream. A formação impressionava: Eric Clapton, Ginger Baker, Steve Winwood, Rick Grech. http://www.youtube.com/watch?v=YfAHsiTHWfQ&feature=related
* Stevie Ray Vaughan - Daytona Beach (25/03/1987) - o mago Stevie em um dos seus melhores shows.
http://www.youtube.com/watch?v=OFKR105EBa0&feature=related
* The Doors - Live Hollywood Bowl (1968) - 1 hora  do famoso show da banda .
http://www.youtube.com/watch?v=V_nl7BZyh4U&feature=related
* John Lennon - Live in New York (1972) - o famoso show de Lennon em NY, com amigos e uma banda afiadíssima. http://www.youtube.com/watch?v=VDwd_fKmVec&feature=related
*Traffic - Live at Santa Monica Auditorium (1972) - Stevie Winwood em boa companhia e no auge. http://www.youtube.com/watch?v=EoWMVIgXtoM&feature=related
*Ramones- It's Alive (1977) - filmagens baseadas nas clássicas faixas do disco homônimo.
http://www.youtube.com/watch?v=imf25Squ8ro&feature=related
*Led Zeppelin - The Songs Remain the Same (1976) - famosíssimo filme do Led, quando passou nos cinemas cá no Brasil, causou estragos nas poltronas das salas.
http://www.youtube.com/watch?v=9fE4oUOdj6M

6 de maio de 2012

Ótimas exposições musicais no mês

Este mês de maio está recheado de exposições musicais substanciosas, muitas inauguradas no mês passado. A homenagem aos 30 anos de Elis Regina, que contou também com um excelente e emocionante show da filha Maria Rita ontem, com direito à clássicos e lágrimas, segue no Centro Cultural Vergueiro até dia 20/05. Contando com 200 fotografias, vídeos com shows essenciais e entrevistas, ingressos, pôsteres, réplicas de figurinos e até uma sala especial onde se pode ouvir a cantora treinando e afinando a voz à capela, a mostra tem a curadoria de Allen Guimarães e a organização do filho mais velho de Elis, João Marcello Bôscoli.
Já a exposição Let's Rock, na Oca do Parque do Ibirapuera, não homenageia um, mas vários artistas e bandas que construíram em seis décadas a história do rock, em fotografias icônicas do gênero, como as assinadas por Bob Gruen, um dos mais aclamados fotógrafos do rock, que clicou com propriedade e intimidade, Rolling Stones, Kiss, Led Zeppelin e Ramones, entre outros. A mostra também reúne shows memoráveis, instrumentos de famosos e filmes ligados aos gênero, além de palestras, shows ao vivo e workshops.
Outra exposição imperdível está até 20/05 na praça de eventos do Shopping Butantã e traz painéis, fotos, textos, gravuras e até objetos relacionados aos membros dos Beatles. Vídeos, clipes oficiais e instrumentos autografados complementam esta mostra que deve deixar os fãs dos Fab Four radiantes.
Exposição Elis - CCSP - r. Vergueiro, 1.000, Liberdade, centro, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3397-4002. Ter. a sex.: 10h às 19h30. Sáb., dom. e feriados: 10h às 17h30. Até 20/5. Grátis.
Beatles Revolution - Shopping Butantã - av. Prof. Francisco Morato, 2.718, Butantã, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3723 -3900. Seg. a sáb.: 10 às 22h. Dom.: 14h às 20h. Até 20/5. Grátis.
"Let´s Rock" - Oca - Parque Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, zona sul, São Paulo, SP. Abertura: 4/4. Ter. a dom.: 10h às 22h. Ingr.: R$ 20. Até 27/5. 
Disposição da mostra:
Térreo
A entrada da Oca abriga linha do tempo da história do rock, da década de 1950 até hoje. Fotos, textos e canções são distribuídos por um tubo de 20 metros que conduz o visitante.
Subsolo
Exposições dos fotógrafos brasileiros Otavio Sousa e MRossi, além de uma mostra de Bob Gruen, são os destaques.O subsolo tem auditório para "pocket shows", workshops e exibição de filmes.Primeiro andar
Cartazes originais, figurinos utilizados em videoclipes e instrumentos, como o baixo de Paul McCartney, estarão expostos.Segundo andar
Imagens de apresentações históricas, videoclipes e momentos marcantes são projetados em 180 graus.

4 de maio de 2012

Doodle especial para Haring

O Google nesta sexta, 04/05, homenageia um dos artistas mais irrequietos da Pop Art. Keith Haring, que completaria hoje 54 anos, ficou famoso por sua arte em giz nas estações e muros da Nova York do final dos 70. Faleceu precocemente, aos 31 anos, de Aids, mas deixou para sempre no nosso imaginário seus elétricos bonequinhos coloridos sem expressão facial, os mesmos que moldam o logo do site para esta homenagem.