8 de abril de 2013
Julia Kendall, criminóloga, alcança 100 edições no Brasil
"J.Kendall - Aventuras de uma Criminóloga", graças ao empenho e esforço despendido pela Editora Mythos e sua apaixonada equipe de colaboradores, conseguiu alcançar o número 100 em terra brasilis! Por sérios problemas técnicos relacionados à gráfica, esta edição, com data de março, saiu apenas no início de abril, como todo o restante da linha Sergio Bonelli Editore publicada pela editora no Brasil. Também por esse motivo, a edição não pôde ser colorida como a original italiana - os editores aqui optaram pelo p&b para não acarretar um atraso maior. Sobrepujando os obstáculos editoriais e o quase cancelamento da série por algumas vezes - sempre evitado por um fiel grupo de leitores brasileiros - a instigante revistinha em quadrinhos segue em bancas e se depender da minha torcida, por muito tempo ainda. Eu a coleciono desde o seu nº1, publicada ainda como Julia em novembro de 2004. Por decisão da justiça, o título teve de ser alterado para "J. Kendall", por já existir em bancas uma revista chamada Júlia ( aquela mesma, popular, com romances lacrimosos e preço em conta). Os roteiros, sempre do perspicaz Giancarlo Berardi ( o mesmo do cult Ken Parker) são dinâmicos, elaborados e prendem o leitor em tramas muito bem conduzidas e surpreendentes. Referências à clássicos da música e do cinema não faltam e as próprias caracterizações dos personagens vêm de personalidades consagradas: a especialista forense Júlia Kendall é a cara e o corpo da clássica e elegante Audrey Hepburn, a Holly Golightly de "Bonequinha de Luxo"; sua fiel governanta/doméstica/cozinheira Emily, é idêntica à espevitada Whoopi Goldberg; vários vilões e coadjuvantes lembram artistas da telona. Com todos esses atributos e críticas favoráveis, não dá pra entender por que a série sofre com as vendas, enquanto alguns super-heróis com roteiros apelativos/repetitivos e desenhos medianos se mantém com mais folga nas bancas. Eu conheço muita gente boa por aí que conhece superficialmente a personagem. A Mythos a mantém viva no país porque sabe do seu potencial. Talvez uma ação mais incisiva de marketing, mesmo que focada apenas nos grandes eventos de quadrinhos( Comix, FIQ, etc) seja um pontapé para uma estadia mais tranquila da querida Julia entre nós.
Uma grande mancada da Mythos ter publicado em preto e branco a edição 100, já que deve ser nossa única oportunidade de conferior JK a cores. Acho que todos os fãs estariam dispostos a pagar um pouco mais pelo número colorido, especialmente aqueles que acompanham há 8 anos, como eu.
ResponderExcluirParece que a Mythos sente-se nesse direito porque o tempo inteiro faz-nos acreditar que é um favor para nós. Não é: sem nós, eles não teriam emprego. E, bem ou mal, sem eles, nós apenas perderíamos uma revista.
Acredito que a Mythos faz até malabarismos para manter as séries vivas, concordo com você. Os mesmos leitores que fizeram a campanha para a sobrevida da Julia Kendall certamente pagariam pela edição colorida (assim como já pagaram pelas especiais que sairam anteriormente). Mas o que me deixa encafifado mesmo é a falta de anunciantes nas revistas da Mythos - pra mim isso é marketing deficitário - será que um estúdio de cinema ou mesmo uma agência de detetives não comprariam um espaço publicitáqrio na revista? nos velhos tempos, os gibis se mantiveram por anos com o lendário IUB (Instituto Universal Brasileiro)anunciando em suas páginas. Valeu a sua participação aqui... abs
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