12 de outubro de 2014

Festival Guia dos Quadrinhos 2014

Pra mim o Festival Guia de Quadrinhos ( ex-Mercado de Pulgas) é um dos eventos de quadrinhos mais bacanas entre tantos, pois junta informalidade, palestras descontraídas, boas opções para comprar tanto raridades como lançamentos, e o melhor, a oportunidade de encontrar ao vivo vários confrades da internet e desencavar histórias hilárias e únicas. Nesse sabadão calorento, com meu filho Gabriel, consegui assistir duas boas palestras, uma sobre a evolução do mercado brasileiro de mangás com a participação de Cassius Medauar, Marcelo del Greco e a mediação de Maurício Muniz e outra sobre os 80 Anos do Pato Donald com a dupla Marcelo Alencar e Paulo Maffia. Nessa última rolou muita história de bastidores da Abril, curiosidades do grande Carl Barks e lances da trajetória do mestre brasileiro Carlos Edgard Herrero ( que estava programado para a palestra mas não apareceu), além das homenagens do Pato que acontecerão até 2015 ( ano em que sua revista completa 65 anos!). Enquanto zanzava pelo evento e ia enchendo a mochila ( ai meu bolso, Celsão!), pude conversar com muitos amigos do Face, alguns que eu nunca tinha encontrado ao vivo, caso do Paulo Cecconi, Lauro de Luna Larsen, José Braga ( a quem eu agradeço imensamente pela paciência e "aluguel"), Claudio Juris e Flávio Luiz Nogueira, que me fez um desenho muito especial na contracapa de sua magnífica obra "O Cabra". Reeencontrei depois de "milanos" o grande Marcatti, lenda dos quadrinhos, que tanto me ajudou com sua dica de gráfica para meu livro de poesia. Tive também o grande prazer de conversar com Guilherme Kroll da Balão Editorial e Marcelo Naranjo, do Universo HQ, com histórias incríveis de bastidores envolvendo Neil Gaiman, Jerry Robinson, Will Eisner, Mauricio de Sousa, Mort Walker, entre outros. Conversei rapidamente com o Jal, que apareceu com o humorista Fernando Caruso, filho do Chico Caruso, com Roberto Guedes e com Kendi Sakamoto, um dos maiores colecionadores do Brasil, se recuperando bem da saúde, depois de uma cirurgia. E revi figuras carimbadas como o Artur Tavares da HQM e o grande Wilson Simonetto, figuras obrigatórias em qualquer desses eventos. Cumprimentei rapidamente o Daniel Esteves e cometi uma gafe ao achar que o Alexandre Morgado era o Daniel ( Sorry por isso). Não vi dessa vez o Will Sideralman, nem o Peter Mihajlovic.O Renato Frigo, grande chapa e capitão do "Colecionadores de HQ", se enrolou na agenda e não pode vir. E também não encontrei o Toni Rodrigues nem o professor André Luiz Aurnheimer. No fim, fiquei bem mais pobre na conta mas ganhei uma tarde inesquecível pro resto da vida. Valeu, Edson Diogo, Mauricio Muniz, Erico Molero e demais membros da produção do festival. Que ele continue por muito tempo, mantendo essa originalidade e leveza. 
Seguem as fotos:
Palestra sobre mangás com Marcelo Del Greco, Cassius Medauar e mediação de Mauricio Muniz



Eu e o lendário Marcatti

A Band presente no evento
Trocando livros com Flavio Luiz

Com Guilherme Kroll e Marcelo Naranjo
Palestra animada com Marcelo Alencar e Paulo Maffia 
Maffia, eu e Alencar

10 de outubro de 2014

O vital Vital Farias

Estava zapeando pela TV outro dia e aí uma apresentadora dessas que povoam os atuais auditórios chamou um calouro e anunciou a música que ele ia defender: "Veja (Margarida), de Elba Ramalho!". "Veja" (Margarida) é aquela canção cuja letra diz "Veja, meu bem/ gasolina vai subir de preço/ e  eu não quero nunca mais seu endereço/ ou é o começo do fim/ ou é o fim..." e embora essa singela e ao mesmo tempo telegráfica composição tenha estourado na voz de Elba Ramalho na década de 80, foi criada na verdade alguns anos antes (1978, pra ser exato) pelo inventivo e caleidoscópico Vital Farias. Nem culpo tanto a apresentadora, que provavelmente não conheça o Vital, pois esse genial, embora discreto compositor paraibano de Taperoá ( que chegou a tocar muitos rocks ao lado de Zé Ramalho nos anos 60) sempre ficou muito "na sua", inventando maravilhas para tantos cantarem. Foi assim em 1976, ano em que se envolvia com o pessoal do teatro no Rio e participava musicalmente da famosa peça Gota D'água, de Chico Buarque: nesse ano entregou de bandeja "Caso Você Case" uma pequena pérola para a delicada cantora Marília Barbosa ( já falecida) que acabou virando sucesso na trilha da novela Saramandaia, e também uma parceria sua com Livardo Alves, "Ê Mãe", primeira gravação de sua lavra, cantada pelo humorista Ari Toledo. Lançou três discos próprios entre 1978 e 1982, todos eles com músicas que nasceram clássicas: "Canção em Dois Tempos ( Era Casa Era Jardim)", incluída na trilha da novela da TV Tupi "Roda de Fogo", "Bate com o Pé, Xaxado", "Pra Você Gostar de Mim". as já citadas "Caso Você Case" e "Veja ( Margarida)", "Cantigas para Voar" ( A Elba Ramalho) - eis aí a prova da ligação dos dois conterrâneos -, "Do Meu Jeito Natural", "Ai que Saudade de Ocê" (gravada por uma penca de artistas, Zeca Baleiro mais recentemente) e o épico "Saga da Amazônia", ecológica antes de ecologia virar assunto nas rodas. Algumas delas foram tocadas na cultuada série ao vivo "Cantoria" do selo Kuarup, que reuniu Vital Farias, Geraldo Azevedo, Elomar e Xangai em 1984 e 1985. Foi nesse período que à discrição do criador juntou-se a sede do saber, e Vital Farias resolveu se aprofundar nos estudos e vivenciar outras experiências na vida, deixando em off sua produção musical. Só reapareceu em disco em 2002 com várias músicas no CD de sua filha Giovanna, mas desde a época dos "Cantoria" tinha prometido uma série de quatro discos simultâneos para esse novo milênio. Enquanto aguardamos esse "evento" que promete, e enquanto o mestre se embrenha em outros searas - tentou o senado pela Paraíba duas vezes, com expressiva votação e saiu para deputado federal nessa última eleição - podemos dizer a plenos pulmões, para que não se cometa injustiça a um de nossos mais originais compositores, toda vez que tocar uma de suas maravilhosas canções: "- Essa música foi feita pelo vital Vital Farias!".
Algumas delas:
*https://www.youtube.com/watch?v=wTyPbTi_N_w
https://www.youtube.com/watch?v=KmoHLBWpOaI
https://www.youtube.com/watch?v=pH_O7B-36xQ
https://www.youtube.com/watch?v=4hdm26TdNLU

9 de outubro de 2014

O tempo do Beco das Garrafas é agora


O Beco das Garrafas antes e depois
O Beco das Garrafas foi simplesmente o berço e o maior point da bossa nova nos anos 60, verdadeiro celeiro dos melhores instrumentistas do gênero. Olhando aquela rua sem saída, com quatro bares colados um no outro, todos eles sem nenhuma estrutura que chamasse a atenção, não dava pra dizer que a Bossa se consolidaria ali e a furacão Elis Regina, recém chegada do Sul, iria explodir a partir dos pockets shows que realizaria em dois desses bares, o Bottles, e depois o vizinho Little Club. Os outros dois bares que completavam o "engarrafamento bossanovístico" era o Bacará e o Ma Griffe, e como seus vizinhos, não tinham palco, camarim, nem qualquer coisa que lembrasse um show de verdade. Da improvisação e da canja se criou um berço de músicos vidrados em jazz, que começaram a fazer o verdadeiro jazz brasileiro, ou seja, a Bossa anos 60. Dessa turma frequente no Beco, batiam cartão: Johnny Alf, Leni Andrade, Dom Salvador, Tamba Trio, Airto Moreira, Dom Um Romão, Alaíde Costa, Edu Lobo, Baden Powell, Jorge Ben, Wilson Simonal, os produtores Miele e Ronaldo Bôscoli, Milton Banana, e claro, Elis Regina. Depois de pouco mais de um ano, Elis foi virar estrela em Sampa e se consagrar nos emergentes festivais e o Beco das Garrafas foi definhando, ainda com uma música vibrante e genuína, mas cada vez mais longe do público. Os anos acabaram corroendo aquele pequeno beco de Copacabana e nas décadas seguintes os vizinhos nos prédios não precisaram mais jogar garrafas por causa da altura da música - eis o motivo do seu apelido  - mesmo porque só restou o Bacará, transformado em night club sem grandes pretensões. Mas eis que um sopro de vitalidade adentrou as frestas do local em 2013 quando a produtora Amanda Bravo, mexida ao avistar o abandono em que se encontrava um dos lugares preferidos do seu pai, o violonista e compositor Durval Ferreira, falecido em 2007, resolveu agir e ao lado do empresário Sérgio de Martino, reabriu na unha um dos bares. A iniciativa logo chamou a atenção da cervejaria Heineken, disposta a revitalizar a área e a parceria vingou: o Bottles e o Bacará se tornaram um espaço só, o Little Club foi totalmente reformado e o novo Beco das Garrafas foi reinaugurado, 50 anos depois, com pompa e circunstância no último dia 03. A ideia da produtora é unir artistas que tocaram no local em seu auge e a nova geração que bebeu dessa fonte, para quem sabe, com essa mistura, fazer do outrora famoso beco um novo point da melhor música brasileira da cidade e por que não, do Brasil.
Para saber mais sobre o projeto de revitalização e a programação do novo Beco das Garrafas, leia aqui: http://bottlesbar.com.br/ 



8 de outubro de 2014

Documentário "Mil Sons Geniais" (2004)

A delicada e harmoniosa Marina Machado em cena do documentário ( foto: Youtube)
Direto das Minas Gerais ( Alô, Isra, um grande abraço pra você!), descobri na rede um documentário bem interessante sobre músicos e instrumentistas mineiros chamado "Mil Sons Geniais". O filme mostra a diversidade musical e poética da capital Belo Horizonte, trazendo entrevistas com os artistas em seus locais de criação. Realizado em 2004 através do programa de incentivo DOCTV, com apoio da TV Cultura e Ministério da Cultura, foi reeditado em 2013 e dividido em 9 partes para facilitar sua propagação na internet. Esse que eu selecionei é o doc original, com 55 minutos, incluindo uma linda introdução com locução de Jota D'Angelo, texto de Fernando Brant, e fundo musical especial de Milton Nascimento para esse projeto, tocando sanfoninha e violão. A sequência de aparições dos artistas e suas respectivas entrevistas é esta: I -grupo Tambolelê, II - Affonsinho, III - Lô Borges, IV - O Grivo, V - Flávio Henrique, VI- Tavinho Moura, VII- Uakti, VIII - Toninho Horta e XIX - Marina Machado. Uma turma que merece respeito: afinada, afiada e enfiada nas entranhas e raízes da incrível música  popular mineira.
Segue o trem bom: http://www.youtube.com/watch?v=WDgCT7l7m8U



7 de outubro de 2014

Hugo Carvana (1937-2014)

O ator e diretor Hugo Carvana, um dos profissionais que mais personalizaram a imagem do malandro carioca em seus filmes, faleceu no último sábado (4), aos 77 anos. Ator de mais de 50 filmes em sua longa carreira, dirigiu comédias que marcaram os anos 70, como "Vai Trabalhar, Vagabundo" e "Se Segura, Malandro". Essa queda pela malandragem aconteceu em 1970, quando incorporou um personagem nesse naipe no filme "O Capitão Bandeira contra Dr. Moura Brasil". Iniciou os anos 80 com seu trabalho de direção mais lírico até então,"Bar Esperança - o último que fecha" e voltou a mergulhar no movimentado cotidiano carioca em "O Homem Nu" (1996) e "Casa da Mãe Joana" (1 e 2) e "Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo", os mais recentes. Na TV nunca teve um papel à sua altura nas novelas, como se o veículo tentasse amenizar a aura malandra de sua encarnação cinematográfica. Perda de tempo: na vida real, foi amigo de boêmios históricos, como Roniquito, Tom Jobim, Vinicius, José Lewgoy, Ary Barroso, entre tantos. A exceção na telinha foi "Plantão de Polícia", onde encarnou o repórter policial Valdomiro Pena entre 1979 e 1981. Do alto dos meus doze, treze anos, não perdia um capítulo dessa série que fez muito sucesso na época, incluindo a musica tema de Jorge Ben ( antes do Jor), "Esta é a história/ de Valdomiro Pena/ o cândido/ o último repórter policial romântico/..." Um de seus últimos papéis foi em outra série, "Giovanni Improtta", de José Wilker, amigo que também se despediu em 2014. Já a última homenagem, aconteceu no dia 27/09, quando a produção do Festival do Rio ( e não poderia ser evento mais propício) recuperou o negativo do seu primeiro filme, de 1954, e realizou uma sessão especial com cópia restaurada de sua obra-prima, "Vai Trabalhar, Vagabundo". Carvana, debilitado em casa, certamente sentiu o clamor e os aplausos calorosos da platéia.

6 de outubro de 2014

APL forma júri para o projeto "Escreva Seu Amor Por São Caetano"

Em primeiro plano, eu, Aroldo Miguel, Edna Kalil e Vilma Joana Leão.Na mesa, os demais escritores da APL
Começando outubro a mil, fui convidado pela Ana Maria Guimarães Rocha a participar do corpo de jurados do projeto "Escreva Seu Amor Por São Caetano" com alunos da rede municipal, uma parceria da APL (Academia Popular de Letras) , Secretaria Municipal de Cultura e Biblioteca Paul Harris, entidade dirigida por ela. Um trabalho prazeroso e enriquecedor que dividi com meus colegas da APL e que me mostrou o alto grau de criatividade que os jovens podem atingir quando se há incentivo prático. Um belo projeto que pode descobrir, quem sabe, um promissor escritor para o futuro. A matéria completa saiu no blog da APL:
http://academiapopulardeletras.wordpress.com/2014/10/06/apl-participa-da-analise-de-cronicas-poemas-frases-e-versos-do-escreva-seu-amor-por-sao-caetano/

30 de setembro de 2014

Foto do Mês: I IEPA Super Heroes Comic Con( 1994)

Eu tinha esse pôster acima guardado a muito tempo e no início do mês resolvi emoldurá-lo. Pendurei-o em um local estratégico na parede, meio como um símbolo do início da "arrumação" total do meu acervo, que atualmente está um verdadeiro pandemônio. Tenho um especial apreço por ele, que traz lembranças de um tempo até "romântico", pré internet, onde os encontros de fãs de quadrinhos e de cinema, entre outros, eram verdadeiros oásis na big city e a vinda de artistas de fora uma coisa bem esporádica. E sem contar, claro, com essa estupenda criação do mestre Ziraldo, que torna a peça uma obra de arte única. Para essa minha empreitada - colocar em ordem as coleções e os arquivos - vou precisar mesmo de todos esses poderes que se insinuam na vestimenta e no porte do super herói híbrido do quadro.

O maior colecionador de LPs do mundo agora mira no vice do ranking!

UOL
O maior colecionador de LPs do mundo, o empresário brasileiro Zero Freitas , descoberto pelo The New York Times no mês passado ( e devidamente postado aqui: http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2014/09/o-incrivel-colecionador-de-45-milhoes.html ) , surpreende de novo e compra lote gigantesco do seu concorrente direto no ranking, também brasileiro, considerado o segundo maior colecionador. Trata-se de Manezinho da Implosão, engenheiro de São Paulo que ajudou a botar o antigo complexo presidiário do Carandiru abaixo, e que conta em sua coleção com mais de 1 milhão de vinis. A matéria da Ilustrada da Folha de anteontem, conta sobre essa estonteante negociação ( 700 mil vinis) e mostra a amizade que se formou com essa aproximação e as afinidades entre os dois fanáticos pelo disco. A reportagem também cita um certo desafio proposto por Ruy Castro em sua coluna ao incansável colecionador.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/188006-rei-dos-vinis-abocanha-colecao-de-seu-vice.shtml


28 de setembro de 2014

Perdas recentes na música

Glen Cornick
Miltinho

Gustavo Cerati

Os meses de agosto e setembro tiveram perdas relevantes na música. No dia 28 de agosto o incrível baixista da primeira formação do Jehtro Tull, Glen Cornick, faleceu aos 67 anos. Ele participou dos três primeiros discos do grupo progressivo liderado desde sempre por Ian Anderson - This Was (1968), Stand Up (1969) e Benefit (1970) - com criativas e potentes linhas de baixo que ajudaram e muito na formação do som que o conjunto consolidaria no início dos anos 70. No dia 07 de setembro, faleceu um dos intérpretes mais originais da nossa música brasileira: Miltinho, conhecido como Rei do Ritmo, aos 86 anos. O cantor fez muito sucesso nos anos 60, com marchinhas e várias canções sincopadas, entre elas, a famosa "Mulher de 30". Ao completar 70 anos, gravou o disco Miltinho Convida, com um elenco de artistas que o tinham como influência confessa, como Chico Buarque, João Nogueira, João Bosco, Luiz Melodia. Miltinho, aliás, foi o primeiro a gravar João Nogueira e Luiz Ayrão. A última grande perda na música aconteceu na última sexta, na Argentina. O ídolo nacional e fundador da banda Soda Stereo Gustavo Cerati, faleceu aos 55 anos, depois de permanecer quatro anos em coma por causa de um AVC. O país, consternado, decretou luto nacional de dois dias. Os integrantes do Capital Inicial e do Paralamas do Sucesso mandaram condolências à família, eles que se aproximaram muito do rock argentino, tendo o primeiro gravado a versão "A Sua Maneira" do repertório do Soda Stereo e o segundo alcançado grande projeção na Argentina e estreitado relações com muitos músicos do país vizinho. O Soda Stereo teve um peso parecido com o nosso Legião Urbana para o rock de lá.
Fiquemos com alguns bons momentos desses três músicos, cada um no seu riscado, mas todos com lampejos únicos.
* Glen Cornick:  
A Song from Jeffrey -  https://www.youtube.com/watch?v=3hZOeB-9D6Y
Teacher -  https://www.youtube.com/watch?v=Esp_hOlFqiM
A New Day Yesterday - https://www.youtube.com/watch?v=Kq5zTznlSJI 
A New Day Yesterday (Live Fillmore East 1970) - https://www.youtube.com/watch?v=Hm0XT2cqzLI 

* Miltinho
Mulher de 30 - https://www.youtube.com/watch?v=pX7e1Jzl1Ow
Poema do Adeus ( no filme "Vendedor de Linguiças") - https://www.youtube.com/watch?v=8srCofoGox8
Bossa & Balanço ( álbum de 1963 na íntegra) - https://www.youtube.com/watch?v=NIxlVATDndk

* Soda Stereo
De Musica Ligera ( ao vivo) - https://www.youtube.com/watch?v=PBozofUgEQ0
Signos - https://www.youtube.com/watch?v=bRPyLLrchE0

26 de setembro de 2014

R.f. Lucchetti: o mestre renasce!

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Uma ótima matéria publicada no UOL ontem faz jus a um dos mais importantes criadores da literatura fantástica e de mistério no Brasil, Rubens Francisco Lucchetti. Em plena forma e atividade intelectual, o escritor, aos 84 anos, surgiu nas redes sociais a alguns meses atrás e pôde ter uma noção real da quantidade monumental de fãs e admiradores de todas as idades da sua gigantesca obra. Os números impressionam: na carreira de 72 anos, são mais de 1500 livros, 300 HQs, 25 roteiros de cinema, e centenas de contribuições para revistas, jornais e fanzines.

"O Estranho Mundo de Zé do Caixão": a parceria entre R.F.Lucchetti e José Mojica Marins rendeu preciosidades também nas HQs
Na matéria, Lucchetti diz que, embora nunca tenha parado de escrever na sua fiel máquina de escrever, nas últimas duas décadas engavetou textos inéditos por não conseguir publicá-los - o mercado, em sua ânsia por nomes de peso da literatura de terror e mistério, optava pelos estrangeiros, ignorando seus projetos. Uma realidade bem injusta para um autor que por imposição do mercado, já usara inúmeros pseudônimos "gringos" em livros pulps. Mas esse reclusão forçada já faz parte do passado. A antologia "Fantasmagorias", com contos fantásticos de sua lavra, organizada pelo filho Marco Aurélio Lucchetti, foi indicada ao Prêmio Jabuti na categoria ilustração pelos desenhos de Emir Ribeiro.
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E muita coisa vem pela frente: no início de outubro chega às livrarias "Máscaras do Pavor", o primeiro de uma série de 15 livros que sairá pelo selo Corvo do Grupo Editorial ACP. Também faz parte dos planos de Lucchetti lançar obras inéditas no mercado das HQs, visto que tem várias histórias já roteirizadas. O entusiasmo e a jovialidade do mestre transparece e se propaga pelo Facebook e nós, fãs de longa data, só podemos agradecer por esse "renascimento". R.f. Lucchetti, o premiado roteirista, o homem dos mil nomes, das mais de mil obras e agora dos mais de mil amigos na rede, está mais cheio de vida do que nunca!
Segue a matéria do UOL: http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/09/25/esquecido-autor-brasileiro-de-mais-de-15-mil-livros-renasce-no-facebook.htm

Uma das obras mais conhecidas do mestre, pela famosa coleção Vagalume da Ed. Ática

22 de setembro de 2014

Baú do Malu 50: Histórias Macabras nº 11 ( Editora Continental)


 

Essa é uma das revistas lançadas nos tempos áureos do nosso terror nacional, que teve início em meados dos anos 50 e prosperou até meados dos anos 60. Depois de um corte abrupto a partir de 1966, teve algumas reentradas esporádicas de criatividade na Minami & Cunha, na Vecchi, na Grafipar e na Editora D'Arte nas décadas seguintes. Essa "Histórias Macabras" 11 foi a última que saiu pela Editora Continental - a seguinte já estampava em seu expediente o novo nome "Editora Outubro". O ano não consta nos créditos da edição, mas essa mudança ocorreu na virada de 1960 pra 1961. A equipe capitaneada por Jayme Cortez ( que fez essa excelente capa) era afiada, como provam essas páginas abaixo, todas assinadas. Aliás, em um de seus comentários - verdadeiras aulas de HQ nacional - o caríssimo Toni Rodrigues esclareceu que o artista que assina Arellano, é na verdade Lyrio Aragão, um dos mais profícuos artistas do período. Consta que essa assinatura homenageava seu pai, Serafim Aureliano. E o tal Marck Limosewski, autor da última história, não é gringo coisa nenhuma, mas pseudônimo do artista nacional Sergio Lima, outro que desenhou muito terror para nossas revistas. Como curiosidade, incluí o editorial dessa edição, onde o editor reclama de preços abusivos exercidos no comércio, à revelia da editora. 

Arte: Julio Shimamoto (para argumento de um leitor)


Editorial

Arte: Arellano ( Lyrio Aragão)

Arte: Arellano ( Lyrio Aragão) - o expediente traz: ano II, n° 7

Arte: Gedeone Malagola

Arte: Walmir Amaral de Oliveira

Arte: Aylton Thomaz

Arte: Marck Limosescki ( Sergio Lima)

21 de setembro de 2014

Capa do Mês: Revista Licere

A revista Licere é o periódico oficial do Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer da UFMG. Nesse número de setembro ( v.17, nº3) a capa traz óleo sobre tela de Jorge Guinle, de 1984, "Nos Confins da Cidade Muda", uma bela obra que somada ao logo e ao layout da revista, compõe um conjunto simétrico e visualmente bonito. A Licere sempre aparece com capas bem produzidas, como pode ser visto nesse link: https://seer.lcc.ufmg.br/index.php/licere/issue/archive

16 de setembro de 2014

HQ MIx 2014

Fui no sábado prestigiar a entrega do Troféu HQ Mix. Noite tranquila, com muitas premiações para os lados da Mauricio de Sousa Produções, pai e filho recebendo troféu em sequência ( Laerte e Rafael Coutinho), show very crazy de Carlos Careqa, prêmio especial para Angeli como mestre dos quadrinhos e mais uma vez a Nemo como editora do ano, entre tantas outras premiações. Teve até recado em francês de Enki Bilal no telão. Fui com meu filho e escudeiro Gabriel e embora tenha ido embora antes do encerramento, o que impossibilitou papos posteriores, encontrei na plateia a afiada dupla do ABC Fernandes e Gilmar, o inspirado Vasqs e lá fora, no "quintal" do Sesc Pompéia, o elétrico Arthur Tavares e o pessoal da HQM, outra editora premiada. Abaixo, algumas fotos exclusivas do evento:

Shiko, melhor desenhista nacional, também levou prêmio por Piteco-Ingá,uma das Graphic MSP.

Fabio Koala levou o seu por "publicação independente edição única"



Carlos Careqa em três ãngulos de sua performance a la Tom Waits

Arthur e a "turma" da Editora HQM

Shiko


Mauricio de Sousa, Shiko, Serginho Groisman e diretor da Nemo





Rafael Coutinho, premiado por publicação independente de autor

Laerte ganhou com a tira Manual do Minotauro


APL na Feira Lítero-Cultural do EME Alcina Dantas Feijão

Eu e os colegas de APL, Vanessa Fontana, Sergio Ballaminut e Vander Luiz
Na semana passada participei da 1ª Feira Lítero-Cultural da tradicional escola municipal Alcina Dantas Feijão em São Caetano. Uma tenda foi preparada para nós, escritores da Academia Popular de Letras, e diversos alunos vieram conversar sobre nossa obra. Uma experiência muito proveitosa, pois é um bom caminho para estreitar o relacionamento entre autor/leitor e principalmente abrir o leque para os jovens em relação aos diversos gêneros literários. A feira também contou com sarau, troca de livros e gibis e performances musicais. Valeu muito. Agradeço mais uma vez à Ana Maria Rocha Guimarães da Biblioteca Paul Harris - e nossa presidente-madrinha na APL - pelo convite e oportunidade. Saiu nota também no blog da APL:http://academiapopulardeletras.wordpress.com/2014/09/12/eme-alcina-dantas-feijao-realiza-feira-litero-cultural-e-apl-participa-2/

12 de setembro de 2014

Quadrinhos na PUC

No ano em que ainda teremos Mercado de Pulgas ( que mudou o nome para Festival Guia dos Quadrinhos) Brasil Comic Con (em novembro) e Comic Con Experience ( em dezembro), rola agora em setembro dois eventos que complementam à altura essa consistente programação de 2014 para os quadrinhos. O primeiro é amanhã, sabadão: o tradicional Troféu HQ Mix ( já postado aqui: http://www.almanaquedomalu.blogspot.com.br/2014/09/os-vencedores-do-premio-hq-mix.html ) a partir das 17 horas no Sesc Pompéia. O outro é o imperdível e espichado "Quadrinhos na PUC", que começou no dia 02/09 e segue até 03/10, com uma programação que inclui debates, encontros com autores, feira de gibis e exposição. A iniciativa é uma parceira da PUC com a Associação dos Cartunistas do Brasil e o Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil. A programação completa, aqui:

11 de setembro de 2014

Antonio Cedraz (1945 - 2014)

Que grande perda! Antonio Cedraz, criador da Turma do Xaxado e um dos grandes divulgadores da Nona Arte faleceu hoje, aos 69 anos, depois de uma longa batalha contra um câncer de intestino. Ganhou em vida muitos prêmios, homenagens e seu personagens conseguiram boa projeção no país, em gibis, álbuns, cartilhas e parcerias em programas sociais. Além de ser um grande incentivador de novos talentos e divulgador dos quadrinhos em geral, principalmente nas redes sociais, Cedraz era um gentleman, um cara totalmente do bem. Tive o privilégio de conversar com ele em algumas oportunidades, via Facebook e comprovei essa gentileza todas as vezes. Cedraz, fique bem! a Turma do Xaxado vai prosseguir aprontando por aqui, homenageando a sua memória por muitos anos. Você, afinal, já faz parte da História da HQ nacional.