28 de setembro de 2011

Rédson

Claudia Guimarães-25.nov.96/Folhapress 
Um dos grandes caras do punk rock nacional faleceu hoje, prematuramente, aos 49 anos : Rédson, fundador da banda Cólera, pioneira do movimento. Compositor, vocalista e guitarrista, montou o grupo ainda nos anos 70, ao lado do irmão e amigos e como bom punk, manteve-se sempre fora do “sistemão” ( ou “monstro sist”, como diria Raul e Coelho),o que não o impediu de falar de ecologia quando ninguém falava,  levantar a bandeira da paz em tempos medonhos ( ditadura, guerra do Golfo, guerra fria, lutas ferrenhas entre gangs de rua), excursionar pela Europa (pioneiramente) e lançar seu próprio selo discográfico ( Subs, depois Ataque Frontal). Rédson era uma espécie em extinção: acreditava na “mensagem” e em suas composições não havia meio termo ou metáfora – suas letras sempre tocavam na ferida social. O Cólera estava ativíssimo, tinha gravado um disco em 2009 e preparava novas gravações para um lançamento em 2012. Estrada? Direto,  inclusive voltando à Europa quando rolava intercâmbios com selos de lá. Nos gloriosos anos 80, além das famosas coletâneas punks pioneiras, que ouvia em casa de amigos, quase furei de tanto escutar o LP do Cólera “Pela Paz em Todo Mundo”( que minha irmã Helô ganhou na época). Hoje reencontrei-o na estante dos vinis e taquei-lhe na agulha em alto volume. Pelo Rédson, herói do nosso punk!  E pela paz no mundo! (luta inteira de sua vida).
Ao Vivo ( Fábrica do Som /1983 e Mixto Quente/1985): http://www.youtube.com/watch?v=SPNxSjMPuro
Histeria ( da compilação Sub - 1983): http://www.youtube.com/watch?v=TGv4XdG58cM
Deixe a Terra em Paz: http://www.youtube.com/watch?v=jV9NEJ1XxYU
Medo (ao vivo): http://www.youtube.com/watch?v=UftAvKM6eYA 
Dia Noite, Noite Dia ( e chat); http://www.youtube.com/watch?v=WaxtJsXRztw 

26 de setembro de 2011

O arranque do rock no Rock in Rio!

E não é que o rock apareceu no Rock in Rio 4? como eu havia prometido, não pesquei nenhum momento durante o show do Red Hot Chili Peppers. Tim tim por tim tim, vi o Kieds com pouco discurso e muito fôlego ( e um certo curativo no alto da testa - surf in Rio?), Flea elétrico e mirabolante ( como é que esse cérebro não se desloca dentro da caixa craniana? discípulo de Angus), Chad impávido e colossal atrás das baquetas e o novo guitarrista Josh Klinghoffer mostrando que tem cancha para substituir o idolatrado Frusciante. Showzaço que botou no bolso o irregular show de 2001 no Rock in Rio.
O domingão prometia ser o dia mais rock de todos e não decepcionou: no palco Sunset, a série em sequência com Matanza/ B Negão/ Korzus (30 anos de heavy no Brasil!)/ The Punk Metal Allstars (c/ ex-integrantes do Misfits e Destruction)/ Angra (c/ participação da cantora finlandesa Tarja Turunen) e Sepultura fez a festa dos metaleiros de plantão. Por conta dos problemas técnicos, o show da banda Gloria no palco Mundo começou enquanto o Sepultura e a surpreendente Tombours Du Bronx ( com percussionistas franceses realmente metaleiros!) ainda tocavam no palco alternativo. A Glória faz um mistura um tanto frankestein de emo+hardcore e a moçada de preto não quis saber: vaias, copos e xingos pra cima deles; mas os moleques foram firmes e até conseguiram uma trégua dos mais radicais quando mandaram, e bem, covers do Pantera; os americanos do Coheed and Cambria entraram sem guerra, mandaram um som eficiente e pesado, mas talvez inconsistente para um evento aberto deste naipe. Foi a deixa para as atrações seguintes, as mais esperadas, que não só detonaram, como resgataram o espírito cru, rebelde e mítico do gênero que dá nome ao festival. A começar pelo mitológico Motorhead, simplesmente a banda inventora do speed metal: com apenas três elementos, sem frescuras ou firulas, ascenderam a fagulha que logo encandesceria a noite, com clássicos e clássicos. Eles detém a personificação de um rock selvagem e libertário que só se vê hoje em livros de arqueologia - Lemmy, do alto de seus 64 anos, ex-rodie de Jimi Hendrix, é o próprio rock!
Já o Slipknot, esse é cheio de detalhes e idiossincrasias ( e máscaras medonhas). Obsessivamente aguardado por uma horda de fiéis fãs, fez um dos shows mais apocalípticos dos últimos tempos, com direito a moshs na platéia ( o DJ da banda pulou do teto da técnica para a galera duas vezes), bateria giratória, bate-estaca por todos os lados, chamas e uma energia que fez a Cidade do Rock tremer. O nu metal não é a minha praia, mas valeu pela atitude e sinergia.
Com esse ambiente já totalmente amaciado ( ou pisoteado, se preferir), o  reverenciado Metallica chegou chegando por volta da 1:30 deste dia 26 para mostrar porque é uma verdadeira lenda na história do rock. Hits atrás de hits, o quarteto, que já completou 30 anos de estrada, uniu vibração, técnica precisa e entrega total ao rock no melhor show do Rock in Rio até agora. Se o RHCP é ação, o Motorhead tradição e o Slipknot detonação, o nobre Metallica é tudo isso junto e também fúria+elegância, emoção+precisão, improvisos+compassos milimetricamente ensaiados. O rock de verdade baixou no Rock in Rio, e esses caras foram os culpados.
http://multishow.globo.com/platb/rock-in-rio/

Um porco ressurge no céu de Londres, 35 anos depois ( e traz boas novas)

A cena acima é familiar para quem conhece as capas de discos do velho Pink Floyd. Há 35 anos, o LP  'Animals' estampava em sua fronte de papelão um simpático porco gigante sobrevoando a estação de energia Battersea Power Station em Londres. Este big leitão versão 2011, de 9,14 metros de comprimento e 4,57 de altura, é um clone vitaminado do anterior e foi lançado hoje de manhã pela EMI Music, exatamente acima da atualmente desativada usina, em celebração ao relançamento de 14 álbuns de estúdio do Pink Floyd.
A arte original da capa de ‘Animals’ (abaixo), utilizou sobreposição de uma foto da estação de energia, feita no dia 2 de dezembro de 1976 sob outra do porco voador, tirada no dia 4 de dezembro do mesmo ano. Mas no dia anterior à ação, o suíno voador saiu pela tangente e foi parar no aeroporto de Heathrow. Recuperado por um fazendeiro, ficou encostado em uma oficina esse tempo todo, e só não participou do novo "happening" porque não conseguiram inflá-lo novamente.

Já os 14 lançamentos citados, fazem parte do grande projeto 'Why Pink Floyd?', engendrado pela EMI e que celebra o acerto de contas entre a gravadora e o grupo depois de anos de disputa judicial. O Pink Floyd não só impediu que a major vendesse suas músicas individualmente na web como conseguiu revitalizá-las, argumentando que os álbuns deveriam permanecer inteiros como uma "única obra". Como resultado, todos os discos de estúdio estarão disponíveis, tanto digitalmente como nas lojas ( haverá uma versão box com todos juntos) com faixas extraídas dos arquivos da gravadora selecionadas pelo próprio grupo e 'demos' antigas do início de carreira, ainda na gestão Syd Barret. Um bom exemplo é a edição super especial de ‘The Dark Side of The Moon’, unanimemente apontado como o melhor disco do grupo, vendida a partir de hoje com músicas inéditas. Como viram, de porcaria aqui, só o porco mesmo.

24 de setembro de 2011

Rock in Rio rolando...

Quem preferiu sofá à muvuca para assistir ao maior festival brasileiro de música, tem  a opção "Multishow", que traz tanto no canal pago como na web a íntegra do Rock in Rio 4 ( o 4º no Brasil, que fique claro). O que vi até agora não me empolgou muito, mas houve surpresas. O palco Sunset, eclético e menos preocupado com o misce-en-cene oficial, já mostrou a que veio: um lado B às vezes mais interessante e surpreendente que o palco principal: Móveis Coloniais de Acaju, Mariana Aydar, Ed Motta, Andrea Kisser, Bebel Gilberto, Sandra de Sá, Tulipa Ruiz, Nação Zumbi, Cibelle, Yuka, Karina Buhr, Amora Pera, todos  desencanados e afiados, como tem de ser ( e driblando os perrengues habituais no som).  Milton Nascimento, que já abrira ontem o festival, com muita emoção e vocal prejudicado por conta disso, fez um show bem jazzístico ao lado de Esperanza Spalding ( a mais empolgante baixista da atualidade), resgatando pérolas de um certo clube; teve Paralamas + Titãs à todo gás( e participação válida de Maria Gadú) mesmo com vários problemas técnicos; duas participações gringas: a The Asteroids Galaxy Tour ( um tanto chinfrim para um evento dessa envergadura) e a portuguesa Gift ( que eu achei bem espontânea e com uma vocalista de presença); e finalizando o segundo dia Sunset, a mais louca e bizarra apresentação até agora ( e que dificilmente será superada): Mike Patton, crazy como sempre, agora com seu projeto Mondo Cane, que mistura música pop romântica italiana (trilha da sua infância), postura punk cafajeste e a parede sonora da incrível Orquestra de Heliópolis ( praticamente minha vizinha) extrapolando em emoção e entrega. A platéia não entendeu muito ( e esse era o intuito) mas se entregou à loucura do californiano, em noite de Tom Waits napolitano. No palco Mundo, com as atrações mais cobiçadas, o grande destaque para mim até este instante foi a apresentação impecável de Sir Elton John, que sem pirotecnias ou cenários mirabolantes, em um show curto e eficiente, mostrou sua fábrica de hits perpétuos com precisão cirúrgica, incluindo nesse processo sua banda boa e camarada de longa data. Claudia Leitte? foi corajosa em cantar Led Zeppelin, incluiu Zeca Baleiro, Chico César e Jorge Ben, mas excetuando seu fiel público, não conseguiu empolgar a  geral e acabou o show com o axé de sempre estampado na testa ( na perna?). Katy Perry? gritou muito, trocou de roupa mil vezes ( e usou até truque já visto no Carnaval, o das trocas instantâneas), fez ceninha com um sorocabano no palco e só mostrou emoção mesmo no final, quando deixou de ser parte do figurino de guloseimas para olhar de frente a platéia. Mediana. Rihanna? dessa eu não posso falar nada, pois ela demorou tanto pra entrar que eu acabei dormindo. Dizem que foi um bom show. Será? A segunda noite do palco principal foi mais rock desde o início, com NX Zero, corretos e profissionais, empolgando seus fãs incondicionais ( mas que não conseguiram furar o bloqueio deste velhaco roqueiro aqui - nada pessoal); em seguida, Stone Sour, que eu não conhecia e faz um clima "metallica" interessante, que consegue reação da platéia, mas que também cansa em meia hora. Melhor sinergia conseguiu a nossa Capital Inicial, com sua cozinha competente, todos tocando como fãs de rock que são e destacando, claro, a performance empolgada de Dinho Ouro Preto, que sempre resgata a história roqueira de Brasília via Aborto Elétrico ( que conheceu como fã aos 17 anos e hoje toca com dois ex-integrantes) e seu peculiar dom de "segurar" a multidão ( desta vez, pediu "um passinho pra trás, por favor" e jogou garrafinhas de água para alguns que passavam mal no gargarejo). Um dos melhores shows até agora. A próxima atração ( que eu estou assistindo now, 23:45h) é o Snow Patrol, que parece bem interessante e simpática, numa linha pop rock 80/90, mas sem grandes vôos rasantes. O aguardado Red Hot Chili Peppers vem aí. Mas deles eu falo no próximo post ( não, hoje eu não vou dormir antes).
O RiR na íntegra ( e a programação):
http://multishow.globo.com/platb/rock-in-rio/category/dia-2/
http://www.rockinrio.com.br/pt/live/lineup.php

23 de setembro de 2011

Imagens raras da primeira década dos Stones

Ao lado do cartaz anti-drogas, o junk Keith Richards (1972 - photo by Ethan Russel)
Está em exposição desde o dia 15, raras e belas fotos de profissionais renomados que clicaram os Rolling Stones em seus primeiros dez anos. Uma pena que para vê-la, só atravessando o Atlântico ( embora pelo link abaixo dê para se ter uma boa noção da coisa). Até 1970, o grupo esteve sob contrato com a gravadora Decca Records, daí o nome da mostra, ""The Decca Years: The Rolling Stones, 1962 – 1971". As imagens captam o grupo desde a sua primeira exposição pública, quando os integrantes apareciam com cara e jeito de "legítimos cultuadores do blues", passando pela  fase mais psicodélica, em paralelo com a onipresença Beatles e o mod do The Who, culminando com o jeitão dândi decadente da virada da década. Interessante que imagens ótimas como essa aí em cima foram tiradas em 1972, um ano em que o grupo estava livre da Decca ( embora atolado de embrólios na justiça pelos direitos das músicas) e portanto, fora do período citado pelos curadores. Nada que ofusque a proposta.

Jimi Hendrix e Mick Jagger em 1969, antes de um show dos Stones no Madison Square Garden, NY ( photo by Eddie Kramer)
Vale lembrar que entre 1968 e 1972, os Stones alcançaram um ápice criativo que bons momentos isolados no futuro não foram suficientemente sólidos para perpetrá-lo. As fotos trazem essa aura, um misto de arrogância, decadência e liberdade - posturas milimetricamente trabalhadas nos bastidores. O preto e branco ( na maioria das fotos) dá vida e perpetua um período que fez história. E os Stones, novos, estão lá, para mostrar que o rock de verdade nunca teve vergonha de coisa alguma.
Segue o link para + imagens ( e para quem vai dar uma passadinha por Londres, a exposição fica até 23 de outubro na galeria Proud Chelsea):
Clique http://www.proud.co.uk

22 de setembro de 2011

REM, it's the end


REM em 1981
Depois de 31 anos de uma respeitável carreira, 15 discos e duas visitas ao Brasil, a banda REM anunciou no site oficial o fim de suas atividades. Segundo o vocalista Michael Stipe,  o fim não teve nada a ver com desentendimentos ou brigas, e é fruto de uma “decisão entre amigos”. O REM, nascido em 1980 em Athen, Geórgia (EUA), era um quarteto formado por Stipe ( vocal), Mike Mills ( baixo – ele escreveu a despedida oficial), Peter Buck (guitarra) e Bill Berry (bateria – saiu da banda em 1997 por motivos pessoais), que por um bom tempo seguiu independente, depois de estourar nas rádios universitárias ( que, a grosso modo, faziam o papel que faz a internet hoje). Nos 90, virou mega, principalmente com as vendas milionárias dos álbuns Out of Time (1991- só este vendeu 4 milhões de cópias nos States) e Automatic for the People (1992), que traziam em seus sulcos os sucessos Losing My Religion, Drive, Shiny Happy People  e Everybody Hurts ( a canção mais triste do mundo?). Com o  passar do tempo, a banda ficou  mais contemplativa e até introspectiva, mas sem deixar de lado a crônica social. O REM sempre foi uma banda que primou pela qualidade, tanto nos tempos duros como nos áureos ( e até em voltas de recessos e  abalos de saúde), e que fecha uma carreira excepcionalmente honesta, que em nenhum momento apelou para modismos ou concessões fonográficas ( chegou sim  a mudar o estilo, mas sem perder a essência). Uma jóia rara num meio recheado de pedras falsas, até no seu final mostrou ser uma banda de “aura diferenciada” ( se valerem as declarações): sem brigas, xingamentos ou advogados. Um grand finale.


Seguem grandes vídeos na página especial da banda no Youtube, uma seleta de 4 músicas (anos 80) e o anúncio oficial de ontem:
http://www.youtube.com/user/remhq?blend=1&ob=4 

http://www.youtube.com/watch?v=Xt93x3bSsvQ&NR=1

http://www.youtube.com/watch?v=1v1eWadquoY&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=M91_IWYzmYA&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=Z0GFRcFm-aY 

19 de setembro de 2011

16 de setembro de 2011

Hoje tem HQMix!

Finalmente vai rolar a festa de premiação do mais prestigiado troféu dos quadrinhos nacionais. Hoje, a partir das 19:30hs no mesmo bat-Sesc Pompéia, a 23ª edição do Troféu HQMix virá com muitas surpresas, entre elas a exibição do documentário "Angeli 24 Horas" de Beth Formaggini e a inédita premiação "Destaque Latino-americano". Na apresentação o super Serginho Groissman ( com a banda Altas Horas presente) e como mestre dos quadrinhos, uma justa homenagem ao Paulo Caruso.
Seguem os premiados da noite:
Adaptação para os quadrinhos Os Sertões, A Luta

Caricaturista Gustavo Duarte
Cartunista Allan Sieber
Chargista Angeli
Desenhista Estrangeiro John Romita Jr.
Desenhista Nacional Danilo Beyruth
Destaque Internacional Fábio Moon e Gabriel Bá
Destaque Latino-americano La Fiesta Pagana (Bolívia) La Rosca Comics
Edição Especial Estrangeira Ranxerox
Edição Especial Nacional Bando de Dois
Editora do Ano Cia. das Letras/Quadrinhos na Cia
Evento Rio Comicon
Exposição Zeróis, Ziraldo na tela grande
Grande Contribuição Flip
Grande Mestre Paulo Caruso
Homenagem Especial Bar Tutti Giorni
Homenagem Especial Revista Ilustrar
Livro Teórico Bienvenido - Um Passeio pelos Quadrinhos Argentinos
Mídia sobre Quadrinhos UniversoHQ
Novo Talento - Desenhista Felipe Massafera
Novo Talento - Roteirista Daniel Galera
Produção em Outras Linguagens Malditos Cartunistas
Projeto Editorial Calendário Pindura 2011
Publicação de Aventura/Terror/Ficção Vertigo
Publicação de Caricaturas Bravo - Literatura & Futebol
Publicação de Cartuns Cócegas no Raciocínio
Publicação de Charges Gibi do Glauco
Publicação de Clássico Peanuts Completo
Publicação de Tiras Níquel Náusea - A Vaca foi pro Brejo
Publicação Erótica Quadrinhos Sacanas - O Catecismo Brasileiro
Publicação Independente de Autor O Cabra
Publicação Independente de Grupo Café Espacial
Publicação Independente Edição Única (one-shot) Taxi
Publicação Infantil/Juvenil Pequenos Heróis
Publicação Mix MSP+50 - Mauricio de Sousa por mais 50 Artistas
Roteirista Estrangeiro Joe Sacco
Roteirista Nacional Danilo Beyruth
Salão e Festival 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia
Tira Nacional Piratas do Tietê
Tese de Doutorado José Mendes André
Tese de Mestrado Marcia Casturino
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Leonardo Poglia Vidal
Web Quadrinhos Linha do Trem

14 de setembro de 2011

Marisa Monte ressurge em grande estilo

Divulgação
Marisa Monte ressurge again, após mais um daqueles habituais longos intervalos sem gravações inéditas. "Ainda Bem", a primeira música de seu novo disco ( que sai no final do ano), oitavo da carreira, está disponível para audição a partir de hoje no site especial da cantora/compositora. A canção é a mais nova cria da dupla Marisa Monte/Arnaldo Antunes e segue uma linha despojada e romântica, com clima a la Sérgio Leone. Conheçam a música nova e o novo site:
http://marisamonte.com.br/carta
http://marisamonte.com.br/home

Um dueto emocionante para celebrar o aniversário de Amy

Hoje, 14, Amy Winehouse comemoraria 28 anos. Propositadamente nesta data, sua última gravação em vida, um dueto com o old/good Tony Bennett, veio à luz oficialmente. A música "Body and Soul" foi gravada em 23 de março ( exatamente 4 meses antes da morte da cantora) no estúdio Abbey Road em Londres e será lançada no álbum "Duets II" de Bennet, previsto para 20/09. Um último e emocionante lampejo da inesquecível Amy.
http://www.youtube.com/watch?v=_OFMkCeP6ok&feature=player_embedded

9 de setembro de 2011

Manito (1943 - 2011)

Manito, o homem dos solos inimagináveis, o músico que deu um toque sofisticado à Jovem Guarda, às do saxofone e um multiinstrumentista que se dava bem tanto em bailes, como em conjuntos rockers ou em formações jazzísticas, faleceu hoje, aos 68 anos, depois de lutar por mais de quatro anos contra um câncer ( o que não o impediu de tocar em shows até o ano passado). O guerreiro Manito, nascido Antônio Rosas Seixas foi um dos mais carismáticos, versáteis e vibrantes artistas brasileiros e trabalhou com música incríveis 64 anos de seus 68 anos de vida. Foi baterista (?!) do 'The Jordans' (no final dos anos 50!), peça chave do 'Os Incríveis' e fundou o "Som Nosso de Cada Dia", participando de um dos discos mais queridos do rock nacional ( 'Snegs' de 1974); ainda no 'Os Incríveis', chegou a lançar um elogiado disco solo ( "O Incrível Manito", RCA - 1970 - capa acima); também passou como um raio pelos 'Mutantes' e caiu na estrada com muita gente boa, entre eles, Rita Lee ( cujo melhor disco, Fruto Proibido, teve sua participação), Zé Ramalho, Roberto Carlos, Placa Luminosa e Camisa de Vênus ( isso é que é ecletismo); nos últimos tempos, fundou a 'Saxomania' com grandes feras do jazz onde se apresentava sempre com convidados especialíssimos e também a 'Mind Priority' formação de jazz e ritmos brasileiros. Manito trabalhou muito pela música brasileira - hoje chegou o seu descanso.    

Com Saxomania e Raul de Souza: http://www.youtube.com/watch?v=TaR6HR21PUg
Com The Jordans: http://www.youtube.com/watch?v=hxhDSMZPHMc 
Com Zé Ramalho ( Kryptônia): http://www.youtube.com/watch?v=qBpjMf1nAPQ&feature=fvsr
Com Os Incríveis (homenagem à Hendrix): http://www.youtube.com/watch?v=FSsoVwLTyRs&feature=related
Com 'Som Nosso de Cada Dia": http://www.youtube.com/watch?v=2Q2SR1Yf33U 
Com "Som Nosso de Cada Dia' (Virada Cultural SP 2008): http://www.youtube.com/watch?v=r6blQGZQKWw&feature=list_related&playnext=1&list=AVGxdCwVVULXeXrohT5yPqosTR3JHCoShk

José Mindlin e as "Brasilianas"

José Mindlin e seus livros
O grande bibliófilo José Mindlin, falecido no início do ano passado, nasceu em 08/09/1914, portanto, há exatos 97 anos. Nada mais certo então, que comemorar esta efeméride conhecendo mais a fundo seu vasto acervo (que chegou a 40 mil volumes no total). As obras brasileiras de sua coleção, por exemplo, foram doadas ( ainda em vida) à USP e formaram a "Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin", em homenagem à esposa que tanto o ajudou na formação e preservação deste verdadeiro tesouro nacional. No endereço eletrônico, as obras aos poucos vão sendo indexadas e já estão lá raridades imperdíveis, como a "História da Província de Santa Cruz", primeiro livro inteiramente dedicado ao Brasil escrito por um autor português (Pero Magalhães de Gândavo), nove números da raríssima "Klaxon", primeira revista modernista do Brasil e vinte edições do jornal "O Farol Paulistano", entre 1827 e 1831, marco inicial da imprensa periódica em São Paulo. E essa é só a ponta do iceberg, pois muitas obras valiosas para nossa história ainda estão em processo de recuperação e digitalização. Salve, Mindlin!
http://www.brasiliana.usp.br/

8 de setembro de 2011

Tal Qual

Alguns casos em que o criador e o personagem de quadrinhos se tornam parecidos com o passar do tempo são realmente inacreditáveis. Se por um lado temos alguns personagens criados à semelhança de seu criador logo de cara - como é o caso de Péricles com seu "Amigo da Onça", ambos magros, cabelos gomalizados e de bigodinho fino ( exemplo 1) - outros desafiam a lógica e ficam parecidos com seus autores muitos anos depois. Dêem uma boa olhada nos dois últimos exemplos abaixo: Dik Browne criou Hagar, o Horrível em 1973, época em que parecia um pouquinho só com seu inveterado viking. Mas conforme foi passando o tempo, Dik se tornou o próprio Hagar! caso parecido aconteceu com o grande Will Eisner, criador do genial The Spirit. O seu personagem foi criado em 1940 e tinha bastante semelhança com o próprio Will, na época com seus vinte e poucos anos. Mas a surpresa viria décadas depois, quando o quadrinhista atingiu a meia-idade: ele acabou ficando com a cara de outro personagem da série, o enfezado Comissário Dolan, que já era sexagenário nos idos dos anos 40. Coisas que só acontecem nos quadrinhos!

 


 
 
 

5 de setembro de 2011

Google faz animação especial em homenagem à Freddy Mercury

Quem já abriu a página inicial do Google nesta segunda-feira, 05/09, já se deparou com um vídeo-homenagem aos 65 anos de Freddy Mercury. Costurando detalhes literais da letra de "Don't Stop Me Now" ( do álbum "Jazz" de 1978), a animação do Doodle especial é bem movimentada e cheia de nuances, nos remetendo à explosão criativa do grande Queen e seu saudoso e carismático vocalista.
Vejam o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Xe0gIFxYhrk

2 de setembro de 2011

O genial Steinberg na Pinacoteca

Divulgação
Saul Steinberg (1914-1999), o genial artista que expôs a sociedade americana nas páginas da revista "The New Yorker" (entre outras) com uma incomparável sutileza de traços, chega à Pinacoteca do Estado de São Paulo com 100 trabalhos selecionados das décadas de 40 e 50. Essa seleção de obras, todas pertencentes à Saul Steinberg Foundation, foi pinçada a partir de três exposições exponenciais: a Fourteen Americans, organizada pelo MoMA, em 1946; a mostra individual de 1952, também em Nova York ; e uma exposição realizada no Museu de Arte de São Paulo (Masp), também em 1952. Sim, o artista passou pelo Brasil em seu auge - quem viu, viu. Duas obras selecionadas, "Pernambuco” e “Grande Hotel de Belém”, foram inspiradas nesta passagem pelo nosso país.
Além dessa primorosa seção de desenhos, a mostra traz quatro desenhos murais do artista, criados para a Trienal de Milão, de 1954, trabalhados em rolos de papel de proporções arquitetônicas e pela primeira vez juntos em uma exposição. Fechando o conjunto, um catálogo recheado de informações sobre o artista, como seu diário da viagem ao Brasil, feito pela curadora Roberta Saraiva e o ilustrador Daniel Bueno e um perfil publicado na revista The New Yorker logo após a sua morte. Por módicos R$ 6,00, essa é uma excelente oportunidade de conhecer ou pra quem já conhece, rever os desenhos inteligentes, questionadores e urbanos de um monstro sagrado do cartum.

Mostra “Saul Steinberg: as aventuras da linha”
De 03/9 a 06/11
Pinacoteca do Estado
Praça da Luz, 2
Tel.: (11) 9924-1000
Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h
Ingresso: R$6 e R$3 (meia). Grátis aos sábados

Gogo's Turma da Mônica

Divulgação
Eu tinha ouvido falar há muito tempo que a série de miniaturas Gogo's da Panini iria lançar uma coleção exclusiva com a turma da Mônica. Acabei deletando esta informação até que hoje, vi na banca os tais pacotinhos azuis. Dei uma pesquisada e descobri que são 60 bonequinhos diferentes em estilo "toy art", todos ligados ao universo de Maurício de Sousa. E por falar no criador dessa turma, dêem uma olhada no boneco especial que faz parte da coleção. É isso mesmo: o próprio Maurício virou um pequeno gogo, para deleite dos colecionadores (imagem abaixo). Ele, que já aparecia de vez em quando nas historinhas dos gibis e foi recentemente desenhado em três álbuns especiais que homenagearam seus 50 anos de carreira , agora também é um sólido e miniaturizado item colecionável.
Para visualizar todos os personagens ou entrar na rede, aqui:
http://gogosland.com/gogos_site.html#catalog-monica
www.facebook.com/GogosTurmadaMonica
twitter.com/TurminhaGogos    

Divulgação