Deodato Borges, um dos primeiros criadores de heróis da HQ nacional

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O quadrinista Deodato Taumaturgo Borges, pioneiro das HQs na Paraíba e criador de um dos primeiros heróis nacionais, o Flama, faleceu no último dia 25, aos 80 anos. Natural de Campina Grande e pai do conhecido artista Mike Deodato, ilustrador da Marvel e um dos titulares das histórias atuais dos Vingadores, Deodato Borges foi homem "multimidia" - grande incentivador dos quadrinhos, radialista e escritor -, chegando a ocupar cadeira como Secretário de Comunicação da Paraíba.

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Seu personagem Flama, originário da rádio, teve cinco edições publicadas a partir de 1963 ( "As Aventuras do Flama", imagem abaixo), todas muito raras atualmente. Nos anos 80, chegou a fazer alguns trabalhos em dupla com o filho. Os dois tinham presença confirmada na 2ª Brasil Comic Con, que acontecerá em novembro em São Paulo. Com o seu passamento, certamente os responsáveis pelo evento já devem estar preparando as justas homenagens a esse importante desbravador dos quadrinhos.

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Poesias do "Aura de Heróis" no Vermelho.org

Algumas poesias do meu recém-lançado livro "Aura de Heróis" foram publicadas no site Vermelho.org. Gracias, José Carlos Ruy!
http://www.vermelho.org.br/noticia/247808-11
http://www.vermelho.org.br/noticia/248615-11#.VAJQMdIXQqY.facebook

Jack Kirby, The King

Ontem o grande artista dos quadrinhos Jack Kirby, criador e cocriador de dezenas de personagens, faria 97 anos de vida. Por conta dessa data, muitos sites e grupos em redes sociais comemoraram a efeméride com deslumbrantes imagens resgatadas e detalhes históricos da carreira do mestre. No grupo Colecionadores de HQ do FB, por exemplo, diversos apreciadores e fãs da arte do "King", como era chamado no meio, postaram imagens clássicas e itens kirbyanos de seus acervos. Entre tantas belas imagens, selecionei esta acima, que eu vi publicada em 2011 no bom blog HQRock ( http://hqrock.wordpress.com/ ), por ser um original à lápis de seus primeiros tempos ( esse é de 1941) e por trazer um design bem avançado para a época. Kirby, embora tenha trabalhado desde bem novo com os irmãos Fleischer em animação e nos estúdios de Eisner-Iger, e já em 1941 lançava com Joe Simon o ícone Capitão América, seu trabalho só alcançou a projeção devida quando formou dupla com Stan Lee no início dos nos 60 para a Marvel, saindo dessa parceria personagens antológicos como Hulk, Thor, Quarteto Fantástico, Vingadores, X-Men, entre tantos outros. Sem a sua expressiva e original arte, o mundo dos super-heróis talvez não tivesse atingido tamanha musculatura e talvez não estivesse tão em alta como atualmente nos cinemas. Stan Lee que o diga.

Cybele (1940-2014)

divulgação/blog do Quarteto em Cy (cred. Carlos Castilho)

Cybele, fundadora do Quarteto em Cy, ao lado de suas irmãs Cylene, Cynara e Cyva, faleceu no último dia 21, aos 74 anos. Ela tinha se afastado do grupo há um ano, quando decidiu ficar mais próxima da família.O quarteto, na verdade, teve várias modificações em seus mais de 50 anos de existência (e ainda em atividade), mas nas últimas três décadas, conseguiu se estabilizar e produziu discos e shows memoráveis. Além de participações em discos antológicos do grupo entre os anos 60 e 90, Cybele marcou para sempre sua carreira quando interpretou ao lado da irmã Cynara, "Sabiá"( Chico Buarque- Tom Jobim), a vencedora do Festival da Canção de 1968, desbancando a preferida do público, Pra Não Dizer Que Não Falei em Flores, de Geraldo Vandré.
https://www.youtube.com/watch?v=Zhxcu55PRHI
https://www.youtube.com/watch?v=Qj2MOWsmL64
https://www.youtube.com/watch?v=XdRUxInzxoM
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/08/cybele-cantora-do-quarteto-em-cy-morre-no-rio-aos-74-anos.html
http://www.dicionariompb.com.br/quarteto-em-cy

Capa do Mês: Gazeta Juvenil nº42 (Janeiro de 1949)

Nessa virada de 1948 para 1949, a Gazeta Juvenil tinha em Messias de Mello a sua força artística motriz, tanto na feitura das capas, como ilustrando séries de quadrinhos aventurescas e produzindo em cada edição uma página com seu personagem de humor Pão-Duro. E foi justamente nesta virada, agraciada com essa capa magnífica, recheada de personagens já publicados na Gazeta Juvenil e claro, assinada por Messias, que Jayme Cortez veio se juntar ao time, que contava também com Zaé Jr. e Cláudio de Souza nos textos. Essa profícua turma pintou e bordou nas edições seguintes, incluindo novas séries nacionais, adaptadas ou originais, e seções ilustradas por Jayme Cortez como "Curiosidades" e "Técnicas de Desenho". Uma pena que essa última fase da Gazeta Juvenil (que como Gazetinha surgiu a primeira vez em em 1929!) não tenha passado dos três anos, por conta da concorrência dos heróis americanos publicados pela EBAL e Globo/Rio Gráfica no Rio. Mas ficaram artes eternizadas pelos mestres, como nessa capa, uma das mais bonitas entre tantas formidáveis desta fase da publicação.

Marcelo Tieppo é entrevistado pelo Terceiro Tempo

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O meu grande "amigo-gêmeo", Marcelo Tieppo - corinthiano da gema como eu, curtidor de rocks clássicos como eu, bom bebedor de cerveja como eu, jornalista como eu, e se não bastassem essas e outras, nascido no mesmo dia, mês e ano do meu nascimento, é o entrevistado da vez na seção "Personalidade" da conhecida e popular página esportiva produzida por Milton Neves e equipe, "Terceiro Tempo". Como Tieppão comentou ao compartilhar a notícia, essa entrevista é de certa maneira, uma volta às suas origens, pois há 20 anos atrás, começou sua carreira no jornalismo esportivo justamente na Folha da Tarde, que acabou se transformando no atual Agora, jornal que publica o "Terceiro Tempo". O breve mas esclarecedor "ping-pong" já está disponível no site (link abaixo) e sairá no jornal do próximo domingo. Como meu pai comprava a Folha da Tarde muito antes do Tieppo começar por lá e continua buscando religiosamente o seu Agora na banca do Fernando aos domingos, já considero essa aparição impressa do meu brother, devidamente recortada, indexada e guardada em meu sólido arquivo de aço, na pasta bege intitulada "Amigos pelo Mundo". Boa Tieppão!
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/personalidade/marcelotieppo-personalidade

Foto do Mês: Via Anchieta 1970

Esssa foto incrível foi publicada na página do FB São Paulo Antiga e eu compartilhei do Marcelo Alencar, sempre ligadíssimo nos movimentos. Até onde eu procurei, não vi crédito de fotógrafo ( se souberem, me avisem). Além das cores sortidas dos veículos, o que chama atenção na imagem é o grande engarrafamento, que pra muita gente, é inimaginável para a época. Pra quem, como eu, frequentava o litoral sul de São Paulo ( mais precisamente Vila Caiçara, na Praia Grande) desde bebê, esse tráfego é a coisa mais natural do mundo. Tanto a Via Anchieta como a antiga PedroTacques ( via que seguia sentido Praia Grande e Itanhaém) viviam abarrotadas nos feriados, principalmente os prolongados, além dos óbvios Ano-Novo e Carnaval. Nesse ano específico, 1970, eu tinha meus sólidos 3 anos de idade e não duvidaria se eu estivesse dentro de algum modelo Volkwagen ( meu pai sempre foi proprietário de veículos Volkswagen, até hoje), no meio desse mesmo engarrafamento da foto. E dá-lhe Passat, Corcelzinho, Fusca, Kombi, caminhonetes de todo tipo, DKW, Opalão, Variant. Ah, bons tempos, em que os carros eram identificáveis a  metros de distância - hoje, entre chineses, franceses e coreanos, até o mais especialista precisa de pelo menos dois metros para saber qual é o modelo/fabricante à frente.

Lauren Bacall (1924-2014)

Uma das grandes musas do cinema, ícone do noir, Lauren Bacall, viúva de Humphrey Bogart, também se despediu neste mês, no último dia 12, aos 89 anos. Fez dezenas de clássicos de Hollywood, contracenou várias vezes com Humphrey e manteve até o fim da vida, o olhar penetrante e as sobrancelhas arqueadas.
https://www.youtube.com/watch?v=mFfuUu5xmMA

Festival Jazz & Blues do Sesc São Caetano

Neste final de semana, o Sesc São Caetano traz para a cidade o festival Sesc Jazz & Blues, com três atrações internacionais e uma brasileira, todas da mais alta qualidade. Ontem, rolou a apresentação do trompetista/baterista francês Stéphane Belmondo, que já tocou com caras como Chet Baker e Milton Nascimento; hoje, é a vez da paulistana Banda Urbana, big band que já foi indicada ao Prêmio da Música Brasileira e traz em seu repertório a nata da MPB; amanhã o festival recebe a presença vintage da cantora americana Meschya Lake e banda, que vem surpreendendo e agradando plateias no mundo todo com sua sonoridade que cultua as raízes de New Orleans e ao mesmo tempo soa moderna. Domingo, o último show é com a incrível Diunna Greenleaf & Blue Mercy, banda que traz uma mistura explosiva de soul, jazz, gospel com improvisos e a voz poderosa de Diunna.
Eu como sócio do Sesc, fiz questão de prestigiar o festival, pois além de ser um tipo de programação rara em São Caetano, ainda calhou de ser no teatro a poucos quarteirões da minha residência. Comprei ingressos pra turma toda de casa, escolhendo no uni-duni-tê o show de domingo. Depois conto como foi.
Selecionei alguns números de Meschya e Diunna para vocês sentirem a potência do negócio:
https://www.youtube.com/watch?v=PT51rhMJxu0
https://www.youtube.com/watch?v=Rsgzva4d0KE
https://www.youtube.com/watch?v=9UCLvFqkFxk&list=RDv--CMi43oW8&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=fwLGa6pGBcg&list=RDv--CMi43oW8&index=3

Baú do Malu 48 - Kaliman (1979)

Contracapa de Kaliman 8

1ª Página - Kaliman 1

Seis edições de KALIMAN do meu acervo. Essa publicação foi lançada em 1979, pela Editora Abril, simultânea com as revistas da Marvel Capitão América e Heróis da TV. Interessante é que no expediente a revista consta como "edição regional" e como "uma publicação da Editora Morumbi Ltda. Rua do Cortume, 738 - São Paulo". Na capa também não há referência alguma à Editora Abril. Kaliman é um personagem mexicano de grande sucesso no país de origem e em grande parte da América Latina. Mistura terror, suspense e aventura. Destaque para o lápis e as sombras que permeiam boa parte da arte. Encontrei esses links sobre o personagem (a primeira é a página oficial no México):    http://www.kaliman.com.mx/ e   https://mx.groups.yahoo.com/neo/groups/Kaliman-Solin/conversations/messages/5641 . 

Não sei quantas edições sairam nessa série da Abril - quem tiver mais informações, fique à vontade...

Robin Williams (1951-2014)

O Popeye do cinema, o Peter Pan do Spielberg, o alienigena hilário,a babá transformista, o dinâmico DJ no Vietnã, o presidente de cera, o médico palhaço iluminando pacientes, o psicopata de tocaia, o pinguim inusitado, o professor libertário , o ator desfocado, o elétrico gênio da lâmpada, o mendigo escondendo um segredo, o psicólogo fraterno, o robô com humanidade, o padre autêntico. Robin Williams foi todos esses e muitos outros. É por isso que estamos todos abalados: ele era nosso companheiro de matinês despreocupadas e também de sessões compenetradas. Um ator que fez de tudo um pouco, um comediante nato, que dizem, estava triste, muito triste, já há vários anos. Hoje, nós estamos tristes por ele ter partido. Que após esse abrupto desligamento, sua alma possa encontrar a luz.
Mais sobre Robin Williams, aqui: http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2014/08/11/ator-robin-williams-e-encontrado-morto-diz-revista.htm

Guardiões da Galáxia

Fui assistir a nova empreitada da Marvel no cinema com a galera aqui de casa. Valeu muito a pena! a Marvel acertou a mão dosando humor e ação na medida, sem cair no escracho nem em cenas desenfreadas e confusas. A escolha dessa equipe B dos quadrinhos ( em comparação aos Vingadores e aos X-Men, por exemplo), que existe desde 1969 nas HQs mas só se consolidou na década passada, ajudou bastante o time de roteiristas, pois a própria concepção dos heróis protagonistas ( ou anti heróis, como queiram) dá pano para uma enxurrada de "deixas" impagáveis. Em alguns momentos, a sombra de Star Wars paira, mas até isso ajuda o filme, pois foge um pouco do lugar comum dos super heróis tradicionais. Todos os "guardiões" se destacam: o líder, único humano, às vezes ingênuo, nostálgico, mas safo; o guaxinim revoltado e sem paciência; a mulher verde sensual mas desconfiada; o brutamontes honesto, sem malícia e com desejo de vingança e a árvore gigante que alterna momentos de sensibilidade e explosão ( e simboliza um incessante renascimento do meio ambiente). Somando as ricas personalidades, um enredo que rende, vilões com sangue nos olhos ( e não engraçadinhos como em algumas produções) e  uma trilha sonora duca - graças à fitinha cassete setentista/oitentista do senhor das estrelas - têm-se uma das melhores adaptações cinematográficas do Universo Marvel. O"dois" já foi anunciado, e espero que se mantenha a qualidade e a diversão.

A famosa fitinha cassete, para baixar: https://www.youtube.com/watch?v=dSj4vmbyh5M
O trailer: https://www.youtube.com/watch?v=8VN_l57QWyQ

Anima Mundi 2014

De hoje a domingo rola a fase São Paulo do conceituado festival de animação Anima Mundi, que já mostrou fôlego de sobra em seus 10 dias de Rio de Janeiro. Entre curtas e longas que arrebataram a plateia carioca, a seleção paulistana contará com o premiado O Menino e o Mundo, de Alê Abreu, que transbordou de gente em sua exibição na cidade maravilhosa ( em Sampa será exibido em sessão especial), e com o grande vencedor do Anima Mundo 2014, Padre, em duas sessões. O festival também trará as sessões gratuitas, que fizeram estardalhaço entre os cariocas, oficinas, papos animados com grandes criadores e a exibição do cultuado Yellow Submarine, este com retirada de ingressos meia hora antes.A programação completa, aqui: http://www.animamundi.com.br/eventos/locais/

Peninha 50 Anos

Entre os lançamentos constantes da série Disney Temático, talvez esse do Peninha 50 Anos seja um dos mais bacanas pra nós, leitores brasileiros. Afinal, o personagem teve sua fase áurea justamente quando teve suas histórias criadas inteiramente pela equipe Disney da Editora Abril entre os anos 70 e 80. Inclusive a edição comemorativa, ao dividir a trajetória do amalucado primo do Donald, chama essa fase brasileira de Era de Ouro. As outras fases são batizadas de A Criação ( fase americana) e Amadurecimento ( fase italiana), e os textos de cada etapa são assinados pelo excelente Marcelo Alencar, expert em Disney e antigo colaborador da casa. Somando a seleção bem completa, o sumário resumido na medida, a pesquisa apurada de Alencar e o capricho da seleção desde a capa, já coloco esse Peninha 50 Anos como um dos melhores lançamentos do ano.

Daily Míllor

A 12ª FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) tem como grande homenageado da edição o genial Millôr Fernandes (1923-2012) e ganha, além de inúmeros debates e exposições a respeito do mestre, a publicação do jornal Daily Míllor, uma publicação que parodia o conhecido jornal britânico Daily Mirror, baseada numa versão que o próprio escritor já fizera na internet com o mesmo nome. O informativo, lançado na última quarta-feira, é diário, e traz colaborações preciosas como a de Reinaldo ( que assina o editorial do número 1), Antonio Prata, Claudius, Luis Fernando Veríssimo, Chico Caruso, Ivan Fernandes ( filho de Millôr) e do próprio Millôr, que tem suas frases e comentários inseridas nas páginas diagramadas à sua imagem e semelhança. Os temas do jornal serão alimentados pela própria FLIP, que justamente por homenagear um ás do grafismo e expert em editoração, vem munida de muito material impresso em suas instalações. O Daily Millor será distribuido na exposição principal do evento, "Millôr, 90 anos de nós mesmos", na Casa de Cultura da cidade e também terá suas edições disponibilizadas no tumblr Daily Millôr ou no site da Editora Companhia das Letras. A programação completa da FLIP, aqui, site do evento .

Rolling Stone Brasil 94

Confesso que embora goste muito da edição brasileira da Rolling Stone, ultimamente eu compro só quando a capa e as chamadas realmente me chamam a atenção - a grana curta, na verdade, é a culpada dessa aleatoriedade. Essa última, a nº94, eu levei pra casa. Além do esquisito e talentoso Jack White como destaque, também me detive na matéria sobre o retorno do Ira, na reportagem histórica sobre os Bee Gees e no dossiê sobre Woodstock e demais festivais clássicos. Lana Del Rey, Rush e Michael Jackson também mereceram minha atenção. A revista continua com boas pautas e mantém fôlego para chegar na edição 100. Quem sabe nessa futura edição comemorativa, não apareça um cdzinho básico com lados B e raridades? as revistas gringas vivem trazendo CDs de brindes..quem sabe?
Aqui, uma palhinha da matéria de capa e outra sobre o antológico Mussum, outro destaque da edição:
http://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-94