30 de setembro de 2013

MeMo, a Revista da Memória Gráfica, já está no número 3


Demorei pra divulgar essa preciosidade chamada "MeMo - A Revista da Memória Gráfica". Fiquei extasiado tanto com o primeiro como com o segundo número e cheguei até a comentar com um dos editores, o diretor de arte e pesquisador Toni Rodrigues, sobre a impressionante riqueza de detalhes e a impecável pesquisa das duas primeiras edições lançadas - sobre Nico Rosso e Monteiro Filho, respectivamente. Agora, com o terceiro número saído do forno, focando Luiz Saidenberg, me sinto no dever de divulgar esse magnífico documento,que mantém a qualidade e a amplitude dos números anteriores e joga luz na obra de um grande mestre dos quadrinhos que ainda não tinha sido destacado com essa merecida relevância. Vale muito a pena baixar o conteúdo dos três volumes. E que venham muitos outros - a História Gráfica agradece. Só um desejo de colecionador das antigas: será que um dia essas revistas sairão em papel?
para baixar, aqui.

25 de setembro de 2013

Baú do Malu 40 - Globinho (26/04/1981)


Ainda arrumando meu armário de quadrinhos, eis que encontro esta preciosidade acima: Globinho de 26/04/1981. Um tempo em que o suplemento infantil vinha recheado de HQs, e melhor ainda, quadrinhos de qualidade acima da média. Logo que achei, postei lá no FB, já sabendo que o pessoal do grupo Colecionadores de HQs iria curtir muito. E foi tiro e queda. Muitos do Rio confirmaram que esperavam ansiosamente o pai com O Globo na época para acompanhar personagens inesquecíveis como Asterix, Brucutu, Hulk, Fantasma,Pato Donald, Mortadelo&Salaminho, Hagar, Flash Gordon, Tarzan, Heróis DC, Crock, Bronco Bill, Zé do Boné, Recruta Zero, Zé Colmeia, Lucky Luke, Os Bichos,Mãe, e até Woddy Allen!(escaneei as páginas mesmo com o formato jornal não ajudando - só para se ter uma visão da disposição dos personagens nesta edição específica). E pensar que tem colecionadores lá com centenas de Globinho ( alguns com os primeiros números do início dos anos 70). Eu já babo só com esse, imagina vários! Não é ser saudosista não, mas que jornal hoje em dia tem um suplemento completo desses hoje em dia?











20 de setembro de 2013

Poesia e Pau-Brasil no Dia da Árvore

Hoje, (véspera do) Dia da Árvore, rolou um evento bem importante e pertinente nos jardins da Biblioteca Municipal Paul Harris, em São Caetano, com a presença de alunos do município, escritores da Academia Popular de Letras e o secretário do Meio Ambiente e equipe. Na verdade, é um acontecimento sempre raro, mas que aos poucos vem acontecendo com mais frequência, embora ainda não suficiente: o plantio de uma árvore. A ação comemorativa de São Caetano escolheu um legítimo Pau-Brasil, espécie que quase foi dizimada de nossas matas, e abrilhantou esse ato ecológico com várias poesias espalhadas pelo jardim evocando o tema "árvore". Mais uma vez tive a honra de participar de uma ação cultural alavancada pela Ana Maria Guimarães Rocha e sua maravilhosa equipe da biblioteca, cedendo uma poesia de minha autoria. O único porém é que por conta de muito trabalho acabei chegando mais de 1 hora depois do horário previsto e quando cheguei com meus filhos Gabriel e Letícia ao local, já estava esvaziado. Ainda consegui conversar um pouco com a Ana - parabenizando-a mais uma vez pela iniciativa - e trocar poucas palavras com sua equipe. Mas fiz questão de fotografar a nova árvore da cidade ( depois fiquei sabendo pela Ana que uma cerejeira também foi plantada e fará companhia ao Pau Brasil no mesmo jardim) e os varais com os escritos e poesias dos colegas escritores. Fiz bem em ir, mesmo atrasado: ver um nova árvore nessa selva de cimento, revigora e nos dá mais esperança para o futuro. Ainda melhor junto de meus filhos, ambos com muita consciência ecológica.


-Precisamos de AR!
-Precisamos de Arte!
-E como ter AR e ARTE em qualquer lugar?
- Plantando ÁRVORES, ÁRVORES, ÁRVORES, por toda parte!


19 de setembro de 2013

Bruce e a Sociedade Alternativa

divulgação
Enquanto o Rock in Rio rolava ( ontem e hoje finalmente se ouviu rock no festival - no momento em que escrevo, o rock pauleira tá comendo solto com o Alice in Chains) o trabalhador braçal do rock, Bruce Springsteen, esbanjou carisma e vitalidade em seu show em São Paulo ontem. A sinergia/energia do Boss foi tamanha que rolou surf do próprio entre a platéia e até pedido de casamento durante o show. Mas a grande repercussão mesmo recaiu para a escolha surpreendente do compositor americano logo na entrada:"Sociedade Alternativa", hino contracultural do nosso eterno Raul Seixas. Bruce arriscou um português/portunhol que acabou fluindo bem, sem comprometer, acompanhado de palmas e entusiasmo que instigaram o público a puxar durante toda a música um coro emocionante. Não é todo artista que tem essa preocupação com a cultura local. Bruce Springsteen tem postura e  tocou com vontade e gosto ( e aí devemos nos render também à competência da ótima E-Street Band); fez um show inesquecível e contagiante e essa corajosa escolha inicial com certeza deu o aval para uma noite perfeita e histórica.
Aqui, a Sociedade Alternativa:
http://www.youtube.com/watch?v=zKEJkixmLHQ

17 de setembro de 2013

Na Super Interessante Especial "101 Raças", páginas inéditas de Fernando Gonsales

Minha filha Letícia adora cachorro de paixão e se vê qualquer revista ou livro a respeito, quer comprar. A última Superinteressante Especial, deste mês de setembro, intitulada "'101 Raças - O Guia Definitivo dos Cachorros", destrincha com precisão histórica e muita pesquisa, uma centena de raças caninas das mais significativas ao redor do mundo. Claro quer ela comprou. Até aí já seria uma edição bem em conta, mas ficou mais bacana ainda quando descobrimos que entre os perfis de cada raça foram acrescentadas 20 páginas ilustradas (com quadrinhos) pelo ótimo Fernando Gonsales, famoso pelas tiras de Níquel Náusea ( uma delas está retratada abaixo). Fernando na verdade é formado em Veterinária e sempre retratou em suas gags diárias o rico universo animal e seus dilemas. Nesta edição, o foco, claro, são os cães, e ele mantém o nível de sempre. No fim, uma grata surpresa, não só por estar em uma edição improvável para HQs, mas além disso, por não ter divulgação dessa participação em lugar nenhum, com exceção de alguns leitores no FB. Mais uma provade que os quadrinhos andam me perseguindo....

12 de setembro de 2013

Benvirá

Estava eu na semana, sentado na cadeira do dentista da família, o grande Sergio Garcia, especialista em Imigração Italiana, Ocultismo e Catimbó, quando o assunto, que já tinha sobrevoado e mergulhado sobre Mario de Andrade, História do ABC, árvore genealógica, construção da Via Anchieta, fotografia, Câmara Cascudo, política e J.J.Benitez, entrou ligeiramente no foco "excêntricos da MPB" (na acepção ampla do termo), o que fez vir à baila os nomes de João Gilberto, Belchior e claro, Geraldo Vandré. Quando citei o isolamento do mestre sessentista Vandré, eis que Sergião larga o motorzinho pendurado no ar e de supetão, adentra a sala ao lado do consultório. Volta em menos de um minuto com esse clássico acima em mãos, "Das Terras do Benvirá", de 1973. Um disco que a primeira ouvida, pode causar estranheza a quem o conhece pelas canções de festivais anteriores. Gravado no exílio, por volta de 1970 ( não se sabe ao certo as datas das gravações) e só lançado por aqui em 1973, o LP traz sussuros, lamentos, gritos, quase como pedidos de socorro de quem sequer podia se manifestar ao vivo. O violão rascante está aqui, mais arrastado, é verdade, e as letras sociais também, embora nesse caso, debiquem para temas menos políticos e mais "existenciais" e desesperançosos. Já durante esse lançamento, Vandré era um cidadão do mundo, exilado, isolado e cada vez mais longe da música popular e de qualquer declaração sobre seu passado ou sobre possíveis torturas a sua pessoa por parte da Ditadura. Num revestrés que assustou muita gente na época e suscitou lendas absurdas (ou nem tão), o compositor chegou a gravar uma homenagem às Forças Armadas e negar seu passado de protesto, isolando-se cada vez mais para dentro de si mesmo, num silêncio profundo que dura até hoje. Esse discaço, que o Sérgio carinhosamente me presenteou ( e terá volta, com um Câmara Cascudo do meu acervo) é de certa forma, a despedida informal desse grande compositor ao formato de canção que o projetou. Hoje, 12 de setembro, três dias depois desse presente inusitado, Geraldo Vandré está completando 78 anos.

5 de setembro de 2013

Baú do Malu nº39 - Itens Disney



Arrumando a parte "Disney" da minha abarrotada coleção de HQs, deparei com esses exemplares curiosos que ilustram o post. As duas capas acima são da coleção "Os Grandes Duelos", série de três livrinhos capa dura bolados pela equipe Disney brasileira da Editora Abril em 1973. Infelizmente não tenho o n° 2, "Superpateta contra os Metralhas" - o volume do Morcego é o n°1 e o do Tio Patinhas é o n°3. As histórias, com ilustrações de uma página, sem balões e texto corrido no rodapé, são do genial Ivan Saindenberg, e os desenhos tem a assinatura de mestres quadrinistas brasileiros da Disney na época, como Carlos Edgard Herrero, Carlos Gomes de Freitas, Izomar C. Guilherme e Jorge Kato. Uma coleção linda que deixou um gostinho de quero mais.
Já esse kit abaixo, é um item peculiar. Saiu em Portugal nos anos 80 e traz brindes comemorativos do Pato Donald: um almanaque histórico, um fac-símile da revista nº1, de 1950, um álbum de figurinhas do Pato Donald e demais patos da família Disney (com cromos avulsos) e um calendário. Torna-se uma peça ainda mais rara por estar lacrada, no plástico original. Como eu já adquirira esse kit quando saiu no Brasil, resolvi mantê-lo assim, intacto.
Na sequência, duas revistas bem curiosas. Um Mickey de 1962, lançado pela Editora Tucuman da Argentina - essa a minha mana Helô achou em um sebo/brechó de Buenos Aires. O Marcelo Alencar, grande disneyólogo, me atentou para o detalhe dessa capa ser desenhada pelo essencial Paul Murry. E a outra, com Prof.Pardal na capa ( e um pôster na parede com o detetive Berloque Gomes) é uma vistosa revista de atividades alemã, de 1979, trazida pelo meu cunhado Flávio quando lá esteve, e que vem com vários personagens Disney e o inventor como anfitrião.
As demais imagens são de títulos lançados apenas em Portugal pela Editora Abril entre os anos 80 e 90 ( lá era Ed. Morumbi), com as melhores histórias Disney feitas ao redor do mundo, destacando as criadas no Brasil entre os anos 70 e 80. Vale a pena conhecer essas capas exclusivas de cada país.