31 de agosto de 2013

Novo single de Sir Paul

Sir Paul McCartney não pensa em aposentadoria e isso é formidável para a boa música mundial. Montando seu 16º disco solo desde o ano passado, disponibilizou na quinta-feira (29) o primeiro single, "New", na página virtual da Apple. O álbum, produzido por Mark Ronson ( o mesmo de "Back to Black" de Amy Winehouse), ainda não foi batizado, mas sabe-se que terá 12 canções inéditas e lançamento mundial no dia 12 de outubro. Entre as surpresas da produção, as participações de Giles Martin, filho do produtor dos Beatles George Martin e Ethan Johns, integrante da banda Kings of Leon e filho do lendário Glyn Johns, que trabalhou com os Beatles, Rolling Stones e The Who.
(Clique aqui para ouvir)

29 de agosto de 2013

Lançamentos imperdíveis nas bancas

Este mês de agosto está presenciando uma enxurrada de bons lançamentos de quadrinhos em banca. Além da Graphic MSP 3, "Chico Bento - Pavor Espaciar", do Gustavo Duarte, já comentada aqui (http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2013/08/previews-de-chico-bento-pavor-espaciar.html , os jornaleiros receberam no mês outras edições caprichadas e luxuosas, dessas que só se encontram ultimamente em livrarias e seções especializadas. A primeira que chegou foi a maravilhosa edição do Fantasma, da Ediouro, em edição bem trabalhada pela Otamix e também já postada aqui (http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2013/08/fantasma-volta-as-bancas.html ). Nesta semana, dois lançamentos de encher os olhos apareceram de uma vez: a coleção Graphics Marvel da Salvat, com seus fantásticos álbuns em capa dura trazendo épicos importantes dos heróis da Casa das Idéias ( acima) e Luluzinha Clássica (Ediouro, 130 págs, R$ 16,90, já no nº3) trazendo as primeiras histórias formatadas por John Stanley nos anos 40 e 50. Confiram as capas dessas preciosidades abaixo, que deixaram as queridas bancas mais encorpadas neste agosto de 2013. A coleção da Salvat já chegou a sair como teste em algumas cidades no início do ano. O problema é que parou no nº3 ou 4 e quem comprou ficou a ver navios, o que ocasionou uma indignação coletiva na internet. A editora agora lança oficialmente a coleção em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba, com 60 volumes que formarão com suas lombadas quadradas um painel artístico bem chamativo com os super-heróis da série. A torcida é que a coleção embale e seja liberada pera o resto do Brasil. O primeiro volume sai por R$ 9,90, o segundo virá a R$19,90 e os restantes a R$29,90. Acompanhem os detalhes no link abaixo.
http://www.salvat.com/br/colecciones/marvel/home.shtml



24 de agosto de 2013

Pequena biografia de um arqueiro

Finalizei a leitura de mais um livro no início do mês, o bom "Juntos para Sempre", de Walcyr Carrasco,  romance singelo e espiritualista, pela Editora Arqueiro. Mas além da história principal altamente recomendável, outro detalhe da edição me chamou a atenção: uma mini biografia bem na abertura do livro sobre um certo editor, Geraldo Jordão Pereira, com uma trajetória fascinante que acabou inspirando o surgimento da própria editora Arqueiro. Segue abaixo a reprodução do pequeno perfil ( a foto que ilustra o texto original é essa acima).

Geraldo Jordão Pereira (1938-2008) começou sua carreira aos 17 anos, quando foi trabalhar com seu pai, o célebre editor José Olympio, publicando obras marcantes como O Menino do Dedo Verde, de Maurice Druon, e Minha Vida, de Charles Chaplin.
Em 1976, fundou a Editora Salamandra com o propósito de formar uma nova geração de leitores e acabou criando um dos catálogos infantis mais premiados do Brasil. Em 1992, fugindo de sua linha editorial, lançou Muitas Vidas, Muitos Mestres, de Brian Weiss, livro que deu origem à Editora Sextante.
Fã de histórias de Suspense, Geraldo descobriu O Código da Vinci antes mesmo de ele ser lançado nos Estados Unidos. A aposta em ficção, que não era o foco da Sextante, foi certeira: o título se transformou em um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos .
Mas não foi só aos livros que se dedicou. Com seu desejo de ajudar o próximo, Geraldo desenvolveu diversos projetos sociais que se tornaram sua grande paixão.

Com a missão de publicar histórias empolgantes, tornar os livros cada vez mais acessíveis e despertar o amor pela leitura, a Editora Arqueiro é uma homenagem a esta figura extraordinária, capaz de enxergar mais além, mirar nas coisas verdadeiramente importantes e não perder o idealismo e a esperança diante dos desafios e contratempos da vida.

23 de agosto de 2013

Adeus, Kombosa II

Foto de Pete Bounds (1971)
Depois que fechei o post anterior sobre a Kombi, que encerra sua produção em 2013, lembrei de outra referência fundamental ligada à imagem desse veículo ícone: a praia. Os surfistas, desde sempre, deram preferência a automóveis que pudessem aguentar o clima, os recortes e a maresia do litoral e ter espaço suficiente para as pranchas e assessórios da turma. Aliás, muitas dessas turmas tinham na verdade uma Kombi comunitária, ou seja, rateada por dois ou mais integrantes. Essa afinidade Kombi/surf pode ser observada em fotos incríveis espalhadas pela internet, como esta acima e outras no link abaixo.
http://www.tumblr.com/tagged/kombi-van

Adeus, Kombosa!

Divulgação
A Kombi é o automóvel mais longevo da indústria automobilística - nasceu em 1950 na Alemanha e desde 1957, ininterruptamente, é produzida no Brasil. Mas essa longa história fecha o ciclo no fim deste ano. Com a obrigatoriedade em 2014 do airbag duplo e freios ABS em todos os veículos novos, a velha perua da Volkswagen sai de linha por não ter como se adaptar às novas regras. Como o Brasil é o último país a produzi-la, sai de linha um veículo que extrapolou o seu perfil de simples automóvel e se tornou um verdadeiro ícone pop. Suas aparições no cinema, em discos, nos quadrinhos, nas novelas e até em nome de estabelecimentos comerciais (vide o restaurante NaKombi, franquia de sucesso), fizeram da "kombosa", como a minha velha turma no ABC carinhosamente a chamava, uma instituição sobre rodas. Basta lembrar que nos bons tempos hippies, a perua alemã se tornou um dos grandes símbolos libertários da contracultura jovem - e ainda se mantém assim, nas mãos de bichos-grilos out of time. Nos anos 80 eu era um desses hippies atrasados, e em "sociedade" com um amigo, Átila, compramos uma Kombi 1975 - daquelas com eixo cruzeta ainda, anterior à homomocinética - bege, charmosa, embora caindo aos pedaços ( o que facilitou muito seu valor). Resolvemos sair da vagabundagem e pensamos em fazer entregas com a perua. Começamos bem, fazendo pequenos serviços de gráficas, até que nos empolgamos e resolvemos cair em entregas maiores. Até que numa bela tarde de rush, em plena Rodovia Dutra, com a perua lotada até a tampa - quase 1 tonelada judiando da bichinha - a coitada arriou. Era o fim de sua carreira comercial, mas por um tempo ainda, com os devidos ajustes, ela ainda desfilou no bairro, na mãos de vários motoristas da turma ( e também de turma vizinha) e até viajou para a praia, lotada, claro. Com tantas aventuras, a idosa perua deu seu último suspiro, com a cruzeta arriada de vez, e tivemos de vender por preço de banana ao ferro-velho. Demos adeus a nossa querida Kombi de estimação. Hoje, o adeus simbólico vai para todas as Kombis que ainda rodam por aí.
Acima, a foto da última encarnação, que virá como série especial limitada de 600 veículos, chamada Last Edition (mais detalhes no link abaixo). De lambuja, o link para o ótimo blog dedicado às Kombis, o Planeta Kombi. E nas imagens abaixo, um pouco da participação da Kombi na cultura e na História da humanidade.
http://g1.globo.com/carros/noticia/2013/08/volkswagen-confirma-fim-da-kombi-com-edicao-especial-de-r-85-mil.html
http://planetakombi.blogspot.com.br/2010/10/kombi-hippie.html

Produção da Kombi na Alemanha - anos 50 (divulgação)  

Desenho Carros da Pixar ( divulgação)
O filme Pequena Miss Sunshine teve várias cenas com a Kombi ( divulgação)

A Kombi nos quadrinhos: The Fabulous Furry Freak Brothers (divulg)
Camila Pitanga e a Kombi azul da novela Cama de Gato (2009) ( divulgação)
Uma das várias Kombis em Woodstock (1969)

22 de agosto de 2013

Capa do Mês - Bravo 192 - agosto de 2013

Esta capa acima é a última da Bravo. O seu fim foi anunciado no mês passado, junto a outras publicações que para a Editora Abril, já vinham definhando em bancas e assinaturas. São elas a Lola ( que li uma vez e achei  umas dez vezes melhor que a velha Cláudia), a Gloss e a Alfa ( que durou bem pouco). A Bravo, revista sofisticada voltada para as Artes, vendia 28 mil exemplares, contando todos os canais de vendas, o que para o padrão editorial atual tornou-se um estorvo. Embora eu não tivesse cacife para assiná-la ou comprá-la todo mês, conseguia alguns exemplares de amigos e esporadicamente comprava em banca. Era a única revista atual que cobria todas as manifestações artísticas, ou seja, a única que escrevia sobre artes plásticas, música, teatro, cinema, dança, cultura televisiva, literatura e quadrinhos ( pelo menos quatro ou cinco temas desses por mês), com resenhas críticas, dicas culturais e artigos mais aprofundados. Eu, revistólogo nato, fico triste quando uma revista morre assim. Mas a vida segue.... e a arvorezinha da velha Editora Abril do grande Victor Civita vai ficando cada vez mais desfolhada.

Debussy vira Doodle animado

A barra do Google em homenagem a Debussy
Em comemoração aos seus 151 anos de nascimento, o compositor francês Claude Debussy recebe uma homenagem caprichada do Google e vira Doodle com direito a animação e som. Em um cenário noturno europeu típico do início do século XX, com bicicletas, calhambeques, navio fluvial, luzes piscantes da cidade e claro, a Lua, pode-se escutar a sua mais famosa composição, "Claire de Lune".
http://www.youtube.com/watch?v=XQXgB8uenRQ

20 de agosto de 2013

Cornélius (1948-2013)

Não posso deixar passar o falecimento de um dos maiores vocalistas que nosso rock brasilis abarcou. Cornélius (Cornélio de Aguiar Neto) foi o primeiro vocalista da banda Made in Brazil e estava presente no primeiro e mais importante disco da banda, de 1974. Com seu visual glitter e sua voz rascante e aguda virou "Cornélius Lúcifer" para os fãs e marcou época, embora já em 1975 tenha se afastado da banda para tentar vôos solos. Lançou alguns bons projetos, misturando soul, MPB, rock e até disco mas gradativamente se afastou dos holofotes. Mesmo assim, ainda participou de alguns shows do Made nas últimas décadas. Cornélius faleceu em julho, mas só na semana passada é que saiu oficialmente a notícia no site do Made in Brazil.
Algumas performances de Cornélius, uma homenagem de fã e o teaser do filme sobre a banda:

19 de agosto de 2013

Livros sobre HQs - Uma lista obrigatória para quem quer saber mais sobre quadrinhos



Três dos livros presentes na "big" lista
A idéia e a pesquisa vieram do incansável Quiof Thrul, lá do "Colecionadores de HQ" e uma grande lista com livros e obras sobre HQs acabou publicada no grupo do Facebook e no ótimo blog Quadrinhosfera do Luan Zuchi. A idéia é atualizá-la conforme aparecerem novas dicas. Eu e o Toni Rodrigues já demos nossos pitacos e novas referências vão surgindo nos comentários. O assunto é quase inesgotável e dará certamente muito pano pra manga. Uma ótima iniciativa e um primordial documento para pesquisadores, desenhistas e fãs da Nona Arte.
http://quadrinhosfera.blogspot.com.br/2013/08/lista-de-livros-sobre-historias-em-quadrinhos.html
https://www.facebook.com/groups/colecionadores.hqs/doc/304519652949503/

17 de agosto de 2013

Fantasma volta às bancas!

Ultimamente tenho visitado quase diariamente o grupo no Facebook "Colecionadores de HQ", com quase 2500 membros. Encontrei lá velhos conhecidos do colecionismo e também novos colegas com muitas informações e histórias. Discussões das mais diversas, imagens das coleções particulares, lançamentos, resgates de personagens, histórias e desenhistas preferidos, detalhes preciosos e precisos, rola de tudo um pouco e a diversão lá é garantida. Anteontem, um dos membros mencionou que vira um Fantasma de relance em uma revistaria, mas não teve chance de folheá-la. Foi a conta para que vários membros ficassem em polvorosa e ansiosos para descobrirem que raio de lançamento era esse. Alguém já tinha soprado antes, no próprio grupo, que algum lançamento da Ediouro ligado ao Lee Falk surgiria em breve, mas sem mais detalhes. Ontem bem cedo, na bat-banca do Carlão, aqui perto de casa, vasculhei a estante dos gibis em busca do mascarado de Bengala. Nada! quando ia saindo decepcionado, perguntei por perguntar ao Carlão se ele sabia de alguma revista do Fantasma. Qual não foi minha surpresa quando ele se abaixou e voltou com uma bela revista na mão, dizendo que tinha chegado na primeira hora do dia e ele guardara pra mim sem pestanejar. Cheguei em casa e não pensei duas vezes: escaneei a capa e postei lá no grupo, para que os amigos do grupo pudessem visualizar o lançamento e tirar suas dúvidas. O precioso lançamento é mesmo da Ediouro e traz a 2ª história do herói, "Os Piratas do Céu", colorizada, e ainda sua continuação, publicada três anos depois em pranchas dominicais. A capa é cartonada e a revista, vendida a R$16,90, vem com 130 páginas e textos históricos sobre o personagem. Se essa agitação toda passar efetivamente para as vendas, há grandes chances de virar uma nova coleção em bancas - esse primeiro lançamento vem com o nº 1 na capa. E quem sabe, motivar a inclusão de outros personagens neste formato luxo, como os próprios Brasinha e Gasparzinho, que tiveram suas revistas mensais descontinuadas pela mesma editora no mês passado - Luluzinha clássica, nesse mesmo formato do Fantasma, está no forno, como confirmou Ota Assunção da Otamix, que produz as edições para a Ediouro. Que bom ver o velho Fantasma de volta às bancas, de onde nunca deveria ter se ausentado.

14 de agosto de 2013

Receita de Samba

Dica duca, daquelas imprescindíveis, veio do Catraca Livre, via Rick Berlitz lá no Facebook. O blog Receita de Samba, disponibiliza sambas antigos para download, muitos deles só localizados em discos de 78 rpm. Além desses tesouros gravados, a página também traz documentários, entrevistas, matérias, cifras, letras e perfis de sambas e sambistas. Também tem uma seção específica só para sambas-enredo.
http://www.receitadesamba.com.br/p/downloads.html


10 de agosto de 2013

George Duke (1946-2013)

Faleceu na segunda-feira passada o grande George Duke, tecladista/pianista que deixou um rastro invejável por onde passou dentro da música. Eclético por natureza, começou a carreira em meados dos anos 60, na banda Half Note Jazz Club de São Francisco, liderada pelo cantor Al Jarreau. Mas o grande passo seu se deu no final da década, quando gravou o disco "The Jean-Luc Ponty Experience with The George Duke Trio", um sucesso estrondoso que combinava jazz e violino elétrico e é apontado como um dos primeiros discos de jazz fusion. Esse disco abriu a porteira para o seu som vibrante, suingado e ao mesmo tempo virtuoso e os anos 70 viram grandes obras de fusion com a sua assinatura, como "Faces in Refletion" e "Liberated Fantasies", além de participações decisivas em clássicos de Frank Zappa como integrante do Mothers of Invention. Ouçam "Chunga's Revenge", "Apostrophe" "Over-Nite Sensation" "One Size Fits All" e "The Grand Wazoo" e confiram suas performances dilacerantes e certeiras. Enquanto transformava e fundia o jazz - misturando funk, soul, rock e eletrônica, mantinha um pé no jazz mais formal (mas nem tanto) , como no fabuloso disco com o baterista Billy Cobham. Sempre experimentando sons e parcerias, fez grande sucesso na virada dos 70 para os 80 ao lado do virtuose do baixo Stanley Clarke, primeiro com uma versão pra lá de suingada e sacana do clássico "Louie Louie" e logo depois com uma doce composição pop que estourou nas rádios do mundo todo: "Sweet Baby". Por essa época, eu e minha 'turminha de bailes" escutamos até gastar o LP "Dream On", com a famosa capa em que seu teclado característico gravita em algum ponto do espaço sideral. Depois passou pela nossa mão com sucesso o LP de 1977, "Reach for It", outro petardo.  Duke levou seu ecletismo também para a produção, trabalhando com artistas como Miles Davis, Smokey Robinson, Lyle Lovett, Barry Manilow e mais recentemente com a cantora Dianne Reeves, que o fez ganhar dois Grammys em 2000 e 2001. Incansável, conseguiu finalizar e lançar no mês passado, seu 40° álbum de carreira, "DreamWeaver".
Com Frank Zappa no Mothers of Invention:  http://www.youtube.com/watch?v=Dp6LT2MdaPI 
Stanley Clarke/George Duke Project-School Days(1981): http://www.youtube.com/watch?v=oFKlezPu3xg
Com Stanley Clarke -Sweet Baby(1981):http://www.youtube.com/watch?v=7ZZcZHWw9eM
Com Stanley Clarke - Louie Louie: http://www.youtube.com/watch?v=ifQSyRzeAZM
Reach for It (1977) : http://www.youtube.com/watch?v=sOVGlDC633w

8 de agosto de 2013

Previews de "Chico Bento - Pavor Espaciar", a próxima Graphic MSP

Sidney Gusman, do planejamento editorial da MSP abriu por esses dias uma página de previews da próxima Graphic MSP, "Chico Bento - Pavor Espaciar", criada pelo ótimo Gustavo Duarte. Pelas incríveis cenas e capa (acima), dá para se perceber que a qualidade e a criatividade, presentes nas duas graphics anteriores - "Astronauta Magnetar", de Danilo Beyruth e "Turma da Mônica - Laços" dos irmãos Lu e Vitor Cafaggi, estão mantidas nesse nº3. Chico Bento, seu primo Zé Lelé e o porquinho Torresmo serão abduzidos nessa nova novela gráfica, portanto podem esperar muito suspense - e o autor sabe bem manter o silêncio certo na sequência dos quadros - e uma boa dose de humor - essa eu não adivinhei: está escancarada nos previews (abaixo). Mais um ótimo álbum para orgulho dos quadrinhos nacionais, em breve em uma livraria ou banca mais próxima.

6 de agosto de 2013

Li: "Iron Man - Minha Jornada com o Black Sabbath", a biografia de Tony Iommi

Esta autobiografia do lendário guitarrista Tony Iommi - "Iron Man - Minha Jornada com o Black Sabbath" é um grande alento dentro das inúmeras biografias que transbordam das prateleiras das livrarias só pra tirar casquinha (e dim dim) deste interminável filão chamado rock. Li suas 400 páginas de uma talagada só. Uma biografia realmente honesta, sincera, sem floreios, direta no ponto. Assuntos espinhosos ou complicados - excesso de drogas, brigas, empresários sanguessugas, mortes próximas - são abordados sem desvios, assim como os  momentos hilários e malucos, uma constante em toda a carreira do grupo. Tony sempre foi o "Iron Man" de fato.  Na hora de compor, era ele quem torrava as pestanas em busca do riff mágico. E eles realmente surgiam aos borbotões - Tony, além de verdadeiro pai do heavy metal, é também chamado de Homem-riff ou Mestre dos Riffs, e não é à toa. Quando era pra dar esporro, mandar alguém da banda embora ou aguentar pressão de empresário, lá estava Iommi, assumindo seu papel de líder. Ozzy era o mais lunático e palhaço, Geezer Butler o mais excêntrico e Bill Ward o mais "ogro", mas não pensem que Tony era muito metódico ou certinho - era ele quem mais pregava peças entre os integrantes - e o baterista Bill Ward era uma de suas vítimas prediletas. Numa dessas brincadeirinhas singelas, Ward acabou pegando fogo! Único presente em todas as formações da banda, Tony Iommi passou por poucas e boas, vivenciando crises, marés baixas, sucessos, excessos, pra conseguir no final de mais de 40 anos, firmar pra sempre o Black Sabbath no panteão das maiores bandas de todos os tempos. A banda lançou a pouco seu 19º álbum, "13", com a formação "quase" original: Bill Ward acabou não se juntando ao projeto. E pra não deixar de ser o Iron Man que sempre foi, Iommi, embora tenha descoberto um câncer que para os médicos não tem 100% de cura, segue ao vivo com sua eterna banda, em turnê que passará pelo Brasil em outubro. A se considerar tudo o que já passou essa lenda do rock, é só mais um obstáculo a superar.

Algumas surpresas, achados e constatações da biografia:
* a avó de Tony Iommi é brasileira. Bom, há grandes chances disso ser verdade. Em uma das passagens iniciais, o guitarrista diz: "acho que minha avó era do Brasil".
* Realmente Tony, aos 17 anos, perdeu as pontas de dois dedos de sua mão direita ( ele era canhoto) e foi no último turno do seu último dia de trabalho. E surpreendentemente ele fez dedeiras caseiras, com couro de jaqueta e metais para seguir em frente com sua banda Earth, futura Black Sabbath. A maior surpresa aqui é como o próprio dono da empresa onde ele se acidentou, foi o grande responsável pela sua superação.
* a aura demoníaca da banda sempre foi mais incensada pelos fãs do que propriamente pela banda. Digamos que eles acenderam um fósforo e a coisa acabou virando um grande incêndio. No início eles simplesmente trocaram o blues por um som mais pesado, com pitadas de terror. Aprovada a fórmula, seguiram, sem grandes estratégias nesse sentido. 
* Aliás, conforme relata o guitarrista, quando a banda foi assistir "O Exorcista" no cinema, todos, sem exceção, se borraram de medo.
* Ok, tudo era despretensioso. Mas o guitarrista se assustou pra valer quando informaram-lhe que o riff da música hômonima da banda, que abre o primeiro álbum, formava uma sequência de acordes que foi proibida na Idade Média e era chamada de "intervalo do Diabo".
* Tony explica com riqueza de detalhes seu envolvimento com o Jethro Tull e como foi a única apresentação com a banda, no espalhafatoso e midiático "Rock and Roll Circus", especial de TV dos Rolling Stones de 1968 que ficou décadas inédito.
* a música Iron Man não foi inspirada no Homem de Ferro da Marvel, como podem supor os que a ouvirem no último filme do super herói metálico. Segundo Iommi, o baixista Geezer Butler, responsável pela maioria das letras, se baseou em outro personagem de quadrinhos, um robô que se sentia como um homem.
* Ronnie James Dio não gostava mesmo de Ozzy Osbourne ( a quem substituiu no grupo) e quando foi convidado por Iommi para dividir o palco com ele, simplesmente pulou fora do Black Sabbath ( pela segunda vez).
* Tony parece ser muito discreto e simples em seu cotidiano,embora tivesse mania por carros caríssimos. E preza muito suas velhas amizades. Cita no livro várias delas, com destaque para alguns amigos de juventude da sua cidade natal, John Bonham, padrinho do seu primeiro casamento e Brian May, com quem sempre se divertiu muito tocando junto.

Bom, já contei demais. O resto vocês lêem. Pra fechar, 10 grandes momentos de Tony Iommi, em uma seleção especial da Rolling Stone:

2 de agosto de 2013

DJ Afrika Bambaataa, um dos criadores do Hip Hop, recebe prêmio em show no Centro Cultural São Paulo

O pioneiro do estilo Hip Hop, Afrika Bambaataa, será homenageado pela primeira vez no Brasil, em evento que acontece dia 03/08 (amanhã, sábado) no Centro Cultural São Paulo (Vergueiro). O músico não fará show na ocasião mas receberá o prêmio "Singela Homenagem" e prestigiará a apresentação do DJ Preto EL, que lança o novo single "De volta à essência" e virá com participações especiais de personagens importantes da cena nacional Hip Hop. Bambaataa, mesmo sem se apresentar ao vivo, terá participação ativa na noite, respondendo perguntas sobre sua carreira e história. É uma grande oportunidade para os fãs do Hip Hop e música negra poderem ver de perto um inovador e pioneiro do gênero, criador do hit mundial "Planet Rock", feito exatamente há três décadas atrás.

Edição Especial Singela Homenagem à Afrika Bambaataa
Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa
Rua Vergueiro, 1000 - São Paulo
A partir das 19h (abertura ás 18h30)
Preços: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)
Venda de ingressos no dia do evento a partir das 17h
Ingressos antecipados: www.ticketbrasil.com.br
Informações: (11 3397-4002 ou www.facebook.com/singelahomenagem