Beatle Art

O grande Mario Mastrotti já está com outra de suas originais idéias na rede. Acaba de sair quentinho do seu forno cultural o blog Beatles Draw and Arts, que trará toda a criação artística com inspiração ou foco nos Beatles já feita, seja em forma de cartuns, artes plásticas, caricaturas, quadrinhos, esculturas, etc. Além desse painel histórico - iniciado já no primeiro post sobre o grande "chapa" de John Lennon, Andy Warhol, a página também abrirá espaço para novas criações ligadas aos quatro de Liverpool, como no ótimo painel/entrevista com o cartunista Junior Lopes, que além do tradicional cartum, trabalha também com materiais inusitados como retalhos de tecido. Uma ótima oportunidade para estudar e avaliar as diversas visões artísticas sobre o fenômeno cultural/musical chamado Beatles.
http://beatlesdrawandarts.blogspot.com.br/

Tesouros de Terry Gilliam são revelados por sua filha

Discovering Dad ("Revelando o Papai", em tradução menos formal) é o site criado pela filha do diretor/animador cinematográfico Terry Gilliam, também um dos cabeças da genial trupe britânica Monty Phyton. A filha Holly abriu o baú faz pouco mas já estão postados verdadeiros tesouros e artigos preciosos e originais de arquivo que enchem os olhos dos apreciadores da obra anárquica do "papai Terry". Além de fundar e dirigir os filmes do Monty Phyton ao lado do outro Terry do grupo, Jones, Gilliam foi também diretor do programa televisivo da turma na BBC, Flying Circus e seguiu como um diretor dinâmico e original  depois da dissolução do grupo, à frente de filmes como Brasil (1985), As Aventuras do Barão de Munchausen (1988), Os 12 Macacos (1995), Medo e Delírio em Las Vegas (1998) e Os Irmãos Grimm (2005). A última de suas direções foi O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus (2009), o último filme do ator Heath Ledger, que justamente por ver a morte de seu protagonista ainda em produção, ficou mais confuso do que pretendia. Entre as preciosidades já reveladas na página, cut-outs originais das sequências de animação do Em Busca do Cálice Sagrado, da abertura de O Sentido da Vida, materiais raros de pré-produção e muito material ainda sem catalogação. Vale a pena acompanhar semanalmente as postagens pois desta cartola mágica, muito coisa boa já saiu e pelo bom ritmo, muita coisa boa ainda virá.
http://hollydgilliam.blogspot.com.br/

Estadão faz votação para o "melhor disco brasileiro de todos os tempos"

Alguns vão falar que faltou "aquele disco". Outros acharão que tal inclusão foi equivocada. Votações e listas sempre trarão polêmicas e burburinhos, ainda mais quando já houve uma pré-seleção. Mas pra gente, que adora música e toda a sua história, esse tipo de iniciativa não só é válida e salutar, como acaba agitando redes sociais, fãs, colecionadores e adoradores da nossa MPB. Eu já votei mas só vou contar meu voto depois que sair o resultado. Não por coincidência, dos 30 discos selecionados, mais da metade (16) é dos anos 70, uma década essencial e fértil. Dos anos 50 temos só o Chega de Saudade de João Gilberto, um disco que chacoalhou a linha evolutiva da MPB, dos anos 60 só dois - Samba Esquema Novo e Tropicália ( aqui acho que poderiam ter entrado pelo menos um do Tom Jobim, um da Nara Leão e outro dos Mutantes), dos anos 80, cinco (incluindo a turma do rock 80) e dos anos 90, mais cinco. O único concorrente desse novo século é o Ventura do Los Hermanos, de 2003. O resultado sai no dia 07/09 e eu volto a postar sobre.

http://www.estadao.com.br/especiais/qual-o-melhor-disco-brasileiro-de-todos-os-tempos,180016.htm

Os clássicos voltaram às bancas

O que parecia inimaginável, visto a debandada dos quadrinhos para as livrarias e lojas especializadas, aconteceu neste meio de 2012: a volta de personagens clássicos às bancas. A grande responsável por esta reentrada é a Ediouro/Pixel, que resolveu apostar nesse nicho após o sucesso recente de seus lançamentos com a turma da Luluzinha ( Luluzinha Teen, Bolinha e a própria Luluzinha) . A primeira aposta no ano foi a bimestral Recruta Zero, com tiras do soldado raso e também de vários outros personagens como Hagar, Zezé & Cia, A Arca dos Bichos, entre outras (http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2012/03/recruta-zero-de-volta-as-bancas-em.html ). E entre o mês passado e este a avalanche: Popeye e Seus Amigos, no mesmo esquema da revista do Recruta Zero, com outros personagens consagrados e cults (Krazy Kat, Pinduca, Belinda & Adalberto e os próprios Hagar e Zero); e a dupla Riquinho e Gasparzinho em revistas próprias. Os dois últimos personagens não apareciam em banca há mais de 20 anos ( exceto uma aparição relâmpago de Riquinho em número único, se não me engano em 2011). É chover no molhado ficar descrevendo estes personagens históricos, famosos não só na nona arte, mas também no cinema e na TV. O mais novinho deles, Riquinho, vai completar no ano que vem 60 anos. Popeye já tem 83 anos e Gasparzinho 73. Velhinhos com linguagem universal que ainda podem divertir crianças e adultos em pleno boom das redes sociais e da tecnologia digital. Humor e inteligência ainda conseguem sim, angariar fãs - e é isso que mantém o nosso mundinho em pé.

Na Bienal do Livro

Muvucão na Comix

Sabadão passado, lá fomos nós pra Bienal do Livro, em mais um passeio cultural da família Massolini. Chegamos no meio da tarde e a lotação na entrada surpreendeu. O número de estandes também - fazia muito tempo que eu não entrava em uma bienal e o porte desse tipo de evento realmente enche os olhos; que o digam meus filhos que eram muito pequenos na última que fomos. Bem no início surge a nossa frente o estande da Comix e  como vocês podem perceber nas fotos (tiradas pelas meninas, que não entraram), disputadíssimo.

A fila dava duas voltas em torno, e enquanto eu e meu filho andávamos lentamente por ela, podíamos observar algumas boas ofertas (outras nem tanto) pelas vitrines e prateleiras. Como sempre, enchi  as duas mãos com livros e gibis, mas tive que sacrificar a maioria ao chegar no caixa (tentação versus grana curta).

Eu e o Gabriel saindo à salvos da Comix

Saímos sãos e salvos e adentramos vários estandes mais populares ( Editora Minuano, Alto Astral, Ciranda da Leitura, Escala e editoras infantis) com verdadeiras "baciadas" de livros e revistas ( e com preços entre R$1,00 e R$10,00). Na Minuano, vimos várias revistas pôsters de rock ( no mesmo estilo da saudosa série da Editora Três) e alguns mangás por R$1,00 - entre eles, o Gabriel encontrou o Dr. Slump nº13 da Conrad, que faltava em nossa coleção. Na Ciranda, outra boa aquisição do Biel: o Livro dos Recordes Olímpicos.Nos corredores, qualquer muvuca já denunciava a presença de algum autor autografando, principalmente os de obras de auto-ajuda ou suspense/aventura. No estande da editora Nova Fronteira, Letícia e Gabriel posaram para a foto ao lado da criadora de Harry Potter & Cia, em tamanho king size e agora autora de romance "adulto".

Letícia com a versão gigante de J.K.Rowling

Outros espaços de destaque: Biblioteca Nacional, Senac, Leya, PubliFolha, Saraiva. Era tanta editora pra ver que muitas preferidas ficaram de fora ( caso da Petit, que procuramos no final para a Cris mas não encontramos e da Europa - pretendia encontrar o pessoal da "Mundo dos Super Heróis", mas não deu tempo).A max-mega-super muvuca foi para o encontro Maurício de Sousa e Pelé no espaço especial preparado pela Panini para celebrar a volta do Pelezinho em edições históricas. Vi a honorável dupla de longe, no meio da turba ( a confusão era tanta que não deu pra fotografar o momento único) e só pude perceber o vísivel cansaço de ambos, após horas de autógrafos e flashes ( vale lembrar que os dois, que aniversariam em outubro, passaram dos 70 - Maurício fará 77 e Pelé 72). Enquanto a entrada ao espaço vip era liberada para poucas pessoas por vez, o tumulto externo chegava a assustar - Sidney Gusman e Jal, intermediando os extremos, suaram a camisa, bem no espírito futebolístico presente. Conseguimos passar pelo estande da Panini ao lado, que também liberava à conta gotas a entrada, e adquirimos as duas edições novas do Pelezinho + um X Men e dois One Piece de lambuja. Voltamos para as mulheres, que a esta altura já papeavam um bom tempo com nossa amiga Jane, que trabalha na biblioteca itinerante do Sesc. na mão da Lelê, dois livros com seu assunto predileto: bichos.

Eu, Jane e Cris na Biblioteca do Sesc

Maratona quase encerrada - já estávamos a mais de 4 horas no recinto - ainda deu tempo de reencontrar um velho conhecido da Abril, o jornalista André Vargas. Volta pro ABC, com um pouquinho de noite para apreciar as nossas poucas mas valorosas aquisições (abaixo, algumas delas).

Altamiro Carrilho (1924-2012)

Altamiro e Pixinguinha

E falando em mitos, faleceu ontem o genial Altamiro Carrilho, ás do nosso choro. Flautista de alma e um dos instrumentistas mais admirados do Brasil, Altamiro tocou em centenas de discos primordiais  ( tanto seus comode outros) e deixou um legado irrepreensível. Todo mundo - roqueiro, sambista, forrozeiro, curtidores da boa música - deveriam escutar uma execução de Altamiro Carrilho. Uma audição que certamente faz parte do rol das coisas que fazem a vida valer a pena.
http://www.youtube.com/watch?v=Io9DCvCb8aU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=-MmAFay6nmE
http://www.youtube.com/watch?v=eeTnRXKYLq0&feature=related

Elvis morreu... em nossas rádios

Como bem comentou Geraldo Nunes (lembrado no Facebook pelo Léo Engelmann) o mito Elvis Presley vive à todo vapor neste início de século XXI, mas parece que as nossas rádios se esqueceram disto. O rei do rock and roll anda mesmo sumido do dial brasileiro. Hoje é o dia de seu falecimento ( 16/08/1977) e com certeza será lembrado por várias emissoras, mas quem sabe os programadores, neste ano 35 de sua morte, se empolguem em colocá-lo nas ondas radiofônicas para que a novíssima geração perceba realmente a sua importância? seguem dois petardos de início de carreira e um show antológico de 1956:
http://www.youtube.com/watch?v=Bm5HKlQ6nGM
http://www.youtube.com/watch?v=zRu3tw9fYxE
http://www.youtube.com/watch?v=Wt7Akjzkc54&feature=related

"Samba", de Di Cavalcanti, e outras valiosas obras brasileiras são consumidas por incêndio no Rio

"Samba", essa maravilhosa obra de Di Cavalcanti acima, foi uma das preciosidades consumidas pelo incêndio no apartamento do colecionador Jean Boghici, na segunda-feira (13). A lista com as obras do marchand que foram danificadas não foi divulgada mas sabe-se que além de Di, também havia no local obras essenciais de Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Milton Dacosta, entre outros. Dono de uma galeria em Ipanema, Boghici tinha para muitos, a mais valiosa coleção particular de arte brasileira. Imaginem então o estrago que esse incêndio pode ter causado para a nossa cultura. Para muitos também, o galerista Jean, nascido na Romênia mas desde o final dos 40 no Brasil, ajudou a construir muitos nomes no meio e consolidou o circuito de arte no país. Uma fatalidade para ele e para a nossa arte.

Joe Kubert (1926-2012)

Mais um gênio da arte deixou seu corpo terreno após encantar gerações com suas formas, sombras e ângulos: Joe Kubert, mestre dos quadrinhos, que começou a desenhar ainda nos anos 30 (!) e ainda mostrava grande vigor artístico aos 85 anos. Um dos únicos ainda vivo (senão o único) para contar com pormenores a grande saga da Era de Ouro dos Quadrinhos, recheada de aventuras interplanetárias, heróis invencíveis, editores sedentos por lucro, artistas geniais e mal pagos e epopéias além da imaginação. Começou moleque, foi assistente de Jack Kirby e passou por todas as médias e pequenas empresas americanas da nona arte dos anos 30 aos 60 ( ou seja, Era de Ouro e Era de Prata de cabo a rabo). Fez tiras, histórias infantis, heróis de guerra, super heróis, revigorou ícones e reinou principalmente na DC, onde criou personagens (foi cocriador de Sgt. Rock) e se transformou no maior desenhista do Gavião Negro. Nos 70, abriu sua escola (Joe Kubert School of Cartoon and Graphic Art, a primeira dos EUA com formação superior específica para cartum/quadrinhos) e com ela, descobriu uma leva de artistas brilhantes – seus dois filhos quadrinhistas saíram dali. Nunca parou de desenhar e de colaborar com a indústria editorial, mas nos anos 90, já com mais de 60 anos, surpreendeu ao intensificar seus projetos, lançando graphic novels e personagens de universos amplos. A vitalidade de Kubert pode ser avaliada pelos projetos concluídos recentemente ou semi-concluídos que virão à tona em breve. Sua arte nos aviva, nos conforta, nos faz heróis e mais humanos. Viva Joe Kubert!

Rolling Stones na Rolling Stone

Imperdível a matéria sobre a primeira apresentação dos Rolling Stones no Marquee Club (12/07/1962) pela revista "quase homônima" da banda Rolling Stone (de agosto). Na verdade, a magazine também se inspirou num velho blues de Muddy Waters para o seu batismo, mas como chegou depois, teve que pedir permissão para os integrantes, já famosos em 1967, ano de estréia da publicação. A matéria de capa, além de mergulhar naquela noite histórica - e até investigar sobre o baixista Dick Taylor (aos 69 anos, atual integrante dos Pretty Things) e o baterista Tony Chapman, que saíram logo depois, descobrir um "quase-guitarrista" e entrevistar outros personagens envolvidos com a produção ou presentes na platéia - também traz um ligeiro panorama musical da Londres de então e box com gravações raras e valiosas desse período pré-histórico. Um detalhe bem interessante é que mesmo entrevistando os envolvidos, a dúvida de quem foi realmente o baterista da noite permanece - oficialmente fala-se em Chapman mas versões mais recentes ventilam que até o próprio Charlie Watts ( que entraria para a banda em janeiro de 1963) poderia muito bem ter assumido as baquetas naquela apresentação. No final da boa reportagem, tem também um puxão de orelha nos Stones de hoje: por que não estão comemorando os 50 anos com mais afinco? eu pessoalmente acredito que 2013 será muito mais agitado, principalmente porque o querido (por todos) Charlie Watts comemorará (oficialmente) seus 50 anos como baterista stone. Afinal, com ele na bateria, solidificou-se a formação que atravessaria a década de 60 ( menos 1969, ano em que Brian Jones saiu e logo faleceu), período em que a banda Rolling Stones fez e carimbou seu nome no panteão dos 'greats'.
Aqui, uma palha da matéria: http://rollingstone.com.br/edicao/edicao-71/o-comeco-do-mito

Magro (1943-2012)

Roda-Viva: MPB-4 com Chico Buarque no III Festival da Música Popular Brasileira (1967). Magro é o primeiro á esquerda

Antônio José Waghabi Filho, o Magro do MPB4, faleceu hoje depois de lutar bravamente contra um câncer diagnosticado há 10 anos. Tecladista, percussionista, vibrafonista, clarinetista, arranjador e cantor, Magro deixou sua marca na MPB não só por saber tudo isso (e bem) citado acima, mas por amar a música com todas as suas forças. Músico completo, estudou com Pepita Machado ( piano), Eumir Deodato e Guerra Peixe (teoria musical), Isaac Karabtchewsky (regência), Vilma Graça (solfejo) e orientações práticas de arranjo instrumental com o maestro Lindolpho Gaya. Começou em bailes em 1960 até fundar o Quarteto do CPC com Miltinho, Ruy Faria e Aquiles. Um ano depois o quarteto virava MPB4 para fazer história na música brasileira, atravessando os anos de chumbo da ditadura com ternura/dureza, tanto nas comovidas interpretações de obras de compositores consagrados ( algumas feitas para eles) como nos arranjos intrincados e nas próprias composições, geralmente com foco politizado ou social. 

Capa da revista Realidade (1968). Magro (de barba) entre os destaques da era dos festivais

Os seus arranjos vocais e orquestrações ganharam vários prêmios e ficaram conhecidos mundialmente, entre eles, para Chico Buarque ( Construção, Roda Viva) Chico-Gil (Cálice),  Chico-Milton ( Cio da Terra) e Pixinguinha-Vinicius ( Lamentos). Nos últimos tempos, além de continuar firme no MPB-4 (que perdeu Ruy em 2004 e colocou Dalmo Medeiros no lugar), com quem tocou pela última vez em junho passado, dirigiu, arranjou e produziu obras independentes do conjunto vocal Toque de Arte, além de colaborar com sua esposa Monica Thiele, do grupo Vésper Vocal. Magro foi um grande e deixou marcas profundas nos sulcos de LPs antológicos e revolucionários e nos ouvidos de espectadores privilegiados. 
*Velho Ateu: http://www.youtube.com/watch?v=67-pY8grcPw&feature=related
*Mordaça: http://www.youtube.com/watch?v=x0bwaaCzjOU
*Roda Viva (original): http://www.youtube.com/watch?v=ppFKfZGdI-I 

Doodle olímpico "animado" e interativo

Depois do doodle inaugural que o Google criou para as Olimpíadas de Londres (postado aqui), a série olímpica prosseguiu diariamente, com o logo do site homenageando cada modalidade esportiva dos jogos. Desde ontem à noite (06/08), a homenagem é para a corrida com obstáculos, uma das provas olímpicas mais desgastantes. O diferencial do doodle do dia é que ele possibilita a nossa total interação ao disponibilizar as ferramentas de "play" e os "controles" que movimentam o atleta em seu trajeto até a linha de chegada, nada mais que algumas teclas estratégicas do teclado. Além de jogar, é possível compartilhar o resultado no Google + ou tentar novamente. A prova tem 3 modalidades diferentes ( feminino, masculino e ambos os sexos) e dá para se saber quem é o (a) detentor (a) do recorde mundial.
O Doodle Olímpico especial, aqui: http://www.google.com/doodles/hurdles-2012

Celso Blues Boy (1956-2012)

(Divulgação)

Celso Blues Boy, nosso blueseiro mor, deixou nosso planetinha hoje, pra tocar seu imenso, intenso e profundo blues em outras dimensões. Nascido Celso Ricardo Furtado de Carvalho em janeiro de 1956 no Rio, começou aos 17 anos tocando com Raul Seixas - um início inesquecível para qualquer músico, ainda mais quando ao fazermos as contas damos conta de que Celso chegou em 1973, ano chave do genial compositor baiano. Esse batismo forte lhe deu guarida para tocar com outros feras do período, como Sá & Guarabyra e Luiz Melodia. A amizade com Raul o faria tocar posteriormente em todas as faixas do disco "Aluga-se" de 1980 (gravado em 1979), considerado um dos melhores e mais roqueiros LPs da obra rauseixista. Enquanto acompanhava grandes da MPB em estúdio e shows, fazia graduação no blues rock em bandas como Legião Estrangeira e Aero Blues ( esta considerada a primeira banda blueseira do país). Na virada da década, um cassete com repertório próprio chegou na Fluminense FM, a "maldita" ( que revelou muitos dos futuros consagrados no Rock Brasil 80) que passou a tocá-lo com frequência. Em 84, enfim chegou ao primeiro LP, "Som na Guitarra", com seu maior sucesso, "Aumenta que isso aí é Rock and Roll". Depois de momentos sublimes como tocar com seu ídolo B.B. King em sua turnê de 1986 que passou pelo Brasil ( B.B.King, o homenageado do seu nome artístico e que convidou-o a participar de uma faixa de seu disco de 1995, "Mississipi") e  se apresentar no Festival de Montreaux, Celso lançou mais nove álbuns e um CD/DVD ao vivo - o último, "Por um Monte de Cerveja" é do ano passado. Mas sua vida de músico foi naturalmente no palco, numa missão incansável de um brasileiro distribuindo para o mundo o legítimo blues, despido de artificialidades e coberto de alma.
* Por um Monte de Cerveja - http://www.youtube.com/watch?v=eYPVC24k9bI
*Sempre brilhará: http://www.youtube.com/watch?v=lKxA8xqOffU
*Aumenta que isso aí é Rock and Roll ( Festival Mixto Quente/1985) - http://www.youtube.com/watch?v=S1PYaQISiRw&feature=related
*Fumando na Escuridão - http://www.youtube.com/watch?v=ElmlCn4vDmg&feature=related
*Brilho da Noite - http://www.youtube.com/watch?v=tntkZotzdno&feature=related
*Vagabundo Errante - http://www.youtube.com/watch?v=1oLAO2Rcihs&feature=related
*B.B.King no Brasil (1986) ( c/ introdução de Celso Blues Boy) http://www.youtube.com/watch?v=NPa5y8W3TfE&feature=related
Site oficial: http://www.celsobluesboy.com.br/