Começo hoje uma mostra perpétua aqui no blog com a obra do meu amigo José "Zinerman" Nogueira. O homem, além de colecionador cultural, especialista em rádio e detentor de um dos maiores acervos de artes gráficas e áudios da contracultura, é também um artista de mão cheia. Acompanhem!
29 de dezembro de 2022
28 de dezembro de 2022
O incrível, emocionante e primordial "Em Busca do Tintin Perdido" de Ricardo Leite
Finalmente tenho em mãos o lançamento mais esperado do ano no mercado dos quadrinhos: "Em Busca do Tintin Perdido", de Ricardo Leite, que saiu aqui no Brasil pela corajosa e audaciosa Editora Noir de Gonçalo Junior. Esse projeto, que como a própria capa já deixa clara, é uma "Fantasia Autobiográfica", ou seja, inclui pitadas de ficção com cenas e lembranças da vida do autor. O intenso projeto vem sendo burilado há alguns anos e todo o seu processo de criação foi acompanhado na internet por centenas de entusiastas dos quadrinhos e admiradores do traço encantador do artista. Leite é um destacado designer gráfico, com uma carreira premiada que inclui capas icônicas do rock Brasil nos anos 80 e de parte da nata da Música Brasileira em centenas de LPs, CDs e DVDs e passagens em revistas como Spektro, InterQuadrinhos e Bundas. A epopeia pessoal do álbum de capa dura começa quando o autor, recém separado, se vê aos 55 anos (minha idade hoje) em uma crise existencial que o faz buscar a sua essência, desde a infância, quando se emocionava com as mais diversas revistas em quadrinhos que adquiria em bancas de jornais até o adolescente que se tornou fã inveterado do quadrinho europeu e prometeu pra si mesmo que um dia ia se tornar um quadrinista conhecido. As idas e vindas dessa jornada interior ao próprio eu do passado em confronto com o Ricardo Leite do presente vem mesclada por aparições de lendas das HQs mundiais e colegas profissionais e amigos do inebriante e inconstante mercado de quadrinhos nacional, tudo isso primorosamente desenhado em cenários alucinantes e diagramação e enquadramentos surpreendentes. Essa obra já está correndo rapidamente entre especialistas e colecionadores do Brasil e no circuito Bélgica-França-Portugal e merece ser reconhecida como uma das melhores obras do gênero no mundo. Afinal, "Em Busca do Tintin Perdido", depois de tantos anos de expectativa, é um clássico instantâneo. Os Ricardos Leites de outros tempos já podem comemorar com o Ricardo Leite atual.
10 de novembro de 2022
"Um Piano para Todos", de Marcelo Mazuras, de novo em cartaz! (em curtíssima temporada)
Nos meus mais de 30 anos como jornalista e pesquisador, ter participado deste projeto incrível e emocionante do meu caríssimo amigo velho de paz Marcelo Mazuras foi uma das experiências mais enriquecedoras da minha carreira. O livro "Um Piano na Estrada" é muito difícil de se encontrar até em sebo. Já o filme "Um Piano para Todos" vai voltar em cartaz por uma semana no Cine Belas Artes em São Paulo, a partir do dia 16. Talvez a última chance de ver esse filmaço no circuito comercial!
Assistam o trailer:
14 de outubro de 2022
O movimentado lançamento de "Mauricio e Companhia" (08/10/2022)
As incríveis fotos analógicas de Carone, editadas aqui pelo Antonio Carlos Rodrigues; de baixo pra cima: Ucha com Flavio Luiz; eu, pensativo; Rocco autografando; Toni e o Cebolinha; Fernandes; Antonio Carlos e Claudio Attilio.
Conforme anunciei no post anterior, no sábado, dia 8, aconteceu o retumbante lançamento do livro "Mauricio e Companhia", editado pelo Francisco Ucha e escrito a oito mãos. O mais inusitado desse evento vespertino é que foi disponibilizada uma mesa na entrada da nova Comix Book Shop, com todos os autores (eu, Ucha, Toni Rodrigues e Luigi Rosso) mais o ilustrador da capa (o incrível Luiz Carlos Fernandes) , o fotógrafo que estava presente na entrevista com Mauricio de Sousa para o Jornal da ABI (Martin Carone) e o excepcional desenhista José Marcio Nicolosi (que fez um texto sobre sua longa participação no estúdio de animação da MSP), todos autografando os exemplares. Uma mesa cheia de talento, mas principalmente cheia de calor humano - o que me fez me sentir muito à vontade e me divertir à beça. A tarde foi movimentadíssima, com muitos convidados do Ucha, vários leitores que colaboraram com a campanha no Catarse e amigos de longa data. Eu, pra variar, cheguei atrasado - por motivos técnicos, apareci na mesa meia hora depois do início - e acabei não vendo ao vivo o desenhista Flavio Luiz, um amigo de primeira hora que sempre nos prestigia. Pra fazer um auê, levei uma mala "retrô com itens históricos da carreira do Mauricio de Sousa, que fizeram sucesso (como podem ser vistos nas fotos): um Cebolinha da primeira série da Trol, dos anos 1960; uma partitura da "Bandinha da Turma da Mônica"; um dossiê "Nico Demo", feito por uma universitária para TCC; um gibi da Mônica dos anos 70, que curiosamente, saiu com uma capa duplicada da gráfica; e uma Folhinha de S.Paulo de 1970. Com a mesa devidamente "decorada", ficamos a tarde toda, sem parar, fazendo dedicatórias para os presentes - um termômetro da grande movimentação. Destaque para as maravilhosas caricaturas do Fernandes em cada exemplar e os desenhos do Nicolosi (eu inclusive, brinquei que era o único que não desenhava naquela mesa - o Carone disse que também não, mas ele não conta, pois faz verdadeiras pinturas com sua máquina analógica). Entre uma dedicatória e outra, muito papo sobre quadrinhos, Mauricio, cinema, desenho, etc. Cris e Lê (esposa e filha sempre presentes) estavam na correria, mas passaram pra dar um abraço. Entre as dezenas de pessoas que passaram pela mesa, muitas foram clicadas pelo Carone ou pela mulher do Fernandes, Sueli De Pieri. Uma tarde memorável!! Seguem as imagens:
7 de outubro de 2022
Lançamento de "Mauricio & Companhia" na Comix
Amanhã (08/10), a partir das 15 horas, na Comix (endereço na imagem acima), haverá o lançamento do livro "Mauricio & Companhia", feito a oito mãos por Francisco Ucha, Toni Rodrigues, Luigi Rocco e eu. Os quatro autores, mais o autor da capa (o fenomenal Luis Carlos Fernandes) e o fotógrafo Martin Carone dos Santos, estarão autografando o livro na entrada da nova Comix Book Shop. Certamente será uma tarde inesquecível, com muitos amigos e entusiastas da nona arte. José Márcio Nicolosi, um dos maiores desenhistas na história da MSP, que deu um depoimento exclusivo para a obra e o pesquisador e escritor Nobu Chinen, autor do prefácio, também estarão presentes. Para mim, que fiquei lisonjeado em participar de uma obra tão abrangente e completa sobre o "pai da turma da Mônica", será um dia para coroar toda a emoção que senti durante o processo de produção/edição do livro. Afinal, com cinco anos de idade, antes de entrar na escola, aprendi a ler com os quadrinhos dos gibis de Mauricio de Sousa! Isso não tem preço!
5 de outubro de 2022
1ª FLIRP (Feira Literária de Ribeirão Pires) - APL, presente!
Setembro começou muito bem (como pode ser lido no post anterior, sobre o novo e vibrante festival de quadrinhos da cidade de São Paulo) e terminou na mesma vibração e sintonia. Ribeirão Pires, cidade com ares "suiços" na região do Grande ABC, nos brindou no final do mês com sua primeira feira literária (FLIRP), que pelas postagens posteriores e repercussão acalorada, certamente já entrou para o calendário anual ou bianual do município. Além de palestrantes ilustres (Ignácio de Loyola Brandão, Marcelino Freire, Antonio Carlos Secchin, entre outros), a feira contou com um público entusiasmado (no primeiro dia, quase 10 mil pessoas passaram por lá) e dezenas de estandes espalhados pelas ruas do entorno do Paço Municipal. Entre as editoras, a 34, a Martins Fontes, o Sesc, e dezenas de pequenos e médios editores, sebos e autores independentes. A APL (Academia Popular de Letras), capitaneada pela querida Ana Maria Guimarães Rocha, da Biblioteca Municipal Paul Harris, de São Caetano do Sul e da qual faço parte há mais de 10 anos, compareceu em peso (aproximadamente 60 escritores em dois dias), em espaço vizinho ao da revista Raízes e da Academia de Letras da Grande São Paulo. Foi muito emocionante: desde a visita de amigos queridíssimos (amigos de jornalismo da Metô como Gigi, Vivi e Nídia; amigos da velha turma de bairro como o Égon - o Rogério infelizmente, não consegui encontrar a tempo, mas ele encontrou o Ignácio!!; o sempre presente André Briesi, comparsa na APL; e meus queridos familiares, sempre me incentivando muito: Dona Ivete, Magnão e Solange, Julia, meus filhos Lê e Biel e minha companheira de 30 anos Cris), até várias presenças essenciais de aliados da escrita dentro do próprio estande, uns já conhecidos de guerra, outros recentes: Ivan Ferretti, Catarina Rodrigues, Carlos Galego, Cris Escudeiro, Aristides Theodoro, Iracema Mendes Régis, Aderilza Santana, Nelson Albuquerque, Edmir Camargo e Norma, Ricardo Cardoso, Claudio Feldman, Luciana Tani, Márcia Gallo (na vizinha revista Raízes), Sergio e Cida Simka, Laura Figueiredo, Thais Matarazzo, Solange Borges & Suzy; Sergio Ballaminut, Gonçalo Jr., Hildebrando Pafundi (esses três pela Algrasp), Edna Kalil, Elias Felimon, Ala Voloshyn, Adailio Marrocos, Aline Peruzzo, Cris Arantes, Fernando Santos, Eli Luizaga, Douglas Bunder, João Carlos de Brito, Marcos Miller, entre tantos. Só a ida para lá no primeiro dia (sábado) já daria um filme: fui de carona com o elétrico Vitório Cestaroli, e entre conversas e conversas (o Vitório, do alto de seus oitenta e poucos anos, tem história a rodo) e um GPS imaginário, erramos o caminho e fomos parar na Zona Leste de São Paulo (São Mateus, Parque São Rafael) até desembocar numa linda e preservada via na serra (Estrada de Sapopemba) que milagrosamente e sem nós sabermos, nos deixou no pé de Ribeirão Pires! Uma aventura digna do clima que vivenciaríamos na feira. O sábado e o domingo foram dias inesquecíveis, com muitos "causos", risadas, "caçadas literárias" (encontrei livros grátis de Flaubert e Dalton Trevisan numa estratégica geladeira!) e até um sarau emocionante! A APL participou da FLIRP com muito calor humano e com certeza estará na próxima. Valeu muito! (a maioria das fotos na postagem são minhas e da Ana Maria).
A APL em peso! (e essa é só uma parte!)8 de setembro de 2022
1º GIBI SP FESTIVAL (3 e 4 de setembro de 2022)
No último final de semana rolou o 1º Gibi SP Festival, capitaneado pelo grande Wilson Simonetto e sua valorosa equipe. E pela segunda vez nesse tipo de evento, participei como expositor/vendedor (já tinha participado com Francisco Ucha e Alexandre Morgado do último Festival Guia dos Quadrinhos, antes da pandemia). Foi um alegria imensa! Além de fazer aniversário no domingo, pude rever grandes amigos do colecionismo e conhecer ao vivo finalmente alguns colecionadores de quadrinhos que eu só conhecia via internet. Como eu comentei com alguns confrades no evento, eu não poderia estar em outro lugar mais aprazível e reconfortante no meu aniversário! O Gibi SP certamente vai se firmar no calendário de eventos de HQs, pois unanimemente foi aprovado por quem expôs e compareceu à Vila Mariana nos dois dias. Com todo o respeito aos megaeventos como o CCXP, que tem seus méritos e sua importância no mercado mais do que comprovada, mas o Gibi SP também é imprescindível, pois traz de volta um formato muito bem vindo e que tinha deixado órfãos desde que o Festival Guia dos Quadrinhos (ex-Mercado de Pulgas) encerrou sua história depois de uma década: o formato-raiz, onde o foco é gibi, gibi e gibi! Foi lá no saudoso Guia que conheci muita gente boa dos quadrinhos, a partir de 2010, e muitos deles eu reencontrei neste fim de semana emocionante em São Paulo. Inclusive, por ser um local onde aconteceram várias edições do FGQ, eu tive a plena sensação de que tinha voltado no tempo! Entre os expositores e palestrantes, estavam muitos amigos: Marcelo Alencar, Gonçalo Júnior, José Braga, Flávio Luiz, Adriano Rainho, Manoel de Souza, Edson Diogo, Celsão Comic Hunter, Sam Hart, Roberto Guedes, o pessoal do Rio (Copa Comics) - André Luiz Aurnheimer, Luciano Lino e Marcelo Magalhães -, Marcelo Naranjo, Mauricio Muniz, Jota Silvestre, Daniel Esteves, Leandro Luigi. E entre os visitantes, mais surpresas boas: o Alexandre Morgado, o Peter Mihajlovic, o Dedy Edson e o Claudio Juris, bons amigos que conheci em eventos muito, muito longínquos (tendo inclusive colaborado com o essencial projeto do Morgado: "Marvel Comics - A Trajetória da Casa das Ideias no Brasil), apareceram na mesa; Toni Rodrigues, grande amigo e idealizador da fantástica revista MeMo, que já está em sua 10ª edição (outro projeto que me deixa muito lisonjeado em colaborar), também apareceu - e acabou levando duas edições de Akim da Editora Noblet; ainda teve a visita do Bruno, filho do Flavio Micali, grande amigo meu dos tempos de Jornalismo na Metodista; do irrequieto ilustrador, quadrinista e fanzineiro Marcos Venceslau; de dois dos três cabeças da incrível "Pipoca & Nanquim" - Alexandre Callari e Bruno Zago; do especialista em Mort Walker, Vanderlei Garcia e a presença marcante do colecionador mineiro Pedro de Oliveira, um farejador implacável de gibis com brindes - eu acabei conseguindo pra ele um exemplar do Mickey com uma moeda de brinde. Aliás, a sua história do medalhão foi uma das muitas histórias de colecionismo que bombaram pra valer no evento: todos ficaram curiosos em saber qual era a origem daquele medalhão rústico com a efígie do Tio Patinhas, mostrado em imagem no seu celular, que ele havia adquirido uns tempos atrás. Depois de idas e vindas, finalmente o Marcelo Alencar, um dos maiores conhecedores de Disney no Brasil, matou a charada: o medalhão rústico, na verdade, serviu de molde para uma posterior "Pataca" patrocinada e distribuída aos clientes pela Poupança do Itaú. Bingo! Senti falta de alguns amigos que sempre estão nesses eventos: Renato Frigo - que era pra ser meu primeiro "sócio" de mesa, mas também teve problemas particulares -, Francisco Ucha, Laudo Ferreira e o Wil Sideralman, pra citar alguns. Fui agraciado no evento com dois companheiros de mesa incríveis. Inicialmente, quem ficaria na minha mesa era o Franco de Rosa (depois do Frigo), mas por conta de um imprevisto, ele acabou passando o bastão para o Giovanni Voltolini, que eu conhecia só de nome. E foi no evento que eu descobri o porque do Giovanni ser considerado uma lenda entre os colecionadores. Vou contar só uma dele: em 1977, Giovanni estava na Itália, e comprou um exemplar de Ken Parker, que havia acabado de sair em revista própria na Velha Bota. Se apaixonou pelo gibi e na volta, procurou o Ota na Editora Vecchi e soltou: "Ota, porque você não publica Ken Parker no Brasil?". Ota aceitou a sugestão, publicou a revista Ken Parker (a partir de 1978), que durou 53 números e o resto é História. Giovanni, que era da velha turma do Franco na Livraria Gibi nos anos 70, tem muitas histórias no colecionismo e hoje revende material de quadrinhos importado. Com ele apareceu para ajudar na mesa outra figura rara: Wilson Costa de Souza, considerado por muitos um dos maiores entendedores de super-heróis em nossas plagas. Com essa dupla dinâmica - que trouxeram para venda um novo número do fanzine Alegoria (depois de muitos anos!) com histórias inéditas de Jack Kirby e Cavaleiro Fantasma - mais a boa vizinhança (JBraga na direita e o Copa Comics na esquerda) o nosso pedaço ficou bem agitado e animado. A agitação, inclusive, me impossibilitou de conversar com alguns colegas que vi passar nas imediações da mesa, como o Luis Fernando Garcia, o Antonio Carlos Rodrigues e o Gérson Fasano. Na próxima dá certo. Para coroar a participação no evento e o meu aniversário "Cinco ponto Cinco", ainda ganhei presentes (obrigado, Gonçalo, Manoel e Magalhães), encontrei gibis fantásticos para a minha coleção (Ferdinando; Capitão Atlas; Charlie Chan) e ganhei o grande prêmio do Quiz Nerd, atração tradicional apresentada por Mauricio Muniz: uma edição Omnibus luxuosa do Fantasma pela Editora Mythos. Com 55 anos recém completados nas costas, eu parecia uma criança! Vida longa ao Gibi SP Festival!!
Bruno, filho do meu amigo Flavio Micali
A animada turma do Copa Comics: André Aurnheimer, Luciano Lino e Marcelo Magalhães
10 de agosto de 2022
Baú do Seu João 36: "Infraphil"
Invariavelmente, meu pai vinha do trabalho com algo que comprava na rua: se não era jornal, revista ou fascículo, podia ser alguma guloseima de mercadinho ou algum eletrônico exótico, uma ferramenta estranha ou um item tecnológico surpreendente que algum colega de "firma" lhe tinha apresentado ou dado a dica. Certa feita, adentrou nosso lar no fim do expediente com essa caixa suspeita, onde se lia: "Infraphil - o Calor que Cura". O "troço" peculiar era fabricado por uma marca famosa (a alemã Philips) e prometia curar o corpo de alguns males do cotidiano (queimaduras, luxações, machucados, sinusite, reumatismo, dores de dente) e até servir como tratamento de beleza, graças à exposição de sua luz infravermelha. O tal Infraphil tinha uma aerodinâmica arrojada e um design futurista e por algum tempo, meu pai fez um ritual diário de exposição ao raio infravermelho saído da grande "lanterna" frontal do dinâmico aparato, afinal, como dizia o folheto do aparelho revolucionário, "sua família precisa de calor". Assim foi, até que passado algumas semanas, numa noite como qualquer outra, meu pai guardou o Infraphil na caixa, enfiou no fundo de seu guarda-roupa e simplesmente se esqueceu de sua existência. Mais uma vez, como várias outras vezes, a rotina de casa voltava ao seu trivial. Pelo menos até uma outra aquisição inusitada do irrequieto Seu João, de preferência aquelas que prometiam mudar sua vida de um dia para o outro.
7 de agosto de 2022
Um brinde ao querido Jô! (Jô Soares -1938-2022)
https://almanaquedomalu.blogspot.com/2009/08/frente-frente-com-o-mestre.html?m=0
10 de julho de 2022
Dia Mundial do Rock em São Caetano do Sul (13/07) com show do Porão 99!
Na quarta-feira próxima (13/07) estarei mais uma vez ao lado do agitador cultural, empreendedor, mestre de cerimônias e especialista em rock, Rick "and Roll" Martins, que além de apresentar todo o evento no palco, promoverá no Dia Mundial do Rock uma programação imperdível no Espaço Leandrini (endereço no flyer acima), com direito à feira cultural de vinil, moda e quadrinhos (eu sou o "Oásis HQ" do folheto promocional) que começa a partir das 14 horas e abre os trabalhos para o grande show de comemoração dos 55 anos de carreira da lendária banda Porão 99, um ícone na história do rock nacional. Uma grande honra para mim participar deste momento histórico para a cidade. Quem quiser acompanhar as atrações preliminares do show, a partir das 14 horas, não paga nada pra entrar. A partir das 19 horas, os portões abrem para quem vai assistir o show do Porão, e a entrada custa R$30,00. As mesas já estavam praticamente esgotadas, mas quem quiser arriscar, pode checar se ainda há reservas no celular 98920-5008. Viva o Rock! Viva o Porão 99! E como diz o nobre Rick: - E tirem o pé da parede!
"Mauricio e Companhia" - amanhã (11/07) começa mais um imprescindível projeto no Catarse
Depois do sucesso do livro do Ziraldo entre especialistas e fãs das artes gráficas, começa mais uma campanha imprescindível criada pelo jornalista, editor e desenhista Francisco Ucha. "Mauricio e Companhia", que tem co-autoria do Luigi Rocco e minha, segue a mesma linha do lançamento do Ziraldo: duas grandes entrevistas concedidas ao Francisco Ucha por Mauricio de Sousa no Jornal da ABI serve como base para outras atrações do projeto, como uma extensa pesquisa realizada pelo Rocco sobre o período em que Mauricio entrou de cabeça na distribuição de tiras para jornais, com dezenas de autores nacionais nos anos 1960; um texto meu e do Ucha sobre as tentativas anteriores de publicação da revista da Mônica, que acabaram frustradas (com um depoimento inédito de uma testemunha que participou diretamente de uma das tentativas); curiosidades e revelações inéditas da carreira do autor e empresário; imagens surpreendentes; além da capa maravilhosa de Luiz Carlos Fernandes (de novo!) e o prefácio do competente escritor e especialista em quadrinhos Nobu Chinen. Mais um lançamento que não pode faltar na prateleira de quem acompanha a carreira de Mauricio de Sousa, dos fãs de seus inúmeros personagens e dos estudiosos e entusiastas da nona arte. O link da campanha é:www.catarse.me/mauricioecia
HQ Memories 5
Um dos importantes fanzines atuais que resgatam raridades e histórias inéditas das HQs brasileiras e estrangeiras, o HQ Memories, produzido e editado pelo Luigi Rocco, chega ao número 5. Mais uma edição recheada de surpresas, como as duas histórias curtas do Rodolfo Zalla, publicadas no Diário Popular assim que chegou da Argentina em 1964; mais uma incrível história do grandioso Alain Voss (em parceria com Angelfred); uma sátira muito inteligente feita por Minami Keizi e Fernando de Almeida com foco no lendário projetor usado por Gedeone Malagola para decalcar histórias em suas produções para os quadrinhos, com direito a vários personagens que "homenageiam" artistas e profissionais reais da época; e as tiras do detetive Teobaldo, de Lyrio Aragão, que chegou a ter revista própria no final da década de 1960, mas antes teve em duas fases, suas tiras publicadas em jornais com distribuição de Mauricio de Sousa. Completam o fanzine Milo Manara - dentro de uma série sobre a Declaração dos Direitos Humanos que chegou a ser publicada no Estadão em 1989 -, Frazetta e Herrero. Na última página, ao lado da página de futebol de Herrero, publicada originalmente em 1965 na Folha de S.Paulo, saiu a minha carta-resenha, que mandei para o autor e que chegou a sair aqui no blog parcialmente (imagem abaixo). Mais um número imperdível que pode ser comprado por apenas 25 pilas diretamente com o Luigi Rocco (contato: luigirocco29@gmail.com). Mas corram, que essa edição saiu com apenas 30 exemplares.