31 de maio de 2025

"Fábulas de La Fontaine": edição ilustrada clássica da Ebal está de volta!

 

Em 1968, a Ebal (Editora Brasil -América), do visionário Adolfo Aizen, lançou com pompa e circunstância a edição de luxo "Fábulas de La Fontaine Ilustradas por Gustave Doré", chamando a atenção pela qualidade na impressão, a escolha do papel, a capa plastificada e o tamanho inusitado de 22x32 cm. Além do mais, não era uma edição em quadrinhos - a especialidade da Ebal - mas um lançamento "fora da curva", trazendo a poesia clássica de La Fontaine e as impressionantes ilustrações de Doré, numa caprichada variação de uma coletânea brasileira de 1886 com o melhor do material português, incluindo tradutores renomados. o título fez sucesso entre os leitores, o que fez com que ganhasse reedições em 1978, 1983, 1986, 1991 e 1996. Para comemorar os 80 anos da Ebal, o editor, designer e jornalista Francisco Ucha, trouxe de volta essa maravilha impressa, via campanha no Catarse. Esse lançamento é só o começo: além de um volume ilustrado com a história da Ebal ("Ebal - Uma História Ilustrada" - entrando no Catarse também), ainda há outros projetos ligados à efémeride da Ebal em produção, para lançamento até o final de 2025, com o apoio e produção de uma equipe afiada (Toni Rodrigues, Rogério Casacurta e eu) -  Aguardem!

Para colaborar ou divulgar as campanhas da Ebal, é só entrar nos links abaixo:

https://www.catarse.me/lafontaine 

https://www.catarse.me/ebal80anos


14 de maio de 2025

Paulo Borges segue arrasando na Europa


O digníssimo Paulo Borges, quadrinista, ilustrador e arte-educador, que eu tive a honra de entrevistar na última CCXP, tem longa história nas HQs (veja link abaixo). E sua arte exuberante, há algum tempo vem sendo cada vez mais conhecida no exterior, principalmente na Europa, onde já fechou contratos importantes para lançamentos de álbuns. Na sua última postagem nas redes, mais uma vez seus seguidores derrubaram o queixo com a publicação da capa do álbum "Le Royames des Sidhes", a sair em breve na França pela Kamiti Editions. Que capa! Para acompanhar todos os lançamentos do Paulo, é só segui-lo:  @pauloborges_art



13 de maio de 2025

Encarte do Pinduca na ABC Discos



Eu e meus amigos de longa data Rogério, Fabinho, Léo e Vevé passamos pela Feira do Vinil de Santo André neste último final de semana (Alô, Cesar Guisser e Carlinhos! abraços!) e entre conversas, garimpagens e risadas, paramos na digníssima loja do Mauricio, a ABC Discos (Praça do Carmo, 71 - loja 24 - Shopping do Carmo - Santo André). O Mauricio, além de manjar muito sobre qualquer gênero musical que a gente bota na conversa, também entende pacas de aparelhagem de som - sua loja trabalha com assistência técnica - e é o tipo de lugar que nós - os citados no início do post - podemos ficar facilmente por várias horas, sem cansar ou pestanejar. Além de babar no acervo da loja e nas raridades expostas nas paredes (como o "Aprender a Nadar" do Jards Macalé), fiquei parado num encarte inusitado, também exposto na parede (foto acima), que me deixou encafifado. No desenho - que parece ser dos anos 1950/1960, mas isso é um chutão de minha parte - o personagem das histórias em quadrinhos Pinduca (no original Henry, criado por Carl Anderson em 1932, chamado pela Editora Vecchi nos anos 1970 de Carequinha), muito famoso entre os anos 1940 e 1960, aparece em duas cenas: uma com um disquinho na mão (com o título 'Pinduca') e outra correndo com um microfone.(com o título 'Discoteca'). Curioso, perguntei para o Mauricio se ele lembrava em que LP ou 10 polegadas esse encarte veio, mas ele não soube precisar, pois adquiriu um lote há um bom tempo e esse encarte surgiu em meio a vários discos. A dúvida é se essa arte foi criada por alguma gravadora ou o próprio proprietário do vinil resolveu fazer artesanalmente esse encarte com o simpático personagem clássico. Se alguém souber, por favor, mande nos comentários. No link abaixo, o site da loja ABC Discos:

12 de maio de 2025

Uma baita coincidência na parede!


Nessa semana, andando pela Rua Pinto Ferraz, próxima ao Atende Fácil de São Caetano do Sul, levei um baita susto: me deparei com uma arte em azulejo, na parede de uma garagem, idêntica à pintura de um quadro assinado pelo meu avô, datado do final dos anos 60 (quadro, inclusive, que já foi mostrado aqui no blog). Eu sempre convivi com esse quadro na família e ver a mesma cena retratada na parede de uma casa, na mesma cidade, foi uma surpresa e tanto! Essa coincidência me deu ânimo para pesquisar a origem dessa imagem do quadro. Qualquer novidade, posto aqui. Acima, o mural da garagem; abaixo, o quadro pintado pelo meu avô Ricardo Pareja Marigo.



2 de maio de 2025

Programa Quarto dos Sonhos, de Adriano Rainho: a Recreio nº1


Já faz um tempo que o Adriano Rainho, um dos maiores colecionadores de HQs e afins do Brasil, vem nos presenteando com vídeos bem elucidativos sobre as publicações brasileiras de Histórias em Quadrinhos, selecionadas de seu vasto acervo. O seu "Quarto dos Sonhos" já rendeu ótimos programas no Youtube e começou logo depois de sua breve mas importante coluna no extinto site Colecionadores de HQs, que o motivou a seguir em frente com a divulgação das HQs na internet. Neste último vídeo, Rainho nos brinda com a Recreio nº 1, publicação infantil da Editora Abril que fez a cabeça de muitas gerações e foi pioneira no seu nicho didático do "leia, cole, recorte, brinque". Como o exemplar do Rainho não tinha o brinde que foi ofertado, ele me pediu a imagem da Recreio nº1 que postei aqui no blog (como encarte da Realidade) e ele mostra esse brinde no finalzinho. Valeu, Rainho! Vida longa ao "Quarto dos Sonhos"

O link aqui:https://www.youtube.com/watch?v=45dAhNQcRGA

https://www.youtube.com/watch?v=45dAhNQcRGA

Grande Capa: Cinderela nº309 - 25/10/1958 (Rio Gráfica)


Essa capa magnífica junta a assinatura de dois grandes mestres ainda em começo de carreira: Benício (1936-2021), que se consagraria futuramente em cartazes para cinema e capas de pockets books e Flavio Colin (1930-2002), um dos mais incensados quadrinistas a partir dos anos 1960. Ambos começaram na Rio Gráfica Editora, de Roberto Marinho, perto da metade da década de 1950, ainda como assistentes. As ilustrações aqui já mostram que cada um seguiria sua técnica personalíssima: Benício, realista, já treinando os traços para suas estonteantes mulheres futuras; Colin, com seu traço peculiar, mezzo realista, mezzo caricatural, que no futuro chegaria ao seu auge com muita sutileza e exuberância.