28 de dezembro de 2018
Cartões!
Recebi muitos cartões de boas festas neste ano! Seguem alguns...
1- Do meu amigo Vitorio Cestaroli (e sua esposa Gledes), o seu já tradicional cartão artesanal:
2- do pessoal da limpeza pública, heróis do nosso cotidiano:
3 - Do carteiro da minha rua, uma das pessoas mais importantes da minha vida!
4- cartão da Cia. das Letras:
5 - cartão da Global:
6 - cartão do Sebrae:
23 de dezembro de 2018
A mulher e os quadrinhos - Fairplay julho de 1967 ( por Sérgio Augusto)
Sérgio Augusto foi dos primeiros jornalistas a criar coluna exclusiva sobre quadrinhos na imprensa brasileira. Antes, no início da década de 60, escrevia sobre cinema no Correio da Manhã e depois ele foi revolucionar o nosso jornalismo como colaborador ativo do Pasquim. Enquanto escrevia fixamente no JB, fazia artigos sobre quadrinhos para outras publicações. Aqui, na revista Fairplay de julho de 1967, adentra o universo feminino nas HQs. Sérgio Augusto continua em plena atividade no Estadão e é um profissional que merecia mais reconhecimento, por tudo o que já fez em nossas redações.
22 de dezembro de 2018
Fechando o ano em boa companhia!
Neste ano, não consegui comparecer ao último encontro de escritores da APL (Academia Popular de Letras) na Biblioteca Paul Harris (São Caetano), mas além de participar logo depois de uma reunião muito importante no mesmo local, que irá render um projeto excepcional até março, ainda tive a honra de entrevistar o simpático, dinâmico e espevitado Cláudio Feldman, escritor, ator, poeta e artista plástico de Santo André, também nas dependências da Paul Harris, sob os auspícios da Ana Maria Guimarães Rocha, responsável pelas bibliotecas da cidade. Uma conversa que rendeu muito e que trará também bons frutos para 2019. Na foto acima, Cláudio Feldman, eu e Ana Maria Guimarães Rocha. Que venha 2019, e se possível, com muitos dias em boa companhia assim!
20 de dezembro de 2018
Astronauta, da MSP, vira animação
O ano de 2019 promete para os lados da MSP (Mauricio de Sousa Produções). Além do já bem divulgado filme live action "Laços" no cinema, estrelado pela Mônica e sua turma, outro personagem criado por Mauricio ( no longínquo ano de 1963), tem sua versão em vídeo, no caso na tv paga. A série "Astronauta - propulsão" vem na rabeira da aclamada graphic novel de 2012 , desenhada por Danilo Beyruth ( com continuações) com o personagem como protagonista, e será produzida pela HBO em parceria com a MSP com seis episódios e enredo inédito.
Segue o release e mais detalhes na matéria do Update or Die: https://www.updateordie.com/2018/12/18/o-astronauta-da-turma-da-monica-vai-virar-serie-de-tv/
19 de dezembro de 2018
A volta dos gibis Disney!
Os Disneyanos - eu incluso - estão em polvorosa com a notícia quentíssima e confirmada de que os gibis da Disney finalmente encontraram um "lar" no Brasil. O Planeta Gibi, primeiro site a trazer a nova, informou que a editora gaúcha Culturama, que trabalha com livros e revistas de atividades Disney, além de ter distribuído os gibis da Abril em locais diferenciados quando ainda estavam em circulação, é a empresa que reiniciará as edições em 2019. As apostas anteriores davam como certa a ida dos quadrinhos Disney para a poderosa Panini, mas também havia um burburinho em torno da contratação do editor Paulo Maffia pela Culturama alguns meses antes, ele que era responsável por todas as publicações Disney lançadas pela editora dos Civita. A dúvida agora é quais os títulos e coleções que serão mantidos - a nova editora divulgou por enquanto cinco gibis mensais (Mickey, Pateta, Donald, Tio Patinhas e Ducktales), e se as revistas serão zeradas ou manterão a última numeração deixada pela "quase extinta" Editora Abril.
Milton Nascimento ao vivo no Sesc Pinheiros (SP) - 16/12/2018
No domingo último assisti com minha esposa uma das melhores vozes do planeta em show muito particular no SESC Pinheiros (SP): Milton Nascimento - "Semente da Terra"! Embora eu seja fã de carteirinha do Clube da Esquina e já tenha visto ao vivo quase todos os artistas mais representativos do movimento - Lô Borges, Beto Guedes, 14-Bis, Tavinho Moura, Tavito, Wagner Tiso, Toninho Horta - só tive a oportunidade de ver o grande Milton Nascimento ( e certamente sem ele o Clube da Esquina não teria ultrapassado fronteiras internacionais) em apresentação coletiva no Ibirapuera ( com Rita Lee, Tom Jobim, Chico Buarque, etc) há mais de 20 anos atrás. Milton já ostenta 76 anos de idade, tem o andar bem cadenciado e lento, permanece sentado o tempo todo, e quando apruma o microfone e solta a garganta, eis que a sua voz continua potente, límpida, forte, cheia de fôlego. Fiquei impressionado com os finais estendidos, as variações do grave para o agudo, os falsetes "verdadeiros" ( tá cheio de falsete falso por aí). E o repertório... ah, o repertório: o artista escolheu as músicas a dedo dentro da longa carreira, com ênfase em batalhas culturais e sociais que ele sempre cultivou e preservou dentro de sua criação: a cultura negra, a cultura indígena, a família, a labuta da música, a força da mulher, as causas essenciais do povo brasileiro . Como diz no release, Milton procurou "unificar as várias lutas de sua biografia". Muito bem acompanhado por uma banda que já toca há três anos - Wilson Lopes ( violão), Beto Lopes ( violão), Kiko Continentino ( teclado), Lincoln Cheib ( bateria), Alexandre Ito (baixo) e Widor Santiago ( sopros) e participação especial nos vocais de José Ibarra ( que parece muito com o Francisco Aafa, que colaborou no projeto Cantoria da gravadora Quarup) - o compositor fez a ruidosa plateia ir abaixo com interpretações emocionantes e tocantes de sucessos como "Travessia", "Encontros e Despedidas", "Maria, Maria", "O Cio da Terra", "Nos Bailes da Vida", "Coração de Estudante ( a quem dedicou a Marielle Franco) e "Caçador de Mim". E também surpreendeu ao resgatar músicas que nem sempre fazem parte do seu repertório em turnês: Idolatrada ( do álbum Minas e Journey to Dawn), Me Deixa em Paz ( cujo dueto original foi com Alaíde Costa no LP Clube da Esquina), Milagre dos Peixes ( faixa título do álbum mais censurado de sua discografia), Sueño com Serpientes ( de Silvio Rodrigues - entrou no LP Sentinela, com participação de Mercedes Sosa), Lágrimas do Sul, A Lua Girou ( muito bem tramada com Ibarra) e Canção do Sal ( a primeira música de Milton gravada por Elis Regina, ainda em 1966). Teve também "Além de Tudo", música recente feita para seu filho adotivo, Augusto ( que depois vimos que trabalha junto na produção) com uma linda declaração de amor do pai, e as duas mais esperadas por mim: "Clube da Esquina 2" e "Nada Será como Antes", talvez as mais simbólicas da obra prima "Clube da Esquina" de 1972. Nessas eu não consegui segurar a emoção. Milton Nascimento também estava bem emotivo, expansivo, aberto, coisa que sua timidez crônica nem sempre deixou à mostra, e muito provavelmente pela vinda do filho na sua vida - ele andava depressivo e desgostoso com a música. Por isso foi um privilégio incomensurável ver Milton por inteiro, nesse domingo inesquecível, e constatar que sua voz é imutável.
No Youtube, aparecem algumas músicas das noites dos dias 15 e 16/12 e também da semana anterior ( 08 e 09/12). Eis duas delas: https://www.youtube.com/watch?v=ptYlJyglpwg ////https://www.youtube.com/watch?v=uy81OQfp9hM//// abaixo e acima, o programa impresso do show, com release, repertório ( que não está completo) e ficha técnica.
17 de dezembro de 2018
Arthur Maia (1962-2018)
Faleceu precocemente no sábado (15), Arthur Maia, um dos melhores baixistas brasileiros, dono de um "swing muito particular" e influenciado sobremaneira por seu tio, Luizão Maia (1949-2005), um ícone no instrumento. Não bastasse ter participado de um dos grupos mais interessantes da música instrumental nacional, o Cama de Gato - ao lado de Paschoal Meirelles, Mauro Senise e Rique Pantoja, ainda teve uma carreira riquíssima e muito requisitada acompanhando artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Ivan Lins, Gal Costa em shows e participando de álbuns de muitos outros nomes da música como Roberto Carlos, Jorge Benjor, Djavan, Lulu Santos. Também fez parte da banda Black Rio e participou do grupo pop Egotrip. Solo, chegou a fazer cinco discos com seu nome, o último, "O Tempo e a Música", lançado em 2010. Figura chave da cidade de Niterói, exerceu o cargo de secretário de cultura entre 2013 e 2016. Dos projetos recentes destaca-se sua função como produtor e arranjador no disco de Mart'nália que será lançado em janeiro com músicas do cancioneiro de Vinicius de Moraes. Arthur Maia se despede enquanto centenas de músicos lastimam sua morte nas redes.
11 de dezembro de 2018
Foto do Mês: lançamento da Revista Raízes 58
Ontem, em mais um lançamento da revista Raízes, com os amigos Celso Vick, Nelson Albuquerque Jr, Ana Maria Guimarães Rocha e minha esposa Cris. Feliz da vida com mais um artigo incluído nesta que é uma das publicações históricas municipais mais relevantes do Brasil. Entre os destaques da edição, uma homenagem feita pelo meu amigo Renato Donisete ao querido Ameriquinha, time de futebol da várzea de São Caetano nos anos 60, um perfil de Canhotinho, instrumentista do maravilhoso grupo Demônios da Garoa e morador de São Caetano toda vida, e a reportagem especial sobre os governos e ações do ex-prefeito Walter Braido, que hoje dá nome à estação de trem de São Caetano. Além de outros artigos bem interessantes, a edição traz a tradicional seção Memória Fotográfica - uma das imagens, cedida pelo meu vizinho Wilson Drudi, traz foto de um dia de quermesse na paróquia Nossa Senhora Aparecida em São Caetano, tendo ao fundo a construção do imóvel que viraria nos anos 60 a famosa Panificadora Canoa. No meu artigo, homenageio minha querida turma de adolescência e mocidade, a Turma do Ponto, que pintou e bordou na região por quase toda a década de 80. O lançamento foi na USCS-centro e lotou o anfiteatro da universidade, tendo como momento mais emocionante da noite, a entrega da revista em mãos no palco para o lendário ex-atacante do America, João Dandov. ( foto: Celso Vick)
7 de dezembro de 2018
Capa do Mês: Grande Hotel de 1966/1967 - Irene Stefânia
Essa Grande Hotel do acervo do meu pai é bem peculiar. Com destaque para o belíssimo rosto da atriz Irene Stefânia, na época com 22 anos, o que me chamou a atenção além da modelo da capa foi o expediente, completamente confuso! A data do expediente, por exemplo, não bate com a chamada da capa: a data interior crava 17/01/1966, mas pelas matérias que trazem expectativas para o ano vindouro 1967, essa data está quase um ano defasada! Não dá pra ter certeza quando exatamente a revista saiu, por isso deixei os anos 1966/1967 no título. Pode ser que a data seja 17/12/1966 ou 17/01/1967, mas vamos deixar na dúvida. Pelo ano e número ( ano XX, nº 1015), pode-se arrumar isso quando aparecerem números anteriores ou posteriores da revista - aí eu coloco aqui nos comentários. Outra bagunça do expediente foi ainda mais grave (veja abaixo). Na hora de escrever o nome da modelo da capa, tascaram Irene Ravache!! No momento que eu vi, até me confundi, ficando surpreso com a diferença da Irene antes e agora, mas logo percebi que os olhos eram verdes e bem puxados, o que descarta os ângulos fisionômicos de Ravache. Fui pesquisar e pá: o primeiro nome está certo, mas se trata na verdade de Irene Stefânia, atriz que fez muito sucesso no cinema nos anos 60, participou de algumas novelas até o início dos 70, mas largou a carreira para virar terapeuta. Por essa discrição na vida, pouca gente soube que ela faleceu em janeiro de 2017, aos 72 anos. Fiquemos portanto com a capa, numa homenagem á essa atriz que passou pelo showbiz como um cometa.
5 de dezembro de 2018
Bernardo Bertolucci (1941-2018)
(divulgação)
O versátil e competente diretor de cinema italiano, Bernardo Bertolucci, faleceu no último dia 26. Bertolucci, que foi poeta na juventude, iniciou sua carreira no cinema como assistente de produção de Pasolini, mas na sequência já estava fazendo suas próprias produções, o que lhe rendeu sucesso logo com o segundo filme, "Antes da Revolução". A partir daí, o que se viu foi um diretor que se dava bem em vários gêneros, paralelamente ao roteirista premiado - "Era Uma Vez no Oeste" (1967), de Sérgio Leone, teve roteiro seu. Seguiram: "O Conformista" (1970), indicado ao Oscar por roteiro adaptado; "Ultimo Tango em Paris", polêmico, tenso, denso e sua primeira obra-prima, além de colocá-lo novamente na concorrência do Oscar ( agora como diretor). A década ainda viu seus filmes "1900" e "La Luna" se destacarem - o primeiro, maior e mais ambicioso do que deveria, o segundo discreto e intimista demais - mas sem o redemoinho gerado pelo último tango. Mantendo sempre sua assinatura e marca autoral, Bertolucci se consagrou em 1987, quando "O Último Imperador" abocanhou 9 Oscars da academia (incluindo filme e diretor) - mais um filme seu que começava com "último" e acabava entre os "primeiros" ( desculpem a "tirada", mas não me segurei). A mão continuou boa: "O Céu que nos Protege" (1990); "O Pequeno Buda" (1993); "Beleza Roubada" (1996), "Assédio" (1998); "Paraíso e Inferno" (1999). No século presente, o diretor se aquietou e fez poucas produções, mas a esta altura já era considerado um dos grandes diretores da segunda metade do século XX.
4 de dezembro de 2018
Stephen Hillenburg (1961-2018)
No último dia 26, faleceu o criador de Bob Esponja, Stephen Hillenburg, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica. Se foi com apenas 57 anos e deixou um legado primoroso na história recente da animação. Bob Esponja, criado em 1984 ( Hillenburg dava aula de biologia até então) e seus amigos marítimos reativaram a ingenuidade e o "riso fácil" dos desenhos animados, unindo criatividade, colagens, fotografias, personagens bem delineados, enredos simples mas inteligentes, com foco nas amizades e nos defeitos/qualidades dos moradores da localidade denominada "Fenda do Biquini". Junte psicodelismo, besteirol, nonsense, músicas hilárias, e se tem um desenho que influenciou muitas das novas produções animadas e fez milhões de fãs em volta do globo. O resultado é essa consternação geral na internet, com homenagens emocionadas como esta acima ( fonte da imagem: ModernNotoriety - reprodução/divulgação)
3 de dezembro de 2018
Lançamento de O Judoka, por FHAF, no MIS ( 29/11)
(na foto acima, Franco de Rosa, eu, Francisco Ucha e FHAF)
O lançamento do livro O Judoka, por FHAF, organizado pelo Francisco Ucha, rolou no dia 29/11 no MIS (conforme post anterior aqui no almanaque) e foi uma grande celebração! Preparado como um evento paralelo à mega exposição Quadrinhos, com curadoria do Ivan Freitas da Costa, o lançamento seria precedido por um bate papo com o organizador Francisco Ucha, o jornalista e editor Franco de Rosa, eu, o jornalista Paulo Gustavo Pereira, o publicitário e artista Luiz Saidenberg e o próprio FHAF, vindo diretamente do Rio ( de ônibus) com sua esposa. Mas por conta do tempo chuvoso, que fez com que o público atrasasse, o evento acabou sendo transferido do anfiteatro para a entrada do museu, onde já havia uma mesa com os livros e seus respectivos brindes dispostos para autógrafos. A mudança acabou deixando a noite menos formal e mais prazerosa, pois os amigos foram chegando aos poucos e os papos, fotos e autógrafos acabaram simultâneos. Milagrosamente cheguei com minha espoa e os filhos antes do horário previsto. Aproveitamos para tirar fotos em frente ao painel gigantesco da fachada de entrada, com personagens importantes dos quadrinhos em todos os tempos ( aguardem mais fotos em outro post, quando voltarmos para ver toda a exposição). Saidenberg avisou que não viria por causa de um resfriado intermitente e o Paulo Gustavo se atrasou em outro evento. Franco de Rosa chegou mais tarde, quando o hall de entrada já contava com a presença dos colecionadores Marcus Santana, Tony Martins, o "caçador de relíquias" Celso Comic Hunter, entre outros, além de uma divertida e entusiasmada roda com Henrique de Farias ( arte finalista que trabalhou na EBAL e chegou a colaborar em alguns números de O Judoka), Volney Faustini, e o advogado e verdadeira "enciclopédia" em assuntos ligados à televisão e rádio, Fabio Siqueira. FHAF e sua esposa Maria Carmen, estavam radiantes e o casal Francisco Ucha e Luciana Lanzillo também. E não era para menos: a noite foi inesquecível e emocionante, principalmente porque não é praxe no Brasil se homenagear um grande artista em vida. Valeu muito!
( Henrique de Farias, um amigo colecionador, Fabio Siqueira, FHAF, Maria Carmen, Volney Faustini, Francisco Ucha, Luciana Lazillo e Franco de Rosa)
29 de novembro de 2018
É hoje! O Judoka por FHAF no MIS
Hoje, a partir das 19h, no MIS, haverá um bate papo que antecederá o lançamento do livro O Judoka por FHAF, organizado pelo jornalista Francisco Ucha. A palestra acontece no anfiteatro do térreo e faz parte da programação da exposição Quadrinhos, que faz grande sucesso na cidade e segue até 2019. Além da presença do próprio autor, FHAF - Floriano Hermeto de Almeida Filho, o papo contará também com os artistas veteranos Luiz Saindenberg, Franco de Rosa, o jornalista Paulo Gustavo Pereira, eu e o organizador e mediador Francisco Ucha. Não percam!
http://www.mis-sp.org.br/programacao/21251d76-3d7a-4e7c-b1c2-5a140a8ba3e5/lancamento-o-judoka
27 de novembro de 2018
EBAL vendendo roupa! (Álbum Gigante 35 - Maio de 1951)
A EBAL ( Editora Brasil-América Ltda) em 1951 estava prestes a se tornar a maior editora de quadrinhos do Brasil, mas claramente tateava o mercado. Ainda não tinha revista do Batman (1953), do Zorro (1953) e do Popeye (1953), em seu portfólio, por exemplo, mas já havia se consolidado com revistas de sucesso, como O Herói ( desde 1947) Superman (1947 também) e Mindinho (1949). Tarzan iria aparecer no mesmo ano (1951). Já Álbum Gigante, o foco deste post, vinha desde 1949. Pois foi na contracapa de Álbum Gigante nº35, de maio de 1951, que foi publicado este surpreendente e intrigante anúncio de roupa por reembolso postal. Não tanto pela categoria de produto - a EBAL estava sempre em busca do público leitor feminino - mas por usar o próprio nome da editora para o modelo de roupa em questão ( Blue-Suéter EBAL-IT). Outro detalhe é o brinde dado para cada compra do tal suéter: uma edição de Rosalinda, revista da editora voltada para as mulheres e editada desde 1950. Ao que parece, o reembolso postal era a grande moda no início dos anos 50, mas mesmo assim, é bem inusitado constatar essa empreitada totalmente fora do "métier" da EBAL. Ah, outra coisa: se Li'l Abner (Ferdinando) não estivesse desde sempre na concorrência ( Globo), os "modelitos" roceiros das moças do anúncio bem que poderiam parecer chamariz para vender o personagem de "Brejo Seco".
26 de novembro de 2018
Capa(s) do Mês: livros didáticos da editora Saraiva (1975) com capas de Eugênio Colonnese
Esses dois livrinhos didáticos fazem parte do acervo do meu pai. Tempos em que alguns quadrinistas - como Rodolfo Zalla, Edu, Ivan Wasth Rodrigues, entre outros - ganhavam seu ganha pão nas editoras educativas como IBEP e Moderna, pois os quadrinhos, infelizmente, não lhes davam ganho suficiente para sustento. O mestre Eugênio Colonnese - que um dia vi na plataforma de trem de Utinga, próxima a minha casa, com sua pasta de desenhista e cigarro na boca - foi dos que abrilhantaram os livros escolares dos anos 70. Nas capas aqui publicadas, da Editora Saraiva, observa-se que o mestre também podia fazer ilustrações fora da sua zona de conforto, como no caso desses desenhos com linhas infantis. Interessante vê-lo nesse traço tão diferente, ele que era especialista em desenho realista, seja em grandes épicos e aventuras, seja em histórias de terror, que fazia muito bem ao lado de contemporâneos como Nico Rosso e o próprio Zalla.
24 de novembro de 2018
"Sonhei Que...", 11ª coletânea da Perse
Eis que surge mais uma coletânea da Perse, e para meu entusiasmo, fui selecionado mais uma vez! Dentro do tema "Sonhei que...", sugestionado por Davi Santana Sousa e com essa bela capa assinada por M.A Thompson (acima), a coletânea, 11ª da Perse, traz 53 textos selecionados - entre crônicas, contos e poesias - dentre 94 inscritos. Essa é a 5ª coletânea da editora em que eu apareço e sempre me sinto muito honrado, pois a Perse faz um excelente e criterioso trabalho de divulgação de novos autores. A poesia escolhida de minha autoria segue abaixo...
23 de novembro de 2018
Mestre Bimba ( 1899 -1974) é homenageado em doodle animado
Mestre Bimba, o homem que popularizou a arte da capoeira ao misturar elementos regionais à luta, é homenageado hoje pelo Google em seu 119º aniversário de nascimento. Um clique no doodle animado ( abaixo) que abre a página de busca leva à biografia do mestre.
https://www.google.com.br/search?q=Mestre+Bimba&oi=ddle&ct=mestre-bimbas-119th-birthday-4775644914253824-law&hl=pt-BR&kgmid=/m/03ts6g&source=doodle-ntp
18 de novembro de 2018
Achado (10): compacto de Zé Rodrix (1980)
Desta vez quem achou um item jogado em uma caçamba de construção na rua foi meu filho: entre tijolos e destroços, o disquinho do Zé Rodrix, de 1980, estava incólume, sem risco ou ferimento. Nessa época, o saudoso Rodrix compunha com Paulo Coelho na RCA. As faixas são: "Salve a Bronca" e "Abaixo a Cueca" ( que fez parte da trilha da novela Pé de Vento), hilárias composições da dupla.
14 de novembro de 2018
Stan Lee (1922-2018)
A lenda descansou! Com 95 anos muito bem vividos, Stan Lee, um dos maiores responsáveis pela revolução midiática dos super-heróis nos quadrinhos e no cinema, deixou nosso planetinha anteontem para ficar na história. Muito se discute o que Stan criou sozinho ou em dupla ( principalmente com o fantástico desenhista Jack Kirby), mas o que importa mesmo é que suas criações extrapolaram o papel e viraram ícones culturais e comportamentais. Quarteto Fantástico, Homem Aranha, Hulk, Thor, X-Men, Dr. Estranho, Homem de Ferro, Surfista Prateado, Pantera Negra, Vingadores, além de outras centenas de personagens e todos os fãs de várias gerações ao redor do globo estão reverenciando nesta semana um criativo iluminado e workaholic que certamente fez o mundo pensar fora da caixinha e humanizar mais as relações. Excelsior!
9 de novembro de 2018
Minhas publicações no Zine Documento de José Zinerman Nogueira
O Nogueira iniciou nova série, "Zine Documento" lá no Facebook e as minhas obras acabaram entrando em mais um registro deste que é testemunha ocular e documental do underground cultural em várias décadas. Estão lá no vídeo produzido e apresentado por José "Zinerman" Nogueira meus livros "Borboletas Abissais" (2001), "Aura de Heróis" (2014), o livreto biográfico "Betinho Moraes - Um Guitarrista com a Corda Toda" (2017) e os fanzines "Zine do Massolini" nº zero (2018) e "Registro Sonoro" nº 2 ( este em parceria com o próprio Nogueira). Agradeço muito a ele por este presente. E vamos que vamos, que ainda tem muito mais à frente. Valeu, Nogueirão! ( para quem quiser ver todos os registros sonoros/visuais do Nogueira é só achar ele no FB ( José Zinerman Nogueira) e adicioná-lo).
https://www.facebook.com/josenogueira.nogueira.5/posts/1920801664676947
Baú do Malu 76: Programa original impresso do filme/documentário "Os Doces Bárbaros" (1976)
Este programa original impresso do filme "Os Doces Bárbaros" de Jom Tob Azulay, de 1976, surpreende pelo layout dinâmico e principalmente pelos desenhos de Daniel Azulay, irmão do diretor ( e que eu tive o prazer de conhecer no mês retrasado). Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil aparecem ilustrados com muita personalidade, em meio à frases de efeito dos participantes, depoimentos de Roberto Menescal, Duda Machado, Caetano Veloso, José Francisco de Sá ( da I.C.B), dos cineastas Cacá Diegues, Arnaldo Jabour e Alberto Cavalcanti, além do próprio diretor do filme, artigo de Nelson Motta em O Globo e crônica de Carlos Eduardo Novaes no JB. Ah, e as letras das músicas do espetáculo no final. Um impresso bem feito que traz com precisão o impacto e a repercussão de um espetáculo/filme que por vários motivos, acabou se tornando lenda.
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