31 de dezembro de 2020
29 de dezembro de 2020
A volta de Tony Carson - Chacal no Catarse
Um grande projeto em andamento no Catarse é a campanha da volta do personagem Tony Carson - Chacal, capitaneado pelo jornalista, designer gráfico e especialista em quadrinhos Francisco Ucha. Tony Carson deu sequência à revista Chacal da Vecchi que publicava o herói italiano Judas, descontinuado lá fora. Em 12 edições (nºs 17 a 28) saiu como "Chacal-série Tony Carson" criado pelo editor Ota Assunção e desenhado por grandes desenhistas como Jordi e Antonino Homobono Balieiro.A edição no Catarse resgata em 160 páginas, histórias essenciais do personagem desenhadas por Homobono e sua campanha termina em duas semanas. Uma chance de ouro de ter em mãos um grande momento dos quadrinhos nacionais.
Apoie: www.catarse.me/tonycarson
28 de novembro de 2020
As MeMos impressas!
Depois de um hiato considerável - meu querido gato de estimação, Fellini, desapareceu desde o dia 03/11 e eu fiquei voltado para suas buscas - cá estou para registrar a chegada das revistas MeMos impressas. O projeto do Toni Rodrigues (em parceria com a Criativo e o selo Grrr! do Marcio Baraldi) ficou impecável - papel, edição, capas, conteúdo, pesquisa - e espero que essa série continue algum dia para o bem da história gráfica nacional. No final do volume 6 (Jayme Cortez 2) tem os agradecimentos aos que colaboraram com as edições e a disposição das fotos na página coroa a minha gratidão por ter participado dessa empreitada tão importante: estou ali, ao lado de grandes pessoas como o saudoso amigo Claudio Fragnan, Mauricio de Sousa, Edna Cortez, Jal, Fabio Moraes (guardião dos tesouros cortezes), o próprio Toni Rodrigues, Osnei e Luiz Saidenberg. Sensacional!
30 de outubro de 2020
As seis edições da Revista MeMo agora impressas!
Soube ontem de uma ótima notícia para as HQs nacionais: a essencial revista MeMo, idealizada e produzida pelo publicitário e especialista em quadrinhos Toni Rodrigues, finalmente está disponível no formato impresso, em uma parceria do autor com a Editora Criativo e o selo GRRR!. As seis edições existentes - Rodolfo Zalla (nº1), Luiz Saidenberg (nº2), Nico Rosso (nº3), Monteiro Filho (nº4), Jayme Cortez parte 1 (nº5) e Jayme Cortez parte 2 (nº6) podem ser compradas avulsas ou em um pack com todas na loja da Editora Criativo. Tive a honra de participar deste projeto como revisor e estou ansioso para ver como ficou no papel - o conteúdo eu já sei que é muito bem pesquisado e editado!
O link para a loja da Criativo está aqui embaixo. E na sequência, todas as capas:
https://www.criativostore.com.br/busca.asp?t=memo
Biografia de Jacob do Bandolim até dia 02/11 no Catarse!
A esperada biografia de Jacob do Bandolim, (Editora Noir), "Um Coração que Chora" está em campanha de captação no Catarse até 02/11/2020! Fruto de longos anos de pesquisa do jornalista, pesquisador e editor Gonçalo Junior, a obra captura a vida do maior bandolinista e compositor do choro, falecido em 1969, baseada em farto material de arquivo e dezenas de depoimentos e entrevistas. Como o livro ficou com quase 700 páginas, o autor resolveu fazer essa campanha flexível e relâmpago no Catarse com a tiragem limitada. Quem apoiar e fazer a compra antecipada terá direito a um exemplar autografado, nome impresso nos agradecimentos do livro, uma foto rara do acervo do Instituto Jacob do Bandolim (que está apoiando a obra) em formato postal e cinco marcadores de texto exclusivos. Há também outras recompensas exclusivas para outras opções de valores. Uma oportunidade única para adquirir a primeira e definitiva biografia do mestre Jacob. Link do Catarse abaixo:
22 de outubro de 2020
Baú do Seu João 34: certificado de curso de cinema - Super-8 (1979)
Nos anos 70 meu pai, que sempre amou cinema, filmagens, projetores - na mocidade assistia três sessões seguidas de filmes nas matinês dos cinemas de bairro e no final da vida vivia filmando festinhas e encontros familiares com sua filmadora - resolveu fazer um curso de Super-8, na época ministrado por professores ligados ao CRIC (Círculo de Realizadores Independentes de Cinema), em Santo André. Eu tinha 12 anos e lembro do meu pai produzindo um filme aqui na rua, com ajuda dos meus tios e amigos, com muita correria, gente subindo no muro do terreno da Eletropaulo (na época Light), gritos de "Corta!". Um barato! Desde que me conheço por gente, sempre vi meu pai antenado quando o assunto era cinema - desde os anos 80 teve câmera de mão e nos anos 70 usava o projetor de slides. Nessa época de Super-8 chegou a filmar inclusive um acampamento que participei como escoteiro ( fiquei de 1979 a 1981 no escotismo) e um pouco antes do seu passamento, ele estava passando todas essas imagens para o digital. Em outra oportunidade, tentarei compartilhar aqui algumas dessas filmagens. Valeu pai, por tantos tesouros culturais a descobrir ainda!
Segue o certificado do curso:
17 de outubro de 2020
No Dia dos Professores, uma linda homenagem à minha mãe (por Pedroso de Moraes)
Há alguns meses atrás, às voltas com a matéria sobre o bar Senadinho para a Revista Raízes, fui atrás do diretor/fundador da Tribuna do ABCD, Pedroso de Moraes, pois sabia que ele tinha boas histórias e imagens sobre o local. Realmente, sua ajuda foi muito preciosa e a matéria acabou muito enriquecida com fotos de seu arquivo e histórias saborosas de bastidores. Artigo pronto, recebi um telefonema do Pedroso dias depois me perguntando o que a Lourdes Pareja era minha, pois ele tinha visto seu nome nos agradecimentos do livro de poesias Aura de Heróis que eu lhe tinha presenteado. Quando eu falei que ela era minha mãe, ele quase desmaiou do outro lado! Aí ele me explicou o porque de seu espanto: minha mãe era uma antiga professora sua ( na verdade a segunda de sua vida) e ele na época era encantado por ela, tanto por seus ensinamentos precisos como por sua beleza radiante. Desde então ele tentara encontrá-la, mas todas as suas tentativas foram em vão. Mal sabia ele que ela estava bem pertinho do seu jornal, no bairro vizinho, casada e com dois filhos. Minha mãe acabou falecendo em 2002 sem saber dessa procura e agora, 60 anos depois, uma linda homenagem do seu ex-aluno, aproveitando o dia dos Professores, surge comovente na internet. Onde estiver, mãe, espero que você possa receber ou sentir de algum jeito esse depoimento sincero do Pedroso e aproveitando a ocasião, um beijo saudoso e estalado desse seu filho que ainda sente muita saudade.
(a homenagem e a foto usada, abaixo):
HOMENAGEM AO DIA DOS PROFESSORES
À INESQUECÍVEL PROFESSORA LOURDES PAREJA
Em especial à minha segunda professora Lourdes Pareja que hoje mora no Paraíso. Graças a ela, eu aprendi as primeiras lições e a escrever com letras bonitas. Isto, há 60 anos durante todo esse tempo eu mantive ela tão linda na minha memória. Deus infinitamente é bom e recebi a visita de um filho dela jornalista também, da Editora Abril que estava fazendo uma matéria sobre o “Senadinho” para Revista Raízes - Marcos Massolini que me presenteou com um livro com o título “Aura de Heróis”. Por Deus, acho que somente por Deus o editor do livro autografou justamente na página em que ele prestava homenagem para as pessoas que lhe eram caras, qual não foi a minha surpresa ao ver o nome Lourdes Pareja Massolini (in memoriam). De imediato, liguei para ele e perguntei: - Quem é essa Lourdes Pareja que você está homenageando? Ele disse: “É minha mãe”; então perguntei: - O que ela fazia? “ Era professora”, então disse: Onde, seria em Santo André? Em algum grupo escolar da Avenida Dom Bosco? Ele disse-me : “Sim”, então eu falei para ele: - Pois é; Deus me trouxe a quem eu tanto esperei rever. Ela foi minha professora; Marcos levou um espanto. A professora vive na minha memória há 60 anos. Perguntei: - Ela é viva? Ele me disse: “faleceu”. Fiquei alegre e ao mesmo tempo triste. Ele me disse:” tenho foto dela”. E eu falei: - Em nome de Jesus, me mande a foto. Ele respondeu: “ vou lhe enviar em qualquer dia da semana”, e o Marcos não tinha me mandado ainda. Liguei para ele: Desculpe-me ligar novamente, mas você não vai me deixar passar o sábado e o domingo com toda essa curiosidade. De bate pronto mandou-me a foto. Era ela mesma! Com certeza pela candura desta mulher heróica e aguerrida está no Paraíso junto à Deus. Minha homenagem a ela através de uma prece ao Criador com muito carinho. Agradeço à Ana Sales pela feliz lembrança que envolvido pelo trabalho, estava me esquecendo. Mas tenho certeza que Deus já me perdoou por isso...Acho que Dona Lourdes Pareja está lecionando no Paraíso.
Pedroso de Moraes
16 de outubro de 2020
O novo livro do poeta Hugo Paz
O poeta e artista plástico Hugo Paz já está há um bom tempo na labuta cultural da literatura. Conheci sua pessoa e sua obra nas reuniões da APL (Academia Popular de Letras) aqui em São Caetano, onde somos membros. Hugo é um dos poetas/artistas mais ativos da Grande São Paulo e mesmo com a epidemia - que acabou limitando bastante sua movimentação pela periferia toda, ABC, interior e onde mais precisasse de um sarau, de uma oficina, de uma declamação, de uma palavra de incentivo para crianças, fãs, e pretendentes à escritores - ele continua à toda com sua produção: além de artes incríveis que já foram expostas este ano, em agosto saiu o seu novo livro de poesias, "Sopro de Ideias" (Editora Desconcerto), uma obra que junta várias temáticas poéticas de sua lavra - social, política, conflitos, relações, cultura, negritude, identidade, ancestralidade. Um sopro de sensibilidade e engajamento nesses dias tão difíceis. Para saber mais e adquirir a obra, escreva para hugopaz11@yahoo.com.br ou mande uma mensagem para sua página no FB , "Hugo Paz -Poeta e Artista Plástico".
14 de outubro de 2020
Foto do Mês: Cyro Monteiro e Grupo Rosa de Ouro (1967/1968)
Voltando com a "Foto do Mês" que estava meio encostada nos últimos tempos, trago essa maravilha aqui em PB, que consegui para o acervo recentemente. A imagem deve ser de 1967 ou 1968 pois traz o encontro do grande intérprete Cyro Monteiro (e grande tocador de caixa de fósforos) com o grupo Rosa de Ouro, protagonistas junto de Nora Ney e Clementina de Jesus do show "Mudando de Conversa" de 1967, produção de Hermínio Bello de Carvalho. Como o show virou disco em 1968 pela gravadora Odeon, é bem provável que essa foto seja de um desses anos. Na foto, vemos ao lado de Cyro Monteiro, Dino Sete Cordas (que não era do grupo quando foi formado em 1965 - não sei se oficializou como integrante fixo), Anescarzinho do Salgueiro, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Mauro Duarte e outro integrante que não reconheci ( quem souber, por favor, avise nos comentários). Da formação original do Rosa de Ouro não estão presentes Paulinho da Viola e Nelson Sargento. Um belo registro, que infelizmente não tem informação de fotógrafo, agência e data. (Para observar melhor os detalhes da foto, é só clicar em cima dela).
4 de outubro de 2020
Zuza Homem de Mello (1933-2020)
Um dia de consternação. Zuza Homem de Mello, produtor, escritor, jornalista, mestre de cerimônias, radialista, pesquisador, colecionador, músico, partiu, aos 87 anos. Triste, muito triste pela sua partida, mas confortado por saber de sua vida intensa e apaixonada e por saber também que ele faleceu dormindo, em paz, depois de brindar com a família à noite por todos os projetos bem sucedidos. E quantos projetos! Sua idade não o fazia descansar e a música, sua paixão da vida inteira, estava em todos eles. Como o último, "Muito Prazer, Meu primeiro Disco", em parceria com o Sesc e idealizado pelo jornalista Lucas Nobile. Em curadoria conjunta no projeto, Zuza entrevistou para o primeiro capítulo, Gilberto Gil que desfia para o público seu primeiro LP, "Louvação", de 1967 (a entrevista pode ser acessada nas redes sociais do Sesc, no Youtube do Sesc Pinheiros e na plataforma do Sesc Digital). Na pandemia estava superativo, participando de lives e colaborando com vários programas. O seu programa na Rádio USP, 'Playlist do Zuza" também estava à toda no ar, desde 2017 e sempre muito intenso, como tudo o que Zuza se dispunha a fazer. Li o seu livro "Copacabana - A Trajetória do Samba-Canção" (2017 - Editora 34) no início deste ano e simplesmente amei tudo nele: o tema, a pesquisa, os detalhes apurados das gravações de grandes clássicos, a geografia carioca na época, as entradas pessoais de Zuza como um diário em busca da boa música. Uma grande obra que ele maturou por 10 anos! Outros livros de Zuza que devem ser lidos por todos que amam música: os dois volumes feitos a quatro mãos com o pesquisador Jairo Severiano nos anos 90 para a série especial musical da editora 34, "A Canção no Tempo", onde cada ano é apurado e suas canções marcantes esmiuçadas; "A Era dos Festivais", detalhando um dos períodos mais férteis da música brasileira no papel de testemunha ocular privilegiada como técnico de som da Record. Esse emprego na Record veio em sua volta ao Brasil, depois de passar um bom tempo nos EUA, primeiro aprendendo a tocar baixo com lendas do instrumento no jazz, como Ray Brown, na School of Jazz em Massachusetts e em seguida na prestigiada Juillard School of Music, em Nova York. Enquanto estudava, passou a frequentar casas míticas de Jazz, onde pode ouvir ao vivo lendas como Thelonius Monk e John Coltrane. Lá aprendeu não só a tocar, mas a ouvir a boa música, o que o levou à grande meta da sua vida: fazer as pessoas saberem ouvir música. E foi o que fez: na Record, na TV Cultura, como diretor em "O Fino da Música" no Anhembi (SP) - onde conseguiu reunir o regional de Canhoto, Elis Regina, Ivan Lins, Elizeth Cardoso, entre muitos outros -, e como um dos articulistas do I Festival Internacional de Jazz de São Paulo em 1978 (em sete dias e oito noites), que trouxe nomes como Dizzy Gillespie, Benny Carter, Stan Getz, Astor Piazzolla, Jazz at Philarmonic (que entre seus lendários componentes tinha a presença de Ray Brown!) e Etta James, e também na segunda edição (1980), de novo em parceria com Montreaux, trazendo Betty Carter, Dexter Gordon e Joe Pass. Tive o grande privilégio de conhecer Zuza quando o entrevistei em 2010 para um projeto sobre a gravadora Marcus Pereira (que acabou abortado). Em seu apartamento em Pinheiros, além da excelente acolhida sua e de sua esposa Ercília, pude contemplar (babando) sua primorosa coleção de LPs que tomavam as paredes de um cômodo inteiro. Me mostrou três fileiras que considerava o xodó da coleção: Jazz; Música instrumental brasileira e Chorinho, e nos intervalos da entrevista, saboreando um bom café, colocou no prato alguns discos escolhidos a dedo. Um momento de pura exaltação e inesquecível pra mim. Nos anos seguintes, trocamos alguns e-mails e sempre que podia mandava alguns catálogos de discos para ele. Há duas semanas, depois de um bom tempo sem contato, falei com ele por telefone, pedindo ajuda em uma pesquisa, caso localizasse em sua coleção. Ele sempre solícito e generoso, disse que ia checar e caso achasse algo, avisava. Ontem partiu silenciosamente, como se tivesse se preparando para uma viagem como aquela da sua juventude, mágica e surpreendente. Onde for, a música certamente vai estar te esperando, Zuza!
(para quem quiser saber mais sobre o Zuza, vale a pena ver o curta 'Zuza Homem de Jazz" de Janaína Dalri - aqui: https://canalcurta.tv.br/filme/?name=zuza_homem_de_jazz )
Em tempo: espero que o lançamento da biografia de João Gilberto que estava planejado pela Editora 34 para a virada do ano ainda se mantenha!
30 de setembro de 2020
Quino (1932-2020)
(arte e ideia original: Toni Rodrigues)
Quino, um dos maiores criadores da HQ mundial, pai da icônica Mafalda, faleceu hoje, aos 88 anos. Há muito, muito tempo tenho Quino como um de meus artistas preferidos - seu álbum "Toda Mafalda - da Primeira a Última Tira", que ganhei de aniversário quando foi lançado em 1991 pela Martins Fontes, está manuseado até a alma, com a lombada soltando, de tanto que folheei e saboreei suas incríveis e inteligentes tiras. Mas eu já conhecia a personagem anos antes, nas revistas Patota que comprei em sebos. Nascido Joaquin Salvador Lavado na Argentina, Quino criou essa menina inquieta e questionadora de seis anos quando ainda era desenhista publicitário - Mafalda começou a sair em jornais em 29/09/1964 - ou seja, acabou de completar 56 anos (ontem!). A sua preocupação com questões sociais e também com o complicado cotidiano adulto conquistou o mundo e em pouco tempo era publicada em centenas de jornais mundo afora (posteriormente, seus álbuns foram traduzidos para mais de 30 idiomas). Os coadjuvantes da sua tira também começaram a se destacar - Manolito, Guille, Libertad e a série chegou a quase 2 mil tiras, fechando o seu ciclo em 1973. Quino continuou com seu humor incisivo, cutucando a ferida, escancarando as mazelas sociais com seus cartuns em dezenas de jornais. Mafalda, embora sem nada inédito por décadas, continuou sendo publicada em todo canto e divulgada em exposições, obras de arte, estátuas, homenagens. Agora pouco, me deparei com essa emocionante homenagem criada pelo meu amigo Toni Rodrigues (acima), com Tininha, Luluzinha, Mônica e Lisa consolando Mafalda que sofre pela partida de seu criador. Essa imagem traduz bem o sentimento de todos os admiradores do genial Quino.
Lendo: Raul Seixas - Não Diga que a Canção Está Perdida" - Jotabê Medeiros (Todavia)
Estou já no meu sétimo ou oitavo livro na pandemia. Comecei este do Raul e estou me deliciando com os primeiros capítulos: a infância e a adolescência de Raul na Bahia, com muitas peraltices e rock and roll; a formação dos primeiros conjuntos ( Relâmpagos do Rock e The Panters) e a amizade sólida com Waldir Serrão, o Big Ben; a ida ao Rio graças ao Jerry Adriani e a acolhida da Jovem Guarda aos Panteras ( mas money e success, nothing); o período do primeiro casamento, nascimento da primeira filha, amizade com Leno, a fase de produtor de sucesso na CBS ( e compositor de várias canções populares - muitas de sucesso - para José Roberto, Odair José, Jerry Adriani, Leno, José Ricardo, Raphael, Tony e Frankie, Diana, etc); a grande afinidade com Sérgio Sampaio (parte que estou lendo agora). O Jotabê escreve pracará, numa escrita solta, desgarrada e com muitas referências boas. Essa biografia, ainda antes de sair, acabou polemizando bastante nas redes sociais - talvez numa jogada de marketing da editora pra ter o livro nos trend topics - levantando suspeita de que o compositor baiano tinha dedurado seu parceiro de música Paulo Coelho em uma de suas várias idas para prestar esclarecimento aos milicos. A amizade dos dois acabou abruptamente nesse mesmo período e o autor do livro chegou a mandar documentos que levantam essa poeira para o próprio Paulo Coelho, que acabou duvidando de sua veracidade. Ao meu ver, a obra não precisava desse pré-tumulto todo, pois acho que ela se sustenta por méritos mais abrangentes. Polêmicas à parte, estou me deliciando com esses primeiros capítulos, que capturam Seixas já com muitas de suas artimanhas futuras mas ao mesmo tempo bem diferente da imagem que se perpetuou dele nas décadas seguintes. Só o levantamento das composições de Raul nessa fase pré-sucesso já vale pra mim uma fortuna ( no meu banco de depósitos culturais que valem a pena)
29 de setembro de 2020
HQMIX: indicações, troféu 2020 e premiação online
O Jal, um dos idealizadores do tradicional prêmio HQMIX acaba de divulgar nas redes a lista de indicações dos melhores de 2019. A premiação, por conta da pandemia, será em formato online, no dia 12/12. O troféu deste ano homenageia a personagem Radical Chic de Miguel Paiva (acima). Bati a vista na lista e já fiquei bem satisfeito em ver tantos artistas independentes concorrendo. Agora em outubro serão divulgados os vencedores.
32º Troféu HQMIX divulga lista de indicações dos melhores de 2019 e revela a personagem do troféu
80 Momentos dos 80 anos da Marvel no Brasil ( por Alexandre Morgado)
Começou ontem no site Marvel 616 uma série retrospectiva dos 80 anos da Marvel no Brasil. Selecionada por Alexandre Morgado, colaborador do site e um dos grandes especialistas em quadrinhos Marvel no país, dono de uma coleção gigantesca de quadrinhos e autor do livro "Marvel Comics - A Trajetória da Casa das Ideias no Brasil" (Laços - 2017), a série terá 80 grandes momentos da editora em nossas plagas, dividida em 8 capítulos. A primeira, com 11 tópicos, pode ser lida aqui:
Uma ótima iniciativa do site e do Alexandre Morgado! Uma efeméride desta não pode passar batido.
23 de setembro de 2020
Realidade - Amazônia ( reedição especial dos 54 anos de Realidade, editada da original de outubro de 1971)
"Eles Dançavam e Corriam" - Natal Felintro (Edição do autor)
Saiu o novo livro do escritor de Santo André Natal Felintro, "Eles Dançavam e Corriam". A obra está disponível no Kindle do Amazon no formato e-book por um preço irrisório (quase de graça). Muita honra em ter colaborado com a revisão desse livro do Natal, que tem um estilo inimitável de contar histórias. O link é esse: https://ler.amazon.com.br/litb/B08JJCF2C2?f=2&l=pt_BR&ref_=look_inside&fbclid=IwAR2PjSYoxrSL-B9FspLin5OF-ArXi-GXPtLeIyYmin93tDY_7XpICDtQkJE
21 de setembro de 2020
Raízes nº61
A Revista Raízes, publicação da Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, já está disponível gratuitamente para a população e pode ser retirada na sede da instituição na Avenida Dr. Augusto de Toledo, 255, em São Caetano, entre as 9h e as 16hs. A revista está muito bem editada, a começar pela capa, que traz uma bela foto da primeira escola do município, Senador Flaquer, que completa 100 anos e é o foco da matéria principal. Na edição, que saiu atrasada este ano por conta da pandemia ( normalmente sai em julho), há outras excelentes matérias, como as duas que centram em epidemias anteriores que aconteceram na região. O meu amigo Renato Donizete também está presente com mais um recorte da trajetória da AD São Caetano, desta vez no movimentado ano de 1991. Fiquei muito feliz com minha participação neste número da revista: ao contar detalhes do cotidiano e da história do bar conhecido como Senadinho ou Bar do Válter, não só acabei revisitando momentos importantes na História política e social da cidade como trouxe à baila vários exemplos de democracia pura que transpirava das paredes desse bar que não fechava quase nunca. Mais detalhes da edição na matéria da Tribuna do ABCD, abaixo;
https://www.tribunadoabcd.com.br/pro-memoria-lanca-raizes-61-celebrando-o-centenario-da-escola-senador-flaquer/
16 de setembro de 2020
Alaíde Costa - Live (Na Mesa Brasil - Sesc São Paulo) 16-09-2020
A diva Alaíde Costa, que tanto fez pela nossa música e ainda faz ( ativíssima aos 84 anos) está ao vivo agora em live produzida para a série "Mesa Brasil" do Sesc São Paulo. Maravilhosa!
Assistam aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qFpNJkPghng
15 de setembro de 2020
Gil Coimbra no Almanaque de Vida Infantil 1951
Muita gente boa conhece o trabalho do artista boliviano radicado no Brasil Gil Coimbra das revistas da EBAL, principalmente Edição Maravilhosa, com adaptações literárias para os quadrinhos. O que pouca gente comenta é que ele passou por outras revistas como Romance em Quadrinhos ( Rio Gráfica Editora) e Vida Juvenil e Vida Infantil. No início dos anos 50 ele passou pelas revistas da Gráfica e Editora Vida Doméstica ( e aparecia no expediente da revista Vida Doméstica no setor de artes), incluindo o almanaque anual de 1951 de Vida Infantil. Abaixo, maravilhosas páginas das duas HQs incluídas nesse almanaque: "Pingulin, o Soldadinho de Chumbo" e "A Princesa Amileh". Desenhos magníficos de um artista que merece uma luz mais intensa e objetiva em sua biografia.
Tom Zé - Raridades
Essa capa abaixo é do disco produzido pelo jornalista e produtor Renato Vieira para a Warner Music. Essa pérola contemplará gravações de Tom Zé feitas entre 1969 e 1976 para os selos RGE e Continental., muitas delas há décadas fora de catálogo. Singles, projetos especiais e raridades imperdíveis em mais um projeto impecável do sempre atento Renato Vieira. Ele deu essa ótima notícia hoje nas redes sociais, avisando que estará disponível a partir de 16 de outubro em CD e nas plataformas digitais. Aguardando aqui ansiosamente, sem esconder a baba no canto da boca!
Mais detalhes na matéria do Julio Maria para o Estadão: https://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,tom-ze-tem-obras-raras-relancadas-em-album-especial,70003437443
28 de agosto de 2020
Doodle homenageia Alexandre Dumas e "O Conde de Monte Cristo"
O Doodle que o Google publicou hoje em homenagem ao escritor Alexandre Dumas é sequencial, ou seja, clicando na setinha de cada imagem dá para acompanhar a saga ilustrada de um dos maiores sucessos do autor, "O Conde de Monte Cristo", obra publicada em capítulos em 27/08/1884 (daí a homenagem) no jornal parisiense Les Journal des Débats.
24 de agosto de 2020
Zaé Jr. (1929-2020)
Soube pelo amigo Fabio Siqueira do falecimento na quinta-feira (20) do grande Zaé Jr., poeta, publicitário, jornalista, desenhista e professor. Zaé foi muito importante para a TV, o rádio, a publicidade e os quadrinhos. Na Gazeta, onde trabalhou na rádio e no suplemento infantil Gazetinha, conheceu amigos dos quadrinhos que iria levar pela vida, como o "chefe" Messias de Melo, Álvaro de Moya, Jayme Cortez, entre outros. Foi o criador também do Capitão Estrela, encomenda da empresa de brinquedos de mesmo nome, que estreou na TV Tupi e depois ganhou gibi próprio pela Editora Outubro. Tive a honra de conhecê-lo em uma visita à sua casa em São Paulo em maio do ano passado, ao lado do amigo, jornalista e editor Francisco Ucha e do diretor e animador Daniel Messias (filho de Messias de Melo). Uma tarde inesquecível que ficou registrada neste blog ( http://almanaquedomalu.blogspot.com/2019/05/foto-do-mes-visita-zae-jr-14052019.html). Muito obrigado por esses momentos preciosos, Zaé. Siga em paz em sua nova jornada.
(foto de Francisco Ucha)
21 de agosto de 2020
"Bandinha Rítmica vol.1 / Musicalização Infantil" de Adriana Bellucci Jakutis e Duda Moura
Esse projeto maravilhoso de musicalização infantil foi idealizada pelo meu brother de longa data Duda Moura, em parceria com a musicista Adriana Bellucci Jakutis. Duda, tarimbado e exímio baterista, autor de métodos de música, proprietário do Curso de Bateria Drumming Boy e responsável pela capacitação de educadores nas oficinas de percussão da ONG Amigos do Bem no sertão nordestino, entrou com os arranjos de percussão do projeto infantil e Adriana, bacharel em piano e canto lírico, compositora, intérprete e professora, compôs as músicas incluídas no livro (com letras de Paulo Jakutis).Um projeto essencial destinado a educadores que lidam com crianças de 5 anos, focando o aprendizado coletivo, com melodias propositalmente simples que induzem as crianças com naturalidade ao universo mágico da música. Além do excelente layout e cuidado gráfico, o livrinho de 48 páginas conta com 8 temas musicais com partituras e letras impressas, além de QR Code com acesso às gravações em 4 versões de cada tema - com arranjo completo, melodia cantada, grade de percussão e playback). O interessante é que os instrumentos não precisam necessariamente ser aqueles citados nas grades, bastando seguir a ideia das frequências (agudo, médio e grave) ou mesmo usar a voz do corpo como instrumento. Duda deixou seu recado sobre a obra em seu canal do Youtube (no vídeo acima). Para adquirir o livro 1 (sim, num futuro próximo haverá um número 2), cuja arte, capa e diagramação foram feitas com muita delicadeza pela Mariana Rodrigues, entrem na página do projeto no Facebook (/bandinharitmica) ou mandem um e-mail para o Duda (duda.moura@ig.com.br).
18 de agosto de 2020
De mestre para mestre: Shima para Colin (2000)
Há 20 anos, encomendei com o editor e quadrinista André Diniz no Rio de Janeiro, o álbum "Fawcett", que saiu pela sua editora Nona Arte em 2000. Um dos últimos trabalhos do mestre Colin, falecido em 2002 e que vale constar em qualquer coleção que se preze - o mestre Flavio Colin fazia bem tudo o que se dispunha a fazer. Folheando o exemplar ontem, topei com uma participação do Shima no final da edição que tinha escapado do meu HD interno: uma declaração emocionante sobre a amizade dos dois. Merece ser compartilhada.