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"A Ilha Negra" (1969) e "O Caranguejo das Tenazes de Ouro"(1970) - Ed.Record |
Eu conheci o Tintim na Praia Grande. Explico: lá pela segunda metade da década de 70, do alto de meus 10 anos, aguardava certa feita meu colega Gu ( Gu que não era Gumercindo, mas Luciano, irmão do Gui, que não era Guilherme, mas Adriano) acordar pra gente pegar uma praia. Logo que sentei em seu confortável sofá, notei pelo menos meia dúzia de livros(?) coloridos dispostos em um vão livre, embaixo da mesinha de centro. Curioso como sempre, puxei um daqueles volumes e qual não foi minha surpresa ao me deparar com um álbum de quadrinhos, capa dura, com um personagem que embora nunca tivesse visto mais magro, parecia ser bem interessante. A maior surpresa na verdade é que para um fã de quadrinhos classe média como eu, em plenos anos 70, acostumado com o tradicional gibi formatinho da Editora Abril ( Disney, Turma da Mônica, etc) ou americano ( como os da Ebal e da RGE, naquela altura em vias de extinção), a descoberta da existência de álbuns de HQs caprichosamente confeccionados como livros para se guardar em bibliotecas, realmente me estarreceu. Ali eu descobria o modus operandi e o jeito de se produzir quadrinhos das editoras francesas, belgas e espanholas. E ali eu descobria Tintim, um personagem ainda restrito à classe mais abastada.
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"Vôo 714 para Sidnei" (1970) - Ed. Record |
Durante uma semana, sob os eflúvios da maresia da Long Beach paulista, chamei o Gu propositadamente mais cedo, já com a intenção de sentar no sofá e ler rapidamente aquelas maravilhas editadas pela Editora Record. Acredito que li uns cinco ou seis volumes. E virei fã incondicional do personagem criado por Hergé. Com o passar dos anos e mais atento aos sebos que abasteciam minha (cada vez mais) volumosa coleção, fui comprando um Tintim aqui, outro Tintim ali, comedidamente, por causa do preço quase sempre alto. As edições mais atuais, sem a capa dura dos anos 70 sempre foram mais fáceis de encontrar. Mas o meu grande fascínio continuou e continua sendo aquelas belas edições maiores e fortificadas da Editora Record, produzidas entre os anos 60 e 70, como estas acima, xodós da minha coleção. A Editora Flamboyant já tinha lançado 12 álbuns entre 1961 e 1968 e estes são raríssimos hoje em dia. No caprichoso blog
Tintim por Tintim dá pra se saber quais saíram com capa dura e em que ano:
http://www.tintimportintim.com/2009/12/blog-responde-tintim-por-flamboyant-e.html
Seu Baú esta recheado de raridades!
ResponderExcluirOpa, Veloso! e do seu baú estão saindo personagens cada vez mais criativos...adorei a Super Garça! parabéns...
ResponderExcluirEu tenho 20 livros de tintim de 1970, por quanto eu posso vender?
ResponderExcluireu tenho uma coleção de 1970 dos livros de tintim, mais de 17 livros por quanto eu posso vender?
ResponderExcluirOlá, Rodrigo, se forem em capa dura, o preço varia entre R$35,00 e R$50,00. Se forem em capa cartonada, o preço fica entre R$25,00 e R$35,00. Claro, esses preços valem se os livros estiverem em bom estado. Me baseei nos preços que vejo no Mercado Livre e na Estante Virtual. Boa sorte! abs
ExcluirParabéns pela coleção, pelas fotos parecem super conservados. Tenho todos os editados pela CIA das Letras, alguns em brochura editados pela Record e tenho buscado as edições em capa dura da Record e Flamboyant. Por enquanto consegui 3 álbuns da Record em bom estado, mas são difíceis de achar sen manchas e com a capa perfeita.
ResponderExcluirSe tiver algum a venda ou souber de alguém, tenho interesse.
Parabéns novamente.
Rodrigo