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um gênio da arte deixou seu corpo terreno após encantar gerações com suas
formas, sombras e ângulos: Joe Kubert, mestre dos quadrinhos, que começou a
desenhar ainda nos anos 30 (!) e ainda mostrava grande vigor artístico aos 85
anos. Um dos únicos ainda vivo (senão o único) para contar com pormenores a
grande saga da Era de Ouro dos Quadrinhos, recheada de aventuras
interplanetárias, heróis invencíveis, editores sedentos por lucro, artistas
geniais e mal pagos e epopéias além da imaginação. Começou moleque, foi assistente
de Jack Kirby e passou por todas as médias e pequenas empresas americanas da
nona arte dos anos 30 aos 60 ( ou seja, Era de Ouro e Era de Prata de cabo a
rabo). Fez tiras, histórias infantis, heróis de guerra, super heróis, revigorou ícones e reinou principalmente na DC, onde criou personagens (foi cocriador de Sgt. Rock) e se transformou no maior
desenhista do Gavião Negro. Nos 70, abriu sua escola (Joe Kubert School of Cartoon and Graphic Art, a primeira dos EUA com formação superior específica para cartum/quadrinhos) e com ela, descobriu uma
leva de artistas brilhantes – seus dois filhos quadrinhistas saíram dali. Nunca
parou de desenhar e de colaborar com a indústria editorial, mas nos anos 90, já
com mais de 60 anos, surpreendeu ao intensificar seus projetos, lançando
graphic novels e personagens de universos amplos. A vitalidade de Kubert pode
ser avaliada pelos projetos concluídos recentemente ou semi-concluídos que
virão à tona em breve. Sua arte nos aviva, nos conforta, nos faz heróis e mais
humanos. Viva Joe Kubert!
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