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Bruce e Ron |
No sábado, consegui assistir os Rolling Stones ao vivo no canal Multishow. Mais um show primoroso do grupo, desta vez em Nova York, e que fechou com chave de ouro o ano do cinquentenário, que começou preguiçoso, mas terminou com showzaços no melhor estilo e qualidade Stones e até uma participação relâmpago no 12-12-12, show beneficente para as vítimas do furacão Sandy (na verdade, pela demora em entrar no projeto, a banda precisou se "encaixar" na programação, tocando apenas duas músicas). Neste último show da turnê dos 50 anos, no sábado, teve de tudo um pouco. Pôde-se ver a banda em forma, com o velho Mick andando e às vezes correndo de um lado pro outro, sem parar um instante, ao mesmo tempo em que cantava como sempre cantou por décadas. Keith, com o cabelo todo branco e jeito de sempre, tocou muito e ainda percebe-se o tesão que tem pelo rock. Ron Wood ao que parece espantou a fase "alcahol" dos últimos tempos e além de tocar com tesão também, até ensaiou um passeio pelo palco estendido. E o velho Charlie Watts, elegante e cool forever, também tocou com o desprendimento necessário para quem está em uma banda de rock por tanto tempo. Os outros no palco são companheiros de longa data e mantiveram o nível: Darryl Jones, estático como seu antecessor Bill Wyman, mas muito competente e cheio de groove; Chuck Levell nos teclados, abafando - se não me engano Chuck está com os Stones desde os anos 80; A dupla dos backings Lisa Fischer e Bernard Fowler, também uma cara com a banda e cheios de estilo; e o bom Bob Keys, chapa de Keith desde os anos 60, monstro no sax. Dentre os convidados, destaque para o empolgante e blueseiro Mick Taylor em "Midnight Rambler", o guitarrista que deixou seu lugar nos Stones para Ron Wood; teve também uma empolgada Lady Gaga cantando "Gimme Shelter" ao lado de Jagger; John Mayer e Gary Clark Jr.em "Going Down"; Black Keys em "Who Do You Love" e o boss Bruce Springsteen na clássica "Tumbling Dice". Junte essa rapaziada com todo o repertório coberto de hits dos anos 60 aos anos 90 e temos um dos melhores shows da atualidade, por mais que os céticos ainda achem que os velhinhos não conseguem mais fazer isso (quem insiste não assiste pra checar). Aguardemos agora um novo disco de inéditas - pela empolgação da banda neste finalzinho de 2012, acho que rola.
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