O "considerado" ( modo como seu personagem Janistraquis se dirigia a ele em suas crônicas) nos deixou em 04/11, vítima de um acidente vascular em seu sítio em Cunha/SP. Conheci o texto direto de Japiassu na boa fase da revista Imprensa dos anos 90, quando "caçava" erros/ absurdos linguísticos e barrigas nos veículos jornalísticos. Trabalhou mais de meio século no jornalismo - Diário de Notícias, Estadão, Senhor, JT, Veja, Istoé, Pais e Filhos ( um dos fundadores), Jornal da República, Elle, Placar. Trabalhou em vários veículos do rádio e da TV e chegou a editor-chefe do Fantástico. Em 1997 lançou o ótimo e premiado Jornal dos Jornais e nos últimos tempos criou a coluna "Jornal da Imprença" que vinha sendo publicado pelo Portal Comunique-se, uma evolução da coluna "Perdão, Leitores", aquela mesma que eu lia avidamente na revista Imprensa . Seu primeiro emprego no jornalismo foi no Correio de Minas, em 1962, onde virou repórter com 19 anos. Uma vida dedicada ao jornalismo, e se não bastasse, ainda criou prêmios como o Líbero Badaró e Claudio Abramo, e se virou muito bem como escritor, escrevendo para o gênero infantojuvenil, romance, gastronomia, e uma antologia da sua coluna na revista Imprensa. Vai na paz, "considerado"!
Milton Belintani (1959-2015)
Esse se foi novo demais, e sua partida repentina deixou muita gente desnorteada. Professor, jornalista e grande batalhador social, Belintani faleceu no auge de suas atividades, aos 56 anos, vítima de ataque cardíaco. Atuava há mais de 30 anos na área de direitos humanos, focado em verdade, memória e justiça. Na editora Abril, entre 1987 e 2001, foi editor de várias revistas da casa, entre elas, Placar, e passou pelo caderno Cotidiano da Folha em 2002. Atuou no Terceiro Setor a partir de 2005 em instituições como Fundação Kellogg e CEPAL, além de desenvolver projetos voltados à inclusão de pessoas com deficiência. Nos últimos tempos, coordenou curso no projeto Repórter do Futuro e foi ombudsman do jornal-laboratório Contraponto do curso de jornalismo da PUC. Também ocupou a presidência da Comissão da Verdade do Sindicato dos Jornalistas de SP e da Associação Amigos do Arquivo Público do Estado. Tive a oportunidade de trocar algumas ideias com Milton, pois trabalhei praticamente na mesma época que ele na Abril, e ele frequentava com assiduidade meu setor, o Dedoc ( Departamento de Documentação). Belintani fará uma grande falta não só como profissional de comunicação, mas como incentivador e ativista social, voltado para as pessoas e a identidade legítima de cada indivíduo. Em 03/11.
Pamps (1953-2015)
Pamps em revival dos anos 80 em São Paulo ( 2009) - foto: Revista Trip |
Allen Toussaint ( 1938-2015)
Lenda do R&B, Allen continuava na ativa e foi logo depois de um concerto em Madri que veio a falecer, em 09/11. Um de seus maiores legados foi ter introduzido ainda na década de 60 harmonias do pop/rock e do funk no jazz e r&b de Lousiana.
Sandra Moreyra ( 1954-2015)
Foto: divulgação TV Globo |
Phil "Philthy Animal" Taylor (1954-2015)
Lendário baterista da formação clássica do Motörhead, entre 1975 e 1984 e 1987 a 1992. Com ele, a banda gravou um dos maiores discos do rock de todos os tempos, "Ace of Spades". Figura cultuada, andava doente a um bom tempo e sua morte foi sentida por meio mundo do rock, de Ozzy a Dave Mustaine e Slash.
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