4 de setembro de 2014

LPs de Raio-X

Jack White, sempre remando contra a maré com sua excentricidade e trazendo idéias vintages e ao mesmo tempo inusitadas, lançou no dia dos Namorados de 2013 um disco de sete polegadas prensado em chapas de raio-x, causando espanto e curiosidade por todo canto. O que ninguém sabia até então é que jovens russos da antiga União Soviética, entre os anos 50 e 60, já utilizavam essa técnica, prensando bootlegs de suas bandas de rock favoritas, todas proibidas de serem tocadas - seja em rádios ou em discos - pelo regime comunista à época. O rock era um dos estilos banidos da lista oficial do governo, pois o Ministério da Cultura considerava-o uma ameaça à juventude por suas mensagens pervertidas e negativas. Toda essa história foi milimetricamente resgatada pelo ótimo blog curitibano "De Volta Para o Vinil", trazendo o texto integral da matéria analítica da Gazeta Russa, "Algumas Notas sobre as origens do Rock Russo", de Adriana Reis, que destrincha os primórdios do gênero por lá e de quebra inclui essa impressionante história de criatividade e jogo de cintura envolvendo os LPs de Raio-X!. Vale a pena ler:
http://devoltaparaovinil.blogspot.com.br/2014/07/roentgenizdat-raio-x-rock-sovietico-jack-white.html
E em homenagem a esses inventivos jovens russos de meados do século passado, incluo também uma bela e "canastrona" música do Kiss de 1979, "X-Ray Eyes", uma banda que quando não se levava a sério, era perfeita.
https://www.youtube.com/watch?v=xL8L9Z7OnH4

2 comentários:

  1. Olá Malú,

    Duas postagens incríveis, particularmente pra mim, aficcionado pelos vinis e pick-ups. Visitei o "De Volta..." e a história é realmente fantástica. Gostaria muito de poder ver um dia uma dessas máquinas de gravar em acetato. E a sacada de usar as radiografias então... E depois dizem que o "jeitinho" só existe por aqui...
    Sobre o Zero Freitas e seus cinco milhões (por enquanto) de vinis: Vamos propor a sua canonização para posteriormente denominá-lo santo protetor dos DJs, vinis, pick-ups e agulhas.
    Desde já: Valei-me São Zero Freitas! Dai-me uma mixagem perfeita!
    Protegei os nossos vinis,

    Amém...

    Abraços vinílicos,

    Rogério Engelmann

    (Devoto fervoroso dos vinis, que um dia já fez das suas pick-ups um altar, e do baile uma verdadeira celebração, alcançando graças sublimes...)

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    1. Opa, Rogério, sabia que você ia curtir os dois posts. Afinal, nossa história foi recheada de vinis,LPs, pick-ups, compactos, etc etc. Que bom que existe um Zero Freitas nessa vida e que bom que a gente ainda curte isso. Abração.

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