31 de agosto de 2015

Achado 3: Cartão de Natal e cartão de matiné de "discotheque"


Mais dois achados dentro de um livro. Essa edição do clássico "O Tronco do Ipê", de José de Alencar, é de 1977 ( 2ª edição da Ed. Ática), com ilustração de capa de Edgard Rodrigues de Souza. Em seu interior, encontrei dois itens: um cartão tradicional de Natal, com data de 1983 e um interessante cartão pequeno anunciando a Matineé "Chicle Dance" da Skyless Discotheque, situada na Rua Pamplona, 919. Pesquisei sobre esse casa e não achei referência nenhuma ( quem souber algo, por favor). Levando em conta a data do livro (1977) e a data do cartão de Natal (1983), acredito que esse cartãozinho da antiga balada tenha sido produzido entre esse período.




Sidney Gusman cheio de novidades

Sidney Gusman sempre trabalhou muito - acompanho desde sempre seu "workaholismo" nos quadrinhos e isso é fato consumado - e nos últimos tempos, além de continuar responsável pelo premiado site Universo HQ, aumentou sobremaneira seus projetos especiais à frente da área de Planejamento Editorial da MSP (Mauricio de Sousa Produções). Muito desse montante se deve aos 80 anos do chefe Mauricio, que se aproxima rapidamente ( seu aniversário é em outubro), mas Sidão, como é carinhosamente chamado pelos fãs e amigos, ainda arruma outros jobs paralelos para deixar o período mais emocionante, como o livro que editará em breve pela Editora Nemo, com as melhores entrevistas do Universo HQ, que acabou de completar 15 anos. 



A série Graphic MSP, talvez seu projeto de maior repercussão, acaba de dar à luz a mais um rebento: "Turma da Mata", por Roger Crux, Davi Calil e Artur Fujita, com lançamento marcado para a Bienal do Livro do Rio de Janeiro no dia 12 de setembro; Desde 2012, essa coleção de álbuns especiais, onde autores brasileiros criam histórias longas com os personagens de Mauricio fora do estilo padrão das revistas mensais infantis, já lançou oito edições de muito sucesso. O último álbum, "Turma da Mônica - Lições", lançado a duas semanas atrás, trouxe mais uma vez os irmãos Vitor e Lu Cafaggi trabalhando o universo de Mauricio com ternura e criatividade.
Agora nesse final de agosto, o livro "Turma da Mônica vai ao Círio de Nazaré" ( Editora Santuário) foi um estrondo de vendas em poucos dias no Pará ; Um pouco antes, saiu da gráfica o livro infantil "Mônica é Daltônica?", pela Cia das Letras, com desenhos de Odilon Moraes e texto de Mauricio de Sousa, baseado no clássico de sua autoria que abriu o primeiro número da revista Mônica em 1970.






E como se não bastasse o mês cheio, a ComicCon RS, que rolou nos dias 22 e 23/08, teve como homenageado, adivinhem quem? Isso mesmo, Sidney Gusman!
Os lançamentos não param: dentro das comemorações dos 80 anos de Mauricio, a editora WMF Martins Fontes publicará o livro "Mauricio: o Início", com capa dura, reunindo os três primeiros livros com a sua assinatura, lançados originalmente em 1965 pela editora FTD, edições até agora esgotadíssimas e disputadas a tapas em sebos. 



As histórias resgatadas são: "A Caixa da Bondade", estrelada por Niquinho, um personagem que não teve continuidade; "Chico Bento"; "O Astronauta no Planeta dos Homens-Sorvete"; "Zé da Roça...e o Dragão que Não Existia", "Piteco" e "Penadinho contra o Caçador de Cabeça", todas com textos e desenhos de Mauricio de Sousa e arte final de Paulo Hamazaki. O lançamento também será na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que nesta edição homenageará o criador da turma da Mônica. E os cariocas estarão abençoados neste ano pois neste mesmo evento se dará o  incrível lançamento de todas as histórias originais de Mauricio de Sousa, publicadas no final dos anos 50 e início dos 60 pela Editora Continental ( depois Outubro) em um único volume! A obra foi batizada de "Coleção Histórica - Mauricio" (Panini) e traz as primeiras aventuras boladas e desenhadas pelo autor para as revistas Bidu e Zaz Traz. Um trabalho colossal que precisou de muita paciência, primeiro para localizar as revistas originais e depois para o processo de restauração, e que contará com seis páginas extras com notas e curiosidades, perfil dos personagens e a saga "arqueológica" para todo esse garimpo.



E para fechar essa enxurrada de lançamentos conduzidos pelo hiperativo Sidão, no mês de outubro, pela Panini, sai o livro com 25 passagens marcantes da vida/carreira de Mauricio transformadas em HQs pelas mãos de autores nacionais.
Ufa! Ao aniversariante recente Sidney Gusman, só posso render meus agradecimentos e dizer "parabéns" por toda essa trabalheira tão compensadora. Nós, fãs e leitores, é que somos os verdadeiros presenteados, embora eu saiba, que para o Sidão, o prazer gerado por esses "filhotes editoriais" compensa todo o cansaço.

28 de agosto de 2015

Achado 2 : Desenhos (atualizando)



No início do ano, com o título acima, fiz um post sobre dois desenhos dos anos 50 encontrados dentro de um livro ( http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2015/01/achado-2-desenhos-anos-50.html ).  Naquela altura eu já tinha tentado decifrar origens e autoria, mas algumas dúvidas ainda pairavam sobre aquelas peculiares artes. O desenho à caneta já estava praticamente comprovado como sendo de autoria do gravurista Livio Abramo. Já o da mulher desenhada, suscitava dilemas: era autocaricatura? um desenho de alguém retratando a chargista? Nessa semana, resolvi escrever para uma especialista, a professora Maria Augusta Bernardes Fonseca, profissional brilhante da faculdade de Letras da USP, expondo o caso e mostrando-lhe o antigo post. E foi com muita alegria que obtive sua resposta ontem, transcrita abaixo:

"Olá, Marcos Massolini,

Muito obrigada pelo contato. De fato, são excelentes achados, tanto do Livio como da Hilde.
O desenho da Hilde tem marcas de uma primeira fase da artista. Trata-se mesmo de uma auto-caricatura, digamos.Vou passar o link de seu blog para meus filhos, que são netos da Hilde Weber."

Na verdade, fiquei duplamente feliz. Uma pela resposta direta de uma especialista - foi a professora Maria Augusta quem fez uma exposição bem meticulosa sobre a artista Hilde Weber ("Lápis de Malícia Lírica", em 2007, aqui: http://www.museusegall.org.br/mlsItem.asp?sSume=21&sItem=233 ) - e outra porque não sabia desse grau de parentesco com a própria Hilde, o que aproxima e traz mais pessoas para esse assunto. Com essa resposta, eu estou quase batendo o martelo para o desenho ser realmente uma "auto-caricatura". Se não vier alguma novidade que a refute, assim permanecerá.

27 de agosto de 2015

Death: uma banda que merece ser ressuscitada

Eu tenho visto muitos documentários no Netflix, principalmente os musicais. Só o filme sobre o Big Star eu já vi três vezes neste ano - um ótimo documento sobre a cultuada e injustiçada banda, já comentada aqui por ocasião da morte de Alex Chilton ( http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2010/03/big-star-morre-o-brilhante-e-obscuro.html ). O filme pode ser visto aqui (em inglês): https://www.youtube.com/watch?v=HvWjBUcIFYs . Nesta semana, pescando uma dica no Facebook do antenado Zeca Azevedo sobre um filme sensacional sobre a banda Death, outra das grandes injustiçadas do período, que estava passando no canal Bis, fui atrás e acabei achando a íntegra do documentário no Youtube. Realmente o Zeca não exagerou! um filme excelente, sem cair no piegas e indo direto nos porquês desse grupo negro de rock pesado ter ficado no limbo e na obscuridade, visto ter a mesma qualidade, ou até mais, de conterrâneos que faziam o mesmo tipo de música. Vale muito a pena assistir:
https://www.youtube.com/watch?v=Bdj7IDhdll0

25 de agosto de 2015

Baú do Malu 57: capas da Revista Valor ( Editora Garimar ) - 1958

A raríssima revista Valor saiu pela Editora Garimar, nos idos de 1958. O nome veio do personagem Capitão Valor. Pelo que se vê nas exóticas capas desta casa publicadora, o retoque e a colagem eram praxe na equipe de produção. A capa dos boxeadores ( foto acima), única assinada, vem com o nome do conhecido quadrinhista Getulio Delphim (nº6), que começou a carreira aos 15 anos no O Globo Juvenil e brilhou como desenhista do Capitão 7 a partir de 1959, antes de fazer uma longa carreira na publicidade. Aqui ele contava com no máximo 17 anos e também desenhava para a mesma editora o Falcão Negro, personagem da TV Tupi. Entre os personagens em destaque nas capas, Camila, mais uma "mulher da selva" importada da época, saiu anteriormente como Maiza no Diário Carioca ( conforme pesquisa do colega Mark Almeida, que descobriu ser a original Camilla, de 1948). Big Ben Bolt, o boxeador, foi continuamente publicado até os anos 70 por várias editoras.




19 de agosto de 2015

Animação lisérgica abre The Grateful Dead Movie de 1977


Em 1977, a banda mais lisérgica de Frisco, a mítica Grateful Dead, lançou finalmente seu filme ( The Grateful Dead Movie), um documentário baseado nos cinco dias de apresentações do grupo no Winterland Ballroom, São Francisco, no ano de 1974. Só a animação de 7 minutos que serve como abertura para a película já vale uma assistida. O desenho animado de Gary Gutierrez é psicodelia pura, e aguça a visão e os sentidos para o som viajandão do Grateful.

A animação: https://www.youtube.com/watch?v=sbxSmLeZVZ0

O filme, na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=rcJo_q6nBvs

17 de agosto de 2015

A grande engrenagem do Kraftwerk

Por Rogério Engelmann*

Divulgação


http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2015/08/120173-biografia-do-kraftwerk.shtml 


Muito provavelmente vou comprar este livro ( link acima).

O Kraftwerk, com o "The Man Machine", a menos que apareça na minha memória uma lembrança mais remota, foi o primeiro álbum que ouvi "de verdade".




Foi em Mogi das Cruzes, em 1976/77, na casa/sítio dos primos de lá. O dono do disco era o mais velho deles, o Norberto, já falecido, tragicamente. Passei um fim de semana lá, e ele tinha comprado o disco. O Norberto abriu a vitrolinha, sacou da capa o bolachão e botou pra rodar. Fiquei alucinado. Ele tinha também um gravador, pequeno, bem comum na época, com microfone. Corri até o carro, uma Brasília marrom, que tinha toca-fitas (marca Sanyo) peguei uma fita K-7 e pedi pra ele gravar. Montamos o microfone em frente ao alto-falante da vitrola, e pusemos tudo pra rodar.
Ouvi muito essa fita, e algum tempo depois curti muito também o "Radioactivity", gravado também em fita, que chegou pelo Beto, namorado e depois marido de outra prima, Tânia. 




Outra faixa do "The Man Machine" foi tema, na mesma época, de vários episódios do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em que o protagonista era um robô.
Anos depois, em meados dos anos 80 (87?...), comprei o "Electric Cafe", em vinil.





Ao ler a matéria, não concordei com o "...antítese do rock dos anos 70...", mas preciso ler a biografia, é uma boa discussão, a conferir, juntamente com as histórias das inacreditáveis quase parcerias com David Bowie e Michael Jackson... 
É citado também o Giorgio Moroder, guitarrista e produtor de certa projeção na era Disco, usava também sintetizadores e teclados, porém com apelo muito mais pop. Gosto do Giorgio Moroder, mas é outra praia, e ao meu ver, não tem nada a ver com Kraftwerk.

“Nosso trabalho reflete a ideia de não separar dança aqui, arquitetura ali e pintura lá. Rompemos a barreira entre artesãos e artistas. Éramos operários da música”. HALF HÜTTER


A frase destacada pela matéria me instigou bastante, e talvez explique ou "me explique" o porque, ao longo da minha vida, estive sempre envolto por máquinas, aparelhos, fábricas metalúrgicas, rádios e toca fitas, alto falantes e caixas, pick-ups e tape decks, amplificadores, unidades de medida, computadores e programas, projetos, peças, prensas, tornos, normas técnicas, produção, parafusos, motores, estradas e carros, arquitetura e Mogi das Cruzes e/ou arquitetura EM Mogi das Cruzes.E muita música no meio de tudo isso, o tempo todo.

É, vou ler essa biografia.

*Rogério Engelmann é arquiteto e adora subverter estruturas estabelecidas.

16 de agosto de 2015

Assis Ângelo e seu incomensurável tesouro cultural

Foto: Estadão
Esse excelente texto do Julio Maria no Estadão de hoje, compartilhada pelo Marcelo Fróes no Facebook, deixa na mente e no coração um gosto misturado de felicidade e desgosto. O primeiro sentimento é por ver uma história tão bonita de amor à memória brasileira, construída item por item por uma apaixonado cultural - Assis Ângelo é daqueles pesquisadores ecléticos, mas de bom gosto, que guardam documentos primordiais da nossa História: partituras raras, discos pioneiros, gravações que muitos pensavam ser lendas, etc. Já a parte do desgosto fica por conta do descaso das fundações, ministérios e secretarias da vida, despreparadas e enraizadas na burocracia. Como o próprio Assis comenta, até pode ser que o atual ministro tenha um pingo de sinceridade para o seu caso específico, mas é consenso que a maioria dos acervos não vislumbram um final feliz nessas parcerias públicas e muitas coleções acabam deterioradas ou desvalorizadas. Essa riqueza guardada com tanta lealdade por Assis Ângelo precisava encontrar no caminho um mecenas totalmente livre da burocracia oficial, para ser acondicionada em uma casa de cultura, um centro cultural ou algo que o valha, e a partir daí, ter sua justa catalogação e preservação. Só assim, Assis Ângelo, mesmo sem enxergar fisicamente, veria afinal, uma luz no fim do túnel.

http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,depois-de-ficar-cego--assis-angelo-luta-para-digitalizar-acervo,1744449

13 de agosto de 2015

Renato Ladeira

Faleceu Renato Ladeira, um dos mais autênticos do nosso rock desde sempre! Filho da atriz Renata Fronzi e do radialista César Ladeira, desde o início de sua juventude esteve envolvido com a música. The Bubbles, sua banda fundada com o irmão César Ladeira em 1965, fez com muito brilho a ponte entre o rock de bailes e o hard rock que despontava na virada das década de 60 e 70. A banda, sensação da época, expoente da Jovem Guarda e uma das melhores ao vivo,  tocava com destreza toda a coleção de hits vindos principalmente da terra da rainha e toda a beatlemania subsequente, forte desde 1964 por lá. Suas versões frequentaram as paradas por um bom tempo. Mas no final da década, depois de virar banda de apoio da Gal Costa ( em um dos seus momentos mais roqueiros) e visitar Caetano e Gil em Londres, The Bubbles se rendeu aos novos ventos e virou A Bolha. Lá em Londres mesmo ocorreu com mais força essa metamorfose - Renato Ladeira e os demais integrantes foram ao Festival da Ilha de Wright, onde além de presenciar ao vivo seus ídolos - The Who, Ten Years After, Jimi Hendrix, entre outros ( e Rolling Stones e Cream alguns dias depois em Paris), acabaram chamando a atenção da produção do festival com suas jams acústicas no acampamento e acabaram tocando em seguida em um palco alternativo do evento! Um exemplo perfeito dessa transição foi a brilhante participação da banda no lendário disco de Leno, "Vida e Obra de Johnny McCartney"(1971), com produção e participação de Raul Seixas, censurado na época e só resgatado do limbo duas décadas depois. A Bolha participou como banda de apoio do disco ( que pode ser conferida principalmente em  faixas como Johnny McCartney; Por que Não?; Sentado no Arco-íris e Peguei uma Apollo). O que bandas da época como Free, Rolling Stones, The Faces e Humble Pie faziam, a Bolha também estava fazendo. Um compacto duplo seguiu essa mesma pegada até que em 1973 lançaram um grande LP, Um Passo Além, já absorvendo os novos ares progressivos à volta. Ladeira saiu da banda depois do festival Banana Progressiva (1975)para se juntar ao Bixo da Seda, outra banda valorosa do rock brasileiro ( embora tenha participado como compositor do LP seguinte da A Bolha, É Proibido Fumar, de 1977). Os anos 80 viram Renato Ladeira com seu novo projeto, o Herva Doce, fundado com velhos companheiros dos anos 70 - época de grandes sucessos como Erva Venenosa e Amante Profissional, unindo rock, pop e muito humor. Desse período, a que eu mais ouvia e até hoje adoro, é a "Pra Você me Amar" ( aquela que começa assim: "Estou sentado aqui sozinho, tentando lembrar o que sonhei..."), que tocou nas rádios mas bem menos que as duas citadas. Um pouco depois, eu gastei de ouvir o disco derradeiro do Herva, Desastre Mental (1986), um disco mais pesado e que não teve sucesso radiofônico como os discos anteriores. Renato Ladeira seguiu como músico de estúdio e produtor até que em 2004, o diretor e jornalista José Emilio Rondeau convidou-o para ser diretor artístico do seu filme "1972". Ao mostrar algumas músicas censuradas da época para o diretor, houve uma faísca e A Bolha acabou ressurgindo para gravar na trilha do filme, e em seguida gravar o disco "É Só Curtir" (2006). Em 2010 saiu uma coletânea de peso com todos os singles da banda no mercado europeu, incluindo raridades e inéditas (Raw and Unreleased -  Groovie Records).

Vale lembrar que Renato Ladeira foi coautor de uma das grandes músicas de Cazuza, "Faz Parte do Meu Show", uma balada bossanovista de primeira. Eu o acompanhava de perto no Facebook, e ele se mostrava com muita disposição e entusiasmo, sempre com um projeto novo na manga. Infelizmente e abruptamente, uma parada cardiorespiratória, ontem às 23 horas, interrompeu seu percurso atual. Que a sua música libertária e inspiradora permaneça em nossos corações e ouvidos sempre.

Aqui, alguns grandes momentos de Renato Ladeira na música:
The Bubbles (Trabalhar - 1966) - https://www.youtube.com/watch?v=mG5kcao0xyI
LP Vida e Obra de Johnny McCartney (1971- com Leno e Raul Seixas) - https://www.youtube.com/watch?v=TWVEIRB5nvQ
A Bolha - LP Um Passo Além (1973) - https://www.youtube.com/watch?v=3ljw3WgvqFM
Bixo da Seda LP (1976) - https://www.youtube.com/watch?v=aLch2w_M2wg
Herva Doce - Pra Você me Amar - https://www.youtube.com/watch?v=XiyI6K4XwO0
Herva Doce - Faz Parte do Meu Show(Renato Ladeira/Cazuza) https://www.youtube.com/watch?v=jm_oq3rSjDg
A Bolha - Sem Nada - (trilha do filme "1972" )https://www.youtube.com/watch?v=hADQkJUevpQ
The Bubbles - Raw and Unreleased (2010) - https://www.youtube.com/watch?v=hhBgnu0Ig7E

12 de agosto de 2015

Foto do mês: Reunião de Pauta da revista digital da APL (08/08/2015)

Foto: APL
Mais um maravilhoso projeto literário se aproxima e afortunadamente, faço parte de mais essa página importante da APL ( Academia Popular de Letras) de São Caetano do Sul. Na foto acima, alguns colaboradores da revista digital da academia, a sair em breve, em um dia de reunião de pautas e definições de funções no novo veículo. Da esquerda para a direita: Paulo Hijo, Nilton Jorge, Rafael Moreno, Matias Barbalho, Vander Luiz, Aristides Theodoro, Marcos Massolini, Ana Maria Guimarães Rocha, Iracema Régis, Eunice Vetorazzi, Vilma Joana,Claudio Rossi e Osmar Zumpano. Um grande time!


10 de agosto de 2015

Capa do Mês: Almirante - A Maior Patente do Rádio ( Sinter - 1956)

Essa bolachinha de 10 polegadas com 8 músicas foi lançada pelo grande radialista/pesquisador/compositor/intérprete Almirante em 1956 na Sinter ( ficha aqui: https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2015/06/25/almirante-a-maior-patente-do-radio-1956/ ). A maravilhosa capa, com o rosto do artista em destaque quase total, tem a assinatura do incrível Lan ( Lanfranco Aldo Ricardo Rossini), nascido na Itália e radicado no Rio de Janeiro desde 1952. O inabalável artista, dono de traços sinuosos que deram vida à mulheres curvilíneas, sempre em comunhão com o recorte geográfico carioca ( principalmente suas famosas mulatas), completou 90 anos este ano, em fevereiro. Aqui nesta capa, quatro anos depois de aportar no Rio, depois de uma passagem intensa pelo Uruguai, Lan já parece inteiramente confortável como artista no Brasil e desde esse tempo, já se enturmara com a nata da música, das letras e das artes. Um destes, Almirante, iconicamente retratado na fronte deste seu disco, ganha como brinde na mesma capa, uma pequena ilustração como comandante de sua pequena embarcação, além do fiel microfone, sua ferramenta mais importante de trabalho, como radialista brilhante que era. As letras do seu nome, sinuosas, fecham o enquadramento, com o título propositalmente mais sisudo em contraponto. Um primor de capa. Quando vi esta belezura dando sopa no sebo, uns dois anos atrás, não titubiei em adquiri-la. O intuito agora é achar outros discos com a assinatura de Lan - a Sinter, nesse mesmo período, lançou alguns. Gemas preciosas emolduradas pelo mestre Lan!

9 de agosto de 2015

Feliz Dia dos Pais, com um Doddle bem animado!

O Google mais uma vez produz um Doodle exclusivo para o Brasil, desta vez em comemoração ao Dia dos Pais. A animação, feita pela artista Olivia Huynh, traz diversas formas de paternidade em cenas bem dinâmicas e singelas. Logo ao entrar na página de busca do site surge no espaço do logo primeiro um pinguim, depois um lobo, em seguida um gato e finalmente um homem, todos com seus filhos, em cenas de companheirismo. O site já tinha apresentado homenagem parecida no Dia das Mães passado , lançando animação da mesma criadora com a mesma pegada (  http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/05/dia-das-maes-doodle-do-google-reune-amor-por-animais-e-familias.html ). Para as duas oportunidades, a artista teve o intuito de representar em âmbito universal o amor de uma família.
A animação do Dia dos Pais, aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=HuFEFNeNCMs

7 de agosto de 2015

Tom Moore ( 1928-2015)


Eu não consegui escrever sobre esse falecimento no mês passado por pura falta tempo, mas o cara é tão importante para a história em quadrinhos, que eu não poderia deixar de registrar o ocorrido. No dia 20/07 morreu de causas naturais o artista Tom Moore aos 86 anos, um desenhista que não só foi essencial para a série Archie mas também para os comics americanos no geral - ele trabalhou com personagens como Super Mouse, Vira Lata, Zé Fumaça. Com a turma do ruivo, ele ficou espantosos 35 anos (1953-1988) e foi ao lado de Dan de Carlo o motor artístico da famosa série. Não desenhava a algum tempo mas continuava frequentando convenções e palestras, sempre como representante da Archie, pelo menos na cabeça dos fãs. Em 2014 se posicionou contra a morte do protagonista Archie, comentando que "com o passar dos anos os personagens dos quadrinhos estão morrendo como se estivessem no Vietnã". E será que o mestre aprovaria esse novo encontro da turma com uma banda de rock ( no passado, eles se encontraram com o Kiss)? Pois durante a Comic-Con em San Diego, um pouco antes do seu passamento, a editora que publica o título anunciou para 2016 uma minissérie em que Archie encontra a lendária banda Ramones ( suposta capa abaixo),

 escrita por Alex Segura e Matthew Rosenberg e desenhos de Gisele Lagace, em comemoração aos 75 anos da Archie Comics e os 40 anos da banda ( a partir do primeiro disco). Pelo seu jeito bem humorado e aberto, acredito que mestre Moore aceitaria sim esse crossover, contanto que os roteiristas não inventem nenhuma morte no caminho.
Abaixo, alguns momentos da longa jornada de Tom Moore na série:





5 de agosto de 2015

Baú do Seu João 12: Folheto/Guia dos XXIX Jogos do Interior (1964)

Mais um item do acervo do meu pai, mais um de encher os olhos! Folheto/guia dos XXIX Jogos Abertos do Interior em São Caetano do Sul, realizados no ano de 1964. Com patrocínio da General Motors, a peça traz telefones e endereços de locais e entidades importantes da cidade, além de uma grande mapa turístico com as indicações em destaque. Na lista, percebe-se a presença de locais/órgãos que só existem na memória: Telegrafo, Força Pública, Rádio Cacique, Jornal do Lar, News Seller ( que logo viraria Diário do Grande ABC), Hospital N.S. de Pompéia, Farmácia Cambaúva, Viação Santa Rosa, Viação São Bento e Banco de São Caetano do Sul. O "28 de Julho", conhecida escola do município, era Grupo Escolar ainda. E tinha uma delegacia na Rua Maceió, 555!?!
Fiquem com os detalhes:











1 de agosto de 2015

Cenas Urbanas 2: burburinho no Viaduto do Chá (julho de 2015)



Esta cena eu capturei no mês passado, em uma ida com minha mana ao centro de São Paulo. Percebi o burburinho e a estranha roda no meio do Viaduto do Chá e fui checar. Até pensei se tratar dos velhos gaiatos gatunos com seus tabuleiros de chapinhas, mas no fim, se tratava de gravação do programa do Danilo Gentili, o The Noite, do SBT, com o louco repórter/humorista Léo Lins. Isso é a cara de São Paulo.