27 de maio de 2020

Lendo: "Em Busca da Alma Brasileira", biografia de Mário de Andrade por Jason Tércio ( Editora Estação Brasil)

O Ruy Castro comenta em seu texto publicado na última capa deste livro, "(...) aprendi mais sobre 1922 e o Modernismo do que em quase tudo o que já tinha lido a respeito. É para mim, o melhor livro feito até hoje sobre aquela turma - nunca as suas grandezas e pequenezas ficaram tão evidentes". Passei da metade do livro na leitura, mas já concordo inteiramente com o Ruy: os detalhes, as minúcias e as apurações do texto do Jason Tércio são de se tirar o chapéu. Também estou aprendendo muito e recomendo aos leitores deste blog.

19 de maio de 2020

"Fronteiras do Além" de Jayme Cortez (Pipoca& Naquim)

O Fabio Moraes me passou agora a ótima notícia: finalmente o mestre Jayme Cortez - figura primordial da HQ nacional falecido em 1987 e que já apareceu bastante aqui no blog - tem uma antologia de terror à altura de sua obra. O pessoal da Pipoca & Nanquim, que tem feito um trabalho primoroso de resgate de grandes artistas mundiais dos quadrinhos, como Estebán Maroto, Wally Wood, entre outros - fez este vídeo de apresentação do livro "Fronteiras do Além", que vem com toda a produção de Cortez na nona arte, com capa dura, papel de ótima gramatura e formato grande. Parabéns a todos os envolvidos - e um abraço ao meu amigo Fabio Moraes, que administra o arquivo do mestre e vem há muito tempo fazendo "milagres" com esse material - vide museu em Portugal, álbum luxuoso do Zodíako, etc. Mais um ponto pra você! Assistam o vídeo logo depois da imagem da capa abaixo ( lançada originalmente na revista da Ideia Editorial, "Um Passo Além" nº1.
https://www.youtube.com/watch?v=EWDmgvShboM&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0XNzr5q9eg31Pqxnqr3y-wd4pttuEC_NxQydJRDYOalEZ7Uvm-d4fv_aI

16 de maio de 2020

Capa do Mês: Piauí 164 (maio de 2020)

Independente de esquerda, centro ou direita, qualquer ser humano que não esteja variando das bolas já sacou que esse presidente que tá aí (não vou falar o nome dele - olhem na capa abaixo) não tem capacidade de administrar ou comandar nem um cômodo da sua casa. Ele é intransigente, maniqueísta, delirante, propagador de fake, autoritário, cruel, insensível, incoerente, e por aí vai. E bem nesse momento inédito no mundo todo, em que a humanidade se sente acuada diante de um vírus totalmente desconhecido pela ciência, o Brasil é "presenteado" pela sua presença, que já derrubou dois ministros da saúde em um mês. Enquanto ele grita "Cloroquina" - remédio que não foi testado totalmente para o coronavírus -, brada "Voltem ao trabalho" e se mistura ao seu séquito patético que pede a volta da ditadura e se aglomera babando ódio contra os heroicos médicos e enfermeiros, o Brasil se aproxima rapidamente ao primeiro lugar na lista do epicentro da doença. Essa capa do mês é retrato de tudo isto - ou pior: o presidente não só agarra a morte, como libera sua sombra para todos os rincões do país, indistintamente.

6 de maio de 2020

Festival Digital de Poesia da Academia Popular de Letras da Biblioteca Municipal Paul Harris - SCS

Participei com muito gosto dessa iniciativa da Biblioteca Paul Harris e da Subsecretaria Municipal de Tecnologia e Inovação, ambas da minha cidade São Caetano do Sul, e seus respectivos idealizadores, Ana Maria Guimarães Rocha, presidente da APL E responsável pelas bibliotecas públicas do município e Nelson Albuquerque, membro da APL e da secretaria. Se a ideia de criar um festival digital de poesia, aberto não só para os munícipes ou membros da Academia Popular de Letras, mas a todos os escritores desse Brasilzão que por ventura tiveram acesso à página da APL no Facebook, já é um oásis cultural nessa quarentena atual, ficou ainda melhor a forma como o projeto foi feito - os poetas selecionados divididos em forma alfabética,com cada poesia em uma janela (daí o símbolo do festival) e paralelamente a edição dos minilivros digitais, com uma singela e bonita diagramação. Minha poesia selecionada, "A Volta", aparece tanto na "janela" como no minilivro nº1. E eu estou muito bem acompanhado: poetas de vários locais do Brasil (veja os números abaixo) com produções viscerais e pungentes. Agradeço muito pela oportunidade! Os números do festival falam por si e comprovam o sucesso do projeto! 94 Inscritos 42,6% de São Caetano do Sul 31 Cidades participantes 13 Estados brasileiros representados OS ESTADOS E SUAS CIDADES Amapá: Macapá Bahia: Porto Seguro e Salvador Espírito Santo: Serra Goiás: Formosa Maranhão: São Luís Minas Gerais: Belo Horizonte Paraná: Curitiba e Quatro Pontes Rio de Janeiro: Rio de Janeiro Rio Grande do Norte: Mossoró Rio Grande do Sul: Porto Lucena e Viamão Santa Catarina: Florianópolis e São Bento do Sul São Paulo: Aparecida, Barretos, Bauru, Guaratinguetá, Guarulhos, Jandira, Mauá, Mogi das Cruzes, Santa Bárbara D'Oeste, Santana do Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo e Suzano Sergipe: Indiaroba. Quem quiser visualizar o projeto e descobrir seus detalhes é só ir para o blog da Academia: https://academiapopulardeletras.wordpress.com/2020/05/06/festival-digital-de-poesia-esta-no-ar-clique-leia-compartilhe/

5 de maio de 2020

Maynard Ferguson faria 82 anos em 04/05/2020 ( por Nilson Simonelli)

Vi esse texto do meu velho amigo Nilson no FB e imediatamente pedi a ele que me cedesse para o blog. Maravilhosa lembrança que acabou ressuscitada na minha cabeça depois de ler seu post - eu sabia que tinha visto o Ferguson mas como em quase todos os shows dos anos 80/90, acabo misturando tudo - lugar (onde foi mesmo?), pessoas (quem foi mesmo comigo?) e ano (quando?). O que me salva muitas vezes são os ingressos que acabei guardando, mas não são todos (esse aqui por exemplo não guardei). Segue então o texto do Nilsão e a música que ele escolheu para o post. Valeu, Nilsão!
Dia 04/05. Maynar Ferguson. Hoje faria 82 anos. Falecido em 2006, para mim o maior trompetista de todos os tempos. Tive o prazer de vê-lo, junto com os inseparáveis Rick Berlitz e Marcos Eduardo Massolini, em São Paulo, no bar do Maksoud Plaza. Três caipiras num hotel de luxo...rs. Como diria meu saudoso professor Edgar (Capitão), ele desenrolava o trompete! Ferguson deu ao instrumento um patamar jamais alcançado, com agudos antes considerados fora de sua tecitura. Com mais de 60 discos em sua carreira, fez uma legião de fãs e principalmente de músicos, que buscavam aquelas notas nas alturas, com glissandos e vibratos que só ele sabia fazer. Fica aqui minha homenagem, com a sensacional MacArthur Park (Nilson Simonelli) ----------------------------- -------------- https://www.youtube.com/watch?v=wBhV7DKnXkg&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3m5wsICUQ8wtwTKBr7Qx8pfX7jlzAhCEFEFqXiSg5o4gpVyOon_o5KszE

4 de maio de 2020

Aldir Blanc (1946-2020) e Flavio Migliaccio (1934-2020)

Um dia tristíssimo na cultura e nas artes esse dia 04.05.2020. Partiram Aldir Blanc e Flávio Migliaccio. O primeiro, herói da minha juventude e um dos maiores letristas/compositores da música brasileira. O segundo, herói da minha infância. Aldir, que eu já conhecia das geniais músicas com João Bosco - eternizadas nos anos 70 por Elis Regina - e cantava desde guri aquela fantabulástica letra sua na voz do MPB-4, "Amigo é pra Essas Coisas (com Silvio da Silva Jr - 1970), mas que me aprofundei pra valer nos anos 80, via Diretas, quando comprei os discos, procurei seus livros e descobri as novas com Guinga, Moacyr Luz e outros - mais pérolas do seu criadouro genial ( o disco Simples e Absurtdo, de 1991, com Guinga, comprei quando saiu e está aqui no blog como um dos discos chaves da minha vida). Já Flavio Migliaccio, um ator sublime, do humor, mas aquele humor que andava junto com seu olhar de fragilidade - foi meu herói quando eu ainda pulava do sofá com toalha amarrada nas costas: Shazam e Xerife (com Paulo José) foi um clássico da minha infância, cheio de gags, correrias, mágicas, emoções. Quem viu a camicleta, viu!! (procurem no Youtube). Depois com o personagem Maneco, permaneceu mais ainda na mente e no coração da molecada dos 1970. Um monstro em filmes, teatro e novela. Não preciso nem dizer que eles vão deixar uma cratera imensa na nossa cultura...obrigado aos dois pelo legado!