29 de abril de 2018

Desenhos - Série "Wanted" by Gabriel Canos (2012)

Meu filho hoje raramente mexe com seus velhos lápis, os mesmos que há seis, sete anos atrás, davam vida à desenhos cheios de personalidade, repleto de pormenores e detalhes, e com tendência à miniaturização, tal qual o Aragonês em seus bons tempos de "rodapé" na revista MAD. Na verdade, os lápis não eram aqueles coloridos que sua irmã Lê tinha preferência na hora de botar a criatividade no papel, mas os pretos comuns, bem apontados, ideais para o seu estilo mais cartunesco. Se atualmente ele pouco faz arte no papel, não é porque largou sua porção lúdica-criativa, mas porque teve um amor à primeira vista com a música e já vem alguns anos aprimorando seu dom. Fica aqui registrado um momento mágico em nossas vidas, onde eu dava pilha com meus rabiscos malucos e ele seguia junto - esse desenho de abertura, por exemplo, tem minha assinatura e serviu de ponta de lança para essa sensacional série "Wanted", com extraterrestres "soltos e perigosos" vagando pelas galáxias e com cartazes espalhados pela "polícia intergaláctica". Outro detalhe criativo do jovem arteiro de 12, 13 anos era sua indefectível assinatura com as letras de suas iniciais e um ponto e vírgula ( GC;).

27 de abril de 2018

Paul Gravett, Esperança no Porvir e CdHQs

https://www.facebook.com/paulgravett/posts/10155281377261176 ================================================ O jornalista, pesquisador, escritor e grande autoridade no assunto HQ, Paul Gravett, citou na rede social por esses dias o post que editei para o site Colecionadores de HQS, assinada pelo João Antonio Buhrer, sobre a banda Blitz. Quem viu foi o Renato Frigo. A referência foi usada por Gravett quando escrevia sobre uma das mais interessantes publicações underground lançadas por essas plagas, "Esperança no Porvir". Pulos de alegria! É justamente esse o intuito desde sempre ao colaborar sem fins lucrativos para o CDHQs do amigo Renato Frigo. Essa matéria foi uma das que resgatei ( e acrescentamos informações) da antiga coluna do João no site Bigorna. Sigamos em frente. Ah, e vale muito a pena acompanhar os escritos do britânico Gravett e se possível ler seus livros. Fora seu lado como ativista pela preservação das HQs britânicas. Aqui, uma entrevista que deu para o Vitralizado em 2014: https://www.vitralizado.com/hq/paul-gravett-nao-e-mais-possivel-ignorar-os-quadrinhos-no-ambiente-academico/

Clube Sberoc na coluna do Ricardo "Rick" Martins (ABC Repórter)

Mais uma grande lembrança do Ricardo "Rick" Martins em sua coluna semanal no ABC Repórter ( esta é de 19/04). O clube Sberoc foi uma lenda no cenário roqueiro do ABC e merece inclusive um livro, tantas são as histórias envolvendo pioneiros, shows inesquecíveis e confusões com a polícia e a ditadura, e que começaram lá atrás, ainda nos anos 60.

24 de abril de 2018

Jack Bruce - O baixo mais livre do rock!

Estava ouvindo agora pouco o ótimo LP de 1989 de Jack Bruce, "A Question of Time", que eu comprei em uma loja de Santo André na época. Esse disco marcava a paz entre ele e o baterista Ginger Baker, companheiro seu no super trio Cream, com quem brigou muito desde então. Comprei displicentemente na época, e foi uma grata surpresa - até hoje ainda é. O disco traz uma liberdade que contagia todas as faixas e não a toa é considerado um dos grandes momentos de sua eclética carreira. Aí, contagiado pelo som reouvido, fui olhar aqui no blog o post que fiz quando ele faleceu em 2014 e pra minha surpresa não tem nenhuma linha. Um sacrilégio, pois para mim, Bruce é um dos maiores baixistas que o rock presenciou em suas fileiras! ( e ainda mandava muito bem nas teclas!) Pra me redimir, faço esta homenagem três anos e meio depois ( ele faleceu em 25/10/2014, aos 71 anos). Selecionei uma excelente matéria do blog Na Mira do Groove, assinada pelo Tiago Ferreira, que traz todo o ecletismo do músico em 10 músicas excepcionais de sua sinuosa e surpreendente carreira. Além dessas fases citadas, vale também ir atrás de suas participações antes do Cream, seja nos ótimos três discos que participou junto à tradicional Graham Bond Organization, no mais acessível comercialmente Manfred Mann, como no jazz experimental do Lifetime ou ao lado de Carla Bley e Paul Hanes, onde caiu no jazz rock sem pudor. Há também sua ótima fase com Mick Taylor, ex-guitarrista do Rolling Stones, e banda, que eu linquei em seguida, e o disco citado no início do meu post. Jack Bruce, foi sem dúvida, o baixista mais livre do rock, tocando o que quis em sua carreira, sem amarras. Um cara raro.
Matéria ( 10 momentos): http://namiradogroove.com.br/blog/especial/r-i-p-jack-bruce-10-musicas-pra-conhecer-genio-contrabaixovioloncelo ========================================== Com Mick Taylor: https://www.youtube.com/watch?v=ue39ojgasNg ================================== A Question of Time: https://www.youtube.com/watch?v=lDnZC6FcSzw ========================================

23 de abril de 2018

Mais uma poesia selecionada no Projeto Apparere, desta vez para a coletânea "Amor por Patas"

Contente da vida com mais uma participação confirmada em coletânea do Projeto Apparere. Desta vez, 42 poemas foram escolhidos para o livro "Amor por Patas", com o tema focado em animais de estimação. A poesia escolhida de minha autoria foi " O 13º Gato da Minha Irmã", que escrevi há muitos anos atrás quando o Mutty, felino gracioso e aventureiro de minha mana, se foi abruptamente por envenenamento. A capa da coletânea ( acima) é de autoria de C.S.P. Ribeiro e a poesia é essa abaixo. O 13º gato da minha irmã ****************************************************************************************************************************** Pequeno Mutty /Pulou do telhado para o céu/ Quem sabe a gente ainda não escute / Um miado seu pra Chica e pra Mel / Pra onde foi, só homens de boa fé/ Não tem mais porque temê-los / Anjos lhe farão cafuné / Mãos amaciarão seus pêlos **************Quando voltar da boemia celeste/ Chamará pela sua mãe Helô / Que tanto te cuidou, te amou, limpou seu cocô / E que agora chora porque não vieste ************* Saiba que nós aqui da Martino, 64 / Sentiremos muita saudade sua, fiel corinthiano / Pras crianças, um grande amigo bichano / Pros adultos, amizade eterna de um grande gato.

20 de abril de 2018

Dona Ivone Lara (1922-2018)

Faleceu a nossa matriarca do samba, chamada de "rainha do samba de raiz" e "grande dama do samba". A primeira mulher a compor um samba enredo. Uma das fundadoras da Império Serrano. A primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de uma escola. Paralelamente, trabalhou desde muito cedo, principalmente como funcionária pública em sanatório; depois de se aposentar e ficar viúva, caiu de cabeça e alma no samba, dedicando-se totalmente a ele e tornando-se já madura, conhecida nacionalmente com suas composições e parcerias. Teve suas músicas gravadas por Maria Bethânia, Beth Carvalho, Gal Costa, Arlindo Cruz, Elba Ramalho, Martinho da Vila, Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Roberta Sá, entre muitos outros. Virou samba enredo em 2012, pela Império Serrano. Cantou sempre, desde que se conhecia por gente; e ainda deixou cerca de 40 canções inéditas. Por tudo isso e mais, Dona Ivone Lara está no panteão dos maiores artistas criadores desta nação. Somada à sua coragem, pioneirismo e perseverança, a fez inesquecível e imprescindível para a cultura brasileira. Deus abençoe e proteja Dona Ivone Lara. ===================================================================================== https://www.youtube.com/watch?v=a9ykTI3Sbyo ========================================================================================= https://www.youtube.com/watch?v=vYpNkUkpCyI ========================================================================================= https://www.youtube.com/watch?v=BbuqTUR2q7E ========================================================================================= https://www.youtube.com/watch?v=62sy8HrruNI ========================================================================================= https://www.youtube.com/watch?v=VSwq7cw0mVI ========================================================================================= https://www.youtube.com/watch?v=E7xlPneEV3s =========================================================================================

17 de abril de 2018

Vagner Garcia

Depois do SidRock, falecido no mês passado ( e lembrado aqui no blog) este mês tivemos a despedida carnal de mais um grande representante do mercado fonográfico da região: Vagner Garcia, aos 62 anos. Soube pela coluna do Rick no ABC Repórter (abaixo), ele, que me apresentou o Vagner no ano passado em sua loja. O encontro foi rápido - ele indo, eu chegando - mas conseguimos ainda falar de alguns artistas - Rita Lee, irmãos Baptista, Guilherme Arantes - e da Belrus, claro, a antológica loja de discos em São Caetano frequentada por várias gerações. Vagner trabalhou lá nos anos 70, início dos 80 e depois em várias gravadoras. Quando comecei a frequentar a Belrus - 82-83 - ele já tinha saído. Muita gente que teve o privilégio de conversar com ele, seja em elucubrações musicais, dicas de discos, livros, e até como ponte para contatos em rádios e gravadoras, agradeceu nas redes sociais pela sua amizade, participação e convivência. No nosso encontro fortuito, trocamos telefones e eu fiquei de fazer uma entrevista com ele, para relembrarmos os bons tempos da Belrus. Não deu tempo. Que a sua passagem seja tranquila, Vagner!

16 de abril de 2018

J.D. McPherson

Outro dia fui visitar meu amigo de priscas eras, Dinho ( Adilson), que corta meu cabelo há milênios e tem salão no bairro também há milênios. Conversei muito com meu velho chapa e de quebra troquei muita figurinha com outro bastião/baluarte do bairro, o Luisão, fisioterapeuta, enfermeiro, bombeiro, colecionador de discos e agora, massagista em dias alternados lá no salão do Dinho. Conversamos muito sobre tudo, e principalmente discos e música. E ele acabou me mostrando um som que eu ainda não tinha botado meus ouvidos: o rockabilly/R&B/southern rock de J.D. McPherson. O cara começou sua carreira pra valer mesmo em 2009/2010, ou seja, ele é relativamente novo nas paradas, e o que mais me chamou a atenção, além da qualidade do som, é que J.D. e banda fazem questão não só de perpetuar toda uma história musical já clássica, mas inclusive resgatar arranjos e instrumentos de época. Nos últimos tempos a banda até incorporou ao som detalhes mais modernos, mas a tônica é retrô, sem soar apenas "revisited" ou diluidor, tendo sua própria identidade musical, mais ou menos como Stray Cats e outros poucos, que souberam revisitar com qualidade e criatividade própria sons dos anos 50/60. Bom, chega de papo - ouçam algumas músicas de J.D McPherson e tirem suas próprias conclusões.... https://www.youtube.com/watch?v=aZGn4LncY0g ********************************************************************************************************************** https://www.youtube.com/watch?v=-QGE2xjhEY0&index=1&list=RDEMwIcCBzud7h0t9UMFQLb6mw ********************************************************************************************************************* https://www.youtube.com/watch?v=rXn_O8yECCQ&list=RDEMwIcCBzud7h0t9UMFQLb6mw&index=3 ********************************************************************************************************************* https://www.youtube.com/watch?v=Hj5ZzXfTlpM *************************************************************************************************************************** https://www.youtube.com/watch?v=yDuFndJW4Uo **************************************************************************************************************************** https://www.youtube.com/watch?v=v_VWtNSIAa4 **************************************************************************************************************************** https://www.youtube.com/watch?v=Xg9f-q_TWeU *************************************************************************************************************************************

13 de abril de 2018

Grupo Rex (1966-1967)

Mais uma vez estava pesquisando uma coisa e caí em outra ...rs. Esbarrei no assunto "Grupo Rex" e acabei me aprofundando nessa história com muita curiosidade. O Grupo Rex teve como mentores Wesley Duke Lee (1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998) e Nelson Leirner (1932) e era complementado pelos alunos de Wesley, José Resende (1945), Carlos Fejardo ( 1941) e Frederico Nasser (1945). Em atuações e happenings irreverentes, irônicos, críticos, anticonvencionais e até de certa maneira anarquistas, agitaram a cidade de São Paulo em pouco menos de um ano de existência e deixaram aturdidos e zonzos tanto a intelligentsia artística da época como a própria ditadura ( que quando tentou entender o que estava acontecendo, já tinha passado). O estopim para a formação do grupo se deu antes, na debandada de vários artistas da exposição Propostas 65, na FAAP ( entre eles Wesley, Lerner e Geraldo) em protesto à retirada de um quadro de Décio Bar da mostra, por ser considerado "subversivo". Foi a deixa para que os três se aproximassem e criassem um grupo em formato "cooperativa". O nome "Rex" veio de termo utilizado pelo poeta Carlos Felipe Saldanha em seu texto de apresentação da exposição de Wesley Duke Lee na Galeria Atrium em 1964 ( uma das influências para o novo grupo). Duas forças motrizes foram geradas logo de cara: a Rex Gallery & Sons, local para as exposições e reuniões do grupo, e um veículo de divulgação das propostas e ideias, o jornal Rex Time, ambos criados para funcionarem como ferramentas alternativas às galerias, museus e publicações estabelecidas no mercado de arte. O editorial do 1 tinha a assinatura do editor Thomaz Souto Correa. O debut se deu com um baile, em junho de 1966, inaugurando a galeria.E já no primeiro número do Rex Time uma manchete de grande estardalhaço: " AVISO: é Guerra". Guerra no caso, ao mercado de arte como um todo, às críticas na grande imprensa, às "panelinhas" dos museus , bienais e galerias tradicionais, e guerra também ao próprio objeto de arte, que segundo o grupo, virara uma mercadoria, e só. Embora cada artista do Rex tivesse sua característica própria - Wesley, com forte influência da publicidade e com inspiração em Karl Plattner; Geraldo de Barros, unindo a arte e a fotografia desde seus tempos com a turma do concretismo na década de 50; Leirner, multifacetando várias influências modernas - o mote do grupo seguia o espírito livre e contestador do dadaismo e da Pop Art em manifestações com o carimbo do choque, do escândalo e do caos, com o intuito de ressuscitar o espírito crítico alternando arte e vida nas intervenções e chamando para isso, o público como parte dessas intervenções ; Seguiram-se exposições polêmicas, happenings surpreendentes e nem sempre compreendidos, projeções de filmes fora do circuito, edições de monografias fora de catálogo, etc etc. Diversão com entretenimento e conhecimento, eis o lema em todas as atividades. Essa barafunda criativa durou até 1967, quando um happening caótico e avassalador intitulado "Exposição-Não-Exposição" celebra o fim das atividades do grupo. O toque fatídico foi o anúncio de que as obras de Nelson Leirner podiam ser levadas da mostra, se conseguissem levar. Mesmo com vários obstáculos instalados - barras de ferro, correntes e cadeados - e um apagão não intencional, em tempo recorde de poucos minutos, a galeria ficou completamente vazia, após ser depredada pelo público ensandecido e de ter os quadros arrancados sem piedade das paredes e vendidos na própria saída do evento. A polícia chegou oito minutos depois da inauguração, mas nada mais pode fazer. Para Wesley Duke Lee, " foi um dos happenings mais perfeitos que fizemos". Esse foi o Grupo Rex. &&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& As edições do Rex Time podem ser conferidas aqui: https://colecaolivrodeartista.wordpress.com/2014/09/15/rex-time/

5 de abril de 2018

Projeto da HP recupera nomes originais de escritoras que publicaram sob pseudônimo masculino

Hoje apareceu nos principais sites publicitários e de comunicação uma ação bem interessante da HP, com criação da AlmapBBDO, em que escritoras que publicaram sob pseudônimo masculino têm as capas de seus livros recriadas, desta vez com o nome original de batismo. O projeto, "Original Writers", além de homenagear as autoras, tem o intuito de reparar (mesmo tarde) este equívoco histórico, que infelizmente continuou até a virada do século, visto que a bem sucedida J.K. Rowling, criadora da série Harry Potter, admitiu que ocultou seu nome "Joanne", incentivada por agentes literários, para poder publicar seu primeiro livro. Nessa etapa inicial do projeto foram retomadas sete obras de sete escritoras do século 19 e começo do século 20: George Sand é Amandine Dupin na capa de “Valentine”; Fernán Caballero é Cecilia B. Larrea em “La Gaviota”; Raoul de Navery dá lugar a Eugénie-Caroline Saffray em “A Filha do Bosque”; George Eliot é Mary Ann Evans em “How Lisa Loved the King”; Vernon Lee vira Violet Paget em “The Spirit of Rome”; André Léo cede espaço para Victory L. Béra em “Les Deux Filles de Monsieur Plichon” e Pierre de Coulevain surge como Jeanne Philomène Laperche em “Eve Triumphant”. As obras estão disponíveis na plataforma do projeto e podem ser lidas, baixadas e impressas gratuitamente, com capa nova e páginas internas na íntegra (na língua original), além de constar no site breves perfis biográficos das autoras selecionadas. As imagens de três das sete obras refeitas estão aqui embaixo e lá em cima.
a página do projeto é essa: http://www.hporiginalwriters.com/pt

2 de abril de 2018

Stevie Wonder e a música brasileira

Stevie Wonder adora música brasileira, já tocou com muitos músicos daqui e sempre que pode coloca trechos e músicas brasileiras em seus shows ( incluindo a versão de Sá Marina, "Pretty World", que não é dele, e "Você Abusou" de Antonio Carlos & Jocafi, só trecho) . Muitas músicas de sua lavra, inclusive, trazem componentes fortes da música de cá , principalmente bossa-nova. Mesmo com essa constatação sedimentada, pouco se fala na música mais brasileira de sua extensa produção, a homenagem ao Brasil "Bird of Beauty" (de seu excelente álbum de 1974, "Fulfillingness' First Finale"), que entrou discretamente na trilha internacional da novela "O Rebu", exibida na Globo entre 1974/1975, quando ainda havia a "novela das 10". Destaque para o trecho em português "Tudo bem, você deve descansar a sua mente/ Não faz mal o que vai acontecer daqui pra frente/ Vai cantar a alegria que sacode de repente/ O seu coração assim, tão feliz/ Já vai cantar, Carnaval" ( no 2:21). ////// https://www.youtube.com/watch?v=zuy6QSVPsus //////