27 de setembro de 2018

Luhli (1945-2018)

Luhli partiu ontem para outras experiências e deixou um imenso legado ainda a ser descoberto. A começar pelo começo, quando lançou compacto e LP em meados dos anos 60, poucos anos depois da sua enorme turma da Zona Oeste já realizar grandes encontros de bossa nova em sua casa na Tijuca em paralelo à turma da Nara Leão na Zona Sul ( Sá, Aldir Blanc eram alguns deles). Em seguida formou a dupla com Lucinha ( depois Lucina) e a mágica dessa sinergia libertária rendeu projetos intensos, músicas para Ney Matogrosso ( fora as obras primas de Luli - era assim que ela assinava na época - para os Secos & Molhados, "O Vira" e "Fala"), participação em festivais, ações comunitárias, pesquisas musicais e folclóricas, etc etc. Aliás, foi Luhli quem apresentou Ney para João Ricardo - o resto é história! O maravilhoso filme de Rafael Saar, "Yorimatã" ( Rafael, que foi entrevistado aqui no blog - procurem no campo de pesquisa) conta toda a trajetória da dupla, inclusive a relação libertária e a frente do tempo ( até do atual!) entre Luli, Lucina e o fotógrafo ( já falecido) Luiz Fernando da Fonseca. Depois da dissolução da dupla, Luli continuou batalhando sua música sempre independente e lançando obras ricas e profundas. O disco de 2014, "Música Nova" é prova desta força compositora perene de Luhli. Vez em quando reencontrava a parceira Lucina para apresentações antológicas ao vivo. Até onde a saúde deixou, produziu poesias, tambores, desenhos, arte. Hoje vamos escutar todos seus discos solos; todos os discos de Luli & Lucina; as músicas na voz do amigo Ney Matogrosso. Vamos transformar esse dia 27/09 não em um dia triste, mas numa celebração à música de Luhli! ................................https://www.youtube.com/watch?v=C35PySnHQjI ..............................https://www.youtube.com/watch?v=5WOEgcShc2k.......https://www.youtube.com/watch?v=aF0QY9lqm3Q&list=PLbayhx_GlcRp3zlWkKlyvDuDdqKxpzeFx

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