26 de janeiro de 2019

João Massolini (1939-2019)

Meu pai, figura constante deste blog desde que eu iniciei a série "Baú do Seu João" com postagens sobre seu incrível acervo de colecionáveis e impressos, infelizmente deixou o nosso planeta ontem, depois de alguns meses lutando pela vida!Deixo aqui o texto-homenagem que fiz pra ele ontem, lembrando que seu nome continuará a ser lembrado constantemente no blog, inclusive com o "Baú do Seu João" com menos intervalos e mais postagens mensais. Há muita coisa a ser mostrada neste seu baú infindável! Obrigado pai, por essa presença marcante durante toda a minha vida! Nos vemos num outro momento da existência eterna, com certeza! (na foto: meu pai e minha mãe, noivos, em 1964)
Meu pai, depois de alguns meses lutando pela vida, não resistiu e partiu hoje, 25-01-2019. Pela sua dignidade, honestidade e elevação, tenho certeza que seguiu para uma missão tão importante como essa última que completou aqui na Terra. Foi graças a ele, e sua deliciosa mania de colecionar praticamente todos os fascículos semanais nas bancas de jornais entre os anos 60 e 80, que adquiri uma cultura ampla e irrestrita desde a infância. Daí ter conhecido os melhores compositores brasileiros de todos os tempos a partir dos meus 9 anos - de Cartola a Tom Jobim, de Sinhô a Pixinguinha, de Dorival Caymmi a Chico Buarque - lendo os fascículos e ouvindo os disquinhos encartados na coleção "História da Música Brasileira" da Ed.Abril; ter aprendido temas mundiais e históricos narrados pelos personagens Disney na Enciclopédia Disney; saborear as gravuras e os tópicos da Enciclopédia Conhecer; descobrir artistas plásticos e compositores clássicos, aprender inglês em discos com regravações de músicas pop, se encantar com a Biblia Sagrada Ilustrada. Fora os álbuns de figurinhas e os gibis que ele trazia junto ao sempre presente jornal de domingo. E também a sua imensa biblioteca, recheada de revistas sortidas, Seleções, livros, livros e livros. Foi também graças ao seu João Massolini que eu virei um corinthiano roxo, principalmente depois daquele inesquecível Paulista de 1977, quando lavamos a alma depois de amargar 23 anos sem título nenhum. Não me esquecerei jamais a expressão de alívio e alegria que vi estampada na cara do meu pai, quando aquele gol chorado do Basílio saiu. Eu, do alto dos meus dez anos, abracei o velho com força e chorei pra valer! O tempo passou como vento, pai. Vieram os netos, que você tanto curtiu, e foi por eles que você resolveu ficar mais duas décadas por aqui ( acharam que você não sobreviveria depois daquela operação de 1998). Sempre lutando, até o último minuto. Essa força e perseverança eu vou levar para sempre no meu coração. E teu amor também. Fica em paz, pai!

2 comentários:

  1. Ola Marcos, primeiramente meus sentimentos pela perda do seu pai. Eu sou neta do Zefiro Massolino, filha do Pero Tadeu Massolino. Sua prima... Rs ... Uma vez encontrei seu blog uma pesquisa "simples" no Google, sobre "Zefiro Massolino" e achei uma postagem do seu avô Antonio, irmão do meu avô. Rs. Muito obrigada por dividir as reliquias do Baú do Sr. João.😉

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  2. Olá, prima! Que grande alegria saber que você acompanhou essa série do "baú". Esse seu comentário só me motiva a continuar postando as relíquias culturais do seu João por muitos e muitos anos! Obrigado!

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