Na platéia, muita emoção e novidades. Cheguei com Maringoni recebendo seu prêmio ( Livro teórico - Angelo Agostini) e logo em seguida os sócios atuais da Editora Devir homenagearam Mauro dos Prazeres, sócio-fundador da editora, falecido neste ano. O editor Toninho Mendes, amigo do saudoso publisher, também leu um poema em sua homenagem, na sequência de uma breve e emocionada presença do filho de Mauro.
Serginho Groisman, apresentador da premiação pela 24ª vez, ou seja, de todas as edições ( e diga-se, sem cachê nenhum), espirituoso como sempre, mexeu com Laerte, brincou com Angeli, ganhou bolo de aniversário e parabéns roqueiro ( puxado pela boa banda Fábrica de Animais). Explicou aliás, porque estava trabalhando no seu níver: descobriu a pouco tempo que nasceu no dia 30 mesmo, 1h da manhã, mas a sua mãe resolveu registrar seu nascimento no dia 29 por achar que o trabalho de parto já era simbolicamente o nascimento. Pra não mudar a tradição de anos, Groisman continua comemorando seu aniversário no dia 29 mesmo. Laerte subiu no palco maquiado e de vestido e esse seu novo estilo de vida já não causa tanto estranhamento, pelo menos no meio dos quadrinhos. Angeli, no palco, comentou que está se sentindo mais "velho" e sossegado, ainda mais agora que tornou-se avô. Marcatti, em um discurso ligeiro mas bem emocionante, explicou a importância do prêmio "Grande Mestre dos Quadrinhos" dado a ele. os gêmeos Gabriel Bá e Fabio Moon brincaram e recomendaram à platéia que todos "arrumem" um irmão gêmeo, por ser muito inspirador e dar certo - citaram inclusive os outros irmãos gêmeos premiados na mesma noite, Magno e Marcelo Costa. Família, aliás, foi o grande catalizador da noite. Além do assunto irmãos, houve aplausos efusivos a uma mãe ( do Dálcio Machado, melhor cartunista, que fez questão de anunciar sua presença na platéia) e um dos premiados que subiu ao palco com a irmã, como forma de demonstrar toda a importância da mana na sua obra ( foi o Lellis ou o Ruas? essa eu acabei me distraindo, depois de voltar do banheiro).
Fui embora antes do término, mas ainda consegui ver subindo ao palco, Daniel Esteves e Will ( o primeiro subiu fazendo uns "passinhos de dança"), Wellington Srbek ( da Editora Nemo por Arzach de Moebius), a equipe criadora de Terapia ( melhor web quadrinhos),Vitor Cafaggi ( novo talento - roteirista) e o grande vencedor da noite ( ao lado da equipe de Mauricio de Sousa) Gustavo Duarte, com três premiações ( entre elas, melhor desenhista do ano), todos eles, muito aplaudidos. Perdi a entrega do André Diniz, melhor roteirista, uma grande figura com quem já troquei correspondência. E também não consegui cumprimentar o presidente do HQMix, Marcelo Alencar, velho conhecido meu da Abril, que fez uma ótima gestão e uma premiação das mais democráticas.
Entre as novidades, uma veio do FIQ, que anunciou Laerte como próximo homenageado do festival, ano que vem. Já o vereador Paulo Gabriel veio expor que o MAG (Museu de Artes Gráficas) pode virar realidade muito em breve, mas só irá à votação se houver uma grande movimentação por parte da categoria. Novidade? E a Eliana Caruso, do Festival Internacional de Humor do Rio trouxe uma ótima notícia: já está sendo produzida no Arpoador, em homenagem ao recém falecido Millôr Fernandes, uma escultura vazada para que se veja o pôr do sol na praia - um velho costume do mestre.
Gabriel, mais novo leitor da Chiclete com Banana, ao lado do mestre Angeli. E eu, adorando a cena. |
Que venha o 25º, com essa mesma disposição e emoção. Se Deus quiser, eu não perco mais.
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