Quem me apresentou a música do mineiro Vander Lee foi meu cunhado Zé, e de prima me amarrei na poesia direta, pessoal e sensível do compositor, além de suas vivas crônicas cotidianas . O vocal eu demorei um pouco mais pra me acostumar, mas a intensidade honesta das músicas acabou suprindo qualquer estranheza inicial. Notei também desde o começo um pouquinho de melancolia nas entrelinhas de suas canções, como se o artista carregasse um sofrimento latente pela ausência de romantismo que avassala o mundo. Hoje, sofre seus fãs e seus admiradores, por seu falecimento tão repentino, aos 50 anos, depois de passar mal durante hidroginástica. Fica o legado de 30 anos de carreira, de cantor da noite à compositor requisitado e querido por muitos/muitas intérpretes - de Zizi Possi à Rita Ribeiro ( hoje, Rita Benneditto), de Gal Costa a Elza Soares, de Luiz Melodia à Leila Pinheiro. Aos que não conhecem a arte de Vander Lee, taxado erroneamente de "cantor romântico" pela crititica especializada - essa é só uma vertente do seu amplo trabalho - sugiro que comecem bem na manha, aos poucos, mergulhando em suas letras inquietas e narrativas passionais. Vander Lee está ali, bem lá no fundo, de alma aberta.
http://www.vanderlee.com.br/new/index.php
http://www.uai.com.br/app/noticia/e-mais/2016/08/05/noticia-e-mais,182820/cantor-vander-lee-morre-aos-50-anos.shtml
https://www.youtube.com/watch?v=h_7Y6h4jOE4
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