17 de agosto de 2015

A grande engrenagem do Kraftwerk

Por Rogério Engelmann*

Divulgação


http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2015/08/120173-biografia-do-kraftwerk.shtml 


Muito provavelmente vou comprar este livro ( link acima).

O Kraftwerk, com o "The Man Machine", a menos que apareça na minha memória uma lembrança mais remota, foi o primeiro álbum que ouvi "de verdade".




Foi em Mogi das Cruzes, em 1976/77, na casa/sítio dos primos de lá. O dono do disco era o mais velho deles, o Norberto, já falecido, tragicamente. Passei um fim de semana lá, e ele tinha comprado o disco. O Norberto abriu a vitrolinha, sacou da capa o bolachão e botou pra rodar. Fiquei alucinado. Ele tinha também um gravador, pequeno, bem comum na época, com microfone. Corri até o carro, uma Brasília marrom, que tinha toca-fitas (marca Sanyo) peguei uma fita K-7 e pedi pra ele gravar. Montamos o microfone em frente ao alto-falante da vitrola, e pusemos tudo pra rodar.
Ouvi muito essa fita, e algum tempo depois curti muito também o "Radioactivity", gravado também em fita, que chegou pelo Beto, namorado e depois marido de outra prima, Tânia. 




Outra faixa do "The Man Machine" foi tema, na mesma época, de vários episódios do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em que o protagonista era um robô.
Anos depois, em meados dos anos 80 (87?...), comprei o "Electric Cafe", em vinil.





Ao ler a matéria, não concordei com o "...antítese do rock dos anos 70...", mas preciso ler a biografia, é uma boa discussão, a conferir, juntamente com as histórias das inacreditáveis quase parcerias com David Bowie e Michael Jackson... 
É citado também o Giorgio Moroder, guitarrista e produtor de certa projeção na era Disco, usava também sintetizadores e teclados, porém com apelo muito mais pop. Gosto do Giorgio Moroder, mas é outra praia, e ao meu ver, não tem nada a ver com Kraftwerk.

“Nosso trabalho reflete a ideia de não separar dança aqui, arquitetura ali e pintura lá. Rompemos a barreira entre artesãos e artistas. Éramos operários da música”. HALF HÜTTER


A frase destacada pela matéria me instigou bastante, e talvez explique ou "me explique" o porque, ao longo da minha vida, estive sempre envolto por máquinas, aparelhos, fábricas metalúrgicas, rádios e toca fitas, alto falantes e caixas, pick-ups e tape decks, amplificadores, unidades de medida, computadores e programas, projetos, peças, prensas, tornos, normas técnicas, produção, parafusos, motores, estradas e carros, arquitetura e Mogi das Cruzes e/ou arquitetura EM Mogi das Cruzes.E muita música no meio de tudo isso, o tempo todo.

É, vou ler essa biografia.

*Rogério Engelmann é arquiteto e adora subverter estruturas estabelecidas.

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