Arduíno foi um grande mergulhador na vida: em tudo que se enfiou deixou marcas indeléveis. Foi um dos surfistas pioneiros em pranchões e um dos primeiros a fabricar pranchas no Brasil; participou ativamente como ator no Cinema Novo ( uma espécie de "muso" do movimento), onde acabou protagonista do primeiro nu frontal do cinema nacional; casou cinco vezes e namorou muito ( Sonia Braga e Leila Diniz estão entre as suas conquistas), viveu profissionalmente do mergulho em grandes profundidades e da pesca submarina; na sétima arte, entendia também de fotografia, iluminação, som. E não bastasse tudo isso, quem o conheceu enche-o de superlativos.
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Arduíno ( direita) no filme "Asyllo Muito Louco" |
Embora nunca tenha vivido financeiramente do cinema, nunca parou de trabalhar como ator. Nos últimos anos fez várias participações especiais - a última, no ainda inédito "Depois da Banda" de Leila Barreto, onde faz o "velho fraco", aquele que na clássica música de Chico, se "esqueceu do cansaço e pensou que ainda era moço pra sair no terraço e dançou". Arduíno Colassanti, italiano de nascimento, foi um homem que sempre esteve onde as coisas aconteciam. Faleceu aos 78 anos no dia 22/02. O Brasil só tem a agradecer seu intenso e profundo mergulho na cultura nacional.
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