5 de dezembro de 2018

Bernardo Bertolucci (1941-2018)

(divulgação) O versátil e competente diretor de cinema italiano, Bernardo Bertolucci, faleceu no último dia 26. Bertolucci, que foi poeta na juventude, iniciou sua carreira no cinema como assistente de produção de Pasolini, mas na sequência já estava fazendo suas próprias produções, o que lhe rendeu sucesso logo com o segundo filme, "Antes da Revolução". A partir daí, o que se viu foi um diretor que se dava bem em vários gêneros, paralelamente ao roteirista premiado - "Era Uma Vez no Oeste" (1967), de Sérgio Leone, teve roteiro seu. Seguiram: "O Conformista" (1970), indicado ao Oscar por roteiro adaptado; "Ultimo Tango em Paris", polêmico, tenso, denso e sua primeira obra-prima, além de colocá-lo novamente na concorrência do Oscar ( agora como diretor). A década ainda viu seus filmes "1900" e "La Luna" se destacarem - o primeiro, maior e mais ambicioso do que deveria, o segundo discreto e intimista demais - mas sem o redemoinho gerado pelo último tango. Mantendo sempre sua assinatura e marca autoral, Bertolucci se consagrou em 1987, quando "O Último Imperador" abocanhou 9 Oscars da academia (incluindo filme e diretor) - mais um filme seu que começava com "último" e acabava entre os "primeiros" ( desculpem a "tirada", mas não me segurei). A mão continuou boa: "O Céu que nos Protege" (1990); "O Pequeno Buda" (1993); "Beleza Roubada" (1996), "Assédio" (1998); "Paraíso e Inferno" (1999). No século presente, o diretor se aquietou e fez poucas produções, mas a esta altura já era considerado um dos grandes diretores da segunda metade do século XX.

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