Dois dos melhores shows que vi na vida. Sting no Anhembi, no longínquo 06 de dezembro de 1987 e o extraordinário Rolling Stones, dentro do extinto Hollywood Rock, em 1995. Nosso amigo
"Ferroada" estava longe do The Police há 3 anos e já havia lançado três discos solos. Os dois primeiros ( The Dream Of the Blue Turtles, de 1985, e "Bring on the Night", de 1986) mostraram sofisticação e versatilidade com uma mistura bem dosada de pop e jazz, enquanto o terceiro (Nothing Like the Sun) já evidenciava o futuro 'world music' de sua carreira. Este primeiro show no Brasil capturou Sting muito à vontade, sem preocupações com a linha de montagem de hits que a existência do Police impunha e ainda longe da sombra do Raoni e da causa amazônica que lhe pesou os ombros e contaminou seu trabalho musical posterior.
Os Stones, ah, os Stones... quem me conhece sabe que sou stonemaníaco desde minha tenra adolescência. A banda mais longeva do Rock ( em 2009, 47 anos de estrada), já tinha planos para tocar no Brasil desde meados dos 70, mas os generais de plantão na época vetaram qualquer chance real. Falar que os Stones chegaram pra tocar em 1995 com tudo em cima é chover no molhado. Desde os anos 80, com a recuperação de Keith Richards no quesito drogas pesadas ( eu não falei de cigarros, alcool e outras drogas) e o dom de Mick Jagger para administrar o business da banda, os Stones se tornaram referência mundial em turnês gigantescas. E até hoje, depois de centenas de shows ao redor do globo - incluindo o Brasil em 1997 e em 2006, quando levou 1 milhão de espectadores à praia - a banda não só esbanja gás, como surpreende a cada turnê ao levar aos palcos tecnologia de ponta e gigantescas soluções cênicas.
Em 1995 eu fui. Em 1997, fui também e com Mister Bob Dylan de lambuja. Em 2006, não fui mas permaneci em transe absoluto no meio de sala, com a cerveja em punho e o coração aos saltos. Os Stones sempre foram pra mim um estado de espírito. O velho e inexplicável espírito legítimo do Rock.
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